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Tema 1 Atendimento pré hospitalar Mod 4 HAOC

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1 1
Urgências Traumáticas
Gestão para Educação Permanente dos 
Profissionais da Rede de Atenção às Urgências
GEPPRAU
Urgências traumáticas
Módulo 4
Tema 1 - Atendimento pré-hospitalar (APH)
2
Urgências Traumáticas
Este conteúdo foi elaborado por Thiago Rodrigues Araújo Calderan, 
médico, cirurgião geral e do trauma, mestre em ciências da cirurgia e 
seus direitos foram cedidos ao Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) 
que desenvolveu este material em parceria com o Ministério da Saúde 
(MS) no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional 
do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). A parceria entre o Ministério 
da Saúde e as entidades de saúde portadoras do Certificado de Entidade 
Beneficente de Assistência Social em Saúde (CEBAS-SAÚDE) e de 
Reconhecida Excelência, a exemplo do HAOC, é regulamentada pela Lei 
Federal nº 12.101, de 27 de novembro de 2009.
2 3
Urgências Traumáticas
URGÊNCIAS 
TRAUMÁTICAS
Neste material, serão apresentadas as 
principais emergências na área da cirurgia 
do trauma. O profissional de saúde que 
atua na área terá informações importantes 
sobre anatomia, fisiologia, manejo e 
principais condutas a serem tomadas no 
atendimento ao traumatizado.
Tema 1
Atendimento pré-hospitalar (APH)
Objetivos de 
aprendizagem
Entender o que é o atendimento pré-
hospitalar (APH).
Conhecer o histórico do APH no Brasil e 
no mundo.
Conhecer a distribuição trimodal de 
mortes no trauma.
Conhecer os princípios de ouro do APH 
no trauma.
Entender a importância da sinalização do 
evento traumático.
Conhecer as funções do APH.
Saber mais sobre a condução de veículos 
de emergência.
•
•
•
•
•
•
•
4
Urgências Traumáticas
Atendimento pré-hospitalar (APH) 5
1. Introdução ......................................................................................... 6
2. Histórico do atendimento pré-hospitalar ................................................. 7
2.1. No mundo ................................................................................... 7
3. Fases do trauma ................................................................................. 8
4. Princípios de ouro do APH no trauma ................................................... 10
4.1. Garantir a segurança de socorristas e pacientes .............................. 10
4.2. Avaliar a situação para determinar a necessidade de recursos 
adicionais .................................................................................. 10
4.3. Reconhecer a biomecânica do trauma ............................................ 11
4.4. Usar a avaliação primária para identificar condições de risco de morte 11
4.5. Cuidar da via aérea com proteção da coluna cervical ....................... 11
4.6. Providenciar ventilação com oferta de oxigênio ............................... 12
4.7. Controlar toda a hemorragia externa ............................................. 12
4.8. Realizar imobilização adequada das lesões musculoesqueléticas e 
restabelecimento da temperatura corporal ..................................... 12
4.9. Manter a estabilização da coluna até a completa imobilização ........... 12
4.10. Iniciar o transporte à unidade adequada o quanto antes, após a 
chegada de suporte avançado no local ......................................... 13
4.11. Repor o volume com fluidos intravenosos aquecidos durante o 
transporte ............................................................................... 13
4.12. Fazer avaliação secundária e história clínica após o tratamento dos 
problemas de ameaça à vida ...................................................... 13
4.13. Aliviar a dor ............................................................................. 13
4.14. Comunicar de forma minuciosa e precisa as informações sobre o 
doente e o trauma à unidade de destino ...................................... 14
4.15. Não causar mais danos .............................................................. 14
5. Sinalização ...................................................................................... 14
6. Funções do APH ................................................................................ 15
6.1. Reanimação ............................................................................... 15
6.2. Salvamento ............................................................................... 16
6.3. Transporte ................................................................................. 19
7. Condução de veículo de emergência .................................................... 19
Síntese ............................................................................................... 21
Referências bibliográficas....................................................................... 22
Sumário
4 5
Urgências Traumáticas
Atendimento 
pré-hospitalar (APH)
6
Urgências Traumáticas
atendimento pré-hospitalar (APH) móvel foi regulamentado pela portaria 
2.048 de 2002 do Ministério da Saúde e definido como pré-hospitalar 
Voltar Sumário
Introdução1.
O
móvel na área de urgência, o atendimento que procura chegar precocemente 
à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, ci-
rúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar a sofrimento, 
sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe aten-
dimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hie-
rarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de 
atendimento pré-hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for 
oriundo de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário 
quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já te-
nha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de 
urgência apresentado, mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior 
complexidade para a continuidade do tratamento.
6 7
Urgências Traumáticas
Neste capítulo, entenderemos os princípios do APH em trauma. Consideraremos 
somente o APH móvel realizado por viaturas de resgate, ambulâncias, helicópte-
ros de resgate, lanchas de resgate e motocicletas de atendimento.
Voltar Sumário
2.Histórico do atendimento 
pré-hospitalar
Desde o período antes de Cristo haviam princípios relacionados aos cuidados 
pré-hospitalares, porém o desenvolvimento do APH ocorreu em campo militar, 
após a Segunda Guerra Mundial, na Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã, sen-
do extrapolado para o ambiente civil a partir da década de 1950.
O surgimento do socorro médico ocorreu na década de 1950, na França, com o 
desenvolvimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Reanimação 
ligado a hospitais (SMUR). Em 1968, foram criados os SAMU (Service d’Aide Mé-
dicale Urgente). Em 1986, o SAMU foi regulamentado como sistema responsável 
pelo APH das urgências e emergências e pelo transporte inter-hospitalar.
No Brasil, um prelúdio do APH surgiu em 1979 com o Corpo de Bombeiros. Po-
rém, a organização do sistema de APH iniciou em 1987, no estado de São Paulo, 
com a resolução SS-266, que buscou a implantação de ações de prevenção e de 
APH e a reorganização do sistema hospitalar com classificação e regionalização.
O Projeto Resgate foi iniciado em 1990, na zona oeste da cidade de São Paulo, 
como projeto piloto, vinculado à Central do Corpo de Bombeiros, operacionaliza-
do e organizado por decreto estadual, em 1994, como Sistema Resgate.
A normatização da ação médica pelo Conselho Federal de Medicina ocorreu em 
1998 com a resolução 1.529, e a normatização do APH no Brasil, vinculado ao 
Sistema Único de Saúde (SUS), ocorreu em 2002 através da portaria 2.048.
Em 2007, no estado de São Paulo, foi institucionalizado o grupo de médicos e 
enfermeiros que atuavam no Projeto Resgate. Em 2012, foi denominadoGrupo 
de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU).
No Brasil
2.1.No mundo
8
Urgências Traumáticas
Para entendermos melhor a importância do APH adequado, vamos conhecer as 
fases do trauma. 
O evento traumático é considerado o momento inicial. O pós-evento é di-
vidido em três fases, de acordo com a causa da morte:
• 1ª fase – morte ocorre imediatamente ou nos primeiros minutos até uma 
hora após o evento. Essas mortes provavelmente ocorreriam independente-
mente do socorro imediato.
• 2ª fase – morte ocorre nas primeiras horas após o acidente. Um adequado 
atendimento pré e intra-hospitalar pode prevenir essas mortes.
• 3ª fase – morte ocorre dias ou semanas após o trauma, originadas de com-
plicações que levam a disfunções orgânicas.
Baseado nessa distribuição trimodal de mortes, surgiu o conhecido conceito 
de “hora de ouro”, em que as medidas de atendimento à vítima têm que ser 
eficazes e adequadas.
3.Fases do trauma
8 9
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
Trauma aconteceu
Chegada do APH
Acesso
Intervenção 
do APH 
Informação à 
central reguladora 
Preparo da vítima 
e embarque 
Remoção
Transporte
Porém, é preciso ter o cuidado de priorizar o resgate sem a prevenção e o cui-
dado adequado da situação clínica do paciente, fazendo-o na correria, sem téc-
nicas adequadas para minimizar sequelas. Nesse contexto, surgiu a modificação 
do conceito para “período de ouro”, que inicia no APH e continua na uni-
dade de saúde de destino.
Período de ouro
Hora Zero
10
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
Os princípios de ouro do APH devem ser de conhecimento de todos os envolvidos 
nessas situações e são fortemente ressaltados pelo PHTLS®. Diversos pontos 
abordados nos temas anteriores serão relembrados a seguir.
4.Princípios de ouro do APH no trauma
Um dos itens do atendimento inicial, que compõe os três “S”, é a seguran-
ça da cena. Todos os profissionais envolvidos no atendimento à vítima devem 
estar protegidos contra tráfego, materiais perigosos, incêndio, vazamento de 
combustíveis e quedas de fios de eletricidade.
Reconhecer a situação é tam-
bém um dos três “S” e envolve 
avaliar a necessidade de apoio 
adicional para melhorar o prog-
nóstico do paciente.
Todas as medidas necessárias po-
dem ser ofertadas pelo suporte 
básico de vida, porém algumas 
medidas invasivas necessitam de 
suporte intermediário, feito por 
enfermeiro capacitado, ou suporte 
avançado, feito por médico.
Esperar o recurso mais capacitado pode ser imprescindível para fazer a diferença 
que minimizará a mortalidade e complicações futuras.
Nesse contexto, é importante 
destacar a necessidade de uma 
adequada sinalização. 
Além disso, a segurança indi-
vidual contra materiais bio-
lógicos é necessária e deve ser 
realizada com equipamentos de 
proteção individual (EPIs) ade-
quados.
4.1.
4.2.
Garantir a segurança de socorristas e pacientes
Avaliar a situação para determinar a 
necessidade de recursos adicionais
Três “S”: SEGURANÇA, CENA (SCENE) e SITUAÇÃO
Anotações:
10 11
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
A avaliação primária consiste no atendimento inicial ao traumatizado através 
da sequência “ABCDE”. Deve ser sequencial e, se identificadas alterações, 
medidas devem ser adotadas imediatamente para buscar o retorno à normali-
dade, sendo que algumas podem somente ser realizadas por enfermeiros e/ou 
médicos.
O terceiro “S” é a cena (scene). 
A biomecânica do trauma é es-
sencial, pois ajuda a suspeitar de 
quais lesões o paciente pode apre-
sentar.
A prioridade no atendimento à vítima é a manutenção das vias aéreas pér-
vias com proteção da coluna cervical – item “A” da avaliação inicial.
4.4.
4.3.
4.5.
Usar a avaliação primária para identificar 
condições de risco de morte
Reconhecer a biomecânica do trauma
Cuidar da via aérea com proteção da coluna 
cervical
12
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
O segundo passo, após promover medidas para as vias aéreas com proteção 
da coluna cervical, consiste na oferta de oxigênio a 10-15 L/min a todos os 
traumatizados. Na sequência, deve-se avaliar o item “B”, que consiste na ven-
tilação e respiração.
O próximo passo consiste na avaliação da circulação, item “C” do atendi-
mento inicial, com controle da hemorragia. 
O controle da hemorragia externa é feito com oclusão firme e efetiva, com 
compressa limpa, e podem ser adotadas medidas como uso de torniquete em 
sangramento de extremidades não contido com compressão. A imobilização da 
bacia deve ser feita na suspeita de instabilidade anatômica.
Todos os procedimentos devem ser realizados mantendo a proteção de coluna 
cervical. Essa medida não deve ser esquecida, nem mesmo em vítimas presas 
em ferragens. Existem medidas adequadas para a retirada de vítimas, como o 
dispositivo de extricação de Kendrick (KED) e a retirada rápida em situação de 
risco, que mantém a proteção da coluna, como mostrado na foto.
Todas as lesões musculoesqueléticas devem ser adequadamente imobiliza-
das, respeitando o princípio de imobilizar a articulação proximal e distal à 
área lesada e, de preferência, em posição anatômica.
Com a avaliação do item “E”, deve-se prevenir a hipotermia através de 
retirada de roupas úmidas, aquecimento externo com manta térmica e/ou co-
bertores, além de uso de soluções aquecidas.
4.6.
4.7.
4.9.
4.8.
Providenciar ventilação com oferta de oxigênio
Controlar toda a hemorragia externa
Manter a estabilização da coluna até a 
completa imobilização
Realizar imobilização adequada das lesões 
musculoesqueléticas e restabelecimento da 
temperatura corporal
12 13
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
Nas unidades que podem obter acesso venoso, a administração de fluidos, de 
preferência aquecidos, deve ser feita durante o transporte, respeitando a quan-
tidade para não haver hemodiluição.
Após o tratamento dos problemas que ameaçam a vida, deve-se prosseguir com 
avaliação secundária e obtenção da história “SAMPLA” – sintomas, aler-
gias, medicações em uso, passado médico e possibilidade de gravidez, alimen-
tação anterior ao evento e condições da ocorrência do trauma. 
Nos casos mais graves, muitas vezes não é possível obter esses dados.
Os achados de lesões indicam o local mais adequado para o encaminha-
mento da vítima, que deve ser feito após adequada regulação. 
O rápido deslocamento deve ser aliado a uma adequada estabilização do pacien-
te com oferta de medidas que podem fazer a diferença na sobrevida.
4.11.
4.12.
4.10.
Repor o volume com fluidos intravenosos 
aquecidos durante o transporte
Fazer avaliação secundária e história clínica após 
o tratamento dos problemas de ameaça à vida
Iniciar o transporte à unidade adequada o 
quanto antes, após a chegada de suporte 
avançado no local
Relembrando o “SAMPLA”
S – Sintomas
A – Alergia
M – Medicamentos em uso
P – Passado médico/Prenhez (gravidez)
L – Líquidos e alimentos ingeridos recentemente
A – Ambiente e eventos relacionados ao trauma
O alívio da dor minimiza o estresse do paciente traumatizado. Deve ser 
feito em unidades que possam obter o acesso venoso e adotar a medida seguin-
do protocolos ou orientação de regulação.
4.13.Aliviar a dor
Anotações:
14
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
É um dos principais princípios. O socorrista deve estar treinado e capacitado 
para promover as melhores medidas mesmo em traumas graves, sem a 
presença de enfermeiros ou médicos, sem causar mais danos ao paciente.
Tudo o que aconteceu com a vítima desde o evento traumático – condição de 
ocorrência, biomecânica, achados da vítima, procedimentos adotados etc. – deve 
ser passado para a unidade que prosseguirá o atendimento, para somar 
todas as informações e promovero melhor cuidado à vítima.
4.15.
4.14.
Não causar mais danos
Comunicar de forma minuciosa e precisa as 
informações sobre o doente e o trauma à 
unidade de destino
O objetivo da sinalização é originar um desvio do fluxo do tráfego na área 
em que ocorreu o evento traumático para que não ocorra um novo evento 
e também para proteger as equipes de atendimento, oferecendo-as segurança.
5.Sinalização
Anotações:
14 15
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
A reanimação consiste em es-
tabelecer medidas que visem 
o retorno dos sinais vitais à 
normalidade, ou seja, promo-
ver medidas salvadoras através 
da estabilização das vias aéreas 
com proteção da coluna cervical, 
assistência à ventilação e respi-
ração, cuidados com a circulação 
com controle do sangramento, 
avaliação da disfunção neuroló-
gica e alinhamento de fraturas 
e curativos em ferimentos, com 
prevenção da hipotermia.
Em outras palavras, consiste em promover um adequado atendimento ini-
cial ao traumatizado para levá-lo com as melhores condições possíveis à uni-
dade de atendimento de destino.
6.1.Reanimação
Vias
Velocidade 
máxima 
permitida
Distância para 
iniciar sinalização 
(pista seca)
Distância para iniciar 
sinalização (sob chuva, 
fumaça, neblina ou à noite)
Locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos
Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovias 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos
Deve-se conhecer a melhor forma de sinalização em todas as faixas e tipos de 
vias. Há uma tabela da distância adequada da sinalização dependendo da 
velocidade da via.
Lembre-se que, ao sinalizar, você deve estar em segurança para não ser mais 
uma vítima.
O APH possui três funções principais: reanimação, salvamento e trans-
porte.
6.Funções do APH
Anotações:
16
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
O salvamento é um desafio no APH por promover o atendimento de vítimas 
em condições adversas como vítima em ferragens, resgate em altura e even-
tos com produtos perigosos.
I – Vítima nas ferragens
Em cerca de 10% dos acidentes com grande deformidade dos veículos, há res-
trição à saída ou retirada da vítima das ferragens. Há duas situações em que 
a vítima pode ser encontrada no interior do veículo:
• Vítimas encarceradas: vítima confinada no interior do veículo, sem pos-
sibilidade de sair por intenso dano à estrutura, porém as ferragens não a 
restringem.
• Vítimas presa às ferragens: vítima em contato direto com as ferragens 
de forma que estas podem originar lesões graves, como perfurações e am-
putações.
As manobras desempenhadas pe-
las equipes de socorristas dispostas 
com material adequado e proteção 
individual adicional são denominadas 
desencarceramento ou extricação.
Para o atendimento dessas vítimas, a 
equipe envolvida no resgate necessita 
de adequado conhecimento e treina-
mento constante.
FONTE: Simulado Maio Amarelo de Múltiplas Víti-
mas na cidade de Campinas, 2017 (Acervo Liga do 
Trauma da Unicamp)
FONTE: Simulado Maio Amarelo de Múltiplas Vítimas 
na cidade de Campinas, 2015 (Acervo Liga do Trau-
ma da Unicamp)
6.2.Salvamento
16 17
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
II – Resgate em altura
O salvamento de vítimas em altura é um desafio ao socorrista, que, além 
de possuir os dispositivos adequados para tal atendimento (como cordas, 
roldanas e cintos), deve ter conhecimento sobre nós de ancoragem e sobre 
como proceder ao resgate de uma vítima em suspensão e promover um sal-
vamento em ambiente vertical.
18
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
III – Evento com produtos perigosos
Os pacientes vítimas de trauma podem estar em veículos com produtos pe-
rigosos, que são definidos como substâncias que proporcionam riscos à 
vida, ao meio ambiente e à propriedade.
Todos os produtos, ao serem transportados, devem ser identificados no seu 
meio de transporte, o que ocorre no painel de segurança, geralmente de cor 
laranja. Ele contém a classe de risco e as características do produto, bem 
como o número da ONU que o identifica.
O atendimento de eventos com esses tipos de produtos envolve 
a monitorização ambiental e orientações sobre reação, descon-
taminação e isolamento que podem ser encontradas no Manual 
para Atendimento a Emergências com Produtos Perigo-
sos, da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM).
Reatividade com a água
Classe de risco Significado
1 Explosivo
2 Gás
3 Líquido inflamável
4 Sólido inflamável
5 Substância oxidante ou peróxido orgânico
6 Substância tóxica ou infectante
7 Substância radioativa
8 Substância corrosiva
9 Substâncias perigosas diversas
X (antes) Indica reação perigosa ao contato com a água
X423
2257
Classe de risco
Características do produto
Número da ONU
(Identificado do produto)
18 19
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
Outra função do APH é transportar 
as vítimas até a unidade adequada 
e destinada a promover a continui-
dade do atendimento. 
O transporte pode ser por via ter-
restre, com as convencionais ambu-
lâncias; via aérea, com helicópteros 
e aviões; e via aquática, com lan-
chas e barcos.
A unidade usada para transporte 
deve oferecer os recursos necessá-
rios para a manutenção da vida do 
paciente.
6.3.Transporte
Para a condução de veículo de emergência, o Código de Trânsito Brasileiro 
determina, através do artigo 145, que os condutores devem ser aprovados em 
um curso especializado em prática veicular em situação de risco.
Geralmente, esses cursos reforçam as leis de trânsito e orientam sobre direção 
defensiva e outros aspectos necessários à situação.
7.Condução de veículo de emergência
20
Urgências Traumáticas
Anotações:
Voltar Sumário
20 21
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
Síntese
Os cuidados pré-hospitalares são imprescindíveis para o atendimento inicial do 
trauma na cena. O contínuo treinamento das equipes, com reconhecimento e 
prática dos princípios de ouro do APH, busca uma adequada reanimação inicial, 
salvamento eficaz e transporte à unidade de destino, com consequente diminui-
ção da mortalidade nas fases iniciais.
22
Urgências Traumáticas
Voltar Sumário
Blow O, Magliore L, Claridge JA, Butler K, Young JS. The golden hour and the 
silver day: detection and correction of occult hypoperfusion within 24 hours im-
proves outcome from major trauma. J Trauma 1999;47(5):964-9.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002. 
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/
prt2048_05_11_2002.html
Fraga GP. Programas de qualidade no atendimento ao trauma. Medicina, Ribei-
rão Preto 2007;40(3):321-8.
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU). Secretaria 
de Estado da Saúde de São Paulo. Pré Hospitalar. 2e Ed. São Paulo, SP: Mano-
le; 2015.
McNicholl BP. The golden hour and prehospital trauma care. Injury 
1994;25(4):251-4.
Ministério da Saúde. Suporte Básico de Vida - Protocolo SAMU 192. Brasília, 
DF: Ministério da Saúde; 2014.
National Association of Emergency Medical Technicians (US). Pre-Hospital 
Trauma Life Support Committee, & American College of Surgeons. Commit-
tee on Trauma. (2014). PHTLS--Pre-Hospital Trauma Life Support. Emergency 
Training.
Referências bibliográficas
	Marcador 16
	Atendimento 
	pré-hospitalar (APH)
	Introdução
	Histórico do atendimento 
	pré-hospitalar
	No mundo
	Fases do trauma
	Princípios de ouro do APH no trauma
	Garantir a segurança de socorristas e pacientes
	Avaliar a situação para determinar a necessidade de recursos adicionais
	Reconhecer a biomecânica do trauma
	Usar a avaliação primária para identificar condições de risco de morte
	Cuidar da via aéreacom proteção da coluna cervical
	Providenciar ventilação com oferta de oxigênio
	Controlar toda a hemorragia externa
	Realizar imobilização adequada das lesões musculoesqueléticas e restabelecimento da temperatura corporal
	Manter a estabilização da coluna até a completa imobilização
	Iniciar o transporte à unidade adequada o quanto antes, após a chegada de suporte avançado no local
	Repor o volume com fluidos intravenosos aquecidos durante o transporte
	Fazer avaliação secundária e história clínica após o tratamento dos problemas de ameaça à vida
	Aliviar a dor
	Comunicar de forma minuciosa e precisa as informações sobre o doente e o trauma à unidade de destino
	Não causar mais danos
	Sinalização
	Funções do APH
	Reanimação
	Salvamento
	Transporte
	Funções do APH
	Síntese
	Referências bibliográficas

Outros materiais