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Vol I 2 Conhecimentos Regionais de Historia e Geografia do Estado do Tocantins

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CONHECIMENTOS REGIONAIS 
DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO 
ESTADO DE TOCANTINS
Didatismo e Conhecimento 1
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Professor Guilherme Pigozzi Bravo
Doutorando em Ciências Sociais pela UNESP-Marília; Mestre em Ciências Sociais (UNESP/Marília); Graduado em História 
(UNESP-ASSIS).
Nesta apostila apresentamos um panorama da História e da Geografia do Estado do Tocantins. Gostaria de desejar aos concur-
sandos um excelente estudo e que Deus esteja com todos vocês, dando-lhes força e sabedoria. Boa Prova!!
1. TÓPICOS RELEVANTES E ATUAIS 
DE DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO
 POLÍTICA, ECONOMIA, SOCIEDADE, 
EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA, ENERGIA, 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DESENVOL-
VIMENTO SUSTENTÁVEL, ECOLOGIA, 
SEGURANÇA PÚBLICA E SOCIEDADE.
Política Brasileira
Supremo absolve do crime de quadrilha Dirceu, Genoíno e mais 6.
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por seis votos a cinco, absolver do crime de formação de quadrilha o 
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoino e outros cinco 
condenados no processo do mensalão do PT, entre eles ex-dirigentes do Banco Rural e o grupo de Marcos Valério.
A apreciação dos recursos por formação de quadrilha não altera as condenações dos réus do mensalão pelos demais crimes.
O mensalão que começou em 2005 quando a revista Veja divulgou um vídeo onde o ex-chefe do DECAM/ECT (De-
partamento de Contratação dos Correios), Maurício Marinho foi flagrado explicando para o advogado Joel Santos Fi-
lho o esquema da corrupção, mal sabia ele que o advogado tinha sido pago para descobrir as práticas corruptas no senado. 
Desde 2005 práticas de corrupção foram sendo descobertas até chegarmos ao ano de 2013 onde houve um estouro de perseguições e 
vários políticos envolvidos foram desmascarados e outros ainda estão sendo pegos e julgados.
Os grandes nomes do Mensalão mesmo presos continuam tentando um regime semiaberto, entre eles Dirceu que foi condenado 
à prisão por 10 anos e 10 meses pode passar entre 7 a 10 meses em prisão semiaberta e Delúbio que foi condenado a 8 anos e 11 
meses, pode passar em prisão semiaberta de 6 a 8 meses.
A maioria dos políticos absolvidos no crime de formação de quadrilha estava participando do Mensalão. Alguns políticos esta-
vam esperando os resultados dos recursos, se a decisão não fosse favorável a eles Dirceu e Delúbio não poderiam recorrer a prisão 
semiaberta, pois a pena aumentaria.
Absolvidos pelo crime de quadrilha, permanecem no regime semiaberto, pelo qual é possível pedir para deixar o presídio duran-
te o dia para trabalhar. Delúbio Soares já tem um emprego na Central Única de Trabalhadores (CUT). Dirceu aguarda autorização 
judicial de trabalho externo.
A situação de José Genoino, ex-presidente do PT, que atualmente se encontra em prisão domiciliar por motivo de saúde, não se 
alteraria. Qualquer que fosse o resultado do julgamento, ele permaneceria no semiaberto.
Os ex-dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado e Kátia Rabello, o “operador” do mensalão Marcos Valério e os ex-só-
cios dele Ramon Hollerbach e Cristiano Paz permanecem no regime fechado mesmo com a decisão do Supremo de absolvê-los por 
formação de quadrilha.
Didatismo e Conhecimento 2
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
27/02/2014
Adaptado de: http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia
Política Internacional
Iraque ainda sofre com Violência e Instabilidade Política
Devido ao histórico de violência, o Baath, antigo partido de Saddam, foi banido. Mas nem a morte do ditador ou a retirada total 
das tropas norte-americanas, em 2011, pôs fim à instabilidade política no país. Para especialistas, os sunitas ainda não aceitam um 
governo de maioria xiita, grupo antes perseguido por Saddam. 
O atual governo é comandado pelo primeiro-ministro xiita Nouri Al Maliki, no cargo desde 2006. Em 2014, ele encerra seu se-
gundo e último mandato. De acordo com o parlamento, os líderes podem exercer apenas dois mandatos, mas Maliki está disposto a 
ir aos tribunais para ter o direito de se reeleger nas eleições parlamentares marcadas para 30 de abril de 2014. O cargo de presidente 
pertence ao curdo Jalal Talabani, que ainda se recupera de um AVC sofrido no final de 2012.
Apesar do auge da violência no Iraque ter ocorrido entre 2006 e 2007, os conflitos permanecem e ainda há uma média de 300 
mortos por mês, segundo o Iraq Body Count (IBC), grupo formado por voluntários do Reino Unido e dos EUA, que registra as mortes 
violentas de civis no país desde a invasão em 2003. Parte disso deve-se à atuação de grupos terroristas no país. Por isso, este ano, 
Maliki pediu ajuda ao presidente dos EUA, Barack Obama para proteger o país de grupos terroristas, principalmente a Al Qaeda, já 
que sozinho o país não tem conseguido conter a violência.
A guerra na Síria também preocupa, pois o país vem recebendo grandes levas de refugiados e ainda enfrenta denúncia de que o 
Exército Iraquiano está ajudando as forças do presidente sírio Bashar Al Assad. Segundo organizações não governamentais, a maio-
ria dos 27,7 milhões de habitantes do Iraque depende da doação de cestas básicas, distribuídas por várias entidades e também pelo 
governo. A estimativa é que pelo menos 500 mil refugiados deixaram o país após a invasão em 2003.
A imprensa também encontra um ambiente hostil. O Iraque foi o 150º classificado em uma lista com 179 países no Ranking Mun-
dial de Liberdade de Imprensa publicado este ano pelo Repórteres Sem Fronteiras. Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, 
o país também foi considerado o mais perigoso para os profissionais da imprensa no período 2003-2008, quando 136 jornalistas fo-
ram mortos. Por outro lado, os partidários do governo destacam os avanços da liberdade de expressão e de religião. Hoje, milhões de 
xiitas peregrinam para as cidades sagradas para celebrar rituais religiosos, o que era proibido no governo Saddam. O mesmo acontece 
com as críticas ao governo, antes vetadas, e que atualmente são relativamente comuns na imprensa e na internet.
Economicamente, o país registra um crescimento médio de quase 7% ao ano, e 90% de sua receita vem da produção de petróleo. 
As reservas de petróleo do país são a segunda maior do mundo, ficando atrás só das da Arábia Saudita, mas ainda se recupera das 
guerras das últimas décadas. 
No dia 13 de dezembro de 2003, há exatos dez anos, chegava ao fim a era Saddam Hussein no Iraque, um dos regimes mais 
violentos do Oriente Médio. Saddam foi encontrado por soldados norte-americanos em um buraco perto de Tikrit, sua cidade natal, 
na chamada “Operação Amanhecer Vermelho”. Preso sem resistência, Saddam foi julgado, condenado e enforcado três anos depois, 
em 2006. Dez anos depois do fim de seu regime, o país ainda não venceu a violência e a instabilidade política.
 
13/12/2013
http://vestibular.uol.com.br/
resumo-das-disciplinas/atualidades
Economia Brasileira
FGTS
Os trabalhadores estão ganhando menos com o rendimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Segundo o 
presidente do Instituto FGTS Fácil, Mario Avelino, apenas nos últimos dois primeiros meses deste ano, as perdas chegaram a R$ 6,8 
bilhões. Isso porque, atualmente por lei, o saldo do FGTS de todo trabalhador é atualizado por juros anuais de 3% mais a TR (Taxa 
Referencial) que é calculada pelo Banco Central, o que deu um rendimento de 0,1620% no período (dezembro de 2013/janeiro 2014). 
O total do mês atual sempre é calculado a partir do que rendeu a TR mais os juros no mês anterior. Porém se o mesmo cálculo 
tivesse sido feito com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) indicador do IBGE que mede a inflação, a atualização seria 
de 1,3545% no período, bem maior. Ainda segundo o Instituto FGTS Fácil, as perdas entrejulho/1999 a fevereiro/2014 já chegam a 
R$ 209,8 bilhões. Em termos práticos, um trabalhador que tinha há 15 anos um saldo de R$ 10 mil, está hoje com R$ 19.971,69 (juros 
+ TR). Caso o valor fosse corrigido pelo INPC, o valor atual seria de R$ 40.410,97. Uma diferença de R$ 20.438,28.
Didatismo e Conhecimento 3
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
11/02/2014
http://noticias.r7.com/economia
Balança Comercial
A balança comercial brasileira encerrou janeiro com o maior déficit da história, de US$ 4,057 bilhões. Os dados foram divul-
gados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações somaram US$ 16,027 bilhões e 
as importações atingiram US$ 20,084 bilhões. A série histórica do ministério tem início em 1994. A balança também teve resultado 
negativo na quinta semana de janeiro, no valor de US$ 406 milhões. O saldo negativo foi registrado com vendas externas de US$ 
3,778 bilhões e importações de US$ 4,184 bilhões.
O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho, atribuiu à sazonalidade do mês de janeiro o resultado negativo da 
balança comercial no primeiro mês do ano. “Em todos os janeiros acontecem movimentos de menores exportações”, disse, atribuin-
do o movimento à entressafra agrícola e às férias coletivas das empresas. “A menor atividade econômica impacta as exportações”, 
explicou. Do lado das importações, segundo o secretário, há aumento no mês de janeiro, ligado à reposição de estoques. “O resultado 
disso é que tradicionalmente há déficit nos meses de janeiro.» O secretário comentou que a retomada do ciclo de investimento no 
Brasil impacta no aumento das importações. Ele argumentou que insumos e bens de capital, por exemplo, puxam o crescimento das 
importações.
Godinho também destacou a queda de 27,4% nas exportações de automóveis no mês passado. Segundo ele, a maior retração das 
vendas ocorreu para o México (88% menor que janeiro de 2013). Já as exportações de automóveis para a Argentina tiveram queda de 
15%. Ele acredita que pode ter havido uma reprogramação dos embarques para o México. Ele disse que também é cedo para avaliar 
se a retração das exportações de automóveis já reflete os problemas econômicos na Argentina. Par ao secretário, os dados de apenas 
um mês não podem ser usados para mostrar uma tendência. Godinho também evitou traçar um cenário para o comércio exterior 
brasileiro. 
No mês passado, as exportações cresceram 17,4% para a Ásia, sendo que somente para a China o incremento foi de 27,7%. Para 
os Estados Unidos, a alta foi de 11,4%. Por outro lado, as vendas externas em janeiro caíram 6,2% para o MERCOSUL, sendo que a 
queda chegou a 13,7% para a Argentina. Já a retração das exportações do Brasil para a União Europeia foi de 5%.
O primeiro resultado mensal da balança comercial brasileira em 2014 ficou dentro do intervalo das expectativas dos economistas 
do mercado financeiro consultados pela Agência Estado, que variam de um déficit de US$ 2,986 bilhões a US$ 5,000 bilhões para 
janeiro. O resultado ficou pouco abaixo da mediana de um saldo negativo de US$ 4,500 bilhões. No mês passado, a média diária das 
exportações foi de US$ 728,5 milhões, 0,4% maior que no mesmo período de 2013. Os embarques de manufaturados caíram 2,6%, 
enquanto a retração nas vendas de semimanufaturados foi de 5,8%. Por outro lado, cresceram 5,3% as exportações de produtos bá-
sicos. Nas importações, a média diária de janeiro de 2014 foi de US$ 912,9 milhões, recorde histórico para meses de janeiro e 0,4% 
acima da média de janeiro de 2013. 
A importação de combustíveis e lubrificantes caiu 19,1% em janeiro, de acordo com o MDIC. Segundo o governo, a queda ocor-
reu devido à diminuição dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo, gás natural, óleos combustíveis, gasolinas e naftas. 
Em janeiro do ano passado, entretanto, havia números de operações realizadas pela Petrobras no ano anterior e cujo registro ocorreu 
apenas em 2013. Já as importações de bens de consumo cresceram 8,8%. Segundo o MDIC, os principais aumentos ocorreram nas 
importações de máquinas de uso doméstico, móveis, vestuário, objetos de adorno, produtos alimentícios, automóveis de passageiros 
e bebidas e tabacos. A importação de bens de capital subiu 7,1% na comparação com janeiro do ano passado. O resultado se deve, de 
acordo com o governo, às compras de equipamento móvel de transporte e parte e peças para bens de capital para a indústria. 
A alta de 3,2% na importação de matérias-primas e intermediários, por sua vez, é explicada pelo MDIC pelas aquisições de parte 
e peças de produtos intermediários, produtos minerais, acessórios de equipamento de transporte, matérias-primas para agricultura e 
produtos químicos/farmacêuticos. 
As exportações de produtos básicos cresceram 5,3% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, puxadas por petróleo 
em bruto, farelo de soja, bovinos vivos, carne bovina e minério de ferro. Por outro lado, nos manufaturados, a queda de 2,6% é expli-
cada por redução nas vendas de açúcar refinado, etanol, automóveis de passageiros, autopeças e suco de laranja congelado. A retração 
de 5,8% dos semimanufaturados ocorreu, principalmente, por conta da diminuição das exportações de ferro fundido, ouro em forma 
semimanufaturada, alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e açúcar em bruto.
03/02/2014
Veríssimo, R. e Alegretti, L.
http://economia.estadao.com.br/
noticias/economia-geral
Didatismo e Conhecimento 4
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Produção Agropecuária
A atividade agropecuária brasileira encerrou 2013 com o Valor Bruto da Produção (VBP) em R$ 430 bilhões. O número, divul-
gado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é 11,3% superior ao registrado em 2012. Desse total, R$ 286 bilhões, 
ou 66,5%, referem-se às lavouras, e R$ 144 bilhões, o equivalente a 33,5%, à produção pecuária. O VBP é uma estimativa de geração 
de renda no meio rural que aufere os ganhos obtidos com os produtos agropecuários. 
Entre os produtos que se destacaram nas lavouras no ano passado está o tomate, que teve os preços inflacionados em 2013 e cujo 
valor bruto cresceu 88,9% em relação a 2012. Em seguida, veem a batata inglesa (crescimento de 46,6%), o trigo (33,9%), a laranja 
(31,5%), a soja (25%) e a mandioca (20,2%). O café, que enfrenta uma crise de preço no mercado internacional e doméstico, registrou 
queda de 30,5% na geração de renda. O algodão foi outro produto agrícola a ter recuo do valor bruto, de 30,9%. Somando-se todos 
os produtos agrícolas, o valor arrecadado com as lavouras no país cresceu 11% em relação ao ano retrasado.
No caso do valor referente à produção agropecuária, houve crescimento de 11,7% na comparação com 2012. A produção de car-
nes de frango e bovina, cujos valores cresceram respectivamente 23,9% e 3,9% e que, juntas, representaram 70% do VBP pecuário, 
foi a grande responsável pelo resultado. Os ganhos com suínos, leite e ovos também tiveram crescimento, de 10,9%, 13,2% e 7,3%. 
Para 2014, a previsão é de que o VBP atinja R$ 462,4 bilhões, o que representa 7,5% a mais que em 2013. Os dados sobre o indicador 
são baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento 
(Conab).
14/01/2014
http://www.noticiasdabahia.com.br/
ultimas_noticias.php
Fórum Econômico Mundial de Davos
A ida da presidente Dilma Rousseff ao Fórum Econômico Mundial de Davos foi providencial num momento em que o nervosis-
mo toma conta dos mercados financeiros globais em relação aos mercados emergentes, e especialmente em relação a países próximos 
da Argentina, como o Brasil. Com a forte desvalorização do peso e as mudanças nas regras cambiais argentinas, um início de pânico 
se propagou, aumentando a desconfiança em relação aos países em desenvolvimento.“Muita gente ficou bastante encorajada pela ida da presidente Dilma, e isso realmente mostrou uma intenção de reequilibrar 
as prioridades do Brasil, mudar as coisas que não estão dando certo”, disse o economista Kenneth Rogoff, de Harvard, tradicional 
presença do Fórum de Davos. Na opinião de diversos participantes do evento, o ambiente mais difícil nos mercados mundiais está 
levando a um processo mais apurado de diferenciação entre os países emergentes.
Segundo Angel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), “quando o 
mundo é inundado de liquidez, a água cobre tudo, tanto as coisas boas quanto as que não são tão boas; o problema é que, quando há 
uma reversão, e a água baixa muito rapidamente, vários aspectos preocupantes ficam expostos, grandes déficits em conta corrente, 
medidas estruturais que não foram tomadas, inflação, vulnerabilidades em geral”. Gurría notou que o nervosismo dos últimos dias é 
deflagrado por combinações de fatos muito pouco relacionados em si, e menos ainda ligados aos países expostos. “Não tem nada a 
ver com o Brasil, nada a ver com o México, o que resta aos países é manter o rumo das políticas econômicas - os bons fundamentos 
é que vão ser decisivos no médio prazo”.
Robert Shiller, prêmio Nobel de Economia, que também estava em Davos, disse que ficou surpreso com o aumento do nervosis-
mo nos mercados globais durante os dias em que estava acontecendo o Fórum Econômico. “Mas ainda não está claro que este seja 
um momento de uma grande virada (para pior) no sentimento dos mercados”. Segundo Rogoff, “é óbvio que o Brasil está exposto de 
diversas maneiras, a Argentina é um vizinho, um parceiro comercial - quando a Argentina entrou em colapso em 2001 e 2002, isto 
não ajudou em nada o Brasil e agora também não vai ajudar”. Ainda assim, ele ressalva que o déficit em conta corrente do Brasil, de 
3,7% do PIB, não é enorme, e o País mantém reservas internacionais consideráveis.
Para Rogoff, não se trata hoje, no caso de países como o Brasil, do risco de uma crise financeira e cambial de grandes proporções, 
como a crise da dívida latino-americana nos anos 80. “É mais uma questão de crescimento, os mercados estão reprecificando esses 
países de acordo com perspectivas de crescimento menores.”
27/01/2014
Dantas, F.
http://economia.estadao.com.br/
noticias/economia-geral
Didatismo e Conhecimento 5
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Agronegócio
A balança comercial do agronegócio encerrou 2013 com superávit de US$ 82,91 bilhões. O principal setor exportador foi o 
complexo soja (óleo, farelo e grão), responsável por US$ 30,96 bilhões em vendas externas, o equivalente a 31% das exportações 
do agronegócio. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura. As exportações subiram 4,3% e alcançaram US$ 99,97 
bilhões. As importações cresceram 4%, atingindo US$ 17,06 bilhões. Além da soja, destacou-se a carne. As vendas externas subiram 
de US$ 15,74 bilhões em 2012 para US$ 16,8 bilhões no ano passado, incremento de 6,8%. As exportações do setor sucroalcooleiro 
ficaram em terceiro lugar entre as que mais trouxeram divisas, com ingresso financeiro de US$ 13,72 bilhões.
Para 2014, a previsão é de queda de preço para alguns produtos cotados no mercado internacional, em função da oferta elevada. 
Entre eles, milho e a soja em grão. Caso isso ocorra, o resultado de 2014 deve ser inferior ao do ano passado. Do lado das impor-
tações, houve aumento de 4% nas compras do Brasil de produtos agrícolas no exterior. Foram gastos US$ 17 bilhões. O trigo foi o 
principal produto adquirido lá fora, com gastos de US$ 2,42 bilhões, 37,2% a mais do que no ano passado. A quebra da safra do cereal 
no Brasil e em outros países, com risco de desabastecimento, contribuiu para a alta das compras.
13/01/2014
http://www.noticiasdabahia.com.br/
ultimas_noticias.php
Soja
Mesmo com os problemas climáticos do momento, os técnicos do Ministério da Agricultura acreditam que a safra 2013/2014 
atinja a marca recorde de 200 milhões de toneladas. No quarto levantamento da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-
nab), divulgado em Brasília, o número para a safra indicava 196,7 milhões de toneladas, também recorde, mas a soja pode melhorar 
ainda mais esse resultado. “Há um aumento de produtividade da soja. Assim que terminar a colheita desse grão, haverá um aumento 
maior do que a estimativa divulgada. Podemos, assim, chegar aos 200 milhões de toneladas. Isso para nós é muito importante. É um 
número significativo”, disse o ministro da Agricultura, Antonio Andrade. Na avaliação de Andrade, a soja é um grande fator para o 
resultado e está sendo exportada com preços “remuneradores”, o que faz aumentar a produtividade, com garantia de mercado expor-
tador.
Para o ministro, o resultado demonstra que agronegócio está crescendo cada vez mais no país, conquistando espaços tanto in-
ternos, quanto externos. Segundo ele, a produção de grãos torna hoje o país respeitado pelas ações que tem adotado e que trazem 
consequências, como o aumento da produtividade. “Quando anunciamos o Plano Safra, queríamos chegar a 190 milhões de tonela-
das. Superamos essa expectativa e chegamos a 197 milhões. Agora, estamos trabalhando duramente para chegar a 200 milhões de 
toneladas”.
O quarto levantamento da safra, de 196,7 milhões de toneladas, representa aumento de 5,2% em relação à safra passada, com 
registro de 186,9 milhões de toneladas. No caso da soja, houve crescimento de 10,8% e produção estimada de 90,3 milhões de tone-
ladas para a safra atual. O arroz teve alta de 5,1%, chegando a 12,4 milhões de toneladas, seguido pelo feijão (primeira safra), com 
elevação de 35,6%, e passando de 964,6 mil toneladas para 1,3 milhão de toneladas. O produto está em fase de colheita no Paraná. 
O milho (primeira safra), segunda maior cultura produzida no país, teve queda de 5,9%. A área total destinada ao plantio, informou 
a Conab, pode chegar a 55,39 milhões de hectares, com alta de 4% em relação à área plantada na safra anterior. O destaque também 
é a soja, com aumento na área plantada de 6,6%, passando de 27,7 milhões para 29,6 milhões de hectares. “Esperamos chegar a 95 
milhões de toneladas na produção de soja, colando o Brasil como o maior produtor e exportador do mundo”, disse o ministro.
Um possível desabastecimento de milho, que registrou queda na estimativa de safra, foi descartado pelo ministro Antonio An-
drade. Ele tranquilizou os produtores de frangos e suínos e disse que haverá abastecimento destinado à ração animal. O problema, 
informou, tem sido maior devido ao preço do produto. “A prioridade do Brasil é exportar carne. Não é exportar grãos. Exportamos 
grãos porque ainda não aumentamos significativamente a exportação de carne”, destacou. Ele lembrou que os números de exportação 
de carne (aves, suína e bovina) já foram maiores em 2013 do que no ano anterior, sem o governo descuidar do mercado interno.
09/01/2014
http://www.noticiasdabahia.com.br/
ultimas_noticias.php
Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Países Emergentes
“Estamos vendo o que parece ser o estouro de uma bolha dos países emergentes. E uma crise nestes mercados pode, de forma 
plausível, transformar o risco de deflação na zona do euro em realidade”, avalia o prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, em sua 
coluna no jornal New York Times, destacando que a Europa pode passar por situação semelhante a do Japão, que viu sua economia 
estagnada por anos.
Krugman não está muito otimista com o desenrolar da recente turbulência nos países emergentes. Para ele, o problema não é da 
Turquia, uma economia menor que a área de Los Angeles, ou Índia, Hungria, África do Sul e quaisquer outros mercados emergentes 
que podem se tornarem a bola da vez. “O verdadeiro problema é queas nações mais ricas, sobretudo Estados Unidos e a zona do euro, 
fracassaram em lidar com suas próprias fraquezas”, afirma o economista no artigo.
O economista diz que as crises financeiras têm ficado mais próximas umas das outras e com resultados mais severos, em termos 
de impactos na economia real. Por um longo período após a Segunda Guerra o mundo ficou livre de crises financeiras, provavelmen-
te, avalia Krugman, porque muitos governos restringiram movimentos de capital entre países. Em anos recentes, a situação piorou, 
com uma crise atrás da outra, na América Latina, Estados Unidos, Ásia e Europa. “Se a forma da crise parece a mesma, os efeitos 
estão ficando piores.”
Para o economista, o respingo direto no mundo da crise na Turquia não será grande, mas o problema é que se volta a ouvir com 
frequência a palavra “contágio” e o temor de que os problemas turcos contagiem todos os emergentes. No geral, a situação financeira 
da Turquia “não parece tão ruim”, escreve Krugman, mas o país “parece estar em sérios problemas” e a China parece um pouco 
abalada também. A dívida do governo turco é baixa, mas o setor privado tomou muitos empréstimos no exterior. “O que torna estes 
problemas assustadores são as fraquezas das economias ocidentais, uma fraqueza que se torna muito pior por conta de políticas mui-
to, mas muito, ruins”, escreve o economista na conclusão de seu artigo.
31/01/2014
Silva, A. Júnior
http://economia.estadao.com.br/
noticias/economia-geral
Comércio Global
O comércio anual de bens da China passou a marca dos US$ 4 trilhões pela primeira vez no ano passado, revelam as estatísticas 
oficiais, confirmando a posição do país como o maior comerciante em escala mundial. Divulgados pela Administração Geral das 
Alfândegas chinesa, os dados colocam um ponto final na dúvida sobre quem seria o país com maior volume de negócios (China ou 
Estados Unidos). Por causa dos diferentes métodos de cálculo entre os dois países, apenas em 2013 os chineses superaram os norte
-americanos na troca de bens. A conta exclui o comércio de serviços.
“É muito provável que a China tenha suplantado os Estados Unidos como o país com mais trocas comerciais de bens em 2013 
pela primeira vez”, disse o porta-voz da Administração Geral das Alfândegas chinesa, Zheng Yuesheng. As exportações da segunda 
maior economia mundial subiram 7,9%, para US$ 2,21 trilhões, enquanto as importações aumentaram 7,3%, para US$ 1,95 trilhão, 
de acordo com a mesma fonte, o que coloca o superávit comercial da China em US$ 259,7 bilhões, 12,8% a mais do que em 2012.
O volume total de bens comercializados entre a China e outros países ficou em US$ 4,16 trilhões, o que representa uma subida 
de 7,6%, ligeiramente abaixo da meta das autoridades chinesas, que apontava para um aumento de 8%. O comércio entre a União 
Europeia (UE) e a China aumentou 2,1% em 2013, para mais de US$ 559 bilhões, mantendo os europeus como o maior parceiro 
comercial de Pequim. Os Estados Unidos figuram em segundo lugar entre os parceiros comerciais da China, com trocas de US$ 521 
bilhões, 7,5% a mais do que em 2012. Os norte-americanos, porém, importaram mais da China do que a União Europeia. O superávit 
comercial da China com os Estados Unidos é também muito mais elevado: US$ 215,8 bilhões, segundo as estatísticas chinesas.
As exportações chinesas para os EUA somaram US$ 368,4 bilhões, US$ 29,4 bilhões a mais do que a China vendeu à União 
Europeia. No mesmo período, a China importou US$ 220,1 bilhões da UE, US$ 67,5 bilhões a mais do que a China comprou dos 
norte-americanos. Em média, o comércio entre a China e os seus dois maiores parceiros soma quase US$ 3 bilhões por dia. Com o 
Japão, que era o terceiro parceiro comercial da China, mas cujas relações têm sido afetadas pela polêmica em torno de duas ilhas 
no Oceano Pacífico, o comércio bilateral em 2013 caiu 5,1%, para US$ 312,5 bilhões. O lugar do Japão é agora ocupado pelos dez 
estados da Asean (Associação das Nações do Sueste Asiático), com US$ 443,6 bilhões, 10,9% a mais do que em 2012.
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10/01/2014
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BRICS
O termo BRIC foi criado pelo economista Jim O’Nill, em 2001, para referir-se aos cinco países que apresentarão maiores taxas 
de crescimento econômico até 2050. BRICS são as inicias de Brasil, Rússia, Índia, China e mais recentemente África do Sul, países 
em desenvolvimento, que, conforme projeções serão maiores economicamente que o G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino 
Unido, França e Itália). O BRICS não é um bloco econômico, e sim uma associação comercial, onde os países integrantes apresen-
tam situações econômicas e índices de desenvolvimento parecidos, cuja união visa à cooperação para alavancar suas economias em 
escala global.
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul apresentam vários fatores em comum, entre eles podem ser citados: grande exten-
são territorial; estabilidade econômica recente; Produto Interno Bruto (PIB) em ascensão; disponibilidade de mão de obra; mercado 
consumidor em alta; grande disponibilidade de recursos naturais; aumento nas taxas de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); 
valorização nos mercados de capitais; investimentos de empresas nos diversos setores da economia. 
Brics: potências emergentes podem virar bloco econômico importante
Distantes, diferentes, mas que juntos se transformam em um gigante. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representam 
25% do território mundial e quase metade da população do planeta. Com poderes combinados podem virar um bloco econômico 
importante. O Brasil e a Rússia, por exemplo, são países de grande potencial de commodities, que exportam commodities. Em con-
trapartida, a China e a Índia que são de mão de obra para transformar essas commodities em produtos manufaturados. Então, é uma 
combinação feliz. Cresce a importância desses países na balança comercial entre si e no futuro próximo.
A China aparece como a segunda economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O Produto Interno Bruto, que é soma 
das riquezas produzidas nos cinco países, passa dos US$ 13 trilhões. É quase 20% de tudo que se é produzido no mundo. Em conjun-
to, fica mais fácil quebrar barreiras econômicas de países com países da Europa e Estados Unidos, por exemplo. Mas os economistas 
dizem que o grupo tem ainda outros desafios, como aumentar a sua força política e aumentar o comércio entre os países. Os cinco 
países têm interesses conflitantes, mas poderiam usar a reunião na Índia, pelo menos, para começar a acertar as arestas.
G-20
Desde 1999, os países que possuem as maiores economias do mundo reúnem-se em grupo chamado G-20, nascido durante uma 
reunião do G-8 (que reunia as sete maiores economias mais a Rússia), ele é composto pelos ministros das finanças e presidentes de 
bancos centrais de 19 países, além de um representante da União Europeia. Integrantes do FMI e do Banco Mundial participaram dos 
encontros como convidados para legitimar as ações do grupo.
O G-20 é um fórum de cooperação e de consulta sobre assuntos relacionados ao sistema financeiro internacional. O grupo realiza 
estudos e discute políticas relacionadas à promoção da estabilidade financeira internacional, abordando questões que extrapolam os 
poderes de qualquer organização. Os países-membros são: Argentina, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, 
Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.
O G-20 nasceu depois das sucessivas crises financeiras ocorridas na década de 1990. Seu objetivo é aproximar os países e melho-
rar a negociação internacional, tendo em vista o crescimento econômico e sua influencia no cenário mundial. Juntos os países-mem-
bros do G-20 somam 90% do Produto Interno Bruto(PIB) mundial, 80% do comercio global (incluindo o comercio intra-UE) e dois 
terços da população do planeta. A “liderança” do grupo é rotativa entre os membros. O “líder” anual fica responsável por coordenar 
o grupo e organizar seus encontros anuais.
Objetivos do G-20
- Eliminar restrições no movimento de capital internacional.
- Evitar a desregulação financeira.
- Garantir direitos de propriedade intelectual e outros direitos de propriedade privada.
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- Criar um clima de negócios que favoreça investimentos estrangeiros diretos.
- Estreitar o comércio global (pela OMC e por acordos bilaterais de comércio).
- Incrementar políticas econômicas internacionais.
- Combater abusos no sistema financeiro.
- Administrar crises internacionais.
- Combater a falta de transparência fiscal.
Com a retomada do crescimento econômico desequilibrado entre os países depois da crise financeira internacional, iniciada em 
2008, o consenso foi traçar estratégias diferentes para cada caso ara reduzir os déficits públicos e tornar o sistema bancário mais 
seguro.
As principais preocupações atuais em relação à economia global são as dependências de países como China e Alemanha das ex-
portações e o endividamento de nações como os Estados Unidos. Junto com as dívidas da Grécia, também estão no foco as finanças 
públicas prejudicadas da Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Itália e outros países europeus menores. O objetivo mais imediato do 
G-20 é mostrar progresso em sua promessa de reequilibrar à economia global.
Encontro de Cúpula
Seul - O encontro dos líderes das 20 principais economias do mundo, o G20, que aconteceu em Seul, na Coreia do Sul, tentará 
dar um norte mais claro às finanças dos países, envoltos em questões complexas como a injeção de dinheiro na economia dos Estados 
Unidos, o temor com a insolvência da Irlanda ou a propagada guerra cambial. 
A reunião de cúpula do G-20 em Seul teve como tema a guerra cambial que afeta o comércio internacional, em razão da desva-
lorização do dólar, com a consequente valorização das moedas de outros países, o que torna os produtos desses países mais caros no 
mercado global e, portanto, menos competitivos.
No final do encontro, os líderes do grupo emitiram uma declaração, comprometendo-se a evitar desvalorizações competitivas de 
moedas e a fortalecer a cooperação internacional, visando reduzir os desequilíbrios globais. Analistas avaliaram o comunicado do 
G20 apenas como uma declaração de intenções, sem indicação de medidas concretas.
Cannes - Líderes das maiores economias globais estabelem em Cannes regras que garantem estabilidade dos maiores bancos do 
mundo. Mudança no sistema monetário internacional reforça posição de países emergentes como Brasil e China. A reunião avançou 
no que diz respeito à regulação de mercados financeiros – mas não conseguiu indicar uma saída para o fim da crise da dívida que 
atinge a zona do euro e preocupa o mundo. O encontro do G20 também foi marcado pela crise política na Grécia, desencadeada após 
o anúncio e posterior suspensão de um referendo para aprovação popular do pacote europeu de resgate ao país.
Ao final do encontro de dois dias, os líderes mundiais concordaram que os 29 maiores bancos globais precisam ser reestrutu-
rados, para garantir que, em caso de dificuldades, não dependam dos recursos dos contribuintes para ser resgatados. A lista com os 
nomes das instituições financeiras de “importância sistêmica”, cuja falência poderia colocar em risco a economia global, foi fechada 
durante a cúpula. De acordo com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, estes bancos precisam manter altas suas reservas de ca-
pital, para ficarem mais preparados contra eventuais riscos. Também os chamados shadow banks (bancos paralelos), como os fundos 
de capital de risco, devem receber maior controle a partir de um plano que será desenvolvido até meados do ano que vem.
Além disso, os chefes de Estado e de governo do G20 concordaram que cada país precisa cumprir sua parte para fortalecer o 
crescimento global e aumentar os postos de trabalho. A Alemanha lembrou mais uma vez a promessa feita na cúpula em Toronto 
há dois anos: os países do G20 precisam reduzir seus déficits orçamentários até meados de 2013 e estabilizar suas dívidas até 2016.
Os líderes do G20 aumentaram a pressão sobre os europeus para que reforcem as medidas com o intuito de impedir que a Itália 
siga o mesmo caminho que a Grécia, afundada em dívidas. Sob pressão dos Estados Unidos e dos emergentes, a Itália aceitou a condi-
ção de ter seu programa de reforma e de austeridade sob monitoramento internacional. Uma maior participação do Fundo Monetário 
Internacional (FMI) na economia italiana deve levar mais segurança aos mercados, facilitando financiamentos.
Bildunterschrift: As maiores economias globais acertaram ainda tentar limitar os efeitos da crise aumentando as reservas do 
FMI, segundo o presidente da UE, Herman Van Rompuy. A medida terá como objetivo restabelecer a confiança e reduzir os riscos 
de contágio da crise da dívida europeia. Ainda não se definiu exatamente, no entanto, como este reforço será feito. Ele deverá contar 
com contribuição voluntária de países – o Brasil já declarou estar disposto a contribuir com o FMI.
Países emergentes como China, Índia e Brasil saem reforçados da cúpula. O G20 quer, a médio prazo, adotar um sistema mone-
tário multipolar – que reflita o peso destes Estados, tendo uma base mais ampla e estável e reduzindo a dependência do dólar. Vemos 
que existe um contínuo desenvolvimento do sistema monetário internacional, no qual futuramente um número maior de moedas terá 
mais influência. Com isso, a China teria a obrigação de flexibilizar sua política monetária. Atualmente, a moeda norte-americana 
perfaz cerca de 9,6 trilhões de dólares das reservas mundiais – cerca de dois terços do total. O euro vem em seguida, correspondendo 
a um quarto dessas reservas.
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A presidente Dilma Rousseff acredita que a reunião de cúpula do G20, na França, foi um “sucesso relativo”, devido à falta de 
detalhamento sobre como a Europa será ajudada a resolver seus problemas fiscais. “Não é sucesso absoluto, mas é relativo porque 
os países da zona do euro deram um passo à frente sobre a forma de enfrentar a crise”. Não acredita que uma reunião resolva os 
problemas do mundo.
Ela deixou claro que as dificuldades da Europa dominaram não só o encontro de cúpula como as reuniões bilaterais ocorridas pa-
ralelamente. Conforme a presidente, todas as lideranças estavam preocupadas sobre os desdobramentos dos problemas no bloco. Os 
europeus precisavam de mais tempo para concretizar suas próprias medidas. Para a presidente, entretanto, houve avanços na cúpula 
do G20 e o grupo mantém seu papel no enfrentamento de crises.
Sobre FMI - Dilma defendeu que qualquer ajuda financeira à zona do euro seja feita por meio do Fundo Monetária Internacional, 
e acrescentou que o Brasil se dispôs no encontro do G20 a participar da capitalização do Fundo. O Brasil tem um mecanismo, que é o 
mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário. Dilma disse ainda que os países que compõem os Brics - Brasil, 
Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram durante a cúpula do G20 que uma eventual ajuda à zona do euro, que enfrenta 
uma aguda crise de dívida, deve ser feita por meio do FMI.
A presidente voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve re-
fletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também 
para a redução do risco sistêmico na economia global.
Na avaliação de Dilma, os países da zona do euro “deramum passo à frente” no enfrentamento da atual crise econômica e o 
encontro também resultou em um consenso “entre muitos países do G20” de que a retomada da estabilidade econômica passa pela 
recuperação do crescimento da economia. O Brasil se coloca favoravelmente à criação de uma taxa financeira global, proposta defen-
dida já há algum tempo por algumas lideranças europeias, como França e Alemanha. Não é contra se todos os países adotarem uma 
taxa. Se houver uma taxa financeira global, o Brasil adota também. 
Encontro Ministerial
Brasil testa seu protagonismo em encontro do G20, apresenta propostas polêmicas em meio ao acirramento das divergências 
entre ricos e emergentes. A comitiva brasileira desembarcou em Paris para o primeiro encontro do G20 – grupo das 20 maiores econo-
mias do mundo, formada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Cozendley, e 
por outros dois assessores, a equipe chegou ao fórum com propostas que contrariam o interesse dos países desenvolvidos, entre eles, a 
França, anfitriã do encontro. A pauta da reunião estava basicamente formada por três temas centrais: a alta do preço das commodities, 
a regulação do sistema financeiro mundial e a chamada guerra cambial. Em pelo menos dois deles – commodities e câmbio -, o Brasil 
pôde ter voz significativa nos debates.
O Brasil foi um dos protagonistas do encontro e um dos principais interessados na discussão fundamental, que é a desordem 
cambial mundial. O desenvolvimento do Brasil, no fundo, depende de alguma coordenação internacional com relação ao câmbio. Ao 
mesmo tempo em que critica a postura de países como a China – que mantêm sua moeda subvalorizada para favorecer as exporta-
ções, o país também critica a “exclusividade” do dólar como moeda de reserva global. Já no debate sobre as commodities, o Brasil 
chegou a Paris com uma proposta discutida e alinhada com a Argentina – algo que nunca tinha acontecido de forma oficial. Os dois 
países – que são grandes exportadores dos produtos básicos – são contrários à proposta defendida pela França de controlar estoques 
no mercado internacional e, com isso, segurar a forte valorização nos preços.
O principal tema em pauta foi a crise econômica internacional e seus efeitos sobre os países ricos e em desenvolvimento. A reu-
nião ministerial do G20 ocorreu no momento em que houve rumores sobre o risco de liquidez dos bancos europeus. O presidente da 
França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defenderam a necessidade urgente de recapitalização do setor 
bancário. 
G-07
O grupo dos sete países mais ricos do mundo, o G-7, formado por Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itá-
lia e Japão, se reuniu para uma nova rodada de discussões. Desta vez, a pauta principal foi a situação da economia global e o crescente 
endividamento das comunidades do euro. A ideia do encontro era pôr a economia global no caminho da recuperação. No entanto, o 
evento foi encerrado sem acordo sobre o conteúdo das reformas do sistema financeiro mundial, embora os países-membros tenham 
deixado claro que não há divergência sobre a prevenção de futuras crises.
A reforma do sistema financeiro foi um dos temas mais conflituosos da reunião, que também teve a presença dos presidentes dos 
bancos centrais dos países-membros assim como dos chefes do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn; e 
do Banco Mundial, Robert Zoellick. Estados Unidos, França e Reino Unido mostraram disposição para empreender uma reforma 
normativa em nível mundial do setor financeiro, mas o Canadá foi reticente. Os setes líderes concordaram que os bancos devem 
contribuir de alguma forma com os custos desta recuperação.
Didatismo e Conhecimento 10
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Os desequilíbrios globais também entraram na pauta, e a China foi o principal alvo. A maioria dos países do G7 considera que 
a moeda chinesa está abaixo de seu valor real para favorecer as exportações do gigante asiático. A crise econômica da Grécia con-
siderada grave, foi apontada como uma prioridade. Durante o evento, as bolsas mundiais caíram ao nível mais baixo em três meses, 
e o euro atingiu seu menor valor desde maio de 2011. Diante do quadro, países da Zona do Euro, como Grécia, Espanha e Portugal, 
ficaram sob pressão para provar que deixarão as contas públicas sob controle. O medo é que as crises destes países “contaminem” os 
outros. A unanimidade ficou por conta do cancelamento da dívida externa do Haiti com as instituições internacionais para ajudar o 
país a se reconstruir após o terremoto que assolou a capital Porto Príncipe.
Segundo o FMI, a dívida total do Haiti chegava a US$ 1,3 bilhão, e o maior credor era o Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento (BID), com um total de US$ 447 milhões. O maior país credor do Haiti era a Venezuela, mas o governo anunciou o perdão 
da dívida, em grande parte derivada da compra de combustível. O G7 controla taxas comerciais internacionais e outros mercados 
através de comunicados divulgados após as reuniões, que acontecem várias vezes ao ano. Em encontro do grupo em Istambul, foi 
discutida a criação de um Grupo dos Quatro, que teria EUA, Europa, Japão e China. Este grupo substituiria o G7, embora claramente 
enfraquecido, não deixaria de existir, mas teria uma nova função, ainda em discussão. Ao final do encontro em Iqaluit, no Canadá, 
os organizadores anunciaram que não iriam emitir um comunicado como é praxe ao término das discussões do grupo. Para analistas, 
este já seria um sinal de desgaste do G7, que vem sendo substituído como principal fórum de discussão da economia pelo G20, que 
inclui China, Brasil e outros países em desenvolvimento.
Os ministros de finanças e os presidentes dos bancos centrais da União Europeia e dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados 
Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) se reuniram em Marselha. O comunicado final da reunião foi cheio de obviedades e sem 
nenhuma sugestão concreta, o que acentuou as inquietações sobre a crise nos países desenvolvidos. A queda generalizada das bolsas 
mundiais responde, em boa parte, às frustrações geradas pelo encontro. O G7 limita-se a declarar que vai trabalhar em conjunto com 
os outros países do G20 e com o FMI para “reforçar” o crescimento da economia mundial.
De imediato, as atenções estão focadas nos países mais frágeis da zona euro e no impasse que paralisa o governo alemão. De-
cidida pelos governantes da União Europeia, o aumento de 440 bilhões para 780 bilhões de euros da capacidade de empréstimo do 
FEEF, tem de ser votado pelo Parlamento alemão. Como a maior economia dos países da moeda única, a Alemanha deverá prover 
211 bilhões de euros de garantia de crédito para o FEEF.
A Corte Constitucional Federal, o mais alto tribunal do país, sediado em Karlsruhe, rejeitou três arguições de inconstitucionalida-
de do empréstimo ao FEEF. Mas determinou também que os pacotes de ajuda do FEEF aos países da zona euro devem ser aprovados, 
caso por caso, pelo Parlamento alemão. No final das contas, tal dispositivo tira parte da vantagem do FEEF para gerir a crise do euro. 
Paralelamente, prosseguem as discussões mais discretas sobre a criação de um Eurobond, um título público da zona euro, bancado 
pelos 17 países que possuem a moeda única.
Obviamente, o Eurobond aumentaria um pouco os custos dos empréstimos da Alemanha, mas diminuiria os juros dos emprés-
timos da Grécia, da Irlanda, da Espanha e da Itália. No médio prazo, o euro se tornaria uma moeda mais estável, com ganhos para 
todos os países que utilizam a moeda única. Efetivamente, a Alemanha também seria bastante favorecida com a criação do Eurobond, 
porquanto o país realiza regularmente a maior parte de seu superavit comercial no interior da zona euro. No entanto, antes mesmo de 
ser oficialmente cogitado pela União Europeia,o Eurobond já parece confirmar os temores dos que se opõem à sua criação. A even-
tual instauração do novo título da zona euro já está tendo um efeito negativo, na medida em que a Grécia e a Itália, esperando obter 
empréstimos mais baratos no quadro do Eurobond, reduzem as medidas de austeridade orçamentária determinadas pelos acordos do 
FEEF. 
G-04
O G4 é uma aliança entre Alemanha, Brasil, Índia e Japão com a proposta de apoiar as propostas uns dos outros para ingressar 
em lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diferentemente de outras alianças similares como o G7 e o 
G8, onde o denominador comum é a economia ou motivos políticos a longo termo, o objetivo é apenas buscar um lugar permanente 
no Conselho. A ONU possui atualmente cinco membros permanentes com poder de veto no Conselho de Segurança: China, Estados 
Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
Enquanto quase todas as nações concordam com o princípio que a ONU precisa de uma reforma que inclui expansão, poucos 
países desejam negociar quando a reorganização deve acontecer. Também há descontentamento entre os membros permanentes atuais 
quanto à inclusão de nações controversas ou países não apoiados por eles. Por exemplo, a República Popular da China é contra a 
entrada do Japão e a Alemanha não recebe apoio dos EUA.
A França e o Reino Unido anunciaram que apoiam as reivindicações do G4, principalmente o ingresso da Alemanha e do Brasil. 
Uma questão importante são os países vizinhos (com chances menores de ingressar) aos que propõem a entrada que frequentemente 
são contra os esforços do G4: o Pasquitão é contra a entrada da Índia; a Coréia do Sul e a China são contra o Japão; a Argentina e 
o México são contra o Brasil e a Itália é contra a Alemanha; formando um grupo que ficou conhecido como Coffee Club, contra a 
expansão do Conselho por aqueles que a propõem.
Didatismo e Conhecimento 11
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Em 4 de agosto de 2005 foi anunciado que a China e os EUA entraram em acordo para bloquear a proposta do G4. O Japão dei-
xou, formalmente, o Grupo dos Quatro (G4) em 6 de janeiro de 2006, depois de ter criticado a nova proposta apresentada por Brasil, 
Alemanha e Índia para reformar o Conselho de Segurança da ONU. O país considera que a mesma tem escassas possibilidades de 
obter os apoios necessários. Essas críticas complicaram o ambiente no grupo que, até então, tinha uma causa comum. Porém o Japão 
parece ter voltado atrás na sua decisão, pois em julho de 2007 ele se reuniu com o grupo em Nova Iorque para discutir a reforma do 
Conselho de Segurança das Nações Unidas. 
O G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) defende a reforma do conselho de tal forma que reflita o mundo atual. O formato em vi-
gor é do período após a 2ª Guerra Mundial. Os ministros Antônio Patriota (Brasil), Guido Westerwelle (Alemanha), Koichiro Gemba 
(Japão) e Ranjan Mathai (Índia) reuniram-se, em Nova York, para discutir a ampliação do Conselho de Segurança. Após o encontro 
dos chanceleres, foi divulgado um comunicado com cinco parágrafos, no qual os quatro governos reiteram a necessidade de retomar 
o debate sobre a reforma do órgão.
Os ministros expressaram a visão sobre o forte apoio para uma expansão em ambas as categorias, que deve ser refletida no pro-
cesso de negociação entre os Estados-membros e solicitam a elaboração de um documento conciso como base para futuras negocia-
ções. Nas discussões sobre a ampliação do Conselho de Segurança há várias propostas. Uma delas sugere a ampliação de 15 para 25 
vagas no total, abrindo espaço para um país em cada continente. Nas Américas, o Brasil e a Argentina pleiteiam uma vaga no órgão. 
Na África, não há consenso.
Ao longo da declaração conjunta, os ministros reiteram que é fundamental rever o formato atual do Conselho de Segurança. É ne-
cessário promover a reforma a fim de melhor refletir as realidades geopolíticas de hoje. Os países do G4 reafirmaram compromissos 
como aspirantes a novos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, bem como seu apoio às respectivas candidatu-
ras. Também reafirmam sua visão da importância de a África ser representada. No discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das 
Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff reiterou seu apelo para que a comunidade internacional retome o debate sobre a reforma 
do Conselho de Segurança. Segundo ela, da forma como está, as decisões têm sido tomadas à revelia do órgão, o que não é positivo 
nem colabora para a multipolaridade.
Sociedade Brasileira
Intimidade Compartilhada na Internet
No Brasil, a privacidade é um direito de todos, garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Sendo assim, são invio-
láveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. Uma das formas cada vez mais frequente de violar a privacidade de uma pessoa é o “sexting”, quando 
vídeos e imagens com conteúdo sexual vazam na internet ou via celulares sem o consentimento de todos os envolvidos. Casos recen-
tes ocorridos no Brasil em 2013 ilustram o quão grave é a exposição desse conteúdo na internet.
Uma jovem de 16 anos do interior do Rio Grande do Sul e outra adolescente de 17 anos, do interior do Piauí, cometeram suicídio 
após terem suas imagens íntimas divulgadas na internet e compartilhadas em redes sociais. A primeira teria sido vítima de um colega 
de escola, suspeito de ter publicado a foto íntima da jovem. A segunda teve imagens em que aparece tendo relações sexuais compar-
tilhadas no aplicativo de bate-papo Whatsapp.
Em Goiânia, uma jovem de 19 anos precisou deixar o emprego e desenvolveu um quadro de depressão após um vídeo grava-
do com o namorado ter sido postado na internet sem o seu consentimento. O caso virou “meme” e piada em redes sociais como o 
Facebook. O principal suspeito é o ex-namorado da vítima. Os casos chocaram as cidades onde as jovens moravam e levantaram a 
discussão sobre violação da privacidade na internet e as consequências que para quem passa por essa situação.
A palavra “sexting” é uma junção das palavras sex [sexo] e texting [envio de mensagens] e poderia ser apenas a troca de imagens 
eróticas ou sensuais entre casais, namorados ou pessoas que estão em algum tipo de relacionamento, mas acabou tornando-se uma 
prática “criminosa” e vingativa. Não à toa ganhou o apelido de “pornografia de revanche”, já que em muitos casos são ex-namorados 
ou ex-maridos que publicam na internet fotos e vídeos das namoradas como forma de vingança após o fim do relacionamento.
Entre os casos de sexting levados à justiça no Brasil, a maioria são de vingança. Os danos são muitos e o acesso à imagem pode 
fugir do controle, sendo difícil retirar o material de sites e dos sistemas de busca online. Uma das soluções buscadas pelas autoridades 
para inibir a prática é a punição dos responsáveis. Os adolescentes são o grupo que mais preocupa psicólogos, pais e especialistas em 
segurança na internet. Usuários das redes sociais, muito expostos e hiperconectados, eles acabam sendo alvo fácil de casos de sexting 
por não se preocuparem com a segurança de suas informações.
O sexting reúne características de diferentes práticas ofensivas e criminosas. Envolve ciberbullying por ofender moralmente e 
difamar as vítimas que têm suas imagens publicadas sem seu consentimento; estimula a pornografia infantil e a pedofilia em casos 
envolvendo menores. Em outros casos, enquadra-se como roubo de informações, como o que ocorreu com a atriz Carolina Dieckman, 
em 2012. Além disso, no caso das mulheres, o autor da divulgação de imagens íntimas na internet sem autorização pode ser punido 
por difamação com base na Lei Maria da Penha. Na Califórnia (EUA), para tentar conter a onda de publicações de imagens de mu-
lheres nuas ou seminuas por vingança foi criadauma lei que prevê pena de prisão de até seis meses e multa de até US$ 1.000 para 
quem publicar na internet fotografias ou vídeos de ex-cônjuge ou ex-namorada sem consentimento.
Didatismo e Conhecimento 12
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Nos casos envolvendo menores de idade, os responsáveis pela divulgação podem ser enquadrados no artigo 241-A do Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA), que qualifica como crime grave a disseminação de fotos, vídeos ou imagens de crianças ou 
adolescentes em situação de sexo explícito ou pornográfica, com pena de 3 a 6 anos. Quatro Estados norte-americanos já classificam 
o sexting como crime de pornografia infantil ou exploração sexual de menores e preveem também punições para menores de idade 
que criarem ou transmitirem imagens com conteúdo sexualmente explícito.
No Brasil, a vítima de sexting ainda encontra dificuldade para ver o culpado punido. Para tentar coibir a prática, quatro projetos 
tramitam no Congresso propondo penas mais severas. Em maio de 2013, o deputado João Arruda (PMDB/PR) propôs alterações à 
Lei Maria da Penha, estendendo-a para o ambiente virtual. Outros dois projetos buscam tipificar o crime de divulgação pública de 
imagens de vídeos de segurança e acrescentar ao Código Penal a conduta de divulgação de fotos ou vídeos com cena de nudez ou 
ato sexual sem autorização da vítima.
O quarto projeto, da deputada Eliane Lima (PSD/MT), visa punir quem praticar a chamada vingança pornográfica. A pena pro-
posta é de um ano de reclusão e multa de 20 salários mínimos. A parlamentar cita como exemplo o caso da jornalista Rose Leonel, 
que por muito tempo recebeu ligações de estranhos procurando por sexo. O ex-namorado havia cadastrado fotos íntimas da jovem 
em sites de pornografia e de garotas de programa, com seus dados pessoais e telefone celular. Rose Leonel criou a ONG Marias da 
Internet, que ajuda mulheres que passaram por situação semelhante.
A Câmara dos Deputados também deve incluir no Marco Civil da Internet, mecanismos para retirada de conteúdo da rede de ima-
gens íntimas que prejudiquem os envolvidos. A proposta ainda está em discussão e segundo o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), 
relator do projeto, o texto prevê que o provedor que disponibilizar o conteúdo gerado por terceiros poderá ser responsabilizado pela 
divulgação do material que contenha nudez ou sexo de caráter privado sem autorização de seus participantes.
27/12/2013
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resumo-das-disciplinas/atualidades
Educação Brasileira
Universidade de São Paulo - USP
A USP perdeu pelo menos 68 casas no ranking universitário THE (Times Higher Education), a principal listagem de universida-
des da atualidade. A universidade - única do Brasil que figurava entre as 200 melhores do mundo - passou de 158º lugar em 2012 
para o grupo de 226º a 250º lugar. A posição específica no ranking não é informada pelo THE, que, a partir do 200º lugar, divulga os 
resultados em grupos de universidades. 
A Unicamp também caiu e passou de 251º a 275º lugar (em 2012) para 301º a 350º lugar. Os Estados Unidos continuam domi-
nando o ranking. A melhor universidade do mundo, Caltech, é norte-americana. Além disso, 77 das 200 melhores do mundo estão 
em solo dos EUA. O editor do THE, Phil Baty, classificou o resultado como “negativo para o Brasil”. “Um país com seu tamanho e 
poder econômico precisa de universidades competitivas internacionalmente”, disse. “É um golpe sério perder a única universidade 
que estava entre as 200 melhores.”
Baty destacou ainda a importância da internacionalização nas universidades brasileiras para melhorar os resultados. “É preciso 
incentivar o uso do inglês na sala de aula. Muitos países que não são de língua inglesa já usam o inglês no meio acadêmico.” 
Entre eles, estão a Holanda, a Alemanha e a França - países com universidades entre as cem melhores do mundo. Essa bandeira do 
inglês tem sido destacada também por especialistas brasileiros.
De acordo com Leandro Tessler, físico da Unicamp e especialista em relações internacionais, há uma resistência interna na uni-
versidade brasileira ao inglês. “Temos a tradição de resistir a cursos em inglês na universidade, como se fosse uma questão de sobe-
rania”. Sem ter aulas em inglês, o Brasil perde pontos em boa parte dos indicadores do THE, que avaliam, por exemplo, a quantidade 
de alunos e de professores estrangeiros.
Além disso, as publicações científicas exclusivamente em português também diminuem a quantidade de citações recebidas por 
outros cientistas. Esse critério - as citações - valem 30% das notas recebidas por cada universidade. O Brasil foi o único país que saiu 
do grupo de países com universidades entre as 200 melhores do mundo. Noruega, Espanha e Turquia entraram para o grupo de elite.
02/10/2013
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educacao/2013
Didatismo e Conhecimento 13
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Ciências e Tecnologia
Neurociência
A Copa do Mundo no Brasil em 2014 será iniciada com o pontapé de um jovem paraplégico usando um exoesqueleto. A pro-
messa é do neurocientista Miguel Nicolelis, que trabalha no projeto Andar de Novo. Com ajuda do exoesqueleto, uma veste robótica 
controlada por pensamentos, os sensores captam a atividade elétrica dos neurônios e transformam os pensamentos em comandos. 
Segundo o neurocientista, para que isso ocorra com sucesso, o cérebro precisa ser novamente treinado por meio de estímulos 
que provoquem as reações necessárias para desencadear os movimentos. A invenção já foi pensada para fins militares, para auxiliar 
em atividades cotidianas em que é necessária a força, e agora pode ser um avanço para levar mobilidade a idosos e pessoas com 
deficiências físicas.
Quem possui um corpo sem deficiências tem os movimentos, a ação e reação coordenados pelo sistema nervoso que emite co-
mandos para os órgãos e glândulas. Quando há um problema ou um dano físico, os sinais emitidos pelo sistema nervoso têm sua pas-
sagem interrompida. O exoesqueleto pode reverter a situação por meio da interação cérebro-máquina. Os sinais emitidos do sensor 
localizado no cérebro serão transmitidos em uma unidade similar a um laptop, carregada pela pessoa em uma mochila. O computador 
ainda transmitiria os sinais elétricos cerebrais, enquanto o exoesqueleto estabiliza o corpo da pessoa e executa o comando. No futuro, 
a ideia é que pacientes usem a veste como uma roupa normal, mas que teria inúmeras funcionalidades, como o Homem de Ferro.
Segundo o neurocientista, para que o processo funcione com sucesso, o cérebro precisa ser retreinado por meio de estímulos que 
provoquem as reações necessárias para desencadear os movimentos. Em entrevista, ele descreveu melhor como funcionará a comu-
nicação entre exoesqueleto e o cérebro. “Além da veste, o exoesqueleto tem uma mochila, que é a central de controle, que é o cérebro 
do exoesqueleto que vai dialogar com o corpo do paciente. Essa central vai captar os sinais do cérebro do paciente, traduzi-los em 
sinais digitais para que o exoesqueleto possa entender e receber os sinais de feedback, que serão transmitidos de volta ao paciente. 
Essa veste vai conter todos os motores hidráulicos que vão mover o exoesqueleto e as baterias, outro componente fundamental, for-
necedoras da potência para o exoesqueleto funcionar”.
As pesquisas de Nicolelis estudam a unidade básica funcional do sistema nervoso central como sendo uma população difusa 
de neurônios que interagem em circuitos e que o cérebro funciona como uma rede dinâmica, integrando diferentes áreas no mesmo 
processo. 
A partir dessa ideia, foram realizados testes com macacos rhesus. Eles receberam implantes de sensores wireless (sem fio) que 
enviam informações de atividade cerebral 24 horas por dia. Em um dos experimentos, um macaco aprendeu a jogar vídeo game comcontrole. Depois de um tempo, o controle foi substituído por um braço robótico ligado aos sensores no cérebro do macaco. Com 
isso, ele pode jogar usando apenas seus impulsos elétricos. As experiências mostraram que os macacos aprenderam a controlar os 
movimentos de ambos os braços de um corpo virtual, também chamado “avatar”, usando apenas a atividade elétrica do cérebro, 
comprovando a boa interação entre cérebro-máquina.
Um dos avanços da pesquisa foi mostrar que o sistema somatossensorial, que nos permite ter sensações em diferentes partes do 
corpo, pode ser influenciado pela visão. Ou seja, a mente se mostra capaz de assimilar membros artificiais, como as neuropróteses, 
como parte da própria imagem corporal. Após a Copa, as pesquisas para aperfeiçoar o exoesqueleto continuam, com o objetivo de le-
var novas possibilidades a quem precisa de mobilidade, como deficientes físicos que sofrem de algum tipo de paralisia ou limitações 
motoras e sensoriais causadas por lesões permanentes da medula espinhal. 
Exemplos de exoesqueletos não faltam no mundo da ciência. De modo geral, eles são pensados para completar a força e a mo-
bilidade humana. As primeiras pesquisas nos Estados Unidos, na década de 1960, eram voltadas para o campo militar. A ideia era 
aumentar a capacidade de carregamento de quem trabalhava nos navios de submarino; depois, na década seguinte, o exoesqueleto 
seria pensado para equipar os homens da infantaria. Atualmente, o Exército norte-americano trabalha na produção de um exoesque-
leto para os soldados, o que traria mais estabilidade e força, elementos vitais para o combate.
Fora desse contexto, o primeiro projeto de um exoesqueleto foi o SpringWalk, criado pelo pesquisador do Laboratório de Jato-
propulsão da NASA, John Dick, Califórnia (EUA), no início dos anos 1990. O projeto de Dick cria pernas articuladas, que reduzem 
a força dos humanos. 
Outros projetos caminham na direção do projeto de Nicolelis. É o caso do HAL (Hybrid Assistive Limb, ou Membro Assistente 
Híbrido). Desenvolvido no Japão, esse exoesqueleto pretende dar mobilidade às pernas. Outra versão mais moderna inclui todos os 
membros. Quem usar a veste consegue erguer cinco vezes mais o peso que consegue carregar. A ideia é que o HAL melhore a mobi-
lidade de paraplégicos e idosos e ajude trabalhadores que precisam usar a força física a não fazê-lo em nível prejudicial.
Didatismo e Conhecimento 14
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
03/01/2014
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resumo-das-disciplinas/atualidades
Energia
Pré-Sal
A Petrobras prevê para o segundo semestre de 2014 a entrada em operação de mais duas plataformas, ambas a serem empregadas 
no pré-sal. Em 2013, a companhia concluiu um recorde de nove plataformas, sendo pelo menos cinco já em produção e as restantes 
já no local ou a caminho do destino final de operação. As duas novas plataformas - Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte; e Cidade 
de Mangaratiba, em Iracema Sul - vão ajudar a companhia a elevar a partir de 2014 sua produção de petróleo, estagnada há três anos.
Nos dois últimos anos, a petroleira reduziu metas anuais para intensificar seu cronograma de manutenção. A retomada da pro-
dução é esperada para 2014, embora a elevação seja projetada por alguns analistas para não mais que 7%. As estimativas podem ser 
revisadas nas próximas semanas depois que a companhia divulgar o resultado da produção de petróleo em 2013, que deve ficar abaixo 
da meta de 2,022 milhões de barris por dia estabelecida internamente.
É a área do pré-sal que tem sustentado a produção da Petrobras estável, compensando baixas na tradicional Bacia de Campos 
e o declínio natural dos poços, que a estatal divulga ser de 10% a 11% ao ano, em média. Em 2013, todos os poços perfurados no 
pré-sal tiveram sucesso exploratório. A contribuição na produção total da empresa é estimada para passar de 7%, em 2012, para 42% 
em 2017 e 50% em 2020.
A Petrobras ressalta ter alcançado um recorde diário de 371 mil barris de petróleo no último dia 24 de dezembro na área de pré-
sal, com 21 poços em operação, ou uma produtividade de 18 mil barris/dia por poço. Em alguns casos, a produção chega a 30 mil 
barris por poço, acima das expectativas iniciais da própria companhia. A Petrobras compara o resultado a áreas referência de produ-
ção no mundo. A produtividade no Mar do Norte, diz, é de até 15 mil barris/dia, e, no Golfo do México, de até 10 mil barris/dia. A 
estatal lembra ainda que a marca de 300 mil barris dias foi alcançada em sete anos, enquanto o mesmo número foi atingido no Golfo 
do México sete anos após a primeira descoberta.
08/01/2014
http://exame.abril.com.br/
negocios/noticias
Relações Internacionais
Alguns fatos de destaque na questão das relações internacionais são importantes e devem ser comentados para esclarecimentos 
dos leitores. 
O Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco de integração econômica da América do Sul formado por Brasil, Argentina, Para-
guai e Uruguai, passou por grandes mudanças ao longo ano. No Rio+20, o presidente paraguaio Fernando Lugo sofreu um processo 
de impeachment e foi deposto de seu cargo, dando lugar ao até então vice-presidente, Federico Franco. Lugo chegou a instaurar um 
governo paralelo, para fiscalizar a nova gestão paraguaia. Depois da mudança de comando no governo, o país foi suspenso do bloco 
porque os países integrantes questionaram se a forma como se deu o processo não feria a democracia paraguaia.
Esta foi a primeira suspensão em muitos anos de história do Mercosul. Com ela, o novo governo paraguaio não pode participar 
das reuniões e decisões até as eleições presidenciais de abril de 2013, mas não sofrerá sanções econômicas. Sob o entendimento de 
que o processo de impeachment ocorreu sem espaço para a ampla defesa do ex-presidente Fernando Lugo e rompeu a ordem demo-
crática do país, o Paraguai também foi suspenso da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A Unasul argumenta que a realização 
de eleições democráticas e transparentes é condição fundamental para acabar com a suspensão do Paraguai do bloco, e a posição se 
mantém até hoje. No final de novembro, a Cúpula dos Chefes de Estado e Governo da Unasul, que ocorreu em Lima, no Peru, decidiu 
manter a suspensão do Paraguai. Os líderes concluíram que não houve fato novo que motivasse a revogação da medida.
A suspensão do Paraguai abriu uma brecha para que a Venezuela se tornasse membro-pleno do bloco. O Paraguai era o único que 
tinha posição contrária à integração dos venezuelanos. As adaptações para a participação venezuelana vêm sendo feitas desde então. 
Recentemente, o Brasil promulgou a adesão do país ao grupo e os chanceleres do Mercosul conseguiram fechar uma série de nego-
ciações para garantir que a Venezuela terá atendido as principais exigências para ser integrada de forma plena ao bloco. O bloco, com 
a entrada dos venezuelanos, passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões, o que equivale a aproximadamente 
82,2% do PIB sul-americano. A população soma 275 milhões de habitantes.
Didatismo e Conhecimento 15
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Em meio às reviravoltas, a Bolívia que já era membro associado do Mercosul , também aceitou se integrar ao bloco. O presidente 
da Bolívia, Evo Morales, assinou o protocolo de adesão. Esta, no entanto, foi à primeira etapa do processo, que costuma levar anos 
por envolver questões técnicas e jurídicas. A adesão do país comandado por Evo Morales foi um dos destaques do documento final 
da Cúpula de Estado dos Chefes de Estado do Mercosul.
Relações Comerciais
As trocas entre Brasil e Argentina passaram por alguns momentos de crise também neste ano. O país vizinho suspendeu a con-
cessão de licenças de importações de cortes de carne suína brasileira. A suspensão terminou com a assinatura de um acordo,entre 
os dois países, no início de outubro. Com o consenso, as exportações foram restabelecidas sob a condição de que o Brasil deveria 
agilizar o processo de liberação para importações de maçã, pera e marmelo da Argentina. O Mercosul também quer intensificar as 
parcerias com a União Europeia e a China, incrementando o comércio do bloco com as duas regiões e ampliando as oportunidades 
de exportações. A decisão de ampliar o relacionamento com os dois parceiros foi incluída em quatro itens dos 61 do documento final, 
denominado Comunicado Conjunto dos Presidentes dos Estados Partes do Mercosul.
O comunicado foi divulgado após reunião da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, no Itamaraty. Os presidentes dos países 
do Mercosul ressaltaram a importância das relações entre o bloco e a China, os fluxos recíprocos de investimento para o desenvolvi-
mento de suas trocas comerciais. Em defesa das ações para o fortalecimento das relações entre o Mercosul e a China, os presidentes 
citaram a promoção de uma missão comercial conjunta a Xangai e de reunião de representantes governamentais. A China está hoje 
entre os principais parceiros de todos os integrantes do Mercosul.
O documento final foi assinado pelos presidentes Dilma Rousseff, José Pepe Mujica (Uruguai), Evo Morales (Bolívia), Cristina 
Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador), Donald Ramotar (Guiana) e Desi Bouterse (Suriname), além do ministro de Minas 
e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez, da vice-presidenta do Peru, Marisol Cruz, e dos vice-chanceleres Alfonso Silva (Chile) e 
Monica Lanzetta (Colômbia).
Os chefes de Estado também defenderam um acordo de associação entre o Mercosul e a União Europeia, e se comprometeram a 
buscar um instrumento abrangente e equilibrado. O acordo, segundo eles, fortalecerá o comércio entre os dois blocos e impulsionará 
o crescimento e o emprego nas duas regiões. De acordo com integrantes da União Europeia, há oportunidades de avançar e até de-
finir um acordo de livre comércio. Porém, os negociadores brasileiros se queixam do excesso de obstáculos imposto pelos europeus 
a uma série de produtos brasileiros. Os entraves comerciais são as principais dificuldades para a retomada das negociações entre os 
dois blocos.
Área de Livre Comércio das Américas (ALCA)
Todo o noticiário sobre Mercosul, Aliança do Pacífico, Parceria Transpacífica e China tem a ver com um embate ideológico entre 
duas concepções de política de desenvolvimento econômico e social. A primeira dessas concepções afirma que o principal obstáculo 
ao crescimento e ao desenvolvimento é a ação do Estado na economia. A ação direta do Estado na economia, através de empresas 
estatais, como a Petrobrás, ou indireta, através de políticas tributárias e creditícias para estimular empresas consideradas estratégicas, 
como a ação de financiamento do BNDES, distorceria as forças de mercado e prejudicaria a alocação eficiente de recursos.
Nesta visão privatista e individualista, uma política de eliminação dos obstáculos ao comércio e à circulação de capitais; de 
não discriminação entre empresas nacionais e estrangeiras; de eliminação de reservas de mercado; de mínima regulamentação da 
atividade empresarial, inclusive financeira; e de privatização de empresas estatais conduziria a uma eficiente divisão internacional 
do trabalho em que todas as sociedades participariam de forma equânime e atingiriam os mais elevados níveis de crescimento e de-
senvolvimento.
Esta visão da economia se fundamenta em premissas equivocadas. Primeiro, de que todos os Estados partem de um mesmo 
nível de desenvolvimento, de que não há Estados mais e menos desenvolvidos. Segundo, de que as empresas são todas iguais ou 
pelo menos muito semelhantes em dimensão de produção, de capacidade financeira e tecnológica e de que não são capazes de influir 
sobre os preços. Terceiro, de que há plena liberdade de movimento da mão de obra entre os Estados. Quarto, de que há pleno acesso 
à tecnologia que pode ser adquirida livremente no mercado. Quinto, de que todos os Estados, inclusive aqueles mais desenvolvidos, 
seguem hoje e teriam seguido passado esse tipo de políticas.
Como é obvio estas premissas não correspondem nem à realidade da economia mundial, que é muito, muito mais complexa, nem 
ao desenvolvimento histórico do capitalismo. Historicamente, as nações hoje altamente desenvolvidas utilizaram uma gama de ins-
trumentos de política econômica que permitiram o fortalecimento de suas empresas, de suas economias e de seus Estados nacionais. 
Isto ocorreu mesmo na Inglaterra, que foi a nação líder do desenvolvimento capitalista industrial, com a Lei de Navegação, que obri-
gava o transporte em navios ingleses de todo o seu comércio de importação e exportação; com a política de restrição às exportações 
de lã em bruto e às importações de tecidos de lã; com as restrições à exportação de máquinas e à imigração de “técnicos”.
Didatismo e Conhecimento 16
CONHECIMENTOS REGIONAIS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
DO ESTADO DE TOCANTINS
Políticas semelhantes utilizaram a França, a Alemanha, os Estados Unidos e o Japão. Países que não o fizeram naquela época, 
tais como Portugal e Espanha, não se desenvolveram industrialmente e, portanto, não se desenvolveram. Se assim foi historicamente, 
a realidade da economia atual é a de mercados financeiros e industriais oligopolizados em nível global por megaempresas multina-
cionais, cujas sedes se encontram nos países altamente desenvolvidos. A lista das maiores empresas do mundo, publicada pela revista 
Forbes, apresenta dados sobre essas empresas cujo faturamento é superior ao PIB de muitos países. Das 500 maiores empresas, 400 
se encontram operando na China. Os países altamente desenvolvidos protegem da competição estrangeira setores de sua economia 
como a agricultura e outros de alta tecnologia. 
Através de seus gigantescos orçamentos de defesa, todos, inclusive a Alemanha e o Japão, que não poderiam legalmente ter 
forças armadas, subsidiam as suas empresas e estimulam o desenvolvimento cientifico e tecnológico. Com os programas do tipo 
“Buy American” e outros semelhantes, privilegiam as empresas nacionais de seus países; através da legislação e de acordos cada vez 
mais restritivos de proteção à propriedade intelectual, dificultam e até impedem a difusão do conhecimento tecnológico. Através de 
agressivas políticas de “abertura de mercados” obtém acesso aos recursos naturais (petróleo, minérios etc) e aos mercados dos países 
periféricos, em troca de uma falsa reciprocidade, e conseguem garantir para suas megaempresas um tratamento privilegiado em rela-
ção às empresas locais, inclusive no campo jurídico, com os acordos de proteção e promoção de investimentos, pelos quais obtém a 
extraterritorialidade. Como é sabido, protegem seus mercados de trabalho através de todo tipo de restrição à imigração, favorecendo, 
porém, a de pessoal altamente qualificado, atraindo cientistas e engenheiros, colhendo as melhores “flores” dos jardins periféricos.
A segunda concepção de desenvolvimento econômico e social afirma que, dada a realidade da economia mundial e de sua dinâ-
mica, e a realidade das economias subdesenvolvidas, é essencial a ação do Estado para superar os três desafios que tem de enfrentar os 
países periféricos, ex-colônias, algumas mais outras menos recentes, mas todas as vítimas da exploração colonial direta ou indireta. 
Esses desafios são a redução das disparidades sociais, a eliminação das vulnerabilidades externas e o pleno desenvolvimento de seu 
potencial de recursos naturais, de sua mão de obra e de seu capital.
As extremas disparidades sociais, as graves vulnerabilidades externas, o potencial não desenvolvido caracterizam o Brasil, mas 
também todas as economias sul-americanas. A superação desses desafios não poderá ocorrer sem a ação do Estado, pela simples 
aplicação ingênua dos princípios do neoliberalismo, de liberdade absoluta

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