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3 SEMESTRE

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
53 CONCLUSÃO	�
64 REFERÊNCIAS	�
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1 INTRODUÇÃO
 Neste trabalho pretende-se discorrer sobre os preconceitos contra os afrodescendentes no Brasil e como esse preconceito está imbricado na nossa sociedade. Além disso, analisaremos a escravidão e as teorias raciais que recaíram sobre essa sociedade. A historia africana conhecida a partir das grandes navegações, quando os negros começaram a ser trazidos para o Brasil, onde a mão de obra escrava foi a principal força de trabalho no país sendo à base da atividade econômica, onde surgíramos conflitos na luta contra a escravidão. Após a abolição os negros encontraram dificuldades para ingressar na sociedade brasileira, o acesso dos negros nas escolas se tornava difícil e no mercado de trabalho havia a concorrência com os imigrantes europeus. No decorrer do século XX surgem os movimentos e entidades para defender a população negra e lutar por uma cidadania plena, o grande expoente destes movimentos era Zumbi o maior líder dos quilombos dos Palmares, inclusive o dia de sua morte dia vinte de novembro ficou conhecido como o dia da consciência negra. No tempo da escravidão propriamente dita, o negro era avaliado como um objeto, hoje, o mesmo é avaliado como um cidadão de segunda qualidade. É um fato incontestável que, ao longo deste século os negros, na maioria, continuaram muito pobres, enquanto os imigrantes europeus e seus descendentes foram melhorando suas vidas e prosperando até chegar às posições de comando político e social, partilhando o poder com as antigas elites dominantes. A partir desse percurso, poderemos observar que os negros e mestiços possuem um papel definido socialmente e profissionalmente na sociedade brasileira atual. Observa-se também um discurso de negação da nossa realidade, principalmente ao afirmarem que o país é mestiço e por isso inexiste o preconceito. Porém, a miscigenação não excluiu do país os tratamentos diferenciados aos homens, mulheres e crianças de cor. Ser negro no Brasil é conviver com a marca do passado em que o negro era visto como símbolo do atraso. O preconceito atinge direta e naturalmente os negros, os quais acabam por ter menos oportunidades e, consequentemente, temos a maioria deles vivendo em situações precárias, infelizmente. Nesse cenário, os racistas aproveitam para tentar acabar com a dignidade do negro zombando de suas condições econômicas. 
DESENVOLVIMENTO
 Embora o racismo ainda não seja um assunto discutido abertamente entre os brasileiros, percebe-se que o preconceito sobre os negros e os seus descendentes encontra-se na história recente do Brasil, principalmente nos três séculos de escravidão, e pelas escassas políticas de inserção desses sujeitos na sociedade, Desde então o preconceito faz se logo uma associação à cor da pele negra o negro, isso se dar a partir da visão da historia distorcida deste povo, sua cor, cultura, religião e crendices. Embora essas atitudes preconceituosas ainda permeiem a sociedade já tem se feito movimentos de combate ao preconceito mais ainda não foi o necessário para acabar com o preconceito no Brasil, uma das formas de mostrar o preconceito na sociedade é que o negro não se insere nos privilégios galãs e estrelas que interpretam papeis principais na televisão. Devemos ser conscientes de que a cor da pele, ou determinadas características humanas, não interferem na capacidade das pessoas desempenharem funções administrativas, governamentais ou empresariais, deve-se reconhecer que esta havendo uma efetiva aplicação de igualdade de oportunidades nos bancos universitários e no mercado de trabalho. E através de medidas que levam ao engajamento entre o governo e a sociedade que será possível uma melhoria da qualidade de vida em geral para a população brasileira.
 Sabemos que a realidade dos brancos e negros no Brasil não é a mesma, mesmo com todos os avanços e melhorias que mostram os indicadores socioeconômicos com melhoria de vida para os negros, ainda não é possível visualizar esta igualdade racial, pois ainda é preciso uma aceleração desse processo. Muitas pessoas ainda tem preconceito com as pessoas negras, principalmente com as crianças no colégio é onde existe mais preconceito através de apelidos, exclusão dos grupos, piadas de mau gosto, músicas que inferiorizam sua imagem e outras situações constrangedoras. Podem-se apontar, ainda, outras agressões e violência aos negros e seus descendentes como os suicídios que acontecem mais com os negros do que com brancos, os negros também têm mais chances de serem mortos por policiais e representam 62% da população carcerária do país. Além disso, são as principais vítimas do infame auto de resistência, usado por policiais como justificativa, muitas vezes equivocadas, para mortes em conflito.
 Embora já existam pontos positivos a favor dos mesmos, como por exemplo, as cotas e o PROUNI que estão mudando o perfil dos profissionais obtendo uma maior porcentagem dos negros nas universidades de 1992 a 2009. O programa bolsa família também tem um peso na melhoria de renda das famílias negro e afro descendente, pois é mais significante para eles do que para os brancos, pois tem feito cair o índice de pobreza para ambos. Como mostra à análise do IPEA a maioria dos chefes de famílias é os negros e parda ficando a minoria para os brancos, mesmo com a queda da pobreza para ambos ainda não é o suficiente para acabar com a pobreza no Brasil. Embora haja algumas melhoras nas condições de vida dos mesmos há políticas que ignorem a ajuda no preconceito e discriminação, como por exemplo, na área da educação houve melhoria na redução do analfabetismo entre brancos e negros, mesmo com esta redução os negros permanecem mais que duas vezes maior que a taxa da população branca de acordo com os dados do IBGE de 2009, como também as matriculas em creches e pré-escolas é maior entre crianças brancas; e na melhoria de vida do afro descentes, na visão do trabalho, pois a maioria deles está inserida no mercado de trabalho nas piores condições, na agricultura, construção civil e trabalhos domésticos, a maioria deles sem remuneração e assalariados sem carteira. Também ficou comprovado que os trabalhadores negros têm menos escolaridade. Entre 2011 e 2012, 27,3% entre os negros ocupados não tinham ensino fundamental completo e somente 11,8% contavam com diploma universitário. Já na parcela dos não negros, os índices eram 17,8% e 23,4% respectivamente. Outro dado fundamental refere-se à diferença salarial entre negros e brancos. As mulheres negras são duplamente vítimas de discriminação, por gênero e raça, e ocupam um lugar ainda mais precário no mercado de trabalho. O salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca. Mulheres negras têm um índice maior de desemprego em qualquer lugar do país. A taxa de desemprego das jovens negras chega a 25%. Uma entre quatro jovens está desempregada e estão em maior número nos empregos mais precários e informais, cerca de 71% contra 54% das mulheres brancas e 48% dos homens brancos. Os rendimentos das mulheres negras em comparação com os homens brancos nas mesmas faixas de escolaridade não ultrapassam os 53%. A ideia é que tanto a injúria quanto ao racismo passem a ser enquadrada como discriminação resultante de preconceito de raça, cor, religião, sexo, aparência, condição social, descendência, origem nacional ou étnica, idade ou condição de pessoa com deficiência. A pena é de reclusão de um a três anos, passível de acréscimo de um terço. A proposta estabelece ainda que o crime poderá ser julgado por júri popular, com o intuito de inibir este tipo de ação criminosa. Nos casos em que forem registradas lesões corporais, de qualquer gravidade, o juiz ou o júri podem definir penas, de um ano a 16 anos de reclusão. Se o agressor matar a vítima,poderá ser condenado, a pelo menos, 12 anos de reclusão, podendo chegar a 30 anos.
 A desigualdade racial no Brasil tem raízes bem claras. O período de escravidão no país durou três séculos, fazendo do Brasil o último do continente americano a abolir a escravidão. Mesmo após a abolição, a situação dos negros não melhorou. Hoje, 70% dos que vivem em situação de extrema pobreza são negros, e é difícil ver algum afrodescendente ocupando cargos de chefia. Sendo um fato incontestável que, ao longo deste século XX, os negros, na maioria, continuaram muito pobres, enquanto os imigrantes europeus e seus descendentes foram melhorando suas vidas e prosperando até chegar às posições de comando político e social, partilhando o poder com as antigas elites dominantes. Para os negros ficava a expectativa de lutar pela conscientização desta realidade, compreender suas causas e, através de muito esforço, lutar por transformações que visassem à melhoria de suas condições sociais, econômicas e políticas de vida. Numa época onde se fala muito em globalização, direitos humanos, o homem precisa se conscientizar de suas atitudes e também ter amor ao próximo, independente de cor, raça ou credo religioso. Também precisa acabar com a desigualdade social, pois muitas vezes um negro pode ter uma boa qualificação intelectual e qualidades diversas, mas como é um negro, a maioria das vezes é excluída da sociedade devido a sua cor. 
 
 
CONCLUSÃO
 Portanto é preciso alertar educadores e futuros educadores para as atitudes e omissões que possam estar colaborando com a criação ou manutenção das desigualdades que envolvem o racismo nas escolas estabelecendo um paralelo entre o preconceito e as ações realizadas no contexto escolar para contribuir com a diminuição de pensamentos e atitudes preconceituosas, e precisamos de políticas publicas consciente e que invistam mais nessa causa. Conscientes de que a cor da pele, ou determinadas características humanas, não interferem na capacidade das pessoas desempenharem funções administrativas, governamentais ou empresariais, deve-se reconhecer que esta havendo uma efetiva aplicação de igualdade de oportunidades nos bancos universitários e no mercado de trabalho. O racismo está intrínseco entre os brasileiros. A incidência do preconceito pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Dessa forma, “podem ter mudado os sistemas econômicos, as relações de trabalho e as formas de opressão, porem os negros continuam a ser ideologicamente definidos como inferiores” E através de medidas que levam ao engajamento entre o governo e a sociedade que será possível uma melhoria da qualidade de vida em geral para a população brasileira. Se quisermos resolver um problema, temos que ter consciência dele. O racismo é crime e problema grave no coração e nas raízes do Brasil. E, como tal, precisa ser enfrentado por todos nós.
REFERÊNCIAS
BENJAMIM, Roberto Emerson Câmara. A África está em 
nós: História e Cultura Afro-brasileira. João Pessoa – PB: 
Grafset, 2005, p.184. 
CHARÃO, Cristina. O longo combate da desigualdade racial. São Paulo 
CARNEIRO, L.T. Maria. O racismo na Historia do Brasil. 8. Ed. São Paulo:Ática, 2003.
Akitomi, Romulo, são Paulo 2010
The New york Times-In Denial Over Racism in Brazil
MACIEL, Cleber da Silva. Negros no Espírito Santo. Vitória, Departamento Estadual da Cultura, Secretaria de Produção e Difusão Cultural/ UFES, 1994.121 p.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
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