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ETAGIO CAROL

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1.0 GRAMÁTICA NORMATIVA 
O ensino que prioriza a gramática é chamado de normativista, assumindo caráter tradicional. A gramática surgiu há dois séculos antes de cristo na escola de Alexandria, sendo os gregos os primeiros a se dedicarem ao estudo gramatical e às suas estruturas gramaticais com objetivo de preservar a pureza da língua grega que estava sendo contaminada por barbarismos. (LIMA, 2006, p.36).
Os estudos em linguística tem nos mostrado que a língua é um elemento vivo e homogêneo. Neste sentido, o presente trabalho propõe refletir sobre o uso e a aplicabilidade da gramática normativa em sala de aula.
A gramática é o pilar para o brasileiro no que tange à correta utilização do idioma,visto que quando se encontra com dúvidas, é aos manuais de Gramática Normativa que se recorrem.
Segundo Irandé (2007):
Para ser eficaz comunicativamente, não basta, portanto saber apenas as regras específicas da Gramática, das diferentes classes de palavras, suas flexões, suas combinações possíveis, a ordem de sua colocação nas frases, seus casos de concordância, entre outras. Tudo é necessário, mas não é suficiente. (IRANDÉ, 2007.pag.41)
O ensino de gramática nas nossas escolas de educação básica ao longo do tempo tido um caráter prescritivo, agarrando-se as normasnormativo que , são estabelecidas de acordo com a tradição literária clássica, da qual é tirada a maioria dos exemplos. Tais regras e exemplos são repetidos anos a fio como formas “corretas” e boas a serem imitadas na expressão do pensamento. (TRAVAGLIA, 2006). Nesta perspectiva, o ensino da gramática carece de atividades práticas de interpretação e produção. 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs): 
O ensino de Língua Portuguesa deve preparar o aluno para a vida, qualificando-o para o aprendizado permanente e para o exercício da cidadania. Se a linguagem é atividade interativa em que nos constituímos como sujeitos sociais, preparar para a vida significa formar locutores/autores e interlocutores capazes de usar a língua materna para compreender o que ouvem e leem e para se expressar em variedades e registros de linguagem pertinentes e adequados a diferentes situações comunicativas. Tal propósito implica o acesso à diversidade de usos da Língua, em especial às variedades cultas e aos gêneros de discurso do domínio público, que as exigem, condição necessária ao aprendizado permanente e à inserção social.
	Diante disso, existe a necessidade de se ensinar a norma padrão nas escolas, pois o aluno é um ser social. No entanto, o que cabe refletir aqui é a aplicabilidade desta norma e a questão da oralidade dos alunos, uma vez que muitos deles não conseguem compreender o porquê da existência de tantas regras e exceções, que, em seus entendimentos, não possuem nenhum valor. Segundo Possenti(1996, (1996, p.89), “a escola deveria aumentar o repertório do aluno, suas possibilidades de contato com mundos linguísticos que ele ainda não conhece através dos livros”.Portanto, é necessário que o professor domine várias modalidades da língua, de maneira que sejam quebradas as distancias entre o aluno possa compreender a necessidade do uso da língua padrão. Portanto, o professor tem a tarefa de romper a distancia que muitas vezes existe entre o aluno e a norma culta da língua, para que torne prazeroso o estudo. 
Uma das maiores causas de um ensino de língua materna mal direcionado, na escola tradicional,é a ideia de que o aluno não sabe a língua. Isso leva a concentrar o esforço em “ensinar” coisas, sobretudo teoria gramatical e regras (LUFT, 2009)
Segundo Possenti (1996, p.50): 
O princípio é o mais elementar possível. O que já é sabido não precisa ser ensinado. Seguindo esse princípio, os programas anuais poderiam basear-se num levantamento bem feito do conhecimento prático de leitura e escrita que os alunos já atingiram e, por comparação com o projeto da escola, uma avaliação do que ainda lhes falta aprender. Nada de consultar manuais e guias para saber o que se deve ensinar, por exemplo, numa sexta série.
Partindo dessa premissa, o professor precisa valorizar o que o aluno já sabe, para então definir o que precisa ser ensinado. Neste sentido, um método cabível é que o professor utilize por meio de oficinas de textos, as produções dos alunos. Pois segundo Antunes (2007, p.130) aborda que, “a gramática é constitutiva do texto, e o texto éconstitutivo da atividade da linguagem”.
Ainda segundo Antunes:
É preciso reprogramar a mente de professores, pais e alunos em geral, para enxergarem na língua muito mais elementos do simplesmente erros e acertos de gramática e de sua terminologia. De fato, qualquer coisa que foge um pouco do uso mais ou menos estipulado é vista como erro. As mudanças não são percebidas como “mudanças”, são percebidas como erros. (ANTUNES, 2007,pág.23).
Neste sentido, é importante romper com os métodos tradicionais de ensino da gramática pautados apenas em teorias sem apresentar para os alunos a sua aplicação, aliando o ensino da norma culta ao domínio de outras modalidades para que as possibilidades de comunicação dos alunos possam ser ampliadas.
Outro ponto relevante, é a necessidade do professor compreender que o uso que os alunos fazem da língua remetem aspectos como timidez e insegurança, pois a língua é um dos principais elementos da identidade cultural e pessoal. 
Pois a língua é:
[...] parte de tudo, da identidade cultural, histórica, social. É por meio dela que socializa-se, interage-se, que desenvolve- se sentimento de pertencimento a um grupo, a uma comunidade. É a língua que faz-se sentir pertencendo a um espaço. É ela que confirma essa declaração: Eu sou daqui. Falar, escutar ler, escrever reafirma, cada vez, nossa condição de gente, de pessoa histórica, situada em um tempo e um espaço. Além disso, a língua mexe com valores. Mobiliza crenças. Institui e reforça poderes. (ANTUNES, 2007, pág. 22) 
	
Não se pode negar o fato de que a língua é reflexo da cultura, pois justamente por isto, os PCN´s de língua portuguesa buscam contemplar as variedades regionais, permitindo aos alunos o acesso aos conhecimentos pertinentes para o exercício da cidadania.
Os parâmetros têm “a intenção de provocar debates a respeito da função da escola e reflexões sobre o que, quando, como e para que ensinar e aprender, que não envolvam não apenas as escolas, mas também pais, governo e sociedades” (PCNs,1998, pág..9)
Portanto, a abordagem trazida pelos parâmetros curriculares nacionais, é inteiramente funcionalista que tem como norte a língua e suas situações usuais. Neste sentido, o professor deve valorizar a fala dos alunos e suas peculiaridades. Como ressaltam os PCN´s:
Ao tomar a Língua materna como objeto de ensino, a dimensão de como os sujeitos aprendem e de como os sujeitos desenvolvem sua competência discursiva não pode ser perdida. É nas práticas sociais que se dá a expansão da capacidade de uso da linguagem, que possibilita mostrar o domínio do padrão da fala. (PCNs, 1998,pág..34)
Diante do exposto,é importante é considerar que o ensino da língua não ocorre da mesma forma em todos os alunos, até porque cada um tem seu próprio tempo e ritmo de aprender. A valorização dessas diferenças no que tange à aprendizagem, bem como a aplicabilidade das normas a serem ensinadas em sala de aulas representam um importante passo para um ensino eficaz de língua portuguesa, pois o ensino de qualidade é aquele que está além da teoria. 
2.0 GÊNEROS TEXTUAIS
A noção de gênero textual ampliou-se para toda a produção textual, as pessoas reconhecemcomo gênero cada momento seja pela dominação, instituição ou regulação, são rotineiros do nosso cotidiano.
MARCUSCHI ( 2007p19):
os gêneros caracterizam como eventos textuais altamente maleáveis,dinâmicos e plásticos, surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedade anteriores á comunicação escrita.De acordo com ENSINA KRESS(2003pg87) os textos são resultados de ações sociais com a linguagem e representam um aspecto relevante que contribui para situar o enquadre dos gêneros textuais , pois eles são artefatos lingüísticos, mas de natureza cultural e social envolvendo outros fenômenos.
Os gêneros textuais são a circulação dos aspectos fascinantes da sociedadepor mostra como a sociedade se organiza em todos seus aspectos, os aspectos de gêneros então empregados em circulação do cotidiano seja em anotação de compra ou ate mesmo em anotação de vendas o que fazia interação de praticas sósias incluindo os que circula no meio familiar da sociedade.
O gênero textual é fundamental na escola é ele que utilizado como meio de articulação entre as praticas sociais e os objetos escolares, principalmente, no domínio do ensino de tradução de textos orais e escritos. No ato de favorecer a aprendizagem da escrita de textos a escola sempre trabalhou com os gêneros , mas restringe seus ensinamentos aos aspectos formais ou estruturais dos textos, com isso o texto seja visto como um formuláriopreenchi pra leitura e escrita(BEZERRA 2002 pg41)
Dessa forma a escola deve contemplaros diferentes tipos de texto buscando no aluno ferramentas que contemplemuma boa pratica de leitura afimde que eles possa distinguir as diversas formas de gêneros textuais sabendo fazer a diferenciação em todos os tipos de textos visto que a leitura pode proporcionar um boa reflexão do mundo e da sociedade.
Os gêneros textuais se divide em carta ao leitor,artigo de opinião,noticia ,editorial, e reportagem
2.1 GÊNERO TEXTUAL CARTA DO LEITOR: 
Esse tipo de texto geralmente vinculado em revista e jornais podendo expor suas opiniões e seus pontos de vista em determinado assunto existe um espaço reservado onde os leitores podem dar suas opiniões, elogios ou qualquer tipo de reclamação referente ao determinado assunto exposto por esses meios de comunicação , ou qualquer tipo de veiculo comunicativo.
É um meio extremante importante pois assegura um resposta aos leitores da carta do leitor do seu ponto de vista dos assumtos abordados.
De acordo com BRANDAO:
As práticas da leitura e daprodução de textos de natureza epistolar e sobre as possibilidades deconduzir criar boas oportunidades de vivenciar ouso da correspondência na rotina da sala de aula.,sendo assim é importante estimular a leitura de textos epistolares. Que circulam no ambiente familiar e nos espaços de sociabilidadesAmpliadas (bilhetes entre amigos, cartas de amor, cartas de reclamação troca de E-mail(Entre os alunos, etc.) para que se amplie aFamiliaridade com o modo e a maneira de dizer, expressar e escreverTextos dessa natureza.(Brandao 2005 p114)
Sendo assim, é fundamental a introdução e a traduçãodesse tipo de texto visando o aprimoramento dos alunos e o estímulo em compreender e desenvolverhabilidades que facilitem a compreensão, e saber distinguir dos demais tipos de textos, a leitura possibilita esse tipo de diferenciação visto que incentiva o aluno a buscar respostas a determinados assuntos e dar sua opinião de forma clara e objetiva dentro do contexto de gênero textual carta. 
 O estimulodeve partir da pratica da escrita o que deve traduz uma realidade complexa e deveria visar a uma eficáciasocial. A prática epistolar deve ser compreendida como uma prática de escrita vivenciada com interlocutores reais (ou imaginários),que atende a necessidades oriundas de diferentes realidadeS sociofamiliares dos alunos.(Brandao, 2005)
A escrita deve ser o ponto de partida para a elaboração e compreensãoda carta ,visto que quando o aluno escreve ele pode diferenciar qualquer pito de situação a qual ele possa ser exposto no decorrer da aprendizagem.
2.2 GÊNERO TEXTUAL REPORTAGEM:
A reportagem é caracterizada pelo gênero textual não literário é avaliado como um texto jornalístico ligado aos meios de comunicação , televisão, radio, revista e outros meios de comunicação.
Esse gênero tem pó finalidade o dever de transmitir ao leitor informaçõese instituir um pondo de vista de opiniões de caráter social aos leitores. Pode ser considerado um meio de narrar, informar ou opinativo,visto que o seu papel é transmitir conhecendo e informação a todos os tipos de leitores tendo em foco a transição de um fato ocorrido na sociedade.
Apresentando características parecida com a noticia a reportagem é constituída de forma longa e pode ser compreendida pelo leitor com diferentes pontos de vista analisando as causas e as conseqüências da reportagem a ser transmitida.De acordo com Karwoski:
O gênero reportagem assim visto é um modo de proceder em um meio social especifico que Swales chama de comunidade discursiva, ele tanto é um elemento caracterizadopela comunidade quanto é um elementoque a caracteriza. Podendo ainda, dependendodo pito de comunidade, ser um elemento de manutenção ou de inovação das praticas discursivas ali presentes (Karwoski 2006p 58)
De forma o gênero textual reportagem deve ser trabalhado de acordo com a realidade social onde o aluno esta inserido, levando sempre em consideração os fatoressósias fazendo com que o aluno possa compreender o conteúdo, e as informações que a reportagem estar mostrando ou falando, visto que quando ele tem sua visão ampliada pode dar sua opinião de forma significativa dentro do contexto do que esta sendo abortado pela reportagem.
2.3 GÊNERO TEXTUAL NOTICIA 
Ela é um texto de caráter jornalístico de punho não literário sendo encontrado nos meios de comunicação e presente em nosso cotidiano, tem por objetivo informar sobre os acontecimentosatuais que estão ocorrendo no mundo através de revistas televisão em outros meios informativos.
A noticia é caracteriza em manchete principal a fim de chamar a atenção do leitor a certa do que esta sendo transmitido através da notícia, a fim a exploração do conteúdo trazido para informar o leitos dos fatos ocorridos, apresentada sempre na terceira pessoas do singular, buscando sempre usar uma linguagem clara e objetiva pra melhor compreensão dos fatos.Para santos 2006:
Por exemplo, entender uma publicidade, uma notícia de jornal, assistir a uma novela não é atividades simples, apresentam uma complexidade tal que, até hoje, ainda não podemos descrever Esse processo com clareza. Para a compreensão de qualquer texto, e também para a sua produção, convergem, dinamicamente, fatoresLingüísticos, sociais e culturais. ( SANTOS 2006p29)
Trabalhar com esses tipos de gêneros textuais na escolano ensino fundamental fazendo com que eles adquirem habilidades de compreender do que se trata o texto facilitar o seu entendimento acerca do que esta sendo mostrado, e discutido através dos diferentes meios informático como a noticia que requer um entendimento acerca do que esta acontecendo no mundo e no seu cotidiano enquanto leitor.
2.4 ARTIGO DE OPINIÃO
É um texto dissertativo –argumentativo nesse tipo de texto o autor tem por características expor seu ponto de vista e convencer esse tipo de texto tem por finalidade persuadir o leitor a cerca de determinado assunto. Suas características é de um texto jornalístico onde sua principal função é de convencer o leitor, utilizando temas polêmicos e da atualidade...
3.0 LITERATURA
Literatura é uma arte de fazertextos escritos e artísticos, seja ele na prosa em versos ou demais categorias. O texto literário é aquele que pretende dar vida e emoção ao leitor e para que isso aconteçao escritor utiliza a língua com liberdade, utilizando a metáfora das palavras para se explicar algo.
A literatura é arte e traz uma aprendizagem que deve ser vivida pela criança em formação do seu eu com o mundo. Como uma das mais importantes artes, despertando a imaginação e contribuindo com a sua formação. É um método ideal no processo educativo, colaborando na formação do bem leitor. Como afirma Coelho (2000, p.15):
Estamos com aqueles que dizem: sim a literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em formação: a de servir como agentede formação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola... É ao livro à palavra escrita, que atribuímos a maior responsabilidade na formação da consciência de mundo das crianças e dos jovens.
Nessa perspectiva, a criança desde cedo pode construir uma relação prazerosa com a leitura, dando-lhe oportunidade de conviver com diversos livros, gibis e revistas com os que elas podem manipular.
EAGLETON (2001, p. 02), afirma que a literatura transforma e intensifica a linguagem comum, afastando-se sistematicamente da fala cotidiana. A pessoa que faz uso dessa linguagem já está de certa forma acostumada com o jeito e ritmo desses indivíduos falantes. A cada palavra falada, a cada gesto feito a comunicação fica cada vez mais perto de uma performance artística de quem faz o uso da literatura.
A literatura nos faz refletir sobre determinado episódio no que diz respeito as convivências, respeitando assim, a particularidade de cada um. Como Eagleton(2001,p.33):
A literatura foi, sob vários aspectos, um candidato bem adequado a essa empresa ideológica. Como atividade liberal, “humanizadora”, podia proporcionar um antídoto poderoso ao excesso religioso e ao extremismo ideológico. Comoa literatura, tal como a conhecemos, trata de valores humanos universais e não de trivialidades históricas como as guerras civis, a opressão das mulheres ou a exploração das classes camponesas inglesas(...).
Com isso, a literatura propõe um novo conceito de valores, fazendo com que cada ser tenha ummeio de vida mais valorizado e respeitado. Tratando-se de aspectos lógicos, tudo que envolve a arte da literatura o homem torna-se um indivíduo mais reflexivo diante de todos os problemas que o cercam.

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