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Wa - ADM - Sem 02 - Unidade 01 - Seminário Interdisciplinar II Visão geral Apresentação da disciplina: Olá prezados alunos, eu, professor Ivan Ferreira de Campos e o professor Henry Nonaka estaremos juntos de vocês ao longo das duas unidades de estudo presentes na disciplina de Seminários II, que compõe a matriz curricular de vocês neste semestre do Curso de Bacharelado em Administração. Devemos lembrar que neste semestre vocês tiveram contato com as disciplinas de Microeconomia e Macroeconomia, Ética, Política e Sociedade, e Métodos Quantitativos, sendo oportuno apresentar-lhes que a disciplina de Seminários II tratará de assuntos relacionados ao eixo norteador do semestre, ampliando os horizontes inerentes às áreas de conhecimento já mencionadas. Em nossa primeira unidade de estudos, apresentarei a vocês e juntos trabalharemos os conceitos e marcos estratégicos que apresentam-se no mercado e que determinam a importância dos estudos que tangem a ciência econômica. As perspectivas desenvolvidas na disciplina de microeconomia e macroeconomia, alinhadas ao cenário contemporâneo de crises do sistema capitalista, trazem ao futuro gestor uma condição de percepção e análise que proporcionará uma melhor tomada de decisões. Na segunda unidade de estudos, o professor Henry Nonaka, trabalhará com vocês aspectos que envolvem o relacionamento da empresa com seus diversos públicos (os stakeholders). Também irá trabalhar aspectos relacionados aos valores éticos presentes nas ações das empresas. Procuraremos abordar estes aspectos de maneira didática que compreenda a teoria e exemplos, bem como indicaremos links com conteúdos adicionais, vídeos e outras fontes que servirão para uma plena assimilação dos conteúdos. Nossa expectativa é de que vocês tirem total proveito destas unidades de estudos, não deixando de seguir nossas orientações quanto ao aprofundamento do conhecimento que adquirirem. Não se esqueçam de que a dedicação no estudo de cada uma das web aulas tornará possível a realização com êxito das avaliações virtuais. Um forte abraço e bons estudos! Prof. Ivan Ferreira de Campos Objetivos: Possibilitar por meio da disciplina e dos materiais que a compõe a identificação e a compreensão do contexto que permeia o estudo inerente ao eixo norteador; Proporcionar o desenvolvimento da visão crítica que guiará ao relacionamento da atuação do futuro gestor com a vida em sociedade; Oportunizar atividades onde o aluno desenvolva habilidades específicas trabalhadas de acordo com o conteúdo ministrado, aprofundando-se no desenvolvimento de competências que os guiarão à visão crítica. Conteúdo Programático: UNIDADE 1 – Cenários Econômicos e Gestão • Percepção do Cenário Econômico • A Análise do Contexto de Crises e sua Influência na Gestão UNIDADE 2 – A Relação da Empresa com Stakeholders • A Empresa e Seus Públicos • Ética nas Empresas Metodologia: Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos por meio das Teleaulas de forma expositiva e interativa (chat – tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade porChat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (autoestudo), além do Material didático da disciplina. Avaliação Prevista: O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a teleaula, participação no fórum, produções textuais interdisciplinares (Portfólio), realização de duas avaliações virtuais e avaliação presencial embasada no material didático, teleaulas, web aula e material complementar. WEB AULA 1 Unidade 1 – Cenários Econômicos e Gestão Resumo: Pretende-se discutir os aspectos gerais relacionados ao contexto de crises que deve ser analisado pelo gestor no sentido da tomada de decisões, perpetrando o cenário econômico de interesse das empresas no mercado competitivo. Palavras-chave: Cenário econômico, crises econômicas, tomada de decisões. WEB AULA 1 – Percepção do Cenário Econômico Em uma sociedade modernizada, a partir de um modelo consumista e competitivo, tem-se que nossas empresas enfrenta dia após dia desafios cada vez maiores em se tratando do desenvolvimento econômico e da necessidade em atender as demandas dos consumidores. Não bastando apenas enfrentar concorrentes, nossos empresários tem de considerar uma série de variáveis inerentes ao contexto social, em que se incluem questões políticas, o comportamento exigente e incontrolável dos indivíduos, as demandas tecnológicas, além de outras forças, como a busca por novas soluções energéticas e pelo uso sustentável de insumos cada vez mais escassos. Nesse ambiente hostil tem-se que cada empresa em seu determinado mercado deverá desenvolver competências que lhes garantam a percepção necessária das informações que possam respaldar a tomada de decisões. Uma das variáveis que interferem na vida das empresas encontra-se no cenário econômico, onde crises, mudanças na política econômica interna e externa, alterações nas taxas de juros e mesmo flutuações cambiais podem e, com certeza, interferirão no dia a dia das empresas, podendo até mesmo impelir que uma empresa mude suas estratégias em função das variáveis econômicas do mercado. Complementando: No link que segue temos um panorama acerca da análise de cenários econômicos e em como esta análise interfere no processo de gestão empresarial. < http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-cenario- economico-e-a-gestao-empresarial/39041/ >. Considerando exista um grande número de empresas que careçam de uma profissionalização de sua gestão, justamente a maior fragilidade destas empresas, a gestão financeira, encontra-se atrelada ao deficit de análise dos cenários econômicos. Para fins de contextualização, esse cenário é formado por variáveis internas e externas, as quais são intercambiáveis e possuem vínculos que acabam por pesar na gestão das empresas. Do ponto de vista interno, questões como o panorama político, decisões e planos governamentais de médio ou longo prazo, corrupção e a especulação de mercado, são fatores que interferem no cenário econômico de maneira bastante pontual. Essa interferência passa pela conjuntura do acesso que os empresários podem ter a crédito, financiamentos, vantagens na aquisição de insumos, importação de tecnologias e mesmo capacidade de pagamentos. Também se deve pontuar que mudanças no cenário interno podem, por exemplo, reduzir a capacidade e o poder aquisitivo da população, causando retração do consumo e, consequentemente, interferindo na saúde dos negócios. Isso é evidenciado de uma forma bastante clara a partir do volume de empresas que enfrentam problemas pela falta de percepção relacionada à aquisição de dívidas de longo prazo, ou quando, mesmo sem contrair dívidas, estas empresas enfrentam problemas de giro de caixa e acabam entrando no vermelho (endividamento). Vídeo Complementar: Para contextualização, abaixo segue um link que apresenta justamente o fato mencionado das empresas que entram no endividamento por conta do crédito facilitado existente no mercado. Assistam e analisem a conjuntura. < http://www.youtube.com/watch?v=26dCYGo-oy8 >. Além do problema do endividamento empresarial, temos também o problema do endividamento popular, em que muitos consumidores ao adquirirem financiamentos de longo prazo, passaram na históriarecente do Brasil a sobrecarregarem suas condições de pagamentos, o que indubitavelmente tem causado um estrangulamento financeiro no mercado interno e, por fim, um aumento da inadimplência dos consumidores. Este problema acaba por refletir a médio e longo prazo na vida das empresas, uma vez que muitos destes consumidores compram a prazo em diversas empresas e podem vir não apenas a deixar de comprar, como também em serem inadimplentes em inúmeras empresas, não apenas de instituições financeiras. Vídeo Complementar: Sobre a inadimplência dos consumidores, tem-se que existe um movimento deliberado e outro relacionado ao excesso de crédito oferecido no mercado. Nesse contexto, abaixo segue um vídeo que remete ao problema e aos impactos gerados por este no mercado. < http://www.youtube.com/watch?v=_fnU-YWpb4U >. No entanto, não é apenas a questão da inadimplência que tornasse um problema para as empresas, pois o mercado pode ser ainda mais hostil quando o cenário econômico interno passa a ser considerado em relação ao cenário econômico externo. Na conjuntura externa, tem-se a necessidade de que sejam consideradas variáveis ainda mais complexas, como instabilidades políticas que podem refletir na economia internacional, problemas relacionados a instabilidades e conflitos armados, condições relacionadas a interesses políticos inerentes a recursos naturais ou energéticos, além de crises econômicas em parceiros comerciais do Brasil, podem tornar o ambiente interno instável em função de variações do ambiente externo. Um grande exemplo que podemos aludir é o das crises econômicas, em particular o da crise de 2008, que ainda interfere na realidade de inúmeros países do mundo todo e do Brasil. As crises econômicas têm tornado ao longo da história a gestão de empresas bastante complexa, e exige cada vez mais atenção. Nesse contexto, tudo começou com a consolidação do capitalismo, mas devemos ter em mente que a profundidade das crises agravou-se a partir da grande crise de 1929, com a quebra da bolsa de Nova York. Tal crise, a primeira grande crise econômica mundial, gerou uma reação em cadeia que interferiu nos negócios de empresas ao redor do mundo, inclusive no Brasil do período Vargas (Governo do presidente Getúlio Vargas). Muitas empresas e pequenas fábricas instaladas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sofreram com os efeitos desta crise, pois a incipiente indústria brasileira não tinha condições de crescer sem o apoio de investidores estrangeiros que, no período desta grande crise, deixaram de injetar dinheiro em nossa economia. Complementando: No link que segue apresento uma análise da Crise de 1929 e seu efeitos no Brasil da época. < http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u642391.shtml >. E de que forma podemos considerar a evolução entre as crises e o cenário econômico internacional? Considerando que ambas tiveram (e no caso da crise de 2008 ainda tem), efeitos catastróficos no mundo e empresas instaladas em diferentes países, pode-se aludir que, mesmo com similaridades, estas duas crises apenas evidenciam o desenvolvimento do mercado competitivo e a projeção de problemas políticos que acabaram por interferir no comércio internacional e na gestão de negócios de empresas brasileiras. É claro que o impacto e a forma como as duas crises desenvolveram-se foram distintos, todavia, assumimos para critério de contexto e análise econômica, que a gestão de empresas precisou incorporar as diferenças entre as crises para que o mercado como um todo reagisse. Complementando: No link que segue, para ter-se uma visão entre similaridades e distinções entre as crises de 1929 e 2008, é muito importante a leitura e análise das condições e variáveis do cenário econômico durante as duas crises. < http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/materia-6760.html >. Na próxima web aula, analisaremos como o contexto de crises pode influenciar na gestão das empresas, considerando a percepção das ameaças e oportunidades advindas destes cenários. Até lá e bons estudos! Abraços. Prof. Ivan Ferreira de Campos WEB AULA 2 – A Análise do Contexto de Crises e sua Influência na Gestão Que bom que estamos aqui, tivemos um grande avanço, pois com certeza você conseguiu entender a necessidade da análise de cenários econômicos por parte dos gestores de empresas. Da mesma forma podemos considerar que vocês desenvolveram a percepção de que a gestão de uma empresa não apenas pode ser influenciada, mas também impelida à mudança por conta de crises econômicas externas, além de mudanças e crises internas decorrentes de problemas estruturais apresentados no mundo social. A grande questão que devemos nos fazer é como as empresas lidam ou deveriam lidar com mudanças repentinas ou de que maneira mudanças são percebidas por uma empresa que pode usar o cenário de crises como oportunidades para seus negócios? Para termos uma ilustração adequada acerca disso, apresento a vocês o seguinte dilema: Tenho uma empresa que é líder de mercado há, pelo menos, dez anos, também tenho a sorte de que no mercado em que atuo existem poucos concorrentes e que, em decorrência dos avanços na política econômica brasileira, atingimos uma condição de crescimento sustentável e certa estabilidade. No entanto, depois da crise econômica de 2008, com incentivos ao crédito e uma grande euforia no aquecimento do mercado interno, meus clientes fieis começaram a minguar, assim como não conseguimos mais trazer clientes novos. Como nossa linha de produtos baseia-se em equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos importados, também recentemente passamos a enfrentar dificuldades para adquirir nossos produtos a preços acessíveis e competitivos, uma vez que compramos em Dólar e o aumento do valor da moeda norte-americana reduziu nossa capacidade de compras. E agora, o que faremos para equilibrar nossas contas e desenvolver nossa empresa? Como não percebemos que o ambiente poderia tornar-se tão hostil? Este dilema reflete um problema que muitas empresas enfrentam e que poderia ser minimizado a partir da análise ambiental dos cenários econômicos e, em particular, dos cenários de crise econômica. A variável econômica é, ao mesmo tempo que uma porta de entrada à ameaças, uma janela de oportunidades que devem ser consideradas ainda enquanto a empresa está no meio do cenário de crises, pois com a definição de linhas de ação, torna-se possível não apenas ultrapassar os desafios, como também adquirir condições para a construção de vantagens competitivas. Vídeo Complementar: No link abaixo há um vídeo que apresenta como um exemplo a importância do crédito aquecido em um momento de crise econômica. Justamente na análise desta conjuntura torna-se viável uma empresa analisar como aproveitar-se de oportunidades geradas por uma estratégia de fortalecimento do mercado interno. < http://www.youtube.com/watch?v=8ol_cFxFLcU >. Se o mercado encontrar-se aquecido mesmo em um momento de crise, a empresa deve planejar como o cenário econômico pode configurar-se favorável para uma estratégia de recuperação dos negócios, assim como também de que forma a empresa pode desenvolver um planejamento para crescimento, ainda que ponderado e que signifique o desenvolvimento de ações contingenciais para outros momentos em que surjam dificuldades ou crises mais profundas. Na imagem abaixo temos a visualização do cenário de variáveis ambientais, que demonstra claramente o contexto em que as empresas encontram-se inseridas e de que maneira podemos observar a presença paralela ao ambiente exterior. Devemos considerar que a variável econômica interfere nas demais. As variáveis econômicasacabam por exercer uma grande pressão, mas devem ser consideradas como parte do desenvolvimento estratégico das empresas, sendo necessário entender os fatos para pensar-se em uma estratégia que incorpore a análise econômica. Trata-se de um trabalho de pesquisa e investigação em que o gestor moldará seus modelos de ação em função de que as mudanças advindas de crises sejam o combustível para o crescimento empresarial. A busca por informações envolve o gestor de forma que este possa traçar panoramas de ação, sendo que tal panorama está ligado naturalmente à existência inseparável de relatórios ou dados de projeções econômica, que poderão auxiliar o empresário a ver e ler o mercado de maneira mais adequada. Complementando: No link que segue apresento um documento desenvolvido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Trata-se de um relatório que traça uma projeção acerca da competitividade dos referidos setores até o ano de 2015, partindo da análise das variáveis econômicas e de projeções viáveis presentes no contexto de crises. <http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/21D 2DA2F347B09FD832574E90062D7E4/$File/NT0003A26A.pdf>. Quais condições devem ser consideradas para a análise financeira baseada em conjunturas econômicas? A grande questão é perceber os movimentos econômicos, bem como crises e transições no cenário mercadológico como o aumento da inflação ou oscilações cambiais, que impelem que as estratégias sejam vistas continuamente. Muitas empresas podem passar por momentos favoráveis, os quais já destacamos anteriormente, em razão de condições econômicas favoráveis e, a qualquer momento, podem encontrar-se diante de um cenário nada próspero por conta de mudanças no ambiente econômico interno ou externo. Identificamos dessa forma que o desenvolvimento do mercado e a análise das variáveis econômicas têm uma relação direta, e que é possível a partir de perspectivas que aproximem a empresa de informações mais coesas com o mercado, que estas possam desenvolver ações que sejam mais adequadas para o enfrentamento dos desafios apresentados pelo cenário econômico. Aproveitem e tenham todos bons estudos! Abraços! Prof. Ivan Ferreira de Campos. CHIAVENATO, Idalberto. Administração para não administradores: a gestão de negócios ao alcance de todos. 2. ed. São Paulo: Manole, 2011. 320p. DONALDSON, Lex. Teoria da Contingência Estrutural. In. CLEGG, S.; R.; HARDY, C.; NORD, W.R. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: ATLAS, 1999. v. 1. p. 104-131. GHEMAWAT, Pankaj. A estratégia e o cenário dos negócios. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 176p. GITMAN, Lawrence J.; MADURA, Jeff. Administração financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson, 2008. 676p. MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O processo da estratégia. 3. ed. Porto Alegre. Bookman. 2003. RRZEICONS. Ícone, inspetor detetive com uma lupa. Wikimedia Commons, 10 jan. 2012. Disponível em: < http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Icon- inspector.svg >. Acesso em: out. 2013. SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. 480p.
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