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Histórico das Constituições

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Unidade I 
Histórico das Constituições Brasileiras
Capítulo I: Constituição de 1824
Primeiro Reinado
Independência do Brasil em 1822.
Pedro I convoca Assembleia Constituinte para fazer Constituição.
Três correntes políticas em voga na época:
Portuguesa: apoiavam uma reunificação com Portugal e o Realismo.
Portuguesa-brasileira: defendiam uma monarquia brasileira com Pedro I como Rei.
Radicais: queriam uma República e a libertação dos escravos.
Pedro I convoca Assembleia Constituinte para fazer Constituição.
Dá origem à “Constituição da Mandioca”, anteprojeto da constituição de 1824, não aprovado e afastado.
Era influenciado por ideias inglesas de John Locke.
Uma constituição feita para quem era proprietário, portanto aquele que demonstrasse ter uma determinada quantidade de alqueires de mandioca, por isso “Constituição da Mandioca”.
Com o projeto da “Constituição da Mandioca” afastado, a influência passa a ser francesa, mais precisamente influenciada por um publicista francês da época, chamado Benjamin Constant, baseando-se em uma divisão quadripartida dos poderes.
Divisão quadripartida dos poderes:
3 (três) poderes de Montesquieu (Executivo, Legislativo e Judiciário) + 1 (um) Poder Moderador (seria um papel autocrático e privativo do Imperador que serviria para a solução de conflitos entre poderes).
As características principais da Constituição de 1824 são:
Cunho liberal, mas uma liberdade castrada, uma liberdade de poucos (elite).
Estado unido com a Igreja Católica (ou seja, o Estado não era laico).
Estado unitário.
Presença da divisão de poderes idealizada por Montesquieu + a existência de um quarto poder (este não idealizado por Montesquieu, mas sim por Constant), o Poder Moderador.
Devido a conflitos no governo e com seu irmão Miguel em Portugal, Dom Pedro I renuncia em 1831, deixando o trono para seu filho mais novo, Pedro II, que era uma criança na época.
Período Regencial
Já que Pedro II era incapaz de governar, o Brasil passa por um período regencial de 1831 a 1840, marcado por inúmeras revoltas e conflitos internos.
Em 1834, já no período regencial é publicado o “Ato Adicional de 1834”, como uma forma de solução de alguns conflitos com oligarquias locais que pediam mais poder. Há uma descentralização do poder político combinada com um aumento dos poderes das Assembleias Provinciais e das Câmaras Municipais (que na época eram uma mistura de Poder Legislativo e de Poder Executivo, como uma maneira de organizar melhor os municípios). Mas mesmo assim essa ampliação de poderes dada pelo “Ato Adicional de 1834” foi considerada tímida pelas oligarquias locais.
O “Ato Adicional de 1834” também regrava a operacionalidade e o funcionamento das regências.
No ano de 1840 há a Lei Interpretativa a esse Ato Adicional de 1834, centralizando o governo novamente e antecipando a maioridade de Dom Pedro II, para que o mesmo pudesse assumir o Império, terminando o Período Regencial e iniciando o Segundo Reinado. 
Segundo Reinado
Com o Primeiro Reinado de Dom Pedro I, temos uma Constituição unitária e autoritária, mas no Segundo Reinado passamos a ter uma operacionalização de um sistema parlamentarista no Brasil.
Nesse quadro parlamentarista, teremos 2 (duas) correntes políticas importantes: liberais (lusias) e conservadores (saquaremas).
O fim do período regencial se dá em 1889 coma Proclamação da República no Brasil e há a promulgação de uma nova Constituição, dessa vez republicana: A Constituição de 1891.
A Constituição de 1824 é chamada também de Constituição Imperial, pois esteve em vigor durante quase todo Período Imperial (1824-1889).
Capítulo II: Constituição de 1891
A mais curta de nossas Constituições.
Surge com a perda de apoio das Oligarquias ao Regime Imperial.
A criação de um Estado Federado + República nos Estados Unidos por meio da Constituição Americana de 1788 foi uma influência para esta Constituição.
Possui o controle difuso de constitucionalidade.
É a Constituição brasileira mais descentralizada da história, dando muita autonomia aos Estados e consequentemente às oligarquias destes Estados.
O Estado não é mais unido com a Igreja, e sim laico.
Fazendo com que o casamento possa ser realizado no civil gratuitamente e não só nas Igrejas.
O voto na Constituição de 1891 era mais amplo do que na Constituição de 1824, mas ainda sim possuía restrições e era aberto.
Dando espaço ao famoso “voto de cabresto”, que era muito comum.
A legislação eleitoral variava de estado para estado e os partidos eram estaduais (lógica regionalista).
Não há mais o poder moderador, e sim apenas o 3 (três) poderes idealizados por Montesquieu.
Primeira Constituição a prever o Habeas Corpus, que com a natureza penal modificada por Ruy Barbosa, jurista, acaba gerando outro remédio constitucional: o mandado de segurança.
Regra de intervencionismo a UF nos Estados membros.
Capítulo III: Constituição de 1934
Constituição mais efêmera da história do Brasil.
Surge com a ruptura provocada pela Era Vargas (1930-1945), que acaba com a 1ª República.
Possui uma influência alemã da Constituição de Weimar de 1919.
Primeira Constituição brasileira a trazer os Direitos Sociais.
Voto obrigatório e secreto, assim como o sufrágio feminino.
Criada a Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho (que não foi implementada),
Está presente também a ação popular, o MPF, o Mandado de Segurança e o Tribunal de Contas.
Capítulo IV: Constituição de 1937
Com o advento do Estado Novo (1937-1945), durante a Era Vargas (1930-1945), essa Constituição surge como um exemplo de endurecimento do regime ditatorial de Getúlio Vargas.
Chamada de Constituição “Polaca”, pois possuía feições fascistas inspiradas na Constituição polonesa da época.
A CLT é promulgada e passa a vigorar.
Supressão dos partidos políticos.
Concentração do poder no chefe do executivo, ou seja, de Getúlio Vargas.
Anulação da independência dos poderes (exemplo: submissão das decisões do STF ao Congresso Nacional, em caso de controle de constitucionalidade. Assim o Congresso poderia anular a decisão do STF, interferindo no poder judiciário).
Nessa Constituição há um plebiscito previsto para que a mesma entrasse em vigor.
Esse plebiscito nunca aconteceu e aparentemente era apenas previsto para dar um ar de legitimidade à carta. 
Assim, a Carta de 1937 é considerada uma carata semântica, já que possui um véu de legalidade sobre ela que tenta “justificar” um Estado autoritário.
Vargas, um conhecido fascista, fez acordos com os alemães para a construção de uma companhia siderúrgica nacional no Brasil, a CSN.
Os alemães atacam navios brasileiros, o que provoca um desgaste na relação Brasil/Alemanha, e o Brasil acaba entrando na guerra ao lado dos EUA, contra as ditaduras fascistas.
Isso provoca um desgaste também da relação de Vargas politicamente, já que ele estava atacando algo que ele mesmo fazia, levando à sua saída em 1945.
Capítulo IV: Constituição de 1946
Retoma bases da Constituição de 1934.
Retoma também mais uma vez o modelo da Constituição de Weimar de 1919.
Mas há algumas modificações como a nacionalização de partidos políticos e a regionalização de políticas sociais e econômicas, com uma divisão econômica, social e geográfica feita pelo IBGE e a criação de órgãos específicos para o desenvolvimento dessas regiões como a SUDENE.
Mandado de segurança de volta, já que tinha sido tirado na Constituição de 1937.
Regulamentação e organização do sistema financeiro nacional.
Emenda em 1965 faz surgir no Brasil o Controle Concentrado de Constitucionalidade das leis.
Com o Golpe Militar em 1964 e o fim da Segunda República, uma nova constituição, de acordo com os preceitos militares, começa a ser redigida em 1966 por meio da promulgação do AI-4.
Capítulo V: Constituição de 1967
Constituição semântica assim como a de 1937.
Véu de legalidade para justificar a implantação de um Estado de Arbítrio, a Ditadura Militar (1964-1985).
As forças militares alteravam o regime constitucional ao seu próprio prazer, daforma com bem quisessem, um exemplo disso são as promulgações de Atos Institucionais (AI)
Há profunda reforma administrativa, pelo decreto Lei 200. 
O Regime Militar entra no poder com um discurso de salvação nacional e de moralidade pública. 
STF se torna dócil ao regime com o AI-2 e o AI-6.
Avocatória: prática pelo STF durante o regime ditatorial, em que a Corte poderia “pegar” causas que a interessava nas cortes inferiores e julga-las.
O MPF se torna dócil ao regime, já que a nomeação do chefe do MPF é do Presidente da República.
Sindicatos fechados.
Habeas Corpus e Mandado de Segurança eliminados.
Partidos extintos e criação da ARENA e do MBD.
Mesmo assim vivemos um “milagre econômico” durante os anos 60 e 70.
Com o “Pacote de Abril de 1977”
Economia acaba se deteriorando e o Regime Militar se torna insustentável, levando ao Presidente João Figueiredo iniciar a redemocratização.
Capítulo V: Constituição de 1988
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