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INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V Plano de ensino INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V Plano de ensino INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V • Cronograma • Regularizar a matrícula • Monitoria e estágio • Pré-aula e Pós-aula – atividade parcial • Composição das notas DEFINIÇÃO As sarnas são afecções cutâneas causadas por ácaros que se multiplicam na superfície da pele, derme e folículos pilosos, determinando uma dermatite pruriginosa com queda de pêlos SARCOPTÍDEOS PSOROPTÍDEOS DEMODICÍDEOS Patas curtas Gênero Espécie Var. biológica Sarcoptes Sarcoptes scabei suis, canis, bovis, ovis, cunicullis, caprae, equi,e hominis Knemidokoptes K. mutans K. laevis K. pilae Notoedres N. cati cuniculli Gênero Espécie Var. biológica Psoroptes P. equi bovis, ovis, cuniculli, caprae Chorioptes C. bovis bovis e ovis Otodectes O. cynotis Patas longas Demodex D. canis D. bovis D. caprae D. phylloides D. equi Gênero Espécie Contato direto Movimentação dos ácaros Contato indireto Portador são Alimentação dos ácaros Espinhos e escamas Saliva Ácaros mortos Ação mecânica Ação irritante Auto agressão (atrito, lambedura e mordedura Reação do hospedeiro Sarcoptes Scabiei Sarcoptes Scabiei – ciclo de vida Escabiose ou sarna vermelha 1-3 ovo/dia 3-4 s de longevidades 17 dias de ciclo evolutivo •Sarcoptes scabiei var. hominis – homem • Sarcoptes scabiei var. suis – suínos • Sarcoptes scabiei var. bovis – bovinos • Sarcoptes scabiei var. ovis – ovinos Contágio Perda de pêlos Vesículas Prurido Exsudato Crostas Enrrugamento e Espessamento da pele ESPÉCIES ATACADAS Suínos, caninos, coelhos, bovinos, caprinos, equinos, homem e outros Sarna por Sarcoptes em cão Sarna por Sarcoptes em suíno AG-ICB-USP Sarna por Sarcoptes em bovino AG-ICB-USP Sarna por Sarcoptes em suíno Fonte: http://www.edicionestecnicasreunidas.com Fonte: http://www.merckvetmanual.com/ Sarna por Sarcoptes em suíno AG-ICB-USP Reações em 24 horas e regressão em 12-14 dias AG-ICB-USP AG-ICB-USP • Cuidado com a introdução de animais quarentena e tratamento acaricida (se necessário) • Ficar atento em relação aos animais que retornam de feiras e exposições agropecuárias. • Separar os animais infestados. • Por ser altamente contagiosa, deve-se tratar todos os animais. Controle Knemidokoptes mutans Sarna das patas das galinhas, perus e pombos Knemidokoptes pilae Sarna dos bicos dos psitacídeos Knemidokoptes laevis Sarna das penas dos pombos • K. pilae: causa lesões no bico, cera, pálpebras, ao redor dos olhos e cloaca (acomete principalmente periquitos). Pouco pruriginosa • Evolução: minúscula verruga na comissura do bico ou na cera hiperqueratose, tecido rugoso com aspecto de “favo de mel”. • O bico pode ficar retorcido, bizarro, ter crescimento exagerado, poroso, podendo ocorrer fraturas de bico. • Conseqüências: dificuldade em se alimentar. • Knemidocoptes mutans: ácaro da sarna podal dos galiformes • Evolução: hiperqueratose das pernas e patas. • Pode ocorrer crescimento anormal das unhas, descamação da pele. • Conseqüências: dificuldade de locomoção, pode apresentar artrite Tarsos com longos pré- tarsos nas pernas I e II Prurido Vesículas ESPÉCIES ATACADAS Felinos e coelhos Contágio Pele dura, espessa e rugosa Perda de pêlos Crostas Exsudato •P. cuniculi (sarna de orelhas de coelhos) • P. ovis (sarna do corpo de ovinos e bovinos) Exsudato Prurido Contágio Crostas Perda de pêlos ESPÉCIES ATACADAS Ovinos, coelhos, equinos, caprinos e bovinos 10-12 d de ciclo 4 s longevidade •P. cuniculi : sarna de orelhas de coelhos, podendo também ocorrer em cabra, ovelha, equinos, búfalos. • Menos grave que a sarna notoédrica. • Geralmente se localiza no conduto auditivo externo inflamação, produção de cerume. Há formação de espessas crostas que podem preencher completamente o pavilhão auditivo grande irritação ao animal e hematomas Chorioptes bovis Exsudato Prurido Contágio Crostas Perda de pêlos ESPÉCIES ATACADAS Bovinos, ovinos, equinos Sarna por Chorioptes em eqüino Sarna por Chorioptes em bovino Os parasitas sobrevivem até 3 semanas fora do hospedeiro, permitindo a transmissão pelo ambiente e objetos • Regiões mais atingidas: • Eqüinos – região inferior das pernas • Bovinos – base da cauda, períneo Otodectes cynotis Prurido Conduto auditivo externos Pavilhão auricular e arredores Contágio Aumento da produção de cerumem (borra de café) Inflamações Otohemtoma Inflamações do ouvido médio Perfuração do tímpano Surdez Convulsões ESPÉCIES ATACADAS Caninos e felinos Malassezia pachydermatis •A infestação geralmente é bilateral • Os animais também apresenta vigorosos meneios de cabeça e podem andar em círculo. • Quando penetra no ouvido interno o animal pode apresentar surdez• Corpo muito alongado com aspecto de crocodilo • Presença de anulações transversais • Infestam os poros da pele de mamíferos • Medem cerca de 100-400 mm • 18-35 dias de ciclo • Em cães podem produzir a sarna demodécica ou “sarna negra” • Vivem como comensais com a cabeça voltada para dentro no interior dos folículos pilosos e glândulas sebáceas • A transmissão mais importante é da fêmea para os filhotes • Juvenil • Ocorre em animais com 3 a 15 meses de idade • Áreas com alopecia focal sem pruridos • Auto-limitante e com recorrências raras Localizada Generalizada •Dilatação dos folículos pilosos • Alopecia • Aspecto escamoso e eritematoso • Região podal Adulto Tipo escamosa Tipo furunculosa Localizada Generalizada •Invasão bacteriana – pioderma estafilocócico •Nódulos – pústulas – abscessos •Sangramento com facilidades • Hiperpigmentação da pele Microscopia (obj. 10 ou 40 x KOH 20% DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Piodermatites Hiperqueratose Picada de pulgas (DDAP) Dermatomicoses Raspado de pele superficial Bordas da orelhas Reflexo podálico + Prurido Contagioso Otoscopia Raspado de pele superficial Raspado de pele profundo Drogas utilizadas Fosforados Clorfenvifós (Bernical) DDVP (Bernical) Diazinon (Sarnicida) Triclorfon (Neguvon) Fosmet (Zodilan) Foxil (Sebatil) Coumafós (Assuntol) Piretroídes Deltametrina (Butox) Flumetrina (Bayticol) Permetrina (Sarnak) Cipermetrina (Ectic) Formamidinas Amitraz (Triatox) Avermectinas Abamectin (Duotin) Ivermectin (Ivomec) Doramectin (Dectomax) Milbemicinas Milbemicina oxima (Inteceptor) Moxidectin (Cydectin) Drogas utilizadas Grupo Avermectinas: Ivermectina (Ivomec): potencializa GABA seguro ( barreira hematoencefálica) raças Collie 0,2 a 0,4 mg/Kg vo ou sc/ a cd 2 semanas 0,3-0,6 mg/kg – demodicose suínos, ovinos, caprinos Drogas utilizadas Selamectina (Revolution): 6,0 mg/Kg (dose mínima) Repetir após 30 dias Milbemicinas: Moxidectin (Cydectin): 4mg/kg vo 5 meses para demodicose 0,2 mg/kg sc ovinos e bovinos Milbemicina Oxima (Interceptor): doses entre 1 a 2 mg/Kg, a cada 24 horas (SID), durante 90 dias. Não recomendado para raças Collie Drogas utilizadas Grupo Formamidinicos: Amitraz (Triatox): Instável, efeitos colaterais, 4 mL do amitraz em 1000 mL de água – tem ação alfa-adrenérgica Organofosforados: Diazinon (Fluido Pearson®), Coumafós (Assuntol®), Fosmet (Zodilan anti-sarna®)), Triclorfon (Neguvon®) - ação anticolinesterase Piretroides: Alfametrina (Ultimate Plus®), Cipermetrina (Carrapatox®), e Deltametrina (Delatacid ®) – atuam íons de Na e K Fipronil (Frontline) – inibe o fluxo do íons cloro nas células nervosas Isoxazolinas - inibe o fluxo do íons cloro nas células nervosas Furalaner (Bravecto), Afloxalarner (Nexgard), Sarolaner (Simparic) • Isolamento e tratamento dos animais • Higiene das instalações e objetos que entrem em contato com animais doentes • Manejo e alimentação adequada • Cuidado com camas e palhadas • Seleção genética de animais resistentes (sarna demodécica) • Pós-aula: atividade no portal • Pré-aula: Resumo – Revisar as moscas – Morfologia – Tipo de alimentação, se causam miíase; – Impacto econômico
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