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* * * UNICENTRO Newton Paiva PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA INFANTIL E ADULTO 1 SUBNUTRIÇÃO_Parte 2_A Profa. Elizabeth M Duarte * * * FISIOPATOLOGIA DA SUBNUTRIÇÃO A) RESPOSTA METABÓLICA À INANIÇÃO SIMPLES – MARASMO Glicose: - Principal fonte de energia - Órgãos/tecidos glicose-dependentes: SNC e periférico, rins, hemácias e glóbulos brancos, medula óssea. Cérebro exige manutenção de uma glicemia entre 60 e 99 mg/dl para funcionar normalmente. * * * Reservas corporais no adulto: Glicogênio = 200 mg Proteínas = 6000 g Gorduras = 15000 g * * * Hormônios envolvidos Glucagon Insulina Catecolaminas Cortisol H. Crescimento * * * Mecanismos 1ª Etapa: (Pâncreas) Jejum hipoglicemia Glucagon Glicogenólise Insulina (15 a 24 horas) * * * A perda protéica superior a 30 a 50% está associada a alta mortalidade 2ª Etapa: Gliconeogênese da excreção urinária de Nitrogênio(uréia) Balanço de N negativo (10 a 15g/dia) Se BN negativo persistir neste rítmo Aminoácidos Glicose sobrevida cerca de 10 dias (75g PTN/dia ou 300g Glucagon = da excreção urinária de Na+ de músculo) água, Ca++, K+, Mg++ * * * Entre o 3º e 4º dias de jejum há queda significativa do consumo de proteínas endógenas de 75g/dia para cerca de 25g/dia (2 a 4 g de N/dia) RESPOSTA ADAPTATIVA utilização de gordura como fonte principal de energia 3ª Etapa: Glucagon lipólise Corpos cetônicos Insulina captação de glicose pelos tecidos Catecolaminas, não-dependentes cortisol e utilização de AG como fonte de energia H. crescimento Inibe a lipogênese Citocinas (FNT, IL) * * * Objetivo aumentar as chances de sobrevivência Corpos cetônicos atravessam a barreira hematoencefálica 70% da energia cerebral poupa uso da glicose - glicólise à ½ - + 2x a lipólise - significativa do apetite as necessidades e perda de proteínas corporais produção de T3 e T4 e a conversão de T4 T3 * * * atividade física gasto global de energia (7º dia TMB 15%) ADAPTAÇÃO MÁXIMA: próximo do 14º dia - Gordura mais de 90% do GET - Glicose 75g/dia é sintetizada - Cérebro utiliza 30g - Tecidos glicolíticos 40g (Rim produz 50% gliconeogênese à partir da glutamina + Fígado 50%) GER 25% Volume urinário (200 ml/dia) os requerimentos líquidos * * * Os RN e crianças menores têm menor capacidade de se adaptarem ao estresse. As reservas de tecido adiposo são acentuadamente menores em RNPT. Há maior dificuldade de se obter homeostase na resposta hormonal. A utilização de corpos cetônicos no jejum prolongado é mais demorada. Nas crianças em idade pré-escolar e escolar a resposta ao jejum é semelhante a do adulto * * * B) RESPOSTA METABÓLICA AO ESTRESSE HIPERGLICEMIA Citocinas (FNT- , IL) + Cortisol + glucagon + adrenalina + atividade simpática Gliconeogênese glicólise Resistência à insulina aproveitamento pelos tecidos Produção excede consumo Hiperglicemia * * * HIPERTRIGLICERIDEMIA Citocinas (FNT- , IL) + Cortisol + glucagon + adrenalina + atividade simpática Reação cetonêmica adaptativa suprimida Carnitina nas mitocôndrias -oxidação Capacidade de poupar Nitrogênio Lipólise – bloqueio da lipase lipoprotéica e estímulo do lipase hormônio sensível Insulina - Esteatose hepática - Dislipidemia Reesterificação de + 70% dos AG e VLDL * * * BALANÇO NITROGENADO NEGATIVO Citocinas (FNT- , IL) + Cortisol + glucagon + adrenalina + atividade simpática Síntese protéica Degradação protéica (* glutamina) (músculo + afetado) Defesa Leucoitose Síntese de proteínas prioritárias (Proteínas de fase aguda - PCR) Ativação da cascata de coagulação Efeito líquido = perda de nitrogênio Período crítico = 10 a 16 dias * * * DISPÊNDIO DE ENERGIA Síntese de glicose e síntese e transporte de TG não utilizados = DISLIPIDEMIA + HIPERGLICEMIA Se a resposta catabólica é prolongada, a perda de proteína corporal tem papel importante na patogênese da falência multissistêmica. A suplementação protéica durante o estresse melhora o balanço nitrogenado por aumentar a síntese protéica mais do que reduzir a taxa de catabolismo protéico. * * * LEGENDA Fator de Necrose Tumoral Interleucina ACTH = hormônio adenocorticotrófico / GH = hormônio de crescimento * * * * * * Referências DUARTE, Antônio Cláudio Goulart. Avaliação Nutricional. Aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007. KRAUSE NETO, Faustino Teixeira. Nutrição clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. WAITZBERG, Dan.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2000.