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RESUMO INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA

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VISÃO GERAL DA INFLAMÇÃO E REPARO TECIDUAL
A inflamação é uma resposta protetora que envolve células do hospedeiro, vasos sanguíneos, proteínas e outros mediadores e destinada a eliminar a causa inicial da lesão celular, bem como as células e tecidos necróticos que resultam da lesão original e iniciar o processo de reparo.
Sem inflamação, as infecções prosseguiriam sem controle e as feridas jamais cicatrizariam.
Os componentes da reação inflamatória que destroem e eliminam os micróbios e tecidos mortos também são capazes de lesar os tecidos normais.
Inflamação pode ser aguda ou crônica. A inflamação aguda é de início rápido e de curta duração, com duração de poucos minutos a poucos dias, e caracteriza-se pela exsudação de líquido e proteínas plasmáticas, e acúmulo de leucócitos, predominantemente neutrófilos. A inflamação crônica pode ser mais insidiosa, é de duração mais longa (dias a anos) e caracterizada pelo influxo de linfócitos e macrófagos com proliferação vascular associada e fibrose (cicatrização). 
A inflamação é induzida por mediadores químicos produzidos pelas células do hospedeiro em resposta a um estímulo nocivo.
As manifestações externas da inflamação, chamadas de sinais cardinais, são: calo (aquecimento), rubor (vermelhidão), tumor(inchaço), dor (dolor) e perda de função (functio laesa).
INFLAMAÇÃO AGUDA
A inflamação aguda é uma resposta rápida que leva leucócitos e proteínas plasmáticas para os locais da lesão. Uma vez lá, os leucócitos removem os invasores e iniciam o processo de digerir e se livrar dos tecidos necróticos.
Possui dois componentes principais: Alterações vasculares: vasodilatação e permeabilidade vascular. Eventos celulares: emigração de leucócitos até o local da inflamação.
Estímulos para a inflamação aguda: infecções, traumas, necrose tecidual, corpos estranhos e reações imunológicas.
Como ocorre o reconhecimento desses estímulos? 
Os fagócitos, células dendríticas (presentes nos tecidos conjuntivos dos órgãos que capturam microrganismos e iniciam resposta a eles) e muitas outras células, como células epiteliais, expressam receptores designados a sentir a presença de patógenos infecciosos e substâncias liberadas das células mortas. Esses receptores são chamados de “receptores-padrão de reconhecimento. 
As duas principais famílias desses receptores são os Receptores do tipo Toll (TLRs) e os inflamossomos.
Os TLRs estão localizados nas membranas plasmáticas e nos endossomos, e são capazes de detectar microrganismos extra e intracelulares. Os TLRs e outros receptores reconhecem produtos de diferentes microrganismos, pro movendo defesa contra essencialmente todas as classes de patógenos infecciosos. O reconhecimento por esses receptores ativa fatores de transcrição que estimulam a produção de uma série de proteínas de membrana e secretadas. Essas proteínas incluem mediadores da inflamação, proteínas que promovem ativação dos linfócitos e respostas imunológicas mais potentes,
Os inflamossomos é um complexo citoplasmático multiproteico que reconhece produtos das células mortas, como ácido úrico e ATP extracelular, bem como cristais e alguns produtos microbianos.
Alterações Vasculares: 
As principais reações vasculares da inflamação aguda são o aumento do fluxo sanguíneo resultante da vasodilatação e o aumento da permeabilidade vascular, ambos destinados a trazer células sanguíneas e proteínas para os sítios de infecção ou lesão. 
1: Após vasoconstrição transitória (que dura apenas segundos), ocorre vasodilatação das arteríolas, resultando em aumento do fluxo sanguíneo e abertura dos leitos capilares. A vasodilatação é induzida por mediadores químicos como a histamina.
2: Como a microcirculação torna-se mais permeável, o líquido rico em proteínas extravasa para dentro dos tecidos extravasculares. A perda de líquido faz com que as hemácias fiquem mais concentradas, aumentando, assim, a viscosidade do sangue e diminuindo a velocidade da circulação – ESTASE.
3: Quando a estase se desenvolve, os leucócitos (principalmente os neutrófilos) começam a se acumular ao longo da superfície endotelial vascular, um processo chamado marginação.
Ativação dos leucócitos 
Os leucócitos ingerem agentes ofensivos, destroem bactérias e outros micróbios, e eliminam os tecidos necróticos e substâncias estranhas. Uma vez ativados, podem induzir lesão tecidual e prolongar a inflamação, já que os produtos dos leucócitos que destroem micróbios podem também lesar os tecidos normais do hospedeiro.
 Sequência de recrutamento dos leucócitos:
1: Marginação e rolamento: Como o sangue flui dos capilares para as vênulas pós-capilares, as células circulantes são deslizadas pelo fluxo laminar contra a parede do vaso. O processo de acúmulo de leucócitos na periferia dos vasos é chamado de marginação. Se as células endoteliais são ativadas por citocinas e outros mediadores produzidos localmente, elas expressam moléculas de adesão às quais os leucócitos aderem firmemente. Subsequentemente, os leucócitos destacam-se e rolam na superfície endotelial, aderindo transitoriamente, em um processo chamado de rolamento. As adesões rápidas e transitórias envolvidas na rolagem são mediadas pelas moléculas de adesão da família das selectinas.
2: Adesão : Adesão. Os leucócitos em rolagem são capazes de sentir as mudanças no endotélio que iniciam a próxima etapa na reação dos leucócitos, que é uma firma adesão às superfícies endoteliais. Essa adesão é mediada pelas integrinas expressas nas superfícies celulares dos leucócitos e que interagem com seus ligantes nas células endoteliais. As quimiocinas são quimioatraentes secretados por várias células nos locais de inflamação e estão expressas na superfície do endotélio. Quando os leucócitos aderentes encontram as quimiocinas, as células são ativadas e suas integrinas sofrem mudanças conformacionais, agrupam-se e convertem-se a um estado de alta afinidade.
3: Transmigração: Transmigração. Após a aderência na superfície endotelial, os leucócitos migram pela parede do vaso, espremendo-se entre as células ao nível das junções intercelulares. Esse movimento dos leucócitos, chamado de DIAPEDESE. 
4: Quimiotaxia: Quimiotaxia. Após o extravasamento, os leucócitos migram em direção ao local da lesão ou infecção, ao longo de um gradiente químico, processo chamado de quimiotaxia. Substâncias exógenas e endógenas podem atuar como fatores quimiotáticos para os leucócitos.
 Ativação 
Uma vez tendo sido recrutados para os locais da infecção ou da necrose tecidual, os leucócitos devem ser ativados para exercer suas funções. Os estímulos para a ativação incluem os microrganismos, os produtos das células necróticas e vários mediadores. Os leucócitos expressam em suas superfícies diferentes classes de receptores que percebem a presença de micróbios, células mortas e substâncias estranhas.
A ativação leucocitária resulta em muitas funções ampliada: fagocitose, Destruição intracelular de micróbios e células mortas fagocitados, Liberação de substâncias que destroem micróbios extracelulares e células mortas e Produção de mediadores, incluindo as citocinas e os metabólitos do ácido araquidônico.
Defeitos da função leucocitária: não é surpreendente que os defeitos da função leucocitária, genéticos e adquiridos, aumentem a suscetibilidade às infecções que podem ser recorrentes e ameaçadoras à vida. As causas mais comuns de inflamações defeituosas são a supressão da medula óssea causada por tumores e quimioterapia ou radiação (que diminui o número de leucócitos) e doenças metabólicas como diabetes. Os distúrbios genéticos podem causar, Defeitos na adesão dos leucocitária, Defeitos na atividade microbicida, Defeitos na formação do fagolisossoma, mutações nas vias de sinalização do receptor tipo Toll.
O resultado da inflamação aguda pode ser a remoção do exsudato, com restauração da arquitetura normal do tecido (resolução), transição para inflamação crônica ou extensa destruição do tecido, resultando em cicatrização.
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
A inflamação crônicaé a inflamação de duração prolongada (semanas a meses ou anos) na qual inflamação ativa, destruição tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente.
Inflamação crônica caracteriza-se por um conjunto de alterações:
Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos
Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das células inflamatórias. 
• Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos
A inflamação aguda pode progredir para inflamação crônica. Essa transição ocorre quando a resposta aguda não pode ser resolvida ou devido à persistência do agente lesivo ou por causa da interferência com o processo normal de cura
A inflamação crônica origina-se nos seguintes contextos:
Infecções persistentes por microrganismos difíceis de erradicar.
Doenças inflamatórias imunomediadas. Sob certas condições, as reações imunes desenvolvem-se contra os próprios tecidos do indivíduo, resultando nas doenças autoimunes.
Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos.

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