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matriz de Atividade INDIVIDUAL
	
	Estudante: Franciele 
	Disciplina: Direito Societário: Sociedade Anônima
	
1. Parecer
Subject: Prática de Insider Trading e Responsabilidades dos Administradores da Companhia
Introdução:
O presente parecer tem como objetivo analisar a prática de Insider Trading à luz das legislações vigentes e destacar as possíveis responsabilidades dos administradores da companhia em relação aos danos causados ​​pelos agentes envolvidos nessa prática.
1. O que é Insider Trading?
Insider Trading refere-se à negociação de valores móveis por indivíduos que possuem informações privilegiadas e não públicas sobre a empresa emissora de tais valores. Essas informações, se divulgadas ao público, poderiam afetar significativamente o preço dos valores móveis em questão.
Desta forma, o racional do insider trading está em antecipar os movimentos do mercado com informações ainda desconhecidas do público. 
Para melhor exemplificar, ao tomar conhecimento de um fato relevante antecipadamente, por exemplo, o insider atua adquirindo ativos. Então, quando o fato se tornar público, os ativos se valorizaram e o insider lucra.
Por outro lado, ao saber de uma notícia que pode afetar negativamente os resultados da empresa, o insider vende os ativos antes do mercado ter acesso às informações. Isto é, ele tem vantagem ou deixa de perder com a desvalorização do ativo quando o fato se propaga publicamente.
Antes de adentrarmos sobre como nossa regulamentação pátria trata um tema tão relevante, importante esclarecer o que é uma informação privilegiada, bem como, o que é o uso indevido de tal informação.
Informação privilegiada é uma informação que não é publica, mas possui relevância e por isso é tratada de maneira confidencial. Essa informação pode ter valor econômico, político, negocial, administrativo ou técnico[footnoteRef:1]. Conforme a Resolução 44 da CVM no Capítulo III, é dever do Diretor de Relações com Investidores disponibilizar qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado aos seus negócios, bem como zelar por sua ampla e imediata disseminação, simultaneamente em todos os mercados em que tais valores mobiliários sejam admitidos à negociação. Destaca-se que as companhias abertas devem possuir política de divulgação de ato ou fato relevante (Art. 17). [1: Resolução CVM nº 44, Art. 2º Considera-se relevante, para os efeitos desta Resolução, qualquer decisão de acionista controlador, deliberação da assembleia geral ou dos órgãos de administração da companhia aberta, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos seus negócios que possa influir de modo ponderável:
I – na cotação dos valores mobiliários de emissão da companhia aberta ou a eles referenciados; II – na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter aqueles valores mobiliários; ou III – na decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerentes à condição de titular de valores mobiliários emitidos pela companhia ou a eles referenciados. Parágrafo único. Observada a definição do caput, são exemplos de ato ou fato potencialmente relevante, dentre outros, os seguintes: I – assinatura de acordo ou contrato de transferência do controle acionário da companhia, ainda que sob condição suspensiva ou resolutiva; II – mudança no controle da companhia, inclusive por meio de celebração, alteração ou rescisão de acordo de acionistas; III – celebração, alteração ou rescisão de acordo de acionistas em que a companhia seja parte ou interveniente, ou que tenha sido averbado no livro próprio da companhia; IV – ingresso ou saída de sócio que mantenha, com a companhia, contrato ou colaboração operacional, financeira, tecnológica ou administrativa; V – autorização para negociação dos valores mobiliários de emissão da companhia em qualquer mercado, nacional ou estrangeiro; VI – decisão de promover o cancelamento de registro da companhia aberta; VII – incorporação, fusão ou cisão envolvendo a companhia ou empresas ligadas; VIII – transformação ou dissolução da companhia; IX – mudança na composição do patrimônio da companhia; X – mudança de critérios contábeis; XI – renegociação de dívidas; XII – aprovação de plano de outorga de opção de compra de ações; XIII – alteração nos direitos e vantagens dos valores mobiliários emitidos pela companhia; XIV – desdobramento ou grupamento de ações ou atribuição de bonificação; XV – aquisição de valores mobiliários de emissão da companhia para permanência em tesouraria ou cancelamento, e alienação de valores mobiliários assim adquiridos; XVI – lucro ou prejuízo da companhia e a atribuição de proventos em dinheiro; XVII – celebração ou extinção de contrato, ou o insucesso na sua realização, quando a expectativa de concretização for de conhecimento público; XVIII – aprovação, alteração ou desistência de projeto ou atraso em sua implantação; XIX – início, retomada ou paralisação da fabricação ou comercialização de produto ou da prestação de serviço; XX – descoberta, mudança ou desenvolvimento de tecnologia ou de recursos da companhia; XXI – modificação de projeções divulgadas pela companhia; e XXII – pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, requerimento de falência ou propositura de ação judicial, de procedimento administrativo ou arbitral que possa vir a afetar a situação econômicofinanceira da companhia.] 
Por outro giro, o uso indevido de informação privilegiada, de acordo com a CVM, possui duas características:
(i) negociar de posse de informação privilegiada; 
(ii) revelar informação sigilosa a terceiros (Tipping). Cabe apontar, inclusive, que a finalidade de auferir vantagem com a negociação não se confunde com a efetiva obtenção da vantagem. Em outras palavras, mesmo em casos em que o usuário da informação sofra prejuízo com a transação, é possível que fique caracterizado o uso indevido da informação privilegiada. Aqui, o uso, por si só, traz flutuações indevidas ao Mercado.
Ademais, não se faz obrigatória a identificação da origem da informação privilegiada. No art. 13 da Resolução CVM 44 se elenca o que relativamente se presume informação privilegiada fomentadora de ilícito, mas que deve estar cercada de outros elementos[footnoteRef:2]. Por fim, no art. 14 observamos o que conhecemos como período vedado de negociação.[footnoteRef:3] [2: No período de 15 (quinze) dias que anteceder a data da divulgação das informações contábeis trimestrais  e das demonstrações financeiras anuais  da companhia, ressalvado o disposto no § 2º do art. 16 e sem prejuízo do disposto no art. 13, a companhia, os acionistas controladores, diretores, membros do conselho de administração e do conselho fiscal ficam impedidos de efetuar qualquer negociação com os valores mobiliários de emissão da companhia, ou a eles referenciados, independentemente do conhecimento, por tais pessoas, do conteúdo das informações contábeis trimestrais e das demonstrações financeiras anuais da companhia.] [3: § 1º Cumpre, ademais, ao administrador de companhia aberta, guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo ponderável na cotação de valores mobiliários, sendo-lhe vedado valer-se da informação para obter, para si ou para outrem, vantagem mediante compra ou venda de valores mobiliários. § 2º O administrador deve zelar para que a violação do disposto no § 1º não possa ocorrer através de subordinados ou terceiros de sua confiança. § 3º A pessoa prejudicada em compra e venda de valores mobiliários, contratada com infração do disposto nos §§ 1° e 2°, tem direito de haver do infrator indenização por perdas e danos, a menos que ao contratar já conhecesse a informação. § 4o É vedada a utilização de informação relevante ainda não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso, com a finalidade de auferir vantagem, para si ou para outrem, no mercado de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001).]2. Legislação Aplicável
A prática de insider trading é considerada ilegal na maioria das jurisdições, inclusive no Brasil, onde é regida principalmente pela Lei nº 6.385/76, Lei nº 6.404/76 (Art. 155) e pela Resolução CVM 44/2001.
3. Responsabilidade dos Administradores:
Os administradores de uma companhia têm o dever de agir com lealdade, diligência e honestidade no exercício de suas funções, zelando pelos interesses da empresa e de seus acionistas. Quando se trata de Insider Trading, os administradores possuem responsabilidades específicas que devem ser observadas. Abaixo estão algumas dessas responsabilidades:
a) Dever de Informar: 
Os administradores devem assegurar que informações relevantes e não públicas sejam devidamente identificadas e divulgadas ao mercado, conforme exigido pelas leis e regulamentos adequados. Isso envolve à implementação de sistemas internos de controle e procedimentos que garantam a disseminação adequada das informações relevantes.
b) Dever de Lealdade: 
O administrador deve dedicar-se com lealdade à companhia e manter reserva sobre os seus negócios. A esse dever vincula-se a proibição da obtenção de vantagens pessoais em razão das funções que exerce, inclusive aquelas decorrentes de utilização de informação privilegiada.
c) Monitoramento: 
Os administradores devem implementar procedimentos de monitoramento para detectar possíveis práticas de insider trading dentro da empresa. Isso pode incluir a adoção de políticas claras, treinamentos, restrições à negociação de valores em determinados períodos e implementação de sistemas de controle internos que monitorem as atividades de negociação.
d) Responsabilidade por agentes envolvidos: 
Os administradores também podem ser responsabilizados por danos causados ​​por agentes envolvidos na prática de insider trading. Isso ocorre quando os administradores não adotam medidas para prevenir, detectar e remediar tais práticas dentro da empresa. A responsabilidade pode surgir tanto por negligência na supervisão dos agentes quanto por não fornecer os recursos e as ferramentas necessárias para evitar o abuso de informação privilegiada.
4. Consequências legais e regulamentares:
A prática de insider trading pode causar consequências legais e regulatórias. 
A legislação brasileira prevê sanções penais e administrativas para os envolvidos nessa prática, incluindo multas, reclusão e retenção de atuar no mercado de valores mobiliários. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem poderes para importar administrativas aos infratores, podendo aplicar multas, inabilitação temporária ou definitiva para o exercício de cargas em empresas emissoras de valores móveis, entre outras exigíveis.
Atentando a Lei 6.404/76 (lei das S.A), a prática do insider trading escoa da violação aos deveres dos administradores, em especial, aos princípios da lealdade (art. 155) e de informar (art. 157). 
Determina o art. 155, § 1º, da Lei nº 6.404/76: 
"Cumpre, ademais, ao administrador de companhia aberta, guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo ponderável na cotação de valores mobiliários, sendo-lhe vedado valer-se da informação para obter, para si ou para outrem, vantagem mediante compra ou venda de valores mobiliários". 
De outro lado, dispõe o art. 157, § 4º, da Lei nº 6.404/76: 
"Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembleia-geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia".
Percebe-se, no entanto, que, para o direito brasileiro, o insider trading representa, em última análise, um ato ilícito praticado pelo administrador da companhia, em razão do descumprimento ou violação dos deveres que lhe são impostos pela lei.
Desta maneira, o insider poderá responder pelos atos praticados na esfera da responsabilidade civil, administrativa e criminal. 
Do ponto de vista da responsabilidade civil, o administrador poderá ser obrigado a ressarcir os prejuízos decorrentes do seu ato, perante a sociedade ou terceiros, nos termos do art. 159[footnoteRef:4], da Lei nº 6.404/76. [4: Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.] 
Irá responder, ainda, do ponto de vista administrativo, em vista que de acordo com o art. 9º, V e § 2º, da Lei nº 6.385/76, compete à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e práticas não equitativas de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de companhias abertas, dos intermediários e dos demais participantes do mercado. Tal processo poderá ser precedido de etapa investigativa, em que será assegurado o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou exigido pelo interesse público, e observará o procedimento fixado pela CVM.
Conforme o art. 11 da lei 6.385/76, a CVM pode aplicar as penas de advertência, multa, inabilitação temporária de até 20 anos para ocupar cargo ou para o exercício de atividades reguladas pela CVM, suspensão da autorização ou do registro de atividades, proibição temporária de até 20 anos para a prática de determinadas atividades e proibição temporária de até 10 anos para a atuação em certas operações no mercado de capitais. Além disso, passou a admitir também a aplicação da pena de proibição para contratar com instituições financeiras oficiais e de participar de licitações (por até 5 anos).
A Resolução CVM n 45/21, que disciplina todo o procedimento administrativo, estabelece os critérios de cálculo da pena no art. 62. Salvo se aplicada a penalidade de advertência, o Colegiado da CVM fixará inicialmente a pena-base, aplicando na sequência as circunstâncias agravantes e atenuantes, bem como a causa de redução da pena, nessa ordem.
Importante destacar que o processo administrativo sancionador pode não ser instaurado ou suspenso em caso de termo de compromisso do investigado, conforme o art. 11 da lei 6.385/76 e Capítulo IV da Resolução 45, em razão do interesse público. O investigado deverá se obrigar a cessar a prática supostamente ilícita e corrigir as irregularidades, inclusive mediante indenização de prejuízos.
Por final, é oportuno esclarecer que a Lei nº 10.303/01 alterou a Lei da CVM, incluindo os arts. 27-C e 27-D. Tal alteração, na prática, significou que a partir do advento de tal norma, o insider trading passou a ser considerado crime, tanto na modalidade de manipulação de mercado quanto de uso indevido de informação privilegiada. Apesar de ser uma norma que data de mais de uma década de vigência, tem-se que somente em 2.011, no Brasil, houve uma condenação criminal pelo delito comentado.
Tratou-se do caso Sadia-Perdigão, cuja condenação foi proferida pela Justiça Federal de São Paulo. O ex-diretor de Finanças e Relações com Investidores Luiz Gonzaga Murat Júnior foi condenado a um ano e nove meses de prisão em regime aberto que pode ser substituída por prestação de serviços à comunidade e a impossibilidade de exercer cargo de administrador e/ou conselheiro fiscal de companhia aberta pelo prazo de cumprimento da pena, além de multa de R$ 349.711,53. O então membro do conselho de administração Romano Ancelmo Fontana Filho foi condenado à prisão por um ano e cinco meses em regime aberto, que também pode ser substituída por prestação de serviços comunitários, além de ele não poder exercer cargo de administrador e/ou conselheiro fiscal de companhia aberta. Ele também recebeu multa de R$ 374.940,52.
Diante do exposto, percebe-se que o processo de investigação e a conclusão da ocorrência do insider é complexa e praticamente não ocorre no Brasil, tanto é que até o momento temoso registro de apenas um caso transitado em julgado.
5. Conclusão:
A prática de insider trading é ilegal e representa uma violação grave das normas do mercado de valores mobiliários. Os administradores da companhia têm responsabilidades fundamentais na prevenção, detecção e punição do insider trading. Devem implementar medidas eficazes de controle, garantir a divulgação adequada das informações relevantes e supervisionar as atividades de negociação dos agentes envolvidos. A negligência no cumprimento dessas responsabilidades pode resultar em verificação legal, regulatória e financeira para a empresa e seus administradores.
Portanto, é essencial que os administradores estejam cientes de suas obrigações e adotem medidas para prevenir e combater o ilícito, visando proteger os interesses da companhia, dos acionistas e do mercado como um todo.
Ademais, importante reforçar que a ocorrência de insider trading acarretará:
Inquérito Administrativo (CVM)
 
A CVM poderá instaurar inquérito administrativo contra os administradores (diretores e membros do conselho de administração), membros de órgãos, criados pelo estatuto, com funções técnicas ou consultivas e membros do conselho fiscal. Constatada a infração, a CVM aplicará aos infratores as penalidades de que trata a Lei nº 6.385/76.
Responsabilização Civil
O prejudicado poderá propor:
· Ação civil contra administradores conselheiros e diretores, membros de órgãos consultivos e técnicos criados pelo estatuto e conselheiros fiscais, para haver indenização por perdas e danos, em conformidade com o art. 155 da Lei nº 6.404/76;
· Ação civil para haver perdas e danos, contra quem lhe causou o prejuízo, na forma do art. 159 do Código Civil;
· Ação civil para anular a operação, contra quem omitiu dolosamente informações relevantes, no momento da realização da operação (artes. 92 e 94 do Código Civil).
Ação Criminal 
A CVM, após concluído o inquérito e constatado ter havido crime de ação pública, no caso estelionato, deverá oficiar ao Ministério Público para a propositada da ação penal. 
*Referências bibliográficas
Caso faça uso de fontes de pesquisa, liste-as de acordo com os referenciais da ABNT
LEI No 6.385, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1976, https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6385.htm. 
LEI No 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976., https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. 
RESOLUÇÃO CVM Nº 44, DE 23 DE AGOSTO DE 2021 COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA RESOLUÇÃO CVM Nº 60/21. DIsponivel em http://www.cvm.gov.br/. 
ARRUDA, Pablo Gonçalves; MENDONÇA, Saulo Bichara. Direito societário: sociedade anônima. Rio de Janeiro: FGV, 2023.
Aspectos Jurídicos do "insider trading". Disponivel em: https://conteudo.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/acesso_informacao/serieshistoricas/estudos/anexos/Aspectos-Juridicos-do-insider-trading-NJP.pdf. Acesso em 15.05.2023. 
Insider trading: entenda o que é e por que essa prática é crime. Disponivel em: https://www.suno.com.br/artigos/insider-trading/. Acesso em 15.05.2023.
Prado, Viviane Muller. Insider trading : normas, instituições e mecanismos de combate no Brasil [recurso eletrônico] /Viviane Muller Prado, Nora Rachman, Renato Vilela. – São Paulo: FGV Direito SP, 2016. 102 p. – (Coleção acadêmica livre).
Insider trading: breves comentários no âmbito administrativo. Disponivel em: https://www.migalhas.com.br/depeso/375934/insider-trading-breves-comentarios-no-ambito-administrativo. Acesso em 15.05.2023. 
“Insider Trading": você sabe o que significa? Disponivel em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/insider-trading-voce-sabe-o-que-significa/121943129. Acesso em 27.05.2023. 
Responsabilidade de administradores em sociedades anônimas. Disponivel em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/217/edicao-1/responsabilidade-de-administradores-em-sociedades-anonimas#:~:text=(%C2%A7%204%C2%BA).-,O%20art.,de%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20informa%C3%A7%C3%A3o%20privilegiada. Acesso em 27.05.2023.
	
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