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Inflamação e Reparo - Patologia (Robins e Cotran)

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Inflamação e Reparo 
 
 A inflamação é uma resposta dos tecidos 
vascularizados a infecções e tecidos lesados. 
Consiste em recrutar células e moléculas de 
defesa do hospedeiro da circulação para os locais 
onde são necessárias, com a finalidade de 
eliminar os agentes agressores. 
 
 Mediadores de Defesa: Leucócitos fagócitos, 
anticorpos e proteínas do complemento. 
 
 Componentes da Imunidade Inata: Células 
natural killer, células dendríticas e células 
epiteliais, fatores solúveis como proteínas do 
sistema complemento. 
 
Possuem a função de eliminar células 
danificadas e corpos estranhos, além disso, 
juntas agem como primeira barreira contra 
infecções. 
 
 Como ocorre o processo de inflamação? 
O processo de inflamação envia células 
mediadores de defesa nos tecidos lesados ou 
necróticos, também em invasores estranhos, 
como microrganismos, e ativa as células e 
moléculas recrutadas agindo assim para eliminar 
as substâncias indesejadas ou nocivas. 
 
 Desenvolvimento da Reação Inflamatória 
típica: 
1. O agente agressor, que se situa nos tecidos 
extravasculares, é reconhecido pelas células 
e moléculas hospedeiras. 
 
2. Os leucócitos e as proteínas do plasma são 
recrutados da circulação para o local onde o 
agente agressor está localizado. 
 
3. Os leucócitos e as proteínas são ativados e 
trabalham juntos para destruir e eliminar a 
substância agressora. 
 
4. A reação é controlada e concluída. 
 
5. O tecido lesado é reparado. 
 
 Componentes da Resposta Anti-Inflamatória: 
Os vasos sanguíneos se dilatam para reduzir o 
fluxo sanguíneo e, ao aumentar a permeabilidade, 
permitem que proteínas circulatórias selecionadas 
entrem no local da infecção ou do tecido lesado. 
 
Inicialmente, os leucócitos chegam a parar, 
migrando, em seguida, para os tecidos, ocorrendo 
alteração no endotélio vascular. Além disso, os 
leucócitos, uma vez recrutados, são 
ativados e adquirem a habilidade de ingerir e 
destruir os microrganismos e as células mortas, 
corpos estranhos e outros materiais indesejados 
nos tecidos. 
 
 
 
 Consequências Nocivas da inflamação: São 
autolimitadas e se resolvem à medida que a 
inflamação vai se reduzindo, deixando pouco ou 
nenhum dano. Entretanto, se a reação infamatória 
for mal direcionada, ocorre contra substancias 
ambientes normalmente inofensivas ou 
incontrolada, sendo assim, a reação inflamatória 
protetora se torna a causa da doença, e o dano que 
produz é a característica dominante. 
 
 Inflamação Local e sistêmica: A local evidencia-
se a reação tecidual, que é uma resposta local a 
uma infecção ou a um dano localizado. A sistêmica 
é a reação inflamatória a uma infecção 
disseminada, causando anormalidade patológicas 
generalizadas. 
 
 Mediadores da Inflamação: Microrganismos, 
células necróticas e até mesmo a hipóxia podem 
estimular a produção de mediadores inflamatórios 
e, então, provocar inflamação. Esses mediadores 
iniciam e amplificam a resposta inflamatória, 
determinando seu padrão, severidade e 
manifestações clínicas e patológicas. 
 
 Inflamação Crônica e Aguda: A inflamação 
aguda (Imunidade Inata) é uma rápida resposta 
inicial a infecção e ao dano tecidual, sendo 
rápida no início e de curta duração, 
caracterizada pela exsudação de fluido e 
proteínas plasmáticas e a emigração de 
leucócitos, predominantemente neutrófilos. 
 
Quando a inflamação aguda atinge os objetivos 
de eliminar os agressores a reação deve ser 
reduzida, porém se a resposta não for o 
suficiente progride para uma Inflamação Crônica 
(Imunidade Adaptativa), que é de longa duração 
associada a maior destruição tecidual, presença 
de linfócitos e macrófagos, proliferação de 
vasos sanguíneos e deposição de tecido 
conjuntivo. 
 
 Término da Inflamação e Início do Reparo 
Tecidual: A inflamação termina quando o agente 
agressor é eliminado. Além disso, mecanismos 
anti-inflamatórios são ativados e servem para 
controlar a resposta e evitar que cause danos 
excessivo ao hospedeiro, após eliminar os 
agentes agressores, ativam o processo de reparo 
tecidual em que o tecido é substituído pela 
regeneração das células sobreviventes e o 
preenchimento de defeitos residuais por tecido 
conjuntivo. 
CAUSAS DA INFLAMAÇÃO 
 Infecções: Podem ser bacteriana, virótica, 
fúngica, parasitária e toxinas microbianas. O 
resultado é determinado pelo tipo de patógenos 
e até certo ponto pelas características dos 
hospedeiros. 
 
 Necrose dos Tecidos: Ela causa inflamação 
independente da causa da morte celular, sendo 
isquemia, trauma e lesões físicas e químicas, além 
disso várias moléculas liberadas das células 
necróticas causam inflamação. 
 
 Corpos Estranhos: Causam lesões tecidual 
traumática ou transportam microrganismos. 
 
 Reações Imunes: As respostas imunes lesivas são 
direcionadas contra antígenos próprios, causando 
as doenças autoimunes, ou são reações excessivas 
contra substâncias, como em alergias, ou contra 
microrganismos do ambiente. A inflamação é 
induzida por citocinas produzidas pelos linfócitos T 
e outras células do sistema imune. 
RECONHECIMENTO DE 
MICRORGANISMOS E C 
 Receptores Celulares para Microrganismos: 
As células expressam receptores na membrana 
plasmática (para microrganismos extracelulares), os 
endossomos (para microrganismos ingeridos) e o 
citosol (para microrganismos intracelulares), que 
permitem que as células percebam a presença de 
invasores estranhos em qualquer compartimento 
celular. 
 
 Sensores de Danos Celulares: Os receptores 
citosólicos reconhecem diversas moléculas (ácido 
úrico, concentrações intracelulares reduzidas de K+ 
e o DNA quando é liberado no citoplasma) que são 
liberadas como consequência do dano celular. Eles 
ativam o complexo citosólicos multiproteico 
(inflamassomo) o qual induz a produção de citocina 
interleucina 1 (IL-1) que recruta leucócitos e induz 
a inflamação. 
 
 Outros Receptores Celulares envolvidos na 
Inflamação: Muitos leucócitos expressam 
receptores para as caudas Fc dos anticorpos e para 
as proteínas do complemento, os receptores 
reconhecem os microrganismos revestidos com 
anticorpos e complemento e promovem a ingestão e 
a destruição dos microrganismos, além inflamação. 
 
 Proteínas Circulatórias: O sistema 
complemento reage contra os microrganismos e 
produz mediadores de inflamação 
 
 
 
 
 
 
Inflamação Aguda 
 
 A inflamação aguda tem três componentes 
principais: 
(1) dilatação de pequenos vasos levando a 
aumento no fluxo sanguíneo; 
 
(2) aumento de permeabilidade da 
microvasculatura, que permite que as 
proteínas do plasma e os leucócitos saiam 
da circulação; 
 
(3) emigração de leucócitos da 
microcirculação, seu acúmulo no foco da 
lesão e sua ativação para eliminar o agente 
agressor. 
REAÇÕES DOS VASOS SANGUÍNEOS 
NA INFLAMAÇÃO AGUDA 
 Alterações no fluxo sanguíneo e na 
permeabilidade dos vasos, ambas destinados à 
maximização do movimento das proteínas e 
leucócitos do plasma para fora da circulação, em 
direção ao local da infecção ou lesão. 
 
 Exsudato é o fluido extravascular que apresenta 
uma elevada concentração proteica e contém 
resíduos celulares. Sua presença indica o 
aumento de permeabilidade dos pequenos vasos 
sanguíneos provocada por algum tipo de lesão 
tecidual e uma reação inflamatória contínua. 
 
 Transudato é um fluido com baixo conteúdo 
proteico, pouco ou nenhum material celular e 
baixa gravidade específica. É um ultrafiltrado 
de plasma sanguíneo que resulta de desequilíbrio 
osmótico ou hidrostático ao longo da parede do 
vaso sem aumento correspondente na 
permeabilidade vascular. 
 
 
 
Pus= Exsudato purulento. 
 
 Alterações no Fluxo e no Calibre Vascular: 
 
− A vasodilatação é induzida pela ação de vários 
mediadores como a histamina, no músculos 
lisos vasculares. A vasodilatação envolve as 
arteríolas,levando a abertura de novos leitos 
capilares na área, resultando no aumento 
 
 
do fluxo sanguíneo ocasionando o calor e o 
vermelhidão no local da inflamação. 
 
− Logo, após se tem um aumento da 
permeabilidade da microvasculatura. 
 
− A perda de fluido e o diâmetro aumentado do 
vaso levam a fluxo sanguíneo mais lento, 
concentração de hemácias em pequenos vasos e 
aumento de viscosidade do sangue, resultando 
na obstrução dos pequenos vasos com hemácias 
se movimentando lentamente, uma condição 
denominada estase. 
 
− Ao longo do desenvolvimento da estase, os 
leucócitos sanguíneos, principalmente os 
neutrófilos, se acumulam ao longo do endotélio 
vascular. Ao mesmo tempo, as células 
endoteliais são ativadas por mediadores 
produzidos nos locais de infecção e dano 
tecidual, expressando níveis aumentados de 
moléculas de adesão. Os leucócitos, então, 
aderem ao endotélio e, logo depois, migram 
através da parede vascular para dentro do 
tecido intersticial. 
 
 Permeabilidade Vascular das vênulas pós-
capilares Aumentada (Extravasamento): 
 
− A contração das células endoteliais resultando 
no aumento dos espaços interendoteliais é o 
mecanismo mais comum extravasamento. A 
resposta transitória imediata ocorre 
rapidamente após a exposição ao mediador com 
vida curta. O extravasamento atrasado e 
prolongado, pode ser causado pela contração 
das células endoteliais ou por dano endotelial 
leve. 
 
− A lesão endotelial, resultando em necrose e 
separação das células endoteliais. 
 
− Aumento no transporte de fluidos e proteínas 
(transcitose) através da célula endotelial. Ele 
envolve canais intracelulares que são 
estimulados por determinados fatores como o 
(VEGF), que promove o extravasamento 
vascular. 
 
 
 Respostas de Vasos Linfáticos e Linfonodos: 
Na inflamação, o fluxo linfático é aumentado e 
ajuda a drenar o fluido do edema que se acumula 
devido ao aumento de permeabilidade vascular. 
Os vasos linfáticos, assim como os vasos 
sanguíneos, se proliferam durante as reações 
inflamatórias a fim de lidar com o aumento da 
carga. Os linfonodos inflamados são aumentados 
por causa da hiperplasia dos folículos linfoides e 
do aumento no número de linfócitos e 
macrófagos. 
 
Linfangite: Os vasos linfáticos podem tornar-se 
inflamados de maneira secundária. 
 
Linfadenite: Os linfonodos de drenagem podem 
tornar-se inflamados. 
RECRUTAMENTO DE LEUCÓCITOS 
PARA OS LOCAIS DE INFLAMAÇÃO 
 As mudanças no fluxo sanguíneo e na 
permeabilidade vascular são rapidamente 
seguidas por influxo de leucócitos no tecido. 
 
 Os leucócitos também produzem fatores de 
crescimento que ajudam no reparo. O preço pago 
pela potência de defesa dos leucócitos é que, 
quando fortemente ativados, eles podem induzir 
dano aos tecidos e prolongar a inflamação, pois 
os produtos dos leucócitos que destroem os 
microrganismos e ajudam a “limpar” os tecidos 
necróticos também podem lesar os tecidos do 
hospedeiro não envolvidos no processo. 
 
 A jornada dos leucócitos da luz vascular até o 
tecido é um processo de várias etapas, 
mediado e controlado por moléculas de adesão 
e citocinas chamadas quimiocinas: 
 
(1) Na luz: marginação, rolamento e adesão ao 
endotélio. O endotélio vascular, em seu 
estado normal não ativado, não se liga às 
células circulantes nem impede sua 
passagem. Na inflamação, o endotélio é 
ativado e pode ligar-se aos leucócitos, como 
um prelúdio de sua saída dos vasos 
sanguíneos. 
 
(2) Migração através do endotélio e da parede 
do vaso. 
 
(3) Migração nos tecidos em direção aos 
estímulos quimiotáticos. 
Adesão do Leucócito ao Endotélio: 
 
 Marginação: É o processo de redistribuição de 
leucócitos. Como o fluxo sanguíneo torna-se mais 
lento no princípio da inflamação (estase), as 
condições hemodinâmicas mudam (a tensão de 
cisalhamento na parede do vaso diminui) e mais 
leucócitos assumem posição periférica ao longo da 
superfície endotelial. 
 
 A ligação dos leucócitos às células endoteliais é 
mediada pelas moléculas de adesão 
complementares nos dois tipos de células cuja 
expressão é reforçada pelas citocinas. As 
citocinas são secretadas pelas células-sentinela 
nos tecidos, como resposta aos microrganismos e 
outros agentes lesivos, garantindo, dessa forma, 
que os leucócitos sejam recrutados aos tecidos, 
onde esses estímulos estão presentes. 
 
 
Migração dos Leucócitos Através do Endotélio 
(Diapedese ou Transmigração): 
 
 A transmigração dos leucócitos ocorre 
principalmente nas vênulas pós-capilares. As 
quimiocinas agem nos leucócitos que se aderem e 
estimulam as células a migrar através dos espaços 
interendoteliais em direção ao gradiente de 
concentração química; ou seja, rumo ao local da 
lesão ou da infecção onde as quimiocinas estão 
sendo produzidas. Após atravessar o endotélio, os 
leucócitos penetram na membrana basal, 
provavelmente por secretarem colagenases, e 
entram no tecido extravascular. As células, então, 
migram em direção ao gradiente quimiotático 
criado pelas quimiocinas e por outros 
quimioatraentes, acumulando-se no sítio 
extravascular. 
 
Quimiotaxias Dos Leucócitos: 
 
 É a locomoção seguindo um gradiente químico, 
onde após os leucócitos saírem da circulação vão 
para os tecidos em direção ao local da lesão. 
 
 Os quimioatraentes endógenos incluem vários 
mediadores químicos: 
 
(1) citocinas, particularmente aquelas da família 
de quimiocinas; 
 
(2) componentes do sistema complemento, por 
exemplo o C5a; 
(3) metabólitos, principalmente o leucotrieno 
B4 (LTB4). 
 
Todos esses agentes quimiotáticos se ligam a 
receptores específicos ligados a proteínas G 
transmembrana-7 na superfície dos leucócitos. Os 
sinais iniciados a partir desses receptores resultam 
na ativação de mensageiros secundários que 
aumentam o cálcio citosólico e ativam pequenas 
guanosinas trifosfatases da família 
Rac/Rho/cdc42, bem como várias cinases. Esses 
sinais induzem a polimerização da actina, resultando 
no aumento das quantidades de actina polimerizada 
nas bordas da célula e na localização de filamentos 
de miosina na parte posterior. O leucócito se move 
ao estender filopódios que puxam a parte de trás 
da célula na direção da extensão. 
 As respostas desses leucócitos consistem em: 
(1) reconhecimento dos agentes agressores 
pelos TLRs e outros receptores, os quais geram 
sinais que (2) ativam os leucócitos para a 
fagocitose e destroem os agentes agressores. 
 
 Os neutrófilos predominam no infiltrado 
inflamatório durante as primeiras horas, depois 
são substituídos pelos monócitos e macrófagos. 
 
FAGOCITOSE E LIBERAÇÃO DO 
AGENTE AGRESSOR 
 Ativação dos Leucócitos: É o conjunto de 
reconhecimento que induz várias respostas 
dos leucócitos. 
 
− Ela resulta em vias de sinalização, 
levando a aumento do cálcio citosólicos e 
ativação de enzimas como a proteína 
quinase C e a fosfolipase A2. 
Fagocitose 
 Nela se tem primeiro o reconhecimento e ligação 
de partículas que irão ser ingeridas pelos 
leucócitos, essa ingestão acaba formando 
vacúolo fagocítico, depois se tem a morte ou 
degradação do material ingerido. 
 
 Receptor de manose: é uma lectina que se liga 
aos resíduos terminais manose e fucose de 
glicoproteínas e glicolipídios, ele reconhece 
microrganismos e não as células do hospedeiro. 
 
 Receptores Depuradores: São moléculas que se 
ligam e medeiam a endocitose de partículas de 
lipoproteína de baixa densidade (LDL) oxidada ou 
acetilada que não podem mais interagir com o 
receptor convencional de LDL. 
 
 Receptores para várias opsoninas ligantes aos 
microrganismos ingeridos: As principais 
opsoninas são os anticorpos IgG, o produto da 
quebra de C3b do complemento e certas lectinas 
do plasma. 
 
 Após a ligação da partícula aos receptores do 
fagócito, as extensões do citoplasma 
(pseudópodes) fluem ao redordela e a membrana 
plasmática se fecha para formar uma vesícula 
(fagossomo) que engloba a partícula. Em seguida, o 
fagossomo se funde com o grânulo lisossômico, 
resultando na liberação do conteúdo do grânulo 
para dentro do fagolisossomo. 
 
 
Destruição Intracelular de 
Microrganismos e Resíduos 
 
 A morte dos microrganismos é realizada pela 
espécies reativas de oxigênio ERO e espécies 
reativas de nitrogênio. 
 
 ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO: as EROs 
são produzidas dentro do lisossomo e do 
fagolisossomo, onde podem agir nas partículas 
ingeridas sem danificar a célula hospedeira. é, 
então, convertido(a) em peróxido de hidrogênio 
(H2O2), predominantemente devido à dismutação 
espontânea. O H2O2, por si só, não é capaz de 
destruir, de forma eficiente, os microrganismos. 
O H2O2 também é convertido no radical hidroxila 
(-OH), outro agente destrutivo muito potente. 
Esses radicais livres derivados do oxigênio se 
ligam e modificam os lipídios, proteínas e ácidos 
nucleicos das células, destruindo, dessa forma, as 
células como microrganismos, pois são ligadas ao 
dano tecidual acompanhado de inflamação. 
 
 ÓXIDO NÍTRICO: Há três tipos diferentes de 
NOS: o endotelial (eNOS), o neuronal (nNOS) e o 
induzível (iNOS). O eNOS e o nNOS são 
constitutivamente expressos em baixos níveis, e o 
NO que produzem funciona com o objetivo de 
manter o tônus vascular e como um 
neurotransmissor. O iNOS, tipo envolvido na 
eliminação de microrganismos, é induzido quando 
os macrófagos e neutrófilos são ativados pelas 
citocinas Além de seu papel como substância 
microbicida, o NO relaxa o músculo liso 
vascular e promove a vasodilatação. 
 
 ENZIMAS LISOSSÔMICAS E OUTRAS 
PROTEÍNAS LISOSSÔMICAS: Os neutrófilos 
e monócitos contêm grânulos lisossômicos que 
contribuem para a eliminação de microrganismos 
e, quando liberados, podem contribuir para o 
dano tecidual. 
 
− Os neutrófilos possuem dois principais tipos 
de grânulos: Os menores específicos, que 
contêm lisozima, colagenase, gelatinase, 
lactoferrina, ativador e plasminogênio, 
histaminase e fosfatase alcalina. Os 
grânulos azurófilos maiores, que contêm 
mieloperoxidase, fatores bactericidas, 
hidrolases ácidas e uma variedade de 
proteases neutras. 
 
− As proteases ácidas degradam bactérias e 
resíduos dentro dos fagolisossomos, onde 
são acidificados por bombas de prótons 
ligadas às membranas. 
 
− As proteases neutras são capazes de 
degradar vários componentes 
extracelulares, como, por exemplo, 
colágeno, membrana basal, fibrina, elastina 
e cartilagem, resultando em destruição 
tecidual que acompanha os processos 
inflamatórios. Podem clivar diretamente as 
proteínas do complemento C3 e C5, 
liberando anafilatoxinas e liberando um 
peptídeo tipo cinina a partir do cininogênio. 
 
 
− Sistema de Antiproteases: a α1-
antitripsina, que é o principal inibidor da 
elastase de neutrófilo, a α2-Macroglobulina 
é outra antiprotease encontrada no soro e 
em várias secreções. 
Armadilhas Extracelulares de Neutrófilos 
 São redes fibrilares extracelulares que 
fornecem alta concentração de substâncias 
antimicrobianas em locais de infecção, evitando 
que os microrganismos de espalhem ao prendê-
los nas fibrilas. 
 
 
 Ela consiste em uma malha viscosa de cromatina 
nuclear que liga e concentra as proteínas 
granulares como os peptídeos e as enzimas 
antimicrobianas. No processo de formação das 
NETs, os núcleos dos neutrófilos desaparecem, 
levando à morte das células. 
 
Dano Tecidual Mediado por Leucócitos 
 
 Os leucócitos são importantes causas de lesão 
às células e aos tecidos normais: 
 
− Em algumas infecções de difícil 
erradicação, a resposta prolongada do 
hospedeiro contribui mais para a doença do 
que o próprio microrganismo. 
 
− Quando a resposta inflamatória é 
inapropriadamente direcionada contra os 
tecidos do hospedeiro, como em certas 
doenças autoimunes. 
 
− Quando o hospedeiro reage excessivamente 
contra substâncias do ambiente geralmente 
inofensivas, como ocorre nas doenças 
alérgicas. 
 
Outras Respostas Funcionais dos 
Leucócitos Ativados 
 
 Essas células, especialmente os macrófagos, 
produzem citocinas que podem ou amplificar ou 
limitar as reações inflamatórias, fatores de 
crescimento que estimulam a proliferação das 
células endoteliais e fibroblastos e a síntese de 
colágeno, além de enzimas que remodelam os 
tecidos conjuntivos. 
 
 A IL-17 estimula a secreção de quimiocinas que 
recrutam outros leucócitos. Na ausência de 
respostas efetivas de TH17, os indivíduos se 
mostram suscetíveis a infecções fúngicas e 
bacterianas, e os abscessos cutâneos que se 
desenvolvem são os “abscessos frios”, que não 
apresentam as características clássicas da 
inflamação aguda, como calor e vermelhidão. 
TÉRMINO DA RESPOSTA 
INFLAMATÓRIA AGUDA 
 A inflamação diminui depois de os agentes 
agressores serem removidos, e a medida que a 
inflamação se desenvolve, o próprio processo 
deflagra uma gama de sinais de alerta que 
ativamente encerram a reação. 
 
 
Mediadores da Inflamação 
 
 São as substâncias que iniciam e regulam as 
reações inflamatórias. 
 
 Os mediadores mais importantes da inflamação 
aguda são as aminas vasoativas, os produtos 
lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos), as 
citocinas (incluindo as quimiocinas) e os produtos 
da ativação do complemento. 
 
 Mediadores são secretados a partir de células 
que estão concentrados em grânulos 
intracelulares e podem ser secretados por 
exocitose do grânulo ou produzidos a partir de 
proteínas plasmáticas, que são produzidas no 
fígado e estão presentes na circulação como 
precursores inativos que têm de ser ativados. 
 
 Os principais tipos de células que produzem 
mediadores de inflamação aguda são as 
sentinelas, que detectam invasores e dano 
tecidual, ou seja, macrófagos, células 
dendríticas e mastócitos. 
 
 Mediadores ativos são produzidos somente em 
resposta a vários estímulos. 
 
 
 
 A maioria dos mediadores tem vida curta. 
 
 Um mediador pode estimular a liberação de 
outros mediadores. 
 
 AMINAS VASOATIVAS: HISTAMINA E 
SEROTONINA: A histamina é armazenada nos 
grânulos dos mastócitos e liberada pela 
desgranulação em resposta a uma variedade de 
estímulos como a lesão física como trauma, frio 
ou calor; a ligação de anticorpos aos mastócitos, 
que constitui a base das reações alérgicas; 
produtos do complemento chamados de 
anafilatoxinas. Ela causa dilatação das arteríolas 
e aumenta a permeabilidade das vênulas. 
 
− A serotonina é um mediador vasoativo 
preformado presente nas plaquetas e em 
certas células neuroendócrinas, sua função 
é atuar como neurotransmissor no trato 
gastrointestinal, é um vasoconstritor. 
 
 
 
 METABÓLITOS DO ÁCIDO 
ARAQUIDÔNICO: Os mediadores lipídicos, 
prostaglandinas e leucotrienos, são produzidos a 
partir do ácido araquidônico (AA), presente nos 
fosfolipídios da membrana, estimulando as 
reações vasculares e celulares na inflamação 
aguda. 
 
 
 
 SISTEMA COMPLEMENTO: é uma coleção de 
proteínas solúveis e de receptores de membrana 
que funcionam principalmente na defesa do 
hospedeiro contra os microrganismos e nas 
reações inflamatórias patológicas. 
 
(1) A clivagem de C3 pode ocorrer por uma das três vias 
seguintes: 
 
Via clássica, que é desencadeada pela fixação do C1 
ao anticorpo (IgM ou IgG) que se combinou com o 
antígeno. 
 
Via alternativa, que pode ser desencadeada pelas 
moléculas da superfície de microrganismos, 
polissacarídeos complexos, veneno de cobra e outras 
substâncias, na ausência do anticorpo. 
 
Via da lectina, na qual a lectina ligante à manose do 
plasma se liga aos carboidratos nos microrganismos, 
ativando diretamente o C1. 
 
(2) Todas as três vias de ativação do complemento levam 
à formação de uma enzima ativa chamada C3 
convertase, que quebrao C3 em dois fragmentos 
funcionalmente distintos: o C3a e o C3b. O C3a, 
então, é liberado e o C3b se torna covalentemente 
ligado à célula ou à molécula onde o complemento está 
sendo ativado. Em seguida, mais C3b se liga aos 
fragmentos previamente gerados para formar a C5 
convertase, que quebra o C5 para liberar o C5a e 
deixar o C5b ligado à superfície celular. O C5b se 
liga aos últimos componentes (C6-C9), culminando na 
formação de um complexo de ataque à membrana. 
 
− Esse sistema possui três funções principais: 
Inflamação, opsonização e fagocitose, lise celular. 
 
− Os papéis mais importantes dessas proteínas 
regulatórias são os seguintes: Inibidor de C1 (C1 
INH); Fator de aceleração de decaimento (DAF) e 
a CD59; Outras proteínas regulatórias do 
 
complemento clivam proteoliticamente 
componentes ativos do complemento. 
 
 OUTROS MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 
− Fator de Ativação Plaquetária (PAF): Ele causa 
agregação plaquetária, vasoconstrição e 
broncoconstrição, em concentrações baixas, 
provoca vasodilatação e aumento de 
permeabilidade venular. 
 
− Produtos da Coagulação: Os receptores 
ativados pela protease (PARs), os quais são 
ativados pela trombina e expressos nas 
plaquetas e leucócitos. 
 
− Cininas: São peptídeos vasoativos derivados 
das proteínas plasmáticas (cininogênio), pela 
ação de proteases específicas denominadas 
calicreínas. A bradicinina aumenta a 
permeabilidade vascular e causa contração do 
musculo liso, dilatação dos vasos sanguíneos e 
dor quando injetada na pele. 
 
− Neuropeptídeos: São secretados por nervos 
sensoriais e vários leucócitos, e tem 
participação na iniciação e na regulação de 
respostas inflamatórias. Por exemplo, a 
substância P e a neurocinina A. 
 
Padrões Morfológicos da 
Inflamação Aguda 
 
 São a dilatação de pequenos vasos sanguíneos e o 
acúmulo de leucócitos e fluido no tecido 
extravascular. 
 
 Inflamação Serosa: É marcada pela exsudação 
de fluidos com poucas células nos espaços criados 
pela lesão celular ou em cavidades corporais 
revestidas pelo peritônio, pleura e pericárdio. A 
efusão é o acúmulo de fluidos na cavidade 
corporal. 
 
 Inflamação Fibrinosa: É um exsudato fibrinoso 
que se desenvolve quando ocorrem grandes 
extravasamentos ou na presença de um estímulo 
pró-coagulante local. A conversão do exsudato 
fibrinoso em tecido cicatrizado (organização) 
dentro do saco pericárdico produz um 
espessamento fibroso opaco do pericárdio e do 
epicárdio na área de exsudação 
 
 
 Inflamação Purulenta (Supurativa), Abscesso: É 
caracterizada pela produção de pus, um exsudato 
constituído por neutrófilos, resíduos liquefeitos 
de células necróticas e fluido de edema. A causa 
mais comum é a infecção por bactérias que 
causam necrose por liquefação de tecidos. 
 
EX: Apendicite Aguda. 
 
 Úlceras: É um defeito local ou escavação da 
superfície de um órgão ou tecido, que é produzida 
por perda de tecido necrótico inflamado. É comum 
encontra ela na mucosa da boca, estômago, 
intestinos ou trato genitourinário; na pele e no 
tecido subcutâneo das extremidades inferiores 
em pessoas mais velhas com distúrbios 
circulatórios que predispõem a uma extensa 
necrose isquêmica. 
 
RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA 
 Todas as reações inflamatórias agudas podem 
apresentar um destes três resultados: 
 
− Resolução Completa: É o resultado normal 
quando a lesão é eliminada ou de curta duração, 
ou quando houve pouca destruição tecidual e as 
células parenquimatosas danificadas podem 
regenerar-se. A resolução envolve a remoção 
dos restos celulares e microrganismos pelos 
macrófagos e a reabsorção do fluido de edema 
pelos linfáticos. 
 
− Reparo pela Substituição do Tecido 
Conjuntivo: Isso ocorre após importante 
destruição tecidual, quando a lesão 
inflamatória envolve tecidos que são incapazes 
de regeneração ou quando existe exsudação 
abundante de fibrina no tecido ou em 
cavidades serosas, dessa forma o tecido 
conjuntivo cresce para dentro das áreas de 
dano ou exsudato, convertendo-as em uma 
massa de tecido fibroso. 
 
− Progressão da Resposta para Inflamação 
Crônica: Ocorre quando a resposta 
inflamatória aguda não pode ser resolvida, 
como resultado da persistência do agente 
lesivo ou de alguma interferência no processo 
normal de reparo. 
 
 
Inflamação Crônica 
 
 É a inflamação de duração prolongada (semanas ou 
meses) em que a inflamação, a lesão tecidual e as 
tentativas de reparo coexistem em variadas 
combinações. 
 
 Causas: 
 
(1) Infecções persistentes por microrganismos 
difíceis de eliminar, como microbactérias, 
certo vírus, fungos e parasitas. 
 
(2) Doenças de Hipersensibilidade, são doenças 
causadas pela ativação excessiva ou 
inapropriada do sistema imunológico. 
 
(3) Exposição prolongada a agentes 
potencialmente tóxicos, tanto exógenos quanto 
endógenos. 
 
(4) Doenças neurodegenerativas como a doença de 
Alzheimer, a síndrome metabólica e o diabetes 
do tipo 2, além de certas neoplasias em que as 
reações inflamatórias promovem o 
desenvolvimento de tumores. 
 
 
 Características Morfológicas: Infiltração com 
células mononucleares, como macrófagos, linfócitos 
e plasmócitos; Distribuição tecidual, induzida pelo 
agente agressor persistente ou pelas células 
inflamatórias; Tentativas de Reparo pela 
substituição do tecido danificado por tecido 
conjuntivo. 
CÉLULAS E MEDIADORES DA 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
 A combinação de infiltração leucocitária, dano 
tecidual e fibrose, que caracteriza a inflamação 
crônica, resulta da ativação local de vários tipos 
celulares e da produção de mediadores. 
FUNÇÃO DOS MACRÓFAGOS 
 Contribuem com a reação ao secretar citocinas e 
fatores de crescimento que agem em várias células, 
destruindo invasores estranhos e tecidos, bem 
como ativando outras células, em especial os 
linfócitos T. 
 
 MACRÓFAGOS: são células teciduais derivadas de 
células-tronco hematopoiéticas na medula óssea, 
bem como de células progenitoras no saco vitelino 
embrionário e no fígado do feto durante o 
desenvolvimento inicial. 
 
 Progenitores comprometidos na medula óssea 
dão origem aos monócitos, que entram no sangue, 
migram para o interior de vários tecidos e se 
diferenciam em macrófagos. Nas reações 
inflamatórias, os monócitos começam a migrar 
para dentro dos tecidos extravasculares de 
forma bem rápida e, no intervalo de 48 horas, 
podem constituir o tipo celular predominante. 
 
 Há duas vias principais de ativação dos 
macrófagos: 
 
− Ativação clássica: Induzida por produtos 
microbianos; pelos sinais derivados de células 
T; ou por substâncias estranhas incluindo 
cristais e partículas. Produzem NO e ERO, 
além de suprarregular as enzimas 
lisossômicas, resultando no aumento da 
habilidade de eliminar organismos ingeridos e 
secretar citocinas que estimulam a 
inflamação. Esses macrófagos são 
importantes para a defesa do hospedeiro 
contra microrganismos e em muitas reações 
inflamatórias. 
 
− Ativação alternativa: É induzida por outras 
citocinas além do IFN-γ, tais como a IL-4 e a 
IL-13. A principal atuação é no reparo 
tecidual. Eles secretam fatores de 
crescimento que promovem a angiogênese, 
ativam os fibroblastos e estimulam a síntese 
de colágeno. 
 
 
 Funções dos Macrófagos: 
− Ingerem e eliminam os microrganismos e os 
tecidos mortos. 
 
− Os macrófagos iniciam o processo de reparo 
tecidual e estão envolvidos na formação de 
cicatrizes e fibrose. 
 
− Os macrófagos secretam mediadores da 
inflamação, tais como as citocinas (TNF, IL-1, 
quimiocinas e outras, e eicosanoides). 
 
− Os macrófagos apresentam antígenos para os 
linfócitos T e respondem a sinais das células T, 
configurando, dessa forma, uma cadeia de 
retroalimentação 
 
 
 
 
FUNÇÃO DOS LINFÓCITOS 
 Os microrganismos e outros antígenos do 
ambiente ativam os linfócitos Te B, o que 
amplifica e propaga a inflamação crônica. 
 
 Os linfócitos T e B (efetor e memória) 
estimulados pelos antígenos usam vários pares de 
moléculas de adesão (selectinas, integrinas e seus 
ligantes) e quimiocinas para migrar para os locais 
de inflamação. 
 
OUTRAS CÉLULAS NA INFLAMAÇÃO 
CRÔNICA 
 Eosinófilos: são abundantes nas reações 
imunológicas mediadas por IgE e em infecções 
parasitárias. Têm grânulos contendo a proteína 
básica principal, uma proteína altamente catiônica 
que é tóxica para parasitas, mas também causa 
lise das células epiteliais dos mamíferos. Por isso, 
são benéficos ao controle das infecções 
parasitárias, mas também contribuem para o dano 
tecidual nas reações imunológicas. 
 
 Mastócitos: são amplamente distribuídos nos 
tecidos conjuntivos e participam de ambas as 
reações inflamatórias, aguda e crônica. Expressam 
em sua superfície o receptor (Fc RI) que liga a 
porção Fc do anticorpo IgE. 
 
 
 
 Neutrófilos: sejam característicos da inflamação 
aguda, muitas formas de inflamação crônica que 
duram por meses continuam a mostrar grandes 
números de neutrófilos, induzidos tanto por 
microrganismos persistentes quanto por 
mediadores produzidos pelos macrófagos ativados 
e linfócitos T. 
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA 
 É uma forma de inflamação crônica caracterizada 
por coleções de macrófagos ativos, 
frequentemente com linfócitos T, e, algumas 
vezes, associada à necrose central. 
 
 Existem dois tipos de granuloma, que diferem em 
suas patogêneses: 
 
− Granulomas de Corpos Estranhos: são 
formados por corpos estranhos relativamente 
inertes, na ausência de respostas imunológicas 
mediadas por células T. 
− Granulomas Imunes: são causados por uma 
variedade de agentes capazes de induzir a 
resposta imunológica mediada por célula T. Em 
geral, esse tipo de resposta imunológica produz 
granulomas quando é difícil eliminar o agente 
iniciador, como é o caso de um microrganismo 
persistente ou autoantígeno.

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