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23RESENHA DO FILME ABRIL DESPEDAÇADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA- CRUZEIRO DO SUL
CENTRO DE EDUCAÇAO E LETRAS
JOSÉ EDEN DE MELO SILVA 
RESENHA DO FILME ABRIL DESPEDAÇADO
	
	
Cruzeiro do Sul – Acre
2018
RESENHA DO FILME ABRIL DESPEDAÇADO 
O filme Abril Despedaçado compartilha temas semelhantes com outras obras literárias, tais como Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto e Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Nelas, há correspondência na abordagem de conflitos intrapessoais e interpessoais, da luta diária pela vida, da miséria e da seca, senário típicos da região do nordeste de uma geografia única.
Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. A história se passa no contexto do sertão no início do século XX. Havia uma rede de manifestações sociais que envolviam esse cenário, dentre elas o Coronelismo. A posse de terras era algo definitivo para a questão de poder no interior brasileiro. ‘O chão’ tinha muito valor econômico e político, este e o motivo Central dos conflitos apresentado no filme.
 O filme mostra a realidade geográfica do sertão, onde vivem do plantio de cana-de-açúcar e produção de rapadura, retratando a guerra territorial entre famílias, onde o irmão mais velho deve cobrar o sangue do assassino de um membro de sua família, onde a ignorância prevalece sempre como podemos perceber no filme no momento que o pai de pacu toma o livro, onde o mesmo é vítima constante de violência, o menino apanha do pai, é proibido de brincar, obrigado a trabalhos forçados e a presencia o assassinato de um de seus irmãos. 
 É importante ressaltar que o contexto dessa história também denuncia a pobreza do sertão e principalmente os vários níveis de exploração e domínio estabelecidos. A família evidenciada no filme sobrevive da confecção da rapadura e enquanto o pai de família força o filho pequeno ao trabalho intenso também é explorado pelo dono da venda que passa a pagar menos pelo seu produto ou seja o explorado se torna explorador.

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