CVM: Funções Normativas e Fiscalizadoras

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MERCADO DE CAPITAIS
Aula 9: 
 Comissão de Valores Mobiliários
 Conceito
 Constituição
 Funcionamento
 Função Normativa e Função Fiscalizadora
 A CVM e o Poder Judiciário
 Processo Administrativo e Sancionador
 Ilícitos Administrativos e Penais no Mercado de Capitais
Mercado de Capitais
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Conteúdo Programático desta aula
Comissão de Valores Mobiliários
Funcionamento e as funções Normativas e Fiscalizadoras
A CVM e o Poder Judiciário
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INTRODUÇÃO:
Nesta penúltima aula de nosso conteúdo estudaremos a CVM, Comissão de Valores Mobiliários, seu conceito, funcionamento, função regulamentadora e fiscalizadora, bem como seu papel junto ao Poder Judiciário, a prevenção e sanções dos delitos administrativos e penais praticados, tanto pelos representantes das Sociedades Anônimas Abertas, como por todo e qualquer Agente Financeiro que atue no Mercado de Capitais. 
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Criada pela Lei 6385/76, a Lei da CVM, é conceituada como a entidade autárquica, vinculada ao Ministério da Fazenda que tem com finalidade principal, fiscalizar a Companhia Aberta. Sua natureza Jurídica é de Autarquia, subordinada ao Poder Executivo. Criada em pleno Regime Militar, a Comissão de Valores Mobiliários é até os dias atuais limitada em suas funções. Toda a sua diretoria é de nomeação exclusiva do Presidente da República, ficando muitas vezes dificultada na sanção de determinados administradores de empresas estatais que por muitas vezes praticam determinados ilícitos, não podendo livremente impor as sanções que deveria. Não goza nem de autonomia financeira e nem administrativa, muito embora tenham cogitado a transformação de sua natureza em Agência Reguladora, por iniciativa do Congresso Nacional sem subordinação hierárquica ao Executivo, com o fim de ter maior autonomia e de desempenhar com rigidez o seu fiel papel. 
CONCEITO
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QUAL?????
O de proteger o Mercado de Valores Mobiliários, dando segurança e confiança aos investidores e incentivando a política econômica na capitalização de empresas, por meio de lançamento de ações, com uma grande participação do público.
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 FUNCIONAMENTO
Com funções normativa, disciplinar e regulamentadora, para o seu fiel funcionamento, a CVM é administrada por um Presidente e quatro diretores, todos nomeados pelo Presidente da República, sendo o mandato de cinco anos, e um quinto renovado a cada ano. A política desenvolvida pela CVM conta com esses diretores que compõem o seu colegiado por meio de 14 superintendências, e ainda uma superintendência geral e duas especiais. Cada superintendência se destina a uma área de atuação, como: Proteção e orientação aos investidores, desenvolvimento de mercado, relações internacionais, informática, apoio às empresas, entre outros meios de atuação. São coordenadas pelo Superintendente-Geral de acordo com as finalidades da autarquia e as prioridades determinadas pelo Colegiado. De acordo com a Medida Provisória nº 8/2001.
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A CVM dispõe dos seguintes recursos para desempenhar o seu papel e suas funções: 
Receitas de prestação de serviços de acordo com a tabela do Conselho Monetário Nacional
Dotação do Orçamento Federal, em razão de ser entidade autárquica
Rendas de bens patrimoniais eventuais receitas
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No dia 16 de julho de 2012, Maria Helena, se despediu do cargo de presidente da CVM. Passando para Otavio Yazbek.
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 FUNÇÃO NORMATIVA
 Isto se dá através de Instruções, Deliberações e Pareceres. A CVM regulamenta determinados atos normativos, com vistas ao desenvolvimento do Mercado de Capitais, tais como: Autorização de constituição de Bolsa de Valores, Corretoras e Distribuidoras; Credenciamento de Auditores Independentes, Analistas e Consultores de Valores Mobiliários, que não poderão atuar no Mercado de Valores Mobiliários sem o prévio registro na CVM; Registro de emissão de ações e demais valores mobiliários, pois de acordo com a Lei da CVM e da Lei das S/As não poderão ocorrer nenhuma emissão pública de valores mobiliários sem o prévio registro na CVM; Registro de Companhia Aberta; Cancelamento ou Suspensão de registros, autorizações ou credenciamentos; Suspensão de emissão, distribuição e negociação de valores mobiliários, ou até mesmo decretação de recesso da Bolsa de Valores, o que nunca ocorreu em nosso país.
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FUNÇÃO FISCALIZADORA
 A principal função da CVM é a de fiscalizar a Companhia Aberta e as Instituições que participam do Mercado de Balcão, não tendo nenhuma ingerência na Companhia Fechada. A única exceção que se faz quanto à Companhia Fechada é quando ela recebe incentivos fiscais para o seu funcionamento. Neste caso a fiscalização da CVM não se processa da mesma forma que na Companhia Aberta, pois somente atuará se houver denúncia de atos ilícitos praticados por seus dirigentes, no sentido de impor, se for o caso, sanções, administrativas ou penais. 
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 A CVM E O PODER JUDICIÁRIO
A CVM tem competência também para atuar quando for solicitada em todo e qualquer processo judicial que tenha como objeto o Mercado de Capitais, de títulos e valores mobiliários, podendo oferecer pareceres e provas no sentido de prestar assessoria tanto à Justiça Federal, como a Justiça Estadual, de acordo com o artigo 31 da Lei 6385/76. 
No caso, a CVM poderá ser intimada a prestar esclarecimentos nos processos judiciais envolvendo questões de direito societário e de mercado de capitais, de acordo com as questões administrativas de sua competência, seja na fase de contestação, como em todos os atos judiciais subseqüentes, como de instrução e julgamento. 
Caso isto não ocorra, o processo poderá ser anulável, embora esta irregularidade possa ser sanada pelo próprio Juiz da causa em questão, determinando a intimação da CVM ou pela própria solicitação das partes envolvidas no processo. 
 
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 ATENÇÃO!!!
Estes pareceres da CVM, não obrigam o Judiciário na determinação de sanções administrativas ou penais, mas contribuem em muito para uma maior eficiência na efetivação da Justiça e no desenvolvimento do Mercado de Capitais como um todo.
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 PROCESSO ADMINISTRATIVO E SANCIONADOR
 
 O Procedimento Administrativo para a averiguação de irregularidades nas operações de Mercado de Capitais segue de um modo geral, o mesmo rito dos Processos Administrativos, além é claro dos Processos Judiciais que tenham como matéria questões relativas aos abusos cometidos pelas entidades de Mercado. Muitas das matérias referentes aos processos administrativos têm uma presunção relativa de veracidade. Ex: Sociedades Anônimas de Capital Aberto que não publicam no prazo legal, suas demonstrações contábeis, ou não instalação do Conselho Fiscal nas Assembléias a pedido dos acionistas minoritários por parte do Acionista Controlador, ou também quando mesmo antes dos registros de emissão dos valores mobiliários na CVM, as Sociedades de Underwriting publicam anúncios convidativos desta emissão.
 
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 Tudo isso pode configurar um ilícito administrativo, mas em todo e qualquerprocesso, além das provas documentais e testemunhais, tem que haver a certeza da veracidade da prática dolosa do ilícito. Uma vez comprovada a culpa, a CVM poderá impor as seguintes sanções aos infratores de acordo com a ordem de gravidade: 
 A) Advertência
 B) Multa
 C) Suspensão do exercício do cargo de administrador da Companhia aberta, ou de qualquer outra Instituição que faça parte do sistema de distribuição de valores mobiliários
 D) Inabilitação para os cargos descritos na alínea “C”
 E) Suspensão de autorização e registro para o exercícios das atividades regulamentadas pela CVM
 F) Cassação da autorização ou registro.O impedimento pelo infrator de atuar no mercado perdura até que esta seja revista pela CVM. 
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ILÍCITOS ADMINISTRATIVOS E PENAIS NO MERCADO DE CAPITAIS
Os Ilícitos Administrativos e Penais mais comuns praticados pelas Instituições que operam no Mercado de Capitais são: 
Condições Artificiais de Demandas, Ofertas ou preço dos valores mobiliários
Manipulação de Preços no mercado, induzindo o investidor à sua compra ou venda
Operação Fraudulenta, causada por induzimento ao erro de alguém, investidor ou acionista minoritário
Prática não equitativa, que coloque em desigualdade um determinado investidor participante da operação de mercado
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E) Insider Trading ou uso indevido de informação privilegiada sobre valores mobiliários, onde o insider compra ou vende valores mobiliários com determinados preços que envolvem uma valorização ou desvalorização dos valores mobiliários que são do seu exclusivo conhecimento
F)Exercício irregular de cargo, profissão ou atividade, por Instituições e Agentes Autônomos de Investimento que não tenham a prévia autorização da CVM para atuar no Mercado de Valores Mobiliários.
Nesta variante de ilícitos administrativos e penais, poderão ser aplicadas as sanções administrativas por parte da CVM ou até mesmo nas questões das sanções penais, será aplicada a pena de detenção de seis meses a dois anos, mais multa, de acordo com o artigo 29 do Código Penal em vigor.
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O que vimos nesta aula?
 O Conceito da Comissão de Valores Mobiliários, sua natureza jurídica, funcionamento e suas funções fiscalizadoras e normativas e também,as questões relativas aos procedimentos administrativos e judiciais como forma de coibir os ilícitos praticados pelos Agentes de Financiamento e pelos representantes de Sociedades Anônimas de Capital Aberto.
Na aula seguinte:
 Na próxima aula veremos as Ofertas Públicas de Aquisições da Companhia Aberta, as chamadas Opas!!!
Bjkas, Cris!!!    
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