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Texto de duplo discurso - Antilogia

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A melhoria da didática em sala de aula através do uso do smartphone no ambiente escolar.
Fatores relevantes para validar sua utilização.
O celular para o jovem contemporâneo é uma plataforma de autonomia, pois os permite trocar informações de modo individualizado o que lhes traz a sensação de privacidade, efetivando essa ferramenta como parte essencial de sua vida. De certo modo, a tecnologia originou uma alteração no comportamento das pessoas, inclusive no comportamento dos jovens, já que as tecnologias vigentes estão atreladas de forma significativa na formação de crianças e adolescentes. 
Apesar das objeções quanto ao uso do aparelho celular nas escolas, vemos que existe uma crescente oposição e debate quanto a essa questão. Em São Paulo, por exemplo, foi aprovado o projeto de Lei nº 860/2016, que altera a Lei 12.730/2007, que proibia o uso de celulares em escolas estaduais. Segundo o Governo do Estado, até Outubro de 2018 o sistema wi-fti e banda larga serão instalados em todas as cinco mil escolas da rede.
As escolas tem um poder de nortear seus alunos a não serem apenas usuários, mas também produtores de tecnologias, eles tem a necessidade de aprender a transformar o que tem em mãos, e não a se contentar com o papel de consumidores passivos de aplicativos feitos por outras pessoas e em geral feitos para estimular o consumo. A tecnologia é uma linguagem, e os alunos necessitam aprender os códigos dessa linguagem. Os jovens não podem ser reféns dessa linguagem que não dominam por completo. 
Há um grande movimento internacional na educação entendendo que já hoje, e mais intensa em um futuro próximo, aqueles que não souberem princípios básicos de programação, serão considerados analfabetos, já existe ate um termo para tal denominado “analfabite”. Se os jovens de hoje não tiver o conhecimento dos princípios básicos dessas linguagens ou desses códigos que irão programar os computadores que já gerenciam a nossa vida e já estão de certo modo incorporados em nós, isso mostra que a educação fracassou completamente.
Por causa de suas múltiplas funções, o smartphone pode acessar todos os tipos de informações disponíveis de forma rápida, quase que instantânea. Por isso, é um recurso poderoso para pesquisa. Também favorece os alunos para trocas de informações no espaço virtual, a construção do conhecimento em rede, e um dos aspectos mais importantes a ser considerado, é a facilitação da inclusão das crianças e jovens com deficiência. 
Diante desse panorama, algumas instituições passaram a incentivar o uso dos celulares como recursos educativos em sala de aula. Partindo do pressuposto que esse tipo de didática venha trazer uma identificação maior entre aluno e professor, integrando o jovem e o adolescente com maior ênfase no contexto escolar, permitindo um bom desenvolvimento e aproveitamento da sua capacidade de aprendizado.
A UNESCO no ano de 2013 publicou um guia com dez recomendações para que governos desenvolvam políticas publicas nesse sentido. Sendo elas:
Criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel.
Conscientizar sobre sua importância.
Expandir e melhorar opções de conexão.
Ter acesso igualitário.
Garantir equidade de gênero.
Criar e aperfeiçoar conteúdo educacional.
Treinar professores. 
Capacitar educadores usando tecnologias móveis. 
Promover o uso seguro, saudável, e responsável de tecnologias móveis. 
Usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional.
Portanto, o uso do smartphone como ferramenta para apoiar a didática nas escolas não pode ser mal visto pelos cidadãos. Com o passar dos anos temos visto a evolução de diversas tecnologias, e precisamos acompanhar este progresso também, visando que é para um bem comum. A tecnologia vem desempenhando um importante papel em prol da sociedade, aproximando as pessoas não só através da comunicação, mas da educação, segurança, informação, entretenimento e lazer. É uma das faces da liberdade intelectual, é a nova vertente de ver e descobrir o mundo.
Transtornos causados pelo uso do smartphone no contexto escolar.
A inviabilidade do uso do celular para a melhora o aprendizado.
É impossível negar a onipresença da tecnologia e seus cobiçados aparelhos, em principal os smartphones nos dias atuais na sociedade, até porque além das facilidades de uso, cada dia que passa, torna-se mais disponível a todos, o que não seria um inconveniente se não houvesse o mau uso do mesmo em algumas circunstâncias, em diversos ambientes, inclusive no ambiente escolar.
Há momentos em que disciplinar o foco e fortalecer a concentração é absolutamente a coisa mais importante para fazer. Nesse sentido vale a pena desconectar do excesso de distrações que a internet proporciona, para se conectar ao mundo real. A internet é genial, mas não podemos desconsiderar que a maioria das crianças e jovens está a fazer na frente de um smartphone não é um uso criativo, mas é pura procrastinação. E já tem muita gente sofrendo por isso.
O tempo de contato entre aluno e professor acaba sendo despojado através do uso da tecnologia em si. Em tempos de redes sociais e outras formas de entretenimento, torna-se inviável para um professor conseguir obter sucesso no uso dos smartphones apenas para aprimorar a didática em sala de aula, visto que os meios de comunicação têm por tendência prender a atenção e dispersar o aprendizado dos alunos do conteúdo aplicado. O agravamento de problemas mentais, assim como o aumento das frustrações, angústias e decepções pode facilitar a dependência no mundo virtual. Viver hoje em um mundo constante e cada vez mais veloz, pode ocasionar riscos e problemas à saúde durante uma fase de crescimento e desenvolvimento, onde talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas que formam confusões e também problemas de memória e de concentração interferindo no rendimento dos alunos.
 O hábito de manter diferentes focos de atenção como manter um olho nas mensagens do celular e outro nas explicações dos professores, podem gerar estresse ou, até mesmo, indicar um Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Isso sem falar da quebra acadêmica grave, da regra que proíbe o celular em sala.
 Muitos adolescentes confundem a vida real com a web ou interpretam mensagens impessoais como recados relacionados à perseguição. Não conseguem distinguir quando estão falando com pessoas que realmente existem ou com perfis criados para atormentá-los. Passam a viver uma realidade paralela e, consequentemente, afastam-se cada vez mais do contato social.
A problemática é que hoje, a informação nem sempre é filtrada ou importante, mas bombardeada. Todos nós queremos saber de tudo, mesmo do que nunca vai nos ser útil, temos a falsa impressão de que toda informação é válida e o que isso causa é um total desligamento da realidade mais próxima por causa deste bombardeio de informação de baixa qualidade. Outro problema já notado pelo uso excessivo de celular é a diminuição da concentração e da percepção do que está mais próximo, devido o foco estar em coisas que despertam maior interesse mas que está fora da realidade. Já se foi mapeado inclusive o risco de acidentes que aumenta muito ao utilizar esses aparelhos enquanto anda pela rua, sobe escadas etc.. E nas escolas, este cenário não é diferente.
O que podemos concluir, é que o uso do smartphone torna-se inviável no ambiente escolar porque nesse contexto ele tem por função roubar toda a interação que pode ser gerada em sala de aula e no convívio fora dela. As brincadeiras, conversas, não devem ser em hipótese alguma trocadas por interação virtual ou influenciadas pelo consumismo exacerbado que a mídia e redes de entretenimento oferecem todos os dias a nossas crianças e jovens.
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Referencias:
http://educacaointegral.org.br/reportagens/7-maneiras-de-usar-o-celular-em-sala-de-aula/
http://dependenciadetecnologia.org/a-saude-e-a-tecnologia/saude-emocional/deficit-de-atencao-e-hiperatividade/
https://www.projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/578fe77b7137010003f69a93/o-que-causa-o-uso-de-celular-na-sala-de-aula/kck6w5joxjhttp://www.educacao.sp.gov.br/noticias/aprovada-lei-que-libera-o-uso-do-celular-em-escolas-estaduais-de-sp/

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