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59 CAPÍTULO 6: O CORAÇÃO E OS VASOS SANGUÍNEOS Angiologia é a descrição dos órgãos da circulação do sangue e da linfa – o coração e os vasos sanguíneos, incluindo o baço e o timo. ANATOMIA DO CORAÇÃO Considerações Gerais O coração é um órgão cavitário que se apresenta como uma bomba muscular, cuja função primária é impulsionar o sangue, para todas as partes do corpo por um sistema fechado de vasos sangüíneos. As diferenças de pressão causadas pela sua contração e relaxamento, principalmente, determinam a circulação do sangue e da linfa. O coração está situado na cavidade torácica entre os pulmões, no meio do espaço mediastínico do tórax e contido em um saco seroso – o pericárdio. Os vasos são tubulares e percorrem quase todas as partes do corpo. São denominados de acordo com seu conteúdo em vasos sanguíneos ou linfáticos. Apesar do sistema linfático drenar para as veias, tornam-se dois sistemas interdependentes. Sistema cardiovascular Consiste em: (1) coração; (2) artérias, que conduzem o sangue do coração para os tecidos; (3) capilares, tubos microscópicos nos tecidos, que permitem as trocas necessárias entre o sangue e os tecidos; e (4) veias, que conduzem o sangue de volta para o coração. PERICÁRDIO O coração aparece completamente envolvido por um saco fibrosseroso, o pericárdio, pelo qual está relacionado, cranialmente em grande parte de sua extensão com os pulmões e pleuras. Sua forma é, geralmente, similar àquela do coração. O pericárdio é um saco fibrosseroso que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos. É formado por duas membranas, uma de constituição fibrosa que envolve mais externamente o coração e grandes vasos em intima relação com as estruturas mediastinais, denominado pericárdio fibroso; e outras de consistência serosa, o pericárdio seroso constituído por 2 lâminas, as lâminas parietal e visceral. CORAÇÃO O tamanho e a anatomia variam nas diferentes espécies. No eqüino, seu formato é o de um cone irregular e um tanto achatado. Está inserido em sua base pelos grandes vasos, mas afora isto fica inteiramente livre no pericárdio. Ele é assimétrico na posição, as quantidades (por peso) à direita e esquerda do plano mediano sendo de uma proporção de aproximadamente 4:5. O peso médio do coração é de aproximadamente 4 Kg ( 0,4% do peso corporal). O eixo longo (do meio da base até o ápice) está direcionado ventral e caudalmente. A base do coração está direcionada dorsalmente e sua parte mais elevada situa-se aproximadamente, na junção do terço dorsal e médio do diâmetro dorsoventral do tórax. O ápice situa-se centralmente dorsal a ultima esternébra. No bovino, 5/7 do coração (70%) encontram-se no lado esquerdo do plano mediano do tórax, devido ao grande tamanho do pulmão direito. No adulto pesa 2,5 Kg, ou de cerca de 0,4 a 0,5 do peso do corpo. O comprimento da base ao ápice é relativamente maior que no eqüino, sendo a base menor. No ovino, também é cônico e alongado, o peso absoluto varia de 220 a 240g e sua percentagem de peso é de 0,45 e 0,50%. Este órgão é formado de 4 cavidades, sendo 2 átrios, direito (esternocostal) e esquerdo (diafragmática), que são convexas e marcadas pelos sulcos que indicam a divisão do coração em quatro câmaras. Internamente os átrios estão separados pelo septo interatrial. Os dois ventrículos, direito e esquerdo, estão separados pelo septo cardíaco que se evidencia superficialmente, na parte correspondente a divisão dos ventrículos (septo interventricular). O septo interventricular está situado obliquamente, de modo que na superfície, a que é convexa, está voltada cranialmente e para a direita; a outra face, a que 60 está voltada para dentro do ventrículo esquerdo, é côncava e voltada caudalmente para a esquerda. A maior parte do septo é espessa e muscular, mas uma pequena parte é fina e membranosa. Vista Esquerda – Coração Bovino Coração de bovino – Vasos (Base) Ventrículo Esquerdo Ventrículo Direito Sulco Interventricular Paraconal Seio Coronário Aurícula esquerda Tronco Braquio- cefálico Tronco Pulmonar Ápice Aorta Aurícula Direita Aurícula Esquerda Tronco Pulmonar Tronco Braquio- cefálico Aorta Veia Cava Cranial Veia Cava Caudal VISTA DIREITA VISTA ESQUERDA 61 Coração Ovino – Vista Esquerda Vista Esquerda Vista Direita Átrio direito: forma a parte cranial direita da base do coração e situa-se dorsalmente ao ventrículo. Consiste de um seio venoso das cavas, no qual se abrem as veias e uma aurícula (apêndice vascular). Esta última é um divertículo cônico que se curva ao redor à direita da superfície cranial da aorta, seu fundo cego aparecendo sobre o lado esquerdo cranial da origem da artéria pulmonar; é a parte mais cranial do coração e é uma bolsa cega com forma de orelha. Existem cinco óstios principais no átrio direito. Sulco Interventricular Paraconal Ventrículo Esquerdo Ventrículo Direito Tronco Pulmonar Aurícula Esquerda Aurícula Direita Seio Coronário Ápice Tronco Braquiocefálico Aurícula Esquerda Seio Coronário Veia Cava Caudal Ventrículo Esquerdo Ventrículo Direito 62 1. Óstio da veia cava cranial: situado na parte dorsal; 2. Veia cava caudal: situado na parte caudal; 3. Seio coronário: abre-se ventral à veia cava caudal, o orifício está provido por uma pequena válvula semilunar; 4. Pequena veia coronária: separado, mas às vezes, junto com o coronário. 5. Óstio átrio-ventricular direito: situa-se na parte ventral e conduz ao ventrículo direito. Da mesma forma que as demais cavidades do coração, os óstios são revestidos por uma membrana brilhante, o endocárdio. Suas paredes são lisas, excetos no átrio direito e na aurícula, onde são percorridas, em várias direções, por saliências musculares dos músculos pectíneos. Os óstios das veias cavas são avasculares. A fossa oval é um divertículo na parede septal. A fossa é um remanescente de uma abertura do septo, o forame oval, através do qual os dois átrios se comunicam no feto. Ovino – Vista Ventral do tórax Ventrículo direito: constitui a parte cranial direita da massa ventricular. Ele forma quase toda a borda cranial do coração, mas não alcança o ápice, que é formado inteiramente pelo ventrículo esquerdo. Sua base está conectada, amplamente, átrio direito ao qual se comunica através do óstio atrioventricular direito; sua parte esquerda projeta- se para cima e forma o cone arterial, do qual se origina o tronco pulmonar. O óstio atrioventricular direito é oval, sendo guarnecido pela valva atrioventricular direita (tricúspide). As bordas centrais são irregulares e voltadas para o ventrículo; elas dão inserção às cordas tendinosas (tendíneas). As superfícies auriculares são lisas, as ventriculares são rugosas e fornecem inserção a ramos entrelaçados das cordas tendinosas. Estas cordas estão ligadas ventralmente, aos três músculos papilares que se projetam na superfície ventricular. Cada cúspide da valva recebe as cordas tendinosas de dois músculos papilares. Diafragma Veia Cava Cranial Veia Cava Caudal Pericárdio + CoraçãoPulmão Esquerdo Veias Pulmonares Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC 63 Átrio e ventrículo direitos (bovino) Óstio pulmonar: é circular e no cume do cone arterial. É guarnecido pela valva pulmonar direita composta de três cúspides (semilunares direita e esquerda e intermediária). As paredes dos ventrículos (exceto no cone arterial) apresentam cristas e faixas musculares, denominadas trabéculas carnosas. Estas são de três tipos: 1. Cristas ou colunas em relevo; 2. músculos papilares, projeções cônicas algo achatadas, contínuas na base, com a parede e originando as cordas tendíneas para as valvas atrioventriculares direita; 3. trabéculas septomaginais que se estendem do septo à parede oposta. Acredita-se que elas evitem uma distensão exagerada. Átrio esquerdo: forma a parte caudal da base do coração. Situa-se caudalmente ao tronco pulmonar e à aorta e dorsalmente ao ventrículo esquerdo. A aurícula estende-se lateral e cranialmente sobre o lado esquerdo, e sua ponta, em fundo de saco cego, é caudal à origem do tronco pulmonar. As veias pulmonares, geralmente são em número de sete ou oito, abrem-se no átrio caudalmente ao mesmo e do lado direito. A cavidade atrial é lisa, exceto na aurícula, na qual os músculos pectíneos estão presentes. O óstio atrioventricular esquerdo está situado ventrocranialmente e geralmente parece menor que o direito, devido à contração do ventrículo no animal morto. Ventrículo esquerdo: forma a parte caudal esquerda da massa ventricular. Ele é mais regularmente cônico que o ventrículo direito e sua parede é mais espessa, exceto no ápice. Ele forma o contorno caudal da parte ventricular e do ápice do coração. Sua base é contínua com o átrio esquerdo com o qual ele se comunica com por meio do óstio atrioventricular esquerdo, mas sua parte cranial abre-se na luz da aorta. A cavidade, geralmente, parece menor que o do ventrículo direito, no animal morto, devido a grande contração de sua parede. É quase circular em corte transversal. O óstio atrioventricular esquerdo é quase circular e está guarnecido pelas valvas atrioventriculares esquerdas (bicúspide ou mitral). As cúspides das valvas são mais largas e espessas que as do lado direito do coração. 64 Óstio aórtico: está orientado dorsal e levemente cranial. É guarnecido pela valva aórtica composta de três cúspides semilunares. São similares às valvas pulmonares, porém são muito mais fortes e espessas. As cordas tendinosas são menos numerosas e maiores que as do ventrículo direito. As faixas e trabéculas são variáveis. Átrio e Ventrículo Esquerdos (bovino) Estrutura do coração O coração é constituído por tecido muscular, o miocárdio, que tem uma característica particular: é formado de fibras estriadas e pluricelulares. As fibras musculares estriadas são características dos músculos que se contraem sob a ação da vontade: por exemplo, são estriados os músculos dos braços e das pernas que o animal move à vontade. Os músculos não sujeitos à vontade (como aqueles das vísceras) são, ao contrário, lisos. O músculo cardíaco apresenta, pois, uma exceção, porque, não estando o coração sujeito à nossa vontade, é, todavia formado de fibras estriadas musculares que se unem umas às outras, perdendo a sua individualidade. Temos assim a impressão de que o coração é um músculo único e não um conjunto de fibras independentes, como acontece com todos os outros músculos. No interior do músculo se acham quatro anéis fibrosos que representam o esqueleto fibroso do coração, circundam os óstios nas bases dos ventrículos. No bovino, dois ossos, os ossos do coração, desenvolvem-se no anel fibroso aórtico, o direito está em aposição com os anéis atrioventriculares, tendo formato irregularmente triangular (tem aproximadamente 4 cm de comprimento). O osso esquerdo é menor e inconstante. No ovino, apenas um osso aparece, no caprino é par. Como temos já acentuado, o músculo cardíaco é envolvido por uma túnica fibrosa, o pericárdio, que é um verdadeiro revestimento do coração, ao qual, porém não adere intimamente. Entre este e o músculo cardíaco fica um espaço ou cavidade pericárdico, forrado por uma membrana que constitui o pericárdio verdadeiro; deste distinguimos um folheto visceral, que adere ao músculo cardíaco, e um folheto parietal que reveste a parede interna do pericárdio fibroso. A cavidade pericárdica permite ao músculo cardíaco dilatar-se e contrair-se livremente. As Átrio Músculos Pectinados Bicúspide (Mitral) Cordas Tendinosas Músculos Papilares Trabécula septo marginal Ápice Músculos Papilares Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC 65 cavidades cardíacas são forradas por uma membrana delgada: o endocárdio que é continuo com a camada interna dos vasos que entram e saem do órgão. Suprimento sangüíneo do coração Tanto o suprimento arterial como a drenagem sangüínea do coração é estabelecida por um sistema próprio de artérias e veias. O coração recebe sangue venoso de três fontes: A veia cava cranial traz sangue da cabeça, pescoço, apêndices torácicos e tórax; A veia cava caudal coleta o sangue venoso do abdome, pelve e apêndices pélvicos; O átrio direito recebe sangue venoso proveniente do miocárdio por meio do seio coronário. . Vasos do coração: Até o próprio coração tem necessidade de ser convenientemente nutrido. O sangue que circula no coração não o nutre, passa simplesmente pelas suas cavidades. A sua nutrição será, ao contrário, realizado por um complexo de artérias e de veias particulares: as artérias coronárias (direita e esquerda). Provêm elas da aorta. Apenas saída do ventrículo esquerdo, a aorta dá origem as artérias coronárias que reentram imediatamente no coração ramificando-se no músculo cardíaco em numerosas subdivisões. O sangue que nutriu e oxigenou o músculo cardíaco é coletado pela grande veia coronária, a qual desemboca diretamente na aurícula direita. O coração é, pois, provido de uma pequena circulação independente. Nervos do coração: O coração é um órgão relativamente autônomo. Como possui uma circulação autônoma, também pulsa "por si só". O estímulo que faz bater o coração nasce; na verdade, no íntimo do músculo cardíaco. Isto é, o coração está em condições de bater sem a intervenção do sistema nervoso. No entanto, ao coração chegam nervos que provêm do nervo vago e do sistema simpático. Estes nervos regulam as batidas cardíacas: o simpático o acelera, enquanto o vago o torna vagaroso. VASOS SANGUÍNEOS: Os vasos sangüíneos são divididos em pulmonar e sistêmico. Quando o sangue retorna ao coração através de veias do corpo, ele entra no átrio direito de onde é impulsionado para o ventrículo direito. É bombeado para os pulmões por meio do tronco pulmonar, que tem origem no ventrículo direito. As artérias pulmonares cedem gás carbônico e absorvem oxigênio. O sangue oxigenado nos pulmões retorna, por meio das veias pulmonares, ao átrio esquerdo, que é impulsionado para o ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo bombeia o sangue através da aorta e artérias sistêmicas através dos capilares, e retorna ao coração por meio de veias. Esquema da circulação sangüínea: 1-Coração; 2- Circulação cerebral; 3-Circulação pulmonar; 4-Circulação hepática; 5-Circulação gástrica; 6-Baço; 7-Circulação renal; 8-Circulação intestinal; 9-Circulação nos membros inferiores 66 O termo sistema porta é muitas vezes aplicado para a veia porta e suas tributárias que vêm do estômago, intestino, pâncreas ebaço. A veia entra no fígado, onde ela se ramifica como uma artéria, de modo que o sangue neste sistema subsidiário passa através de um segundo conjunto de capilares (no fígado), antes de ser conduzido ao coração pelas veias hepáticas e caudal. Um corpo cavernoso é uma estrutura erétil que consiste essencialmente, em espaços sangüíneos intercomunicantes delimitados por músculo liso e tecido fibroelástico. Estes espaços são revestidos por endotélio e contem sangue. São responsáveis pela ereção do pênis. Vasa vasorum são pequenas arteríolas presentes nas paredes de grandes vasos, sendo responsáveis pela nutrição destes vasos. Estrutura dos vasos sangüíneos: As artérias e as veias não são canais rígidos: são dotadas de determinadas propriedades, tais: a extensibilidade, a elasticidade e a contractibilidade. Tais caracteres são mais acentuados nas artérias, as quais recebem a onda sanguínea que o coração lança nelas a cada sístole ventricular. O choque da onda sanguínea contra as paredes arteriais é tanto mais forte quanto mais a artéria está próxima do coração. As paredes das artérias são constituídas de três túnicas, concentricamente dispostas, que, de dentro para fora, são: -a túnica interna, constituída pelo endotélio, em direto contacto com o sangue circulante; -a túnica média, formada por numerosas fibras musculares e elásticas que conferem à artéria a sua propriedade de alargar-se ou estreitar-se, de acordo com a necessidade; -a túnica externa ou adventícia, que tem a estrutura conjuntiva; na sua espessura se distribuem as terminações nervosas as quais trazem às artérias os estímulos que as fazem estreitar-se (nervos vaso-constritores) ou as fazem dilatar (nervos vaso- dilatadores). Também as veias têm uma estrutura análoga, mas a sua parede é muito mais delgada; além disso, possuem poucas fibras musculares e elásticas. Isto se explica com a diferente função que têm as veias em relação às artérias. As artérias recebem a onda sanguínea e têm de dilatar-se bastante, e imediatamente contrair-se (devem ser, em uma palavra, muito elásticas) para lançar a onda de sangue até a extrema periferia do corpo. As veias, ao contrário, recebem o sangue depois que este percorreu os capilares. A velocidade do sangue que era notável nas artérias diminui muito nos capilares e nas veias. A onda sanguínea perdeu a sua força e as veias, na verdade, não pulsam. A velocidade do sangue nas artérias é maior durante as pulsações do que no intervalo entre uma pulsação e outra. O sangue corre nas artérias com a velocidade de 50 centímetros por segundo. Nos capilares, a velocidade fica reduzida a poucos milímetros por segundo e assim também nas veias. Como é então possível que o sangue volte ao coração, particularmente devendo caminhar de baixo para cima? A velocidade que possui seria insuficiente para vencer a gravidade. Intervêm, então, outros fatores. Antes de tudo, as veias estão providas de válvulas, chamadas, pela sua forma característica, de válvulas em "ninho de andorinha". A presença dessas válvulas e a sua disposição permitem à corrente de sangue progredir em um só sentido, impedindo-o de tornar para trás. Além disso, as veias são comprimidas pelos músculos entre os quais correm. O sangue recebe então, um decisivo impulso para o coração. 67 Anatomia dos Grandes Vasos Tronco pulmonar Surge do cone arterial no lado esquerdo da base do ventrículo direito. Bifurca-se caudalmente ao arco da aorta em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda. O tronco é bulboso em sua origem e forma três bolsas, os seios do tronco pulmonar, que correspondem às cúspides da valva do tronco pulmonar. Depois disto ele gradativamente diminui o calibre. Artéria pulmonar direita é mais longa e ligeiramente mais calibrosa do que a artéria pulmonar esquerda, que por sua vez é mais curta. Veias Pulmonares As veias são, geralmente, arranjadas do mesmo modo que as artérias, mas são de maior calibre. No canto cranial esquerdo da base do coração chegam as veias pulmonares esquerda após coletarem o sangue arterial fruto da hematose no pulmão esquerdo. As veias pulmonares penetram no átrio esquerdo e são recobertas parcialmente pela lâmina serosa do pericárdio Aorta É a principal artéria sistêmica da grande circulação. Ela tem início no ventrículo esquerdo e é quase mediana na sua origem. Sua principal parte é a aorta ascendente. Após passar pelos pulmões atravessa o hiato aórtico e penetra na cavidade abdominal. Ventralmente, à 5a ou 6a vértebra lombar (eqüino), ela se divide em duas artérias ilíacas internas. Da bifurcação, um pequeno vaso, a artéria sacral mediana (média), às vezes transcorre caudalmente na superfície pélvica do sacro. O calibre da aorta ascendente é maior na sua origem, que é denominada bulbo da aorta. Aorta Ascendente: situa-se dentro do pericárdio até o ponto de inserção do ligamento arterial, e está circundada, juntamente com o tronco pulmonar, num prolongamento do epicárdio. Além desse ponto ela continua como aorta descendente. As duas artérias coronárias, direita e esquerda, são distribuídas quase inteiramente para o coração, mas enviam algumas pequenas ramificações para as origens dos grandes vasos na base do coração. Tronco braquiocefálico: é um vaso muito grande que surge da convexidade do arco da aorta dentro do pericárdio. Está direcionado cranial e dorsalmente. Nos cavalos tem aproximadamente 1,5 a 5 cm de comprimento e de 10 –12 cm no bovino. Nesta última forma um tronco comum com a artéria subclávia esquerda. 68 Aorta Descendente: Pode ser convenientemente dividida nas partes torácica e abdominal. A aorta torácica passa caudalmente entre os dois sacos pleurais. Ela á cruzada á direita pelo esôfago e traquéia, à esquerda pelo nervo vago esquerdo. A aorta abdominal está relacionada dorsalmente às vértebras lombares, ao ligamento longitudinal ventral e ao músculo psoas menor esquerdo. Em sua direita está a veia cava caudal, e em sua esquerda, o rim esquerdo e o ureter. O trecho abdominal, que estende a partir do hiato aórtico do diafragma até a bifurcação, aproximadamente ao nível de L4, na qual derivam as artérias ilíacas comuns direita e esquerda. É, portanto, a principal fonte de irrigação da região abdominal e membros posteriores. Artéria Veia
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