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ÓRGÃO OLFATÓRIO MVSC ALEXANDRE HYPPOLITO BARNABE � Muito mais desenvolvido nos animais domésticos do que no homem; isso é particularmente verdadeiro no cão. � Detecta substâncias transportadas pelo ar em concentrações incrivelmente baixas. � “Contato” com o meio ambiente e com outros animais é feita por meio desse sentido. � Cão tem especial importância: drogas, explosivos, fugitivos, corpos, células neoplásicas. � Suínos: trufas ÓRGÃO OLFATÓRIO � As fêmeas reconhecem suas proles. � Os animais selvagens identificam a extensão de seu território por odores no solo. � Herbívoros silvestres examinam o ar no rastro de predadores. ÓRGÃO OLFATÓRIO � Situa se no nariz. � Animais com olfato bem desenvolvido, ele consiste em uma área relativamente ampla de mucosa olfatória, revestindo a parede lateral e as conchas etmoidais na face caudal da cavidade nasal. � Os cortes histológicos mostram a presença de células olfatórias que, como as células fotorreceptoras na retina, são neurônios bipolares. � Seus dendritos alcançam a superfície do epitélio, que apresenta diversos minúsculos pelos olfatórios (cílios) expostos ao ar da cavidade nasal. ÓRGÃO OLFATÓRIO APLICAÇÕES CLÍNICAS � Os axônios das células reúnem-se de modo a formar os fascículos do nervo olfatório (nervo craniano I), que passam pela placa cribriforme em direção ao bulbo olfatório adjacente. � As glândulas olfatórias serosas abaixo do epitélio olfatório umedecem sua superfície, presumivelmente para remover odores previamente percebidos, não mais presentes no ar. ÓRGÃO OLFATÓRIO � Encontrado na cavidade nasal, também está relacionado ao olfato. Consiste em dois ductos estreitos, paralelos, que estão alojados no palato duro, um de cada lado em sua junção com o septo nasal. ÓRGÃO DE JACOBSON OU ÓRGÃO VOMERONASAL � São parcialmente revestidos por mucosa olfatória. � Terminam em fundo cego na parte caudal, mas abrem-se rostralmente nos ductos incisivos que ligam as cavidades nasal e oral por meio de aberturas no palato duro, na maioria dos mamíferos. ÓRGÃO VOMERONASAL � A comunicação com a cavidade oral é deficiente nos cavalos e jumentos. � Esse órgão tem recebido atenção considerável dos estudiosos da fisiologia reprodutiva e do comportamento animal em função de seu envolvimento em atividade sexual, particularmente na reação de torcer o lábio (Flehmen) exibida pelos machos excitados pelo odor da secreção vaginal ou da urina de fêmeas no estro. ÓRGÃO VOMERONASAL ● Narinas externas e suas cartilagens nasais associadas; ● Cavidade nasal com o meato e as conchas nasais; ● Seios paranasais. NARIZ (RHIN , NASUS) � O nariz é formado pelos ossos nasais dorsalmente. � Pela maxila lateralmente e pelos processos palatinos dos ossos incisivos. � Pela maxila e pelos ossos palatinos ventralmente. � Caudalmente ele é delimitado pela lâmina cribriforme do osso etmoide. NARIZ (RHIN , NASUS) � O ápice do nariz e a parte rostral da mandíbula e do maxilar formam o focinho. � A forma e o tamanho do focinho e a natureza do tegumento exibem diferenças significativas entre as espécies. � O tegumento ao redor das narinas não possui pelos e sua delimitação da pele não sofre modificações, sendo bastante evidente em todos os mamíferos domésticos. � Exceção do equino, no qual a pele não modificada com alguns pelos táteis circunda as narinas. ÁPICE DO NARIZ � Em pequenos ruminantes, no cão e no gato, a pele ao redor das narinas também não possui pelos. � O plano nasal (planum nasale) é dividido por um sulco mediano, o filtro, que prossegue ventralmente e divide o lábio superior. ÁPICE DO NARIZ � A superfície do plano nasal dos carnívoros é umedecida pela secreção da glândula nasal lateral. � A superfície do plano nasal possui uma grande quantidade de sulcos finos, cujo padrão acredita-se ser individual e pode ser usado como meio de identificação, de modo semelhante às impressões digitais dos humanos. ÁPICE DO NARIZ � As narinas externas são sustentadas pelas cartilagens nasais, as quais variam quanto a forma, tamanho e quantidade, dependendo da espécie. � Elas determinam o formato da abertura da narina. � As cartilagens nasais laterais dorsal e ventral estão em contato uma com a outra em todas as espécies domésticas, exceto no equino. CARTILAGENS NASAIS (CARTILAGINES NASI ) � As cartilagens alares são responsáveis pela forma de vírgula característica, a qual divide a narina em uma parte ventral, chamada de narina verdadeira, que conduz à cavidade nasal, e uma parte dorsal, ou falsa narina, que conduz ao divertículo revestido de pele (diverticulum nasi) que ocupa a incisura nasoincisiva (incisura nasoincisiva). � Ao se passar um tubo nasogástrico, é essencial guiá-lo ventralmente. CARTILAGENS NASAIS (CARTILAGINES NASI ) � No equino, a cartilagem nasal dorsal não se prolonga muito e a cartilagem nasal ventral é indefinida ou inexistente. � Em vez disso, as cartilagens alares (cartilagines alares), as quais são divididas em uma lâmina (lamina) dorsalmente e um corno (cornu), sustentam as narinas amplas e espaçadas. � As paredes laterais das narinas não são sustentadas por cartilagem, motivo pelo qual as margens das narinas permanecem bastante móveis e permitem que a abertura se dilate quando necessário. CARTILAGENS NASAIS (CARTILAGINES NASI ) � A cavidade nasal se prolonga das narinas até a lâmina cribriforme do osso etmoide, sendo dividida pelo septo nasal em um lado direito e outro esquerdo. � As conchas nasais (conchae nasales) se projetam para o interior da cavidade nasal e servem para aumentar a superfície da área respiratória. � Em animais com senso de olfato apurado, como o cão, as conchas nasais são mais complexas e aumentam ainda mais a superfície olfativa. CAVIDADES NASAIS (CAVA NASI ) � As conchas nasais são tubos cartilaginosos ou ossificados com mucosa nasal que ocupam a maior parte da cavidade nasal. � Elas apresentam uma disposição complexa e característica de cada espécie. CONCHAS NASAIS (CONCHAE NASALES) �No interior da cavidade existem projeções ósseas revestidas por mucosa, os etmoturbinados, menores e localizados no funda da cavidade, e as conchas nasais, maiores ocupando quase todo o espaço da cavidade. �Estas estruturas criam um turbilhonamento no ar inspirado, fazendo com que o ar toque a mucosa diversas vezes, para sofrer as modificações necessárias. �Os etmoturbinados podem ser divididos em endoturbinados (endoturbinalia) longos e profundos, que se prolongam para a cavidade nasal, e ectoturbinados (ectoturbinalia), mais curtos e superficiais. CONCHAS NASAIS (CONCHAE NASALES) ● Endoturbinado I (concha nasalis dorsalis) forma a concha nasal dorsal; ● Endoturbinado II (concha nasalis media) forma a concha nasal média; ● A maxila forma a concha nasal ventral (concha nasalis ventralis = maxiloturbinado). CONCHAS NASAIS (CONCHAE NASALES) � As conchas maiores dividem a cavidade nasal em uma série de sulcos e meatos que se ramificam de um meato comum próximo ao septo nasal. � Há três meatos nasais nos mamíferos domésticos : ● Meato nasal dorsal (meatus nasi dorsalis); ● Meato nasal médio (meatus nasi medius); ● Meato nasal ventral (meatus nasi ventralis). MEATOS NASAIS (MEATUS NASI ) � O meato nasal dorsal é a passagem entre o teto da cavidade nasal e a concha nasal dorsal. � Ele conduz diretamente ao fundo da cavidade nasal e canaliza o ar para a mucosa olfativa. MEATOS NASAIS (MEATUS NASI ) � O meato nasal médio situa-se entre as conchas nasais dorsal e ventral e se comunica com os seios paranasais. MEATOS NASAIS (MEATUS NASI ) � O meato nasal ventral é o caminho principal para o fluxo de ar que conduz à faringe e situa-se entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal. � O meato nasal comum (meatus nasi communis) é o espaço longitudinal de cada lado do septo nasal. Ele se comunicacom todos os outros meatos nasais. MEATOS NASAIS (MEATUS NASI ) � Os seios paranasais são divertículos da cavidade nasal que formam cavidades preenchidas com ar entre as lâminas externa e interna dos ossos do crânio. � Eles sofrem uma expansão significativa após o nascimento e continuam a aumentar de tamanho com o avançar da idade. � Os seios paranasais são bastante desenvolvidos no bovino e no equino e respondem pela conformação da cabeça nessas espécies. � Os seios paranasais são revestidos pela mucosa respiratória. SEIOS PARANASAIS (S INUS PARANASALES) APLICAÇÕES CLÍNICAS Rinite atrófica Suína Influenza Equina Pólipo Nasal Criptococose Carcinoma nasal Sondagem nasogástrica Sondagem nasogástrica felino � O nariz esponjoso e molhado faz com que o cão capture mais fácil os odores que a brisa traz. � Com a entrada do ar no nariz, separa em dois compartimentos diferentes. Um só para respirar, e o outro só para sentir o cheiro. � O segundo fluxo de ar entra em uma região com milhões de células receptoras olfativas extremamente especializadas. Para ser mais específico, 300 milhões, comparadas com as nossas 5 milhões. � Para processar a quantidade de informações que o nariz captura, o sistema olfativo canino possui uma área relativa cerebral muito maior do que a de um humano, equivalente a 40% a mais para ser mais exato. CURIOSIDADES OLFATO MITO OU FATO? � Yoshihito Niimura, pesquisador do Departamento de Química Biológica Aplicada da Universidade de Tóquio e principal autor do estudo, juntamente com seus colegas Atsushi Matsui e Kazushige Touhara, explica que cada animal tem uma quantidade de genes receptores olfativos (OR) que determinam o quanto eles podem cheirar. RANKING DE OLFATOS � O rei dos farejadores é o elefante branco com 1.948 OR. Per to dele, os seres humanos e outros primatas perdem completamente. Os estudos comprovam isso e apoiam essa conclusão, determinando que esses animais podem dist inguir moléculas de odor com diferenças estruturais extremamente sutis. � Niimura explica por que o elefante possui essa for te capacidade de farejar: “O corpo dele é tão grande que ele precisou evoluir sua tromba, que funciona como uma mão. Ele pode agarrar os al imentos e outras coisas, por isso eles sempre usam o olfato quando exploram o mundo exterior, desenvolvendo um sentido de cheiro muito superior”. � O pesquisador ainda acrescentou que são necessárias mais análises para ver quando e por que o antepassado do elefante adquiriu um reper tório tão grande de genes. ELEFANTE AFRICANO � Os roedores são animais com grande quantidade de genes olfativos — é isso o que facilita que eles se alimentem — e o primeiro a aparecer no ranking é o rato com 1.207 OR, batendo até mesmo os camundongos, que são considerados muito inteligentes. � Os gatos até podem farejar camundongos e ratos, mas esses últimos são comedores muito mais exigentes. Os felinos são incapazes de detectar um maior número de odores como os roedores podem, fazendo com que o rato fique em 2º lugar no ranking. RATO � O gambá — forasteiro que é visto, muitas vezes, farejando jardins alheios — tem 1.188 OR, ganhando facilmente o 3º lugar nessa lista. Além disso, ele tem a fama de ter um sistema imunológico extremamente forte, o que lhes permite evitar vírus e veneno de cobra quando são mordidos por uma delas. GAMBÁ � A vaca tem 1.186 OR e ficou na 4ª posição da nossa lista. Dizem que o focinho de uma vaca é capaz de detectar odores que estão a quase 9 quilômetros de distância. Ela também pode ouvir sons de alta frequência muito além do sentido humano da audição. VACA � No 5º lugar, temos esse representante réptil com 1.137 genes receptivos olfativos. Como o próprio nome sugere, essa tartaruga vive na China, mas também pode ser encontrada em várias outras partes do mundo. No Havaí, ela é encontrada em pântanos e valas de drenagem. � Essa tartaruga é um animal muito curioso, pois vive boa parte de seu tempo tentando detectar alimentos em água salobra à noite. A sua dieta é composta de restos de peixes, crustáceos, moluscos, insetos, sementes de plantas de pântano, entre outras coisas que ela detecta pelo cheiro. TARTARUGA CHINESA � E os roedores entram novamente na lista. Em 6ª posição, temos o camundongo, que possui 1.130 OR. Ele tem uma dieta bem variada, por isso é compreensível que estes animais, embora muito pequenos, tenham um forte senso olfativo. CAMUNDONGO � Os cavalos entram na nossa lista em 7º lugar, com 1.066 genes receptivos olfativos. CAVALO � O representante anfíbio da lista é o sapo-com-garras- ocidental. Ele possui 824 OR e é um animal do tamanho médio, vivendo no cinturão da floresta tropical do oeste africano. Ele habita rios lentos, bem como piscinas e lagoas temporárias. � Esta espécie em particular tem sido amplamente estudada e é considerada como um organismo modelo para a genética. Talvez pode ser que os outros sapos também sejam farejadores em potencial, mas simplesmente não têm sido estudados tanto. SAPO-COM-GARRAS-OCIDENTAL � Os cães ocupam o 9º lugar da lista, com 811 OR. “Os cães são geralmente considerados bons farejados, mas eles não são os animais com maior número de genes OR”, disse Niimura. Ele ainda acrescenta: “Carnívoros podem não precisar distinguir entre diferentes tipos de odores, mas eles podem ser muito sensíveis aos odores que possam discernir”. � Por exemplo, um gato pode ser capaz de sentir o cheiro fedorento de sua comida a quilômetros de distância, mas seria menos capaz de distinguir os vários tipos diferentes de odores que existem e que podem atingi-lo. CÃO � O porco-da-índia entra em 10º lugar, com 796 genes receptores olfativos. “Em geral, os primatas têm menos números de genes olfativos do que outros mamíferos não primatas, porque os primatas têm um sentido visual bem desenvolvido”, disse Niimura. Os roedores, por sua vez, precisam do olfato para se alimentar e sobreviver. PORCO-DA-ÍNDIA O mundo dos cães - olfato canino.mp4
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