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Historia do Brasil

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Faculdades Integradas Pitágoras – FIPMoc
Andyara Fernanda M. Oliveira
Gabriel Lopes Leite
Gabriel Pimentel Velloso
Mariana Roberto Nery
Matheus Alves Rodrigues
Resumo Histórico do Brasil
Projeto de Pesquisa apresentado como um dos instrumentos de avaliação do Projeto Interdisciplinar do 1º período do Curso de Direito matutino “B” das Faculdades Integradas Pitágoras – FIPMoc, professor Carlos Frederico Bastos.
Montes Claros/MG
Abril – 2018
História do Brasil
Período Colonial
Por volta de 1500 chegaram no Brasil as Caravelas de Portugal, comandadas por Pedro Alvares Cabral, na primeira viagem foi para analisar as terras recém descobertas e informa-la ao rei de Portugal. Por não terem encontrado minérios no litoral o Brasil ficou em estado de abandono apenas servindo de exploração de Pau-Brasil dos portugueses pelos indígenas. Em 1930 Martim Afonso de Souza desembarcava no Brasil com o viés colonizador. Após 2 anos dividiu a colônia em capitanias com o objetivo de desenvolver mais e proporcionar lucro a metrópole, fortalecendo a economia portuguesa. Não somente, com a Reforma Protestante a igreja católica perdeu muitos fiéis e por estar profundamente atrelada ao Estado enviou para o Brasil Jesuítas que tinham o objetivo de catequisar os índios expandindo assim a fé, contudo os que se contrapunham eram executados, ficando assim conhecida como cruz e a espada. Após perceberem que as terras eram boas para o cultivo passou-se a cultivar cana-de-açúcar e passou a ser a principal atividade econômica da colônia e a mão-de-obra deixou de ser indígena e passou a ser africana por ser mais lucrativa.
Em 1580 o trono português estava vago e quem toma posse é o rei da Espanha, fato que passou a ser chamado de União Ibérica. A partir dessa união os inimigos da Espanha passaram a se interessar pelo Brasil, um inimigo em destaque foi a Holanda que por estar impedida de comercializar com a colônia portuguesa, acabou atacando-a e dominando certa capitania mas pouco tempo depois foi expulsa.
Por não haver mais divergências entre a coroa portuguesa e a espanhola o Tratado de Tordesilhas passou a ser desnecessário assim tendo mais terras a serem desbravadas. Os homens encarregados disso foram denominados Bandeirantes, foram responsáveis também por apresar os índios e recuperar os escravos fugitivos. Um dos principais fatos foi a descoberta do mais famoso refúgio de escravos chamado Quilombo dos Palmares.
Entre 1680 e 1700 o açúcar entrou em crise devido à concorrência com as outras metrópoles o que gerou conflitos, um exemplo foi a Guerra dos Mascates.Com a decadência do açúcar e a descoberta de minas o ouro passou a ser o principal recurso econômico da época, desenvolvendo e proporcionando um crescimento a colônia.Com a grande quantidade de ouro a ser explorado a coroa portuguesa estabeleceu tributos em cima da exploração do minério o mais conhecido foi O Quinto. Os impostos abusivos geraram conflitos na colônia um dos mais famosos foi Inconfidência Mineira liderado Tiradentes.
Nos anos de 1800 com a ascensão de Napoleão na Europa, Dom João VI buscou refúgio, ao se estabelecer no Brasil, transformou a colônia em reino e proporcionou grande desenvolvimento com a criação do Banco do Brasil, abertura dos portos para o comercio estrangeiro entre outros. Em Portugal havia grande tensão com a possível instauração do parlamentarismo fazendo assim D. João VI retornar a Portugal deixando seu herdeiro Pedro. Apesar da pressão por parte dos portugueses para que também retornasse a metrópole D. Pedro decidiu que iria ficar, dia que ficou conhecido como Dia do Fico. No dia 7 de setembro, chegaram ordens da coroa portuguesa para que D. Pedro retornasse imediatamente para Portugal mas não acatou as ordens e determinou a Independência do Brasil.
Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado se iniciou quando o país se tornou independente de Portugal, em 1822, permanecendo ainda como uma Monarquia. O primeiro imperador dessa nova era foi D. Pedro que governou até 1831, antes de abdicar do trono e retornar a Portugal. Antes mesmo da Independência, em meados de 1822, D. Pedro I havia convocado uma Assembleia Constituinte, tendo seus deputados escolhidos através do voto do povo. Em maio de 1823 a Assembleia Constituinte passa a funcionar sob várias divergências e discussões acirradas. D. Pedro I queria uma Constituição que lhe desse ainda mais poderes e decisões. Só que os deputados e senadores pretendiam fazer o inverso. Com o impasse ele decidiu acabar com a Assembleia e, assim, elaborar uma Constituição por conta própria e ao seu jeito. Nosso resumo sobre o Brasil Império segue com a junção de uma série de aliados. Em 1824 D. Pedro I liderou aquela que foi a primeira Constituição do Brasil. Os textos que faziam parte dela foram escritos em cerca de um mês e foi imposta ao povo pelo Imperador, sem saber se esse mesmo povo concordava ou não. Com amplo e absoluto poder, durante todo o Brasil Império, era tomada pelo imperador toda e qualquer decisão dentro do país. Só que D. Pedro I enfrentou a resistência de republicanos nesse novo formato de poder, que pediam um novo regime no Brasil. Um regime em forma de república.
Período Regencial (1831 a 1840)
Filho de D. Pedro I, Pedro de Alcântara foi aclamado imperador do Brasil. O regime monárquico foi mantido e três regentes escolhidos para governar em nome do soberano, até que atingisse a maioridade, o que aconteceria em 1843. O período regencial foi um dos mais conturbados da história do Brasil. Proprietários rurais do Sudeste dominavam o governo e as províncias lutavam por maior autonomia política. A disputa ameaçava dividir o Império em regiões independentes.
Em 1834 o Ato Adicional introduziu modificações na Constituição de 1824. O Conselho de Estado foi extinto, Assembleias Legislativas provinciais foram criadas e a cidade do Rio de Janeiro transformada em município neutro da corte. A Regência Una foi instituída no lugar da Trina. Eleita por votação nacional, fortaleceria os setores aristocráticos regionalistas e federativos.
As disputas políticas permaneceram acirradas e, em 1840, para retirar os conservadores do poder, os liberais propuseram a antecipação da maioridade do Imperador. A Revolução Parlamentar ou Maiorista terminou com a regência e deu início, três anos antes do previsto, ao governo pessoal de D. Pedro II, que duraria até 15 de novembro de 1889. 
Segundo Império
No Segundo Reinado o Brasil passou por importantes avanços, dentre eles a modernização das cidades, a navegação a vapor para o transporte de cidadãos e mercadorias e o principal: a energia elétrica como fonte de iluminação nas vias públicas. O Brasil se fortaleceu com a exportação de café, o que deu estabilidade a sua economia. Inúmeros imigrantes europeus vinham ao promissor país para trabalhar na lavoura e buscar melhores condições de vida.
Brasil República
Em 1888 após a criação da lei áurea com o fim da escravidão. Muitos fazendeiros se sentiram prejudicados com a abolição da escravatura, assim ficaram irritados com o império e se juntaram com outros grupos que almejavam o fim da monarquia no Brasil. 
No dia 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca que acabou se tornando presidente através de um golpe. Por consequência o Brasil foi governado por militares e em 1891, Deodoro da Fonseca renunciou devido à falta de apoio. Assumindo então, o vice Floriano Peixoto que aumentou a repressão, período que ficou conhecido como A República da Espada.
Com o início da República houve a necessidade de uma nova constituição. Surgindo então a constituição de 1891, garantindo direitos políticos, como o voto universal e instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias
O período vai de 1894 a 1930 marcado pelo governo de presidentes, ora do Partido Republicano Paulista (PRP) ora do Partido Republicano Mineiro (PRM) cuja ambos controlavam as eleições, e mantinham no poder de forma alternada (Políticade Café-com-leite). Surgindo também nesse período o tenentismo, movimento de caráter militar, contra o governo oligárquico, e visa à implantação do voto secreto. Exemplo foi a Coluna Prestes composta por um exército de pessoas, contra o governo.
CORONELIALISMO
O coronel era muito comum nos anos iniciai da Republica, no interior do Brasil, onde utilizava o seu poder para eleger os seus candidatos, utilizando a força e o voto de cabresto.
A Crise da República Velha e o golpe de 1930
Em 1930 ocorriam as eleições como na política de café-com-leite, sendo a vez de um mineiro assumir. No entanto o PRP do presidente Washington Luís elegeu um paulista Júlio Prestes, rompendo com a política café-com-leite. Descontente o PRM se une com a Paraíba e o Rio Grande do Sul formando a aliança liberal para lançar Getúlio Vargas. No entanto, Prestes ganha, assim os políticos da aliança liberal, alegam fraudes eleitorais e liderados por Vargas e militares, provocam a Revolução de 1930 e chega ao fim a República Velha.
Regime Militar
O Regime militar foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época ficou marcada na história do Brasil por meio da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
Em 31 de março de 1964, militares contrários ao governo de João Goulart (PTB) destituíram o então presidente e assumiram o poder por meio de um golpe. O governo comandado pelas Forças Armadas durou 21 anos e implantou um regime ditatorial. A ditadura restringiu o direito do voto, a participação popular e reprimiu com violência todos os movimentos de oposição. 
Na economia, o governo colocou em prática um projeto desenvolvimentista que produziu resultados bastante contraditórios, já que o país ingressou numa fase de industrialização e crescimento econômico acelerados, sem beneficiar a maioria da população, em particular a classe trabalhadora.
A sociedade reagia às arbitrariedades do governo. Em 1965 foi encenada a peça "Liberdade, Liberdade", de Millôr Fernandes e Flavio Rangel, que criticava o governo militar. 
Nos últimos meses de 1983, teve início em todo o país uma campanha pelas eleições diretas para presidente, as "Diretas Já", que uniram várias lideranças políticas como Fernando Henrique Cardoso, Lula, Ulysses Guimarães, entre outros.
O movimento que chegou ao auge em 1984, quando seria votada a Emenda Dante de Oliveira, que pretendia restabelecer as eleições diretas para presidente.
No dia 25 de abril, a emenda apesar de obter a maioria dos votos, não conseguiu os 2/3 necessários para sua aprovação.
Logo depois da derrota de 25 de abril, grande parte das forças de oposição resolveu participar das eleições indiretas para presidente. O PMDB lançou Tancredo Neves, para presidente e José Sarney, para vice-presidente.
Reunido o Colégio Eleitoral, a maioria dos votos foi para Tancredo Neves, que derrotou Paulo Maluf, candidato do PDS. Desse modo encerrava-se os dias da ditadura militar.
Redemocratização
Final dos anos oitenta, mas precisamente o ano era o de 1988. Os brasileiros passam a viver sob a égide da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada na Câmara dos Deputados, em Brasília pelo Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, em 5 de outubro de 1988.
Para ambientarmos dentro desse tema, necessário faz-se, relembrar um pouco da história política recente de nosso País. O Brasil, vivia desde 1964 sob o regime de ditadura militar, e após 1967 o Brasil foi assolado por atos institucionais que diminuam as liberdades individuais e as garantias fundamentais em nome da segurança nacional. Afastada à oposição, do Congresso Nacional e sobre pressão militar foi elaborada uma carta constitucional que legalizou a ditadura no período de (1964 – 1985). Dante de Oliveira, eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB, apresenta o projeto de emenda constitucional que estabelecia eleições diretas. No dia 2 de março de 1983 finalmente apresentaram a Proposta de Emenda Constitucional n° 5.Em 25 de abril de 1984, sob grande expectativa dos brasileiros, a emenda das eleições diretas foi votada. Devido a uma manobra de políticos contra a redemocratização do país, não compareceram 112 deputados ao plenário da Câmara dos Deputados no dia da votação. A emenda foi rejeitada por não alcançar o número mínimo de votos para a sua aprovação. A mobilização popular, no entanto, força uma transição para a democracia, Tancredo Neves é eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985. Tancredo adoece, não chega a tomar posse e morre em 21 de abril. Seu vice, José Sarney assume a Presidência. A última eleição indireta marca o fim do regime militar, mas a transição para a democracia só se completa em 1988, no governo de José Sarney, com a promulgação da nova Constituição brasileira.
Com a promulgação das Constituição de 1988, os direitos e garantias fundamentais, juntamente com os direitos civis e políticos, passa a ser a bandeira do Estado Democrático de Direito. A regulamentação de leis especiais que garantissem a dignidade da pessoa humana, as relações de consumo os direitos a tratamento especial aos hipossuficientes, em todas as esferas de direito, tornam-se a preocupação de juristas e doutrinadores, os projetos apresentados pelos parlamentares, com o fito de regular estes direitos, advindos da Carta Magna, mas ainda sem regulamentação especifica, torna-se prioridade nos gabinetes dos Parlamentares. Dentre as leis criadas em obediência as normas elencadas no artigo 5º, da Constituição Federal de 1988, - que trata dos direitos e garantias fundamentais -, podemos destacar o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso. Os princípios constitucionais que norteiam nosso ordenamento jurídico, como o princípio da razoável duração do processo o princípio da isonomia, da celeridade processual da autonomia das decisões judiciais, independência dos atos da Magistratura e do Ministério Público, são exemplos das conquistas que beneficiaram o povo brasileiro nesses vinte anos de processo de redemocratização da nação. Dentre os direitos civis e políticos, os avanços foram ainda mais significativos como as garantias que permeiam as tutelas constitucionais das liberdades que garantem aos cidadãos direitos tais como: Habeas Corpus, Habeas data, mandado de segurança, mandado de segurança coletivo, Mandado de injunção, Direito a certidão, Direito a Petição aos órgãos governamentais, Ação popular etc.  Atos que antes do processo de redemocratização do País, eram institutos, que, se quer, poderiam ser comentados, pois era assuntos que feriam a Segurança Nacional e ensejaram prisões arbitrarias e torturas inúmeras contra aqueles que ousassem manifestar suas opiniões. As conquistas trazidas pela carta Magna de nosso País, diga-se de passagem, “uma Constituição considerada por juristas de renome internacional, como sendo extremamente avançada”, formou nesses vinte anos uma nova geração de cidadãos, que expressão seus pensamentos políticos, culturais e sociais sem o temor da repressão, que outrora, assombrou seus ascendentes.
O processo de redemocratização fruto da luta de homens como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Dante de Oliveira dentre outros heróis anônimos que entregaram suas vidas na luta pela libertação política do Brasil, mostra hoje, alguns de seus resultados. Hoje podemos contar com um processo de eleições democráticas onde escolhemos nossos governantes, os direitos e garantias fundamentais são protegidos, A liberdade de expressão é assegurada – fato que nos permite expor nosso pensamento neste trabalho. O processo de democratização ainda caminha a passos lentos, muito das garantias assegurados pela Constituição Federal, ainda não foram implantadas, por falta de vontade política, mas como diria o Dr. Ulisses Guimarães “O poder não corrompeo homem; é o homem quem corrompe o poder. O homem é o grande poluidor”.

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