Buscar

Unidade II Sujeitos do Processo. PARTES E PROCURADORES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
PARTES E PROCURADORES 
I – Conceito: são pessoas naturais ou jurídicas que participam do processo. São sujeitos do 
processo. 
 No Processo de Conhecimento são chamadas de AUTOR e RÉU. 
 
a. AUTOR: aquele que deduz a pretensão em juízo contra o réu; 
 
b. RÉU: aquele à quem a pretensão dos autos é deduzida, aquele que é apontado como 
quem deve ressarcir ou restabelecer o status quo anti violado. 
 
 A denominação das partes varia conforme a fase processual: 
Ex: 
Processo de Execução (exequente e executado) 
Recurso (recorrente e recorrido) 
Embargos (embargante e embargado) 
 As partes são representadas no processo ou em juízo por meio do ADVOGADO 
(PÚBLICO OU PRIVADO), pois conforme artigo 133 da CF/88, o advogado é essencial à 
administração da justiça e, por tal exigência constitucional o advogado ajuda no 
desenvolvimento do processo, assegurando o contraditório e ampla defesa. 
II – Capacidade Processual 
a) Conceito: é a aptidão para ser sujeito ativo ou passivo do processo na relação jurídica 
processual. (artigo 70 CPC) 
 
 Capacidade de exercício ou de fato e, a capacidade de Direito (artigo 3º e 4º do CC 
2002) – artigo 71 do CPC: 
 
 O absolutamente incapaz deve ser representado; 
 O relativamente incapaz deve ser assistido; 
 Dezoito anos completo – maioridade civil (artigo 5º CC). 
II.1. CURADOR ESPECIAL 
 Caso o incapaz não tiver que o represente ou assista; ou se os interesses do 
representante ou assistente conflitem com o do incapaz, o JUIZ NOMEARÁ UM 
CURADOR ESPECIAL (ARTIGO 72, I). 
 A função de CURADOR ESPECIAL, em regra geral incumbe ao DEFENSOR PÚBLICO, 
pelo artigo 4º, XVI da LC 80/94 e parágrafo único do artigo 72 do CPC; 
 Cabe o CURADOR ESPECIAL, no caso do réu preso revel; ou do réu revel citado por 
citação ficta (por edital ou com hora certa) – artigo 72, II, NCPC; 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
II.1.1. Vício de Incapacidade (artigo 76 CPC) 
- Incapacidade processual ou irregularidade de representação das partes: 
a. O juiz suspende o processo; 
b. Marca prazo razoável para que a parte sane o defeito. 
- Efeitos: 
a. Autor: o juiz decretará a nulidade do processo e extingue o processo sem resolução de 
mérito; 
b. Réu: juiz aplica a sanção de revelia; 
c. Ao terceiro será excluído do processo. 
 
II.2. OUTORGA UXÓRIA (artigo 73 CPC). POLO ATIVO. 
a. Ações que versem sobre direitos reais imobiliários (direitos reais – art.s 1225 e 1227 
CC) 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para 
propor ação que verse sobre DIREITO REAL IMOBILIÁRIO, salvo 
quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
§ 1
o
 Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a 
ação: 
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob 
o regime de separação absoluta de bens; 
 Isto é uma disposição que se relaciona com a legitimidade de parte e não com a sua 
CAPACIDADE POCESSUAL. 
 § 3
o
 Aplica-se o disposto neste artigo À UNIÃO ESTÁVEL comprovada nos autos. 
 Este consentimento é chamado de outorga uxória e, pode ser conferido: 
a. Instrumento particular ou público; 
b. Declaração de próprio punho; 
c. Outorga de procuração. 
Exceção: quando o regime for de SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS, PARA QUESTÕES QUE TRATEM 
DE DIREITOS REAIS IMOBILIÁRIOS. Contudo, em ações que versem sobre reconhecimento de 
direitos reais sobre o imóvel (artigo 73, parágrafo 1º, IV, do CPC), independente do regime de 
casamento ou união estável comprovada, ambos os cônjuges ou companheiros devem ser 
citados em litisconsórcio passivo necessário. Ex: ação confessória – reconhecimento de um 
servidão de passagem sobre o imóvel. 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
 
b. SUPRIMENTO JUDICIAL DA OUTORGA (artigo 74 CPC) 
Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido 
judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo 
motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. 
Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e 
não suprido pelo juiz, invalida o processo 
 Ocorre na recusa do cônjuge ou companheiro: 
a. Recusa injusta; 
b. Impossibilidade de autorização. Ex: ausência, estado de coma; 
c. Instrumento é a AÇÃO DE SUPRIMENTO DE AUTORIZAÇÃO; 
d. A ausência de consentimento é UM PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE VALIDADE, QUE 
TORNA NULO O PROCESSO. 
II.4. Capacidade das pessoas casada ou em união estável no polo passivo (PARÁGRAFO 1º, 
do artigo 73 CPC) 
 Litisconsórcio passivo necessário; 
 Citação de ambos os consortes ou companheiros com união estável comprovada nos 
autos; 
III – CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PESSOAS JURÍDICAS (ARTIGO 75 CPC) 
 Artigo 45 do CC: é adquirida a PERSONALIDADE JURÍDICA da pessoa com o registro de 
seu ato constitutivo, podendo daí ser acionada e atuar em juízo. 
 Massa falida, herança jacente e espolio são pessoas formais que o legislador conferiu 
capacidade processual permitindo que figurem em juízo por tempo determinado. 
 Leitura do artigo. 
IV – CURADOR ESPECIAL 
a. Conceito: é um múnus publico imposto pelo juiz a uma terceira pessoa, para 
representar uma das partes no processo. 
 
b. Hipóteses (artigo 72º do CPC): 
 
I – Incapaz, sem representante legal ou quando houver conflito entre este e o 
interesse do representante; 
II – O réu preso ou ao revel citado por edital ou por hora certa. 
 
c. Finalidade: proteger os interesses do curatelado, pelo que deve responder ao pedido 
do autor na inicial: 
I – apresenta contestação, reconvenção ou exceções; impugnações; recursos; 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
II – não pode praticar atos de disposição do direito material do curatelado (Ex: confissão, 
transação, reconhecimento do pedido do autor); 
III – não tendo elementos de prova, pode fazer contestação genérica, afastando a revelia e 
invertendo o ônus da prova para o autor. (artigo 341, parágrafo único do CPC). 
V - CAPACIDADE POSTULATÓRIA 
a. Conceito: é a aptidão para promover ações judiciais, elaborar defesas e praticar atos 
processuais. 
 
 Não se confunde com a capacidade processual: aptidão para estar em juízo; 
 
 Observar o artigo 103 do CPC e artigo 8ª da Lei n. 8.906/94: 
Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado 
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando 
tiver habilitação legal. 
 Advogado inscrito na OAB; 
 Ministério Público em casos excepcionais (artigo 177 do CPC); 
 A parte nos limites da Lei. Ex: Juizados Especiais Cíveis (causas até 20 salários mínimos, 
até a sentença – Lei 9.099/95); 
 
b. Procuração AD JUDITIA (Procuração para o foro ou para o Juízo). 
b.1. Conceito: é o instrumento que habilita o advogado a praticar em nome da parte, todo 
e qualquer ato processual. 
b.2. Atos que o advogado pode fazer com a procuração: ajuizar ação, contestar, reconvir, 
recorrer (artigo 103 do CPC) 
Exceção: não pode o advogado receber citação, reconhecer a procedência do pedido, 
desistir, renunciar, confessar, transigir (artigo 105 CPC) 
b.3. o advogado sem procuração pode fazer em nome da parte (artigo 104 CPC): 
 Atos urgentes para evitar prescrição e decadência; 
 Sem instrumento os atos são inexistentes. 
 
Art. 104 NCPC, § 1
o
 Nas hipóteses previstas no caput, o 
advogado deverá, independentemente de caução,exibir a 
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual 
período por despacho do juiz. 
 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
 
b.4. Processo Eletrônico (artigo 105, § 1º do CPC) 
 Quando o mandato vir da lei, dispensa-e o instrumento de procuração. (Ex: 
procuradores da União; Estados, Defensor Público); 
 § 1
o
 A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 
b.5. Direitos do Advogado 
 Artigo 133 CF/88 – indisponibilidade à administração da justiça; 
 Ausência de hierarquia (artigo 6º, Lei n. 8.906/94); 
 Artigo 7º do Estatuto da OAB; 
 Artigo 107 CPC: 
Art. 107. O advogado tem direito a: 
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, 
mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, 
independentemente da fase de tramitação, assegurados a 
obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese 
de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído 
terá acesso aos autos; 
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer 
processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias; 
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, 
sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos 
casos previstos em lei. 
§ 1
o
 Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou 
documento próprio. 
PRAZO COMUM 
§ 2
o
 Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão 
retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, 
por petição nos autos. 
CARGA RÁPIDA 
§ 3
o
 Na hipótese do § 2
o
, é lícito ao procurador retirar os autos 
para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, 
independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do 
prazo. 
§ 4
o
 O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se 
refere o § 3
o
 se não devolver os autos tempestivamente, salvo se 
o prazo for prorrogado pelo juiz. 
 
 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
 
b.6. Honorários Advocatícios (artigo 82, § 2º, artigo 84 e artigo 85 do CPC) 
 Sucumbência recíproca: 
Art. 86. Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, 
serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas. 
Parágrafo único. Se um litigante sucumbir em parte mínima do 
pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos 
honorários. 
 
a. Ganho parcial; 
b. Divisão proporcional de honorários e despesas; 
c. A parte vencedora não pode desistir ou transacionar o valor dos HONORÁRIOS DE 
SUCUMBÊNCIA, pois pertence ao advogado (artigo 23 da Lei 9.806/94). 
 
 
 Assistência Gratuita à parte sucumbente (artigo 11 e 12 da Lei n. 10.060/50 e 
artigo 98, parágrafo 3º do CPC: 
 
a. O pagamento das despesas e honorários ficam suspensos por 05 anos, quando ocorre 
a prescrição; 
b. A cobrança das verbas de sucumbência fica condicionada a prova de que cessou a 
hipossuficiência da parte e deve ser consignada na sentença do juiz. 
SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES (SUCESSÃO PROCESSUAL) 
 
 Artigo 108 do CPC: 
Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão 
voluntária das partes nos casos expressos em lei. 
 A sucessão pode ser VOLUNTÁRIA resultante de ATOS INTER VIVOS ou CAUSA 
MORTIS; 
 
a. Substituição por atos inter vivos (artigo 109 do CPC) 
I – alienação da coisa ou do direito litigioso por ato inter vivos a titulo particular; 
 O alienante permanece legitimado a figurar como sujeito da demanda (demandante ou 
demandado), contudo, não ficará mais na defesa de seu interesse, mas sim, passa a 
defender o direito do ADQUIRENTE, SENDO UMA LEGITIMIDADE 
EXTRAORDINÁRIA, POIS AGIRÁ COMO SUBSTITUTO PROCESSUAL DO 
ADQUIRENTE; 
 Aqui só ocorre a SUCESSÃO PROCESSUAL, se o adversário do alienante consentir 
(artigo 109, § 1
o
 O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, 
sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária); 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
 O adquirente poderá intervir no processo como ASSISTENTE LITISCONSORCIAL 
(artigo 109, § 2
o
 O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como 
assistente litisconsorcial do alienante ou cedente); 
 
II – MORTE DA PARTE (artigo 110 CPC) 
 Se pessoa natural, a sucessão ocorre pelo ESPÓLIO ou pelos sucessores; 
 Juiz suspende o processo até que ocorra a habilitação (observar o artigo 313, 
parágrafo 1º e 2º do CPC). 
Exceção: ações intransmissíveis; de separação, de divórcio (conforme artigo 485, IX do 
NCPC) 
 
SUBSTITUIÇÃO DOS PROCURADORES 
I - MANDATO: é um contrato feito na base da confiança: 
 
a. A parte pode revogar a qualquer tempo, substituindo imediatamente com outro 
advogado (artigo 111 CPC); 
b. O advogado pode RENUNCIAR o mandato a qualquer tempo, cientificando a parte e, 
deverá ficar no patrocínio da causa no prazo de 10 dias (artigo 112, caput e parágrafo 
1 do NCPC); 
II – MORTE OU INCAPACIDADE DO ADVOGADO (artigo 313, parágrafo 3º do CPC): 
a. Juiz deve suspender o processo; 
b. Deve conceder o prazo de 15 dias; 
Efeitos do não cumprimento: 
a. Autor: extingue-se o processo sem resolução de mérito; 
b. Réu: segue o processo a sua revelia. 
 
DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES (ARTIGO 77 CPC) 
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das 
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de 
qualquer forma participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando 
cientes de que são destituídas de fundamento; 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou 
desnecessários à declaração ou à defesa do direito; 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza 
provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos 
autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão 
intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer 
qualquer modificação temporária ou definitiva; 
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou 
direito litigioso. 
PENALIDADES 
§ 1
o
 Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer 
das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá 
ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. 
§ 2
o
 A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato 
atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo 
das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao 
responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de 
acordo com a gravidade da conduta. 
§ 3
o
 Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa 
prevista no § 2
o
 será inscrita como dívida ativa da União ou do 
Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua 
execução observará o procedimento da execução fiscal, 
revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. 
§ 4
o
 A multa estabelecida no § 2
o
 poderá ser fixada 
independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 
1
o
, e 536, § 1
o
. 
§ 5
o
 Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa 
prevista no § 2
o
 poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor 
do salário-mínimo. 
§ 6
o
 Aos advogados públicos ou privados e aos membros da 
Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o 
disposto nos §§ 2
o
 a 5
o
, devendo eventual responsabilidade 
disciplinarser apurada pelo respectivo órgão de classe ou 
corregedoria, ao qual o juiz oficiará. 
§ 7
o
 Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz 
determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, 
ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do 
atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2
o
. 
§ 8
o
 O representante judicial da parte não pode ser compelido a 
cumprir decisão em seu lugar. 
 Advogados: possibilidade de processo disciplinar; 
POSSIBILIDADE DA PARTE SER CONDENADA POR LITIGÂNCIA DE MÁ – FÉ (ARTIGOS 
79, 80 e 81 do CPC) 
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé 
como autor, réu ou interveniente. 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros. 
 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou 
fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do 
processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante 
de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e 
inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a 
parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os 
honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
§ 1
o
 Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz 
condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na 
causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a 
parte contrária. 
§ 2
o
 Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa 
poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-
mínimo. 
§ 3
o
 O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não 
seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo 
procedimento comum, nos próprios autos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roteiro Estudos - DPC I – Prof. MsC. Chrystyan Costa – Estacio Fap 
Fonte: Alexandre Câmara e outros.

Continue navegando