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RESUMO Civil 2

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Obrigação é a relação jurídica transitória, de natureza econômica, pela qual o devedor fica vinculado ao credor, devendo cumprir determinada prestação positiva ou negativa, cujo 
inadimplemento enseja a este executar o patrimônio daquele para a satisfação de seu interesse. *Estrutura Dois sujeitos, credor e devedor; vínculo jurídico entre eles que é a 
prestação (objeto).* O Credor: (accipiens) é aquele que tem interesse que a obrigação seja cumprida. Para tanto pode: exigir o cumprimento, executar, dispor do crédito, ceder o direito 
de crédito.* O Devedor (solvens): é aquele que deve praticar a atividade; conduta em prol do credor ou de quem ele determinar.Prestação: o objeto da obrigação é uma ação ou ato 
humano de dar, fazer ou não fazer, Objeto imediato da obrigação é a prestação e o objeto mediato é o que vou dar, fazer ou não fazer. Vínculo Jurídico - o vínculo situa-se entre o 
credor e o devedor que é a prestação. Assim, há um elemento pessoal e um elemento patrimonial. Débito:é o dever de satisfazer seus compromissos de modo honroso cumprindo a 
obrigação pontualmente. Responsabilidade: consequencia jurídica patrimonial do descumprimento da obrigação. Princípios das relações obrigacionais: Autonomia privada:liberdade 
que a pessoa tem para criar regras aplicáveis aos seus negó- cios consiste justamente na autonomia privada - daí porque ela é comumente conceituada como o poder de 
autorregulamentação dos próprios interesses. Princípio da Eticidade: boa fé Este princípio reflete a idéia de que as relações negociais devem ser regidas por valores e condutas de 
modo a desenvolver-se da forma mais honesta e correta. Desse modo, quando um contrato prejudica uma das partes, estar-se-á ofendendo o princípio da boa-fé. A boa-fé pode ser 
entendida como o agir correto, leal e confiável conforme os padrões culturais de uma dada época e local. Responsabilidade patrimonial :O princípio da responsabilidade patrimonial 
está previsto no art. 391, CC e no art. 78910 do CPC de 2015 podendo ter o seu patrimônio executado pelo credor pela via judicial - Fontes das Obrigações -> A fonte imediata é a 
lei – FONTES MEDIATAS: Contratos , Os atos ilícitos : são fontes importantes do direito obrigacional , com enorme aplicação pratica. Gerando dever de indenizar, Atos unilaterais - São 
as declarações unilaterais de vontade (EX: PROMESSA DE RECOMPENSA, PAGAMENTO INDEVIDO.) , TITULOS DE CRÉDITO 
 
Classificação das Obrigações : vínculo obrigacional: Perfeitas: são as que o vínculo obrigacional apresenta tanto débito quanto responsabilidade. Imperfeitas: são aquelas em que falta 
ao vínculo jurídico o débito ou a responsabilidade. Morais: atinentes a regras de convivência, trato social, religiosas (ex:obrigação de dar presente de aniversário a parentes e amigos.) 
Naturais: aquelas em que o direito de crédito, embora existente, não é dotado de exigibilidade. (ex: A dívida prescrita) Civis: são as obrigações em que o credor pode exigir a prestação 
do devedor, sob pena de responsabilidade patrimonial deste. Exemplo: obrigação de reparar os danos decorrentes de um ato ilícito. 
Natureza da prestação - – Obrigação de dar: a prestação consiste na entrega, pelo devedor, de um bem móvel ou imóvel, determinado ou determinável, ao credor. 
Exemplo: obrigação de restituir um imóvel emprestado (comodato). Obrigação de fazer: a prestação corresponde à realização de uma atividade, um serviço pelo devedor 
ao credor. Exemplo: obrigação do médico de realizar uma cirurgia em um paciente. Obrigação de não fazer: aquela em que o devedor se abstém da prática de um ato em 
favor do credor. Exemplo: obrigação assumida por proprietário de imóvel de não levantar edificação acima de três andares 
Quanto ao objeto: Obrigações simples: há apenas uma prestação a ser realizada pelo devedor. Exemplo: obrigação de restituir bem emprestado Obrigações alternativas: 
são aquelas em que existem duas ou mais prestações, desobrigando-se o devedor de cumprir apenas uma delas Obrigações cumulativas: há pluralidade de prestações e, 
para se desonerar, o devedor precisa cumprir todas elas Obrigações facultativas: existe uma prestação principal e uma subsidiária, podendo o devedor substituir a 
prestação principal pela subsidiária. Exemplo: contrato estimatório Obrigações líquidas: são aquelas em que há certeza quanto à existência e determinação do objeto. 
Exemplo: o devedor compromete-se a transferir ao credor o total de 40 sacas de açúcar. Obrigações ilíquidas: o objeto é incerto e depende de apuração. Exemplo: o 
devedor vende ao credor toda a sua safra futura de tomates, sem saber ao certo o quanto isso corresponderá. Obrigações divisíveis: o objeto da prestação pode ser 
fracionado sem que disso resulte perda do valor econômico, destruição do bem ou perda do interesse do credor. Exemplo: se A e B são devedores de C na quantia de 
1000 reais, A pode pagar 600 e B pode pagar 400 que a obrigação restará adimplida Obrigações indivisíveis: o objeto da prestação não é suscetível de fracionamento. 
Exemplo: A e B devem entregar um imóvel a C; neste caso, dada a indivisibilidade natural do bem, o devedor A não tem como transferir apenas parte do imóvel a C. 
Quanto à estrutura: Obrigações simples: há apenas um único credor, um único devedor e uma única prestação. Exemplo: compra e venda de um automóvel em uma 
concessionária Obrigações complexas: existe pluralidade subjetiva (credores e/ou devedores) e/ou objetiva (mais de uma prestação) 
Quanto aos sujeitos - Obrigações fracionárias: embora haja pluralidade de credores e/ou devedores, cada credor apenas pode exigir a sua parte do crédito e cada 
devedor responde apenas pela sua parte na dívida Obrigações conjuntas, unitárias ou de mão comum: são obrigações unitárias em que, existindo mais de um credor ou 
mais de um devedor, a prestação somente pode ser realizada em sua integralidade. Obrigações disjuntivas: há mais de um devedor, mas o credor pode escolher de qual 
devedor cobrará a prestação, exonerando os demais. Obrigações disjuntivas: há mais de um devedor, mas o credor pode escolher de qual devedor cobrará a prestação, 
exonerando os demais Obrigações solidárias: há mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigado à dívida toda. – Obrigações conexas: . Há 
várias obrigações que, por possuírem uma causa comum, os devedores têm que cumprir prestações distintas ao mesmo credor. 
Modo de execução - Obrigações instantâneas: o pagamento é feito de maneira integral, imediatamente após o surgimento da obrigação. Exemplo: se você compra um 
lanche na cantina da faculdade Obrigações periódicas (execução continuada ou trato sucessivo): o pagamento é feito em prestações periódicas ao longo de um período 
determinado de tempo Obrigações diferidas: o pagamento é feito integralmente em um único ato, porém postergado no tempo. Exemplo: num contrato de comodato. 
Quanto ao conteúdo. Obrigações de meio: o devedor obriga-se a utilizar todos os meios disponí- veis ao cumprimento da obrigação (Exemplo: cirurgia plástica 
reparadora.) Obrigações de resultado: o devedor assegura ao credor o atingimento de um resultado específico (Exemplo : cirurgia plástica estética. 
Elementos acidentais - Obrigações condicionais: sujeitas à condição suspensiva ou resolutiva. Exemplo: um pai compromete-se a dar um carro à filha desde que esta 
conclua sua graduação Obrigações a termo: sujeitas a evento futuro e certo, ainda que o tempo seja indeterminado. Exemplo: obrigações cujo pagamento ficou ajustado 
para 30 (trinta dias após a celebração do negócio). Obrigações com encargo (modais): sujeitas a encargo. Exemplo: Caio doa a Tício um imóvel, desde que Tício 
comprometa-se a cuidar do doadorenquanto este estiver vivo. Obrigação pura e simples: não está subordinada a condição, termo ou encargo. (ex: compra e venda) 
Obrigação de Dar coisa certa é porque o objeto da prestação é coisa única e preciosa, ex: a raquete de Guga, o capacete de Ayrton Senna, a camisa dez de Pelé Perecimento com culpa 
do devedor - valor da coisa certa + PERDAS E DANOS > Perecimento sem culpa do deverdor ->DEVOLUÇÃO DO PREÇO DA COISA CERTA obrigação de restituir: é também chamada de 
obrigação de devolver. Com Culpa do Devedor -> responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos”. Perecimento -> Sem culpa do Devedor em culpa do devedor, se perder antes 
da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá obrigação de dar coisa incerta: nesta espécie de obrigação a coisa não é única, 
singular, exclusiva e preciosa como na obrigação de dar coisa certa, mas sim é uma coisa genérica determinável pelo gênero e pela quantidade -Concentração O ato unilateral de 
escolha que pertence ao deverdor caso o contrato não fale sobre a escolha após a concentração a obrigação de dar coisa incerta passa a ser de dar Coisa certa. Há diferença entre 
obrigação, dever, responsabilidade, ônus e estado de sujeição? Explique sua resposta e dê um exemplo de cada situação. Obrigação: relação jurídica de caráter patrimonial e 
transitório entre credor e devedor, que tem por objetivo o cumprimento de uma prestação. Ex: pagamento de aluguel ; Dever: está previsto na lei o fazer e não fazer. Responsabilidade: 
consequência patrimonial do descumprimento de uma obrigação. Ex: fiador; Ônus: é o encargo, uma necessidade de se observar determinado comportamento para obtenção de uma 
vantagem em proveito próprio. Ex: anatocismo; Estado de sujeição: uma pessoa é obrigada a se sujeitar a uma determinada situação. (direito potestativo). Ex: contrato educacional / 
bancário. 
 Obrigação propter rem ( = em razão da coisa). Não decorre de um contrato, mas da propriedade sobre um bem. Quem adquire certo bem, adquire automaticamente essa obrigação 
real EX:1.345, a lei determina que quem compra um apartamento com dívida de condomínio assume esta obrigação. Obrigação real se origina apenas da lei 
CLÁUSULA PENAL é a cláusula acessória a um contrato pelo qual as partes fixam previamente o valor das perdas e danos que por acaso se verifiquem em conseqüência da inexecução 
culposa da obrigação (408, ex: um promotor de eventos contrata um cantor para fazer um show, e já fixa no contrato que, se o artista desistir, terá que pagar uma indenização de cem 
mil Se a cláusula penal compensatória tiver um valor muito alto, o Juiz deverá reduzi-la (412, 413 
Pagamento - é a principal forma de extinção das obrigações - num conceito mais simples, pagamento é a morte natural da obrigação, ou a realização real da obrigação, mas nem 
sempre em dinheiro . Amplo - Num conceito mais completo, pagamento é o ato jurídico formal, unilateral, que corresponde à execução voluntária e exata por parte do devedor da 
prestação devida ao credor, no tempo, modo e lugar previstos no título constitutivo. 
Regras do pagamento: 1) satisfação voluntária e rigorosa da prestação (dar uma coisa, fazer um serviço, ou abster-se de uma conduta) porque o pagamento é exato; 2) o credor não 
pode ser obrigado a receber prestação diferente, ainda que mais valiosa (art. 313); o credor pode aceitar receber prestação diferente, mas não pode ser forçado a aceitar (356); 3) o 
credor não pode ser obrigado a receber por partes uma dívida que deve ser paga por inteiro (314); esta regra tem duas exceções, no art. 962, que dispõe sobre o concurso de credores, 
assunto do final do semestre, e no art. 1.997, que dispõe sobre pagamento pelos herdeiros de dívida do falecido, assunto de Civil 7. 
Quem deve pagar? O devedor, mas nada impede que um terceiro pague, afinal o credor quer receber. Se o devedor quer impedir que um terceiro pague sua dívida deve se antecipar e 
pagar logo ao credor. o terceiro que paga com interesse jurídico (ex: fiador, avalista, herdeiro) vai se sub-rogar nos direitos do credor. O terceiro que paga sem interesse jurídico (ex: o 
pai, o inimigo, etc) só tem direito ao reembolso se pagar em seu proprio nome . 
A quem se deve pagar? Ao credor, ou a seu representante, sob pena do pagamento ser feito outra vez, pois quem paga mal paga duas vezes (308). Se o credor é menor ou louco, pague 
a seu pai ou curador, sob pena de anulabilidade (310) - Credor putativo: é aquele que parece o credor mas não o é (ex: A deve a B, mas B morre e deixa um testamento nomeando C 
seu herdeiro, então A paga a C, mas depois o Juiz anula o testamento, A não vai precisar pagar novamente pois pagou a um credor putativo; C é que vai ter que devolver o dinheiro ao 
verdadeiro herdeiro de B, 309). Idem no caso do 311, pois se considera um representante do credor aquele que está com o recibo, embora depois se prove que tal accipiens furtou o 
recibo do credor; neste caso o devedor não vai pagar outra vez, o credor deverá buscar o pagamento do accipiens falso Como se prova o 
pagamento? Já dissemos, com o recibo/quitação. Quitação vem do latim “quietare”, que significa aquietar, acalmar, tranqüilizar. Quitação é o documento escrito em que o credor 
reconhece ter recebido o pagamento e exonera o devedor da obrigação. A quitação tem vários requisitos no art. 320, mas em muitos casos da vida prática a quitação é informal/verbal e 
decorre dos costumes (ex: compra e venda em banca de revista/bombom). Se o credor não quiser fazer a quitação, o devedor poderá não pagar (319). Mas pagar não é só uma 
obrigação do devedor, pagar é também um direito, pois o devedor tem o direito de ficar livre das suas obrigações, é até um alívio para muita gente pagar seus débitos. Assim, o 
devedor pode consignar/depositar o pagamento se o credor não quiser dar a quitação, e o Juiz fará a quitação no lugar do credor. Espécies de quitação: 1) pela entrega do recibo, é a 
mais comum; 2) pela devolução do título de crédito (324) 
Ônus da prova: quem deve provar que houve pagamento? Se a obrigação é positiva, ou seja, de dar e de fazer, o ônus da prova é do devedor, assim se você é devedor, guarde bem seu 
recibo. Se a obrigação é negativa o ônus da prova é do credor, cabe ao credor provar que o devedor descumpriu o dever de abstenção 
Lugar de Pagamento : onde o pagamento deve ser feito? No local de livre escolha das partes, afinal no Direito Civil predomina a autonomia da vontade (art. 78). Se o contrato/sentença 
for omisso, o lugar do pagamento será no domicílio do devedor (327 e pú). Tratando-se de imóvel, o local da coisa determina o lugar do pagamento (328). A doutrina classificaas dívidas 
em quesível (querable) e portável (portable): nesta, cabe ao devedor ir pagar no domicílio do credor, sob pena de juros e multa ( = mora, assunto do final do semestre, 395). Já na dívida 
querable cabe ao credor ir exigir o pagamento no domicílio do devedor, a iniciativa é do credor, sob pena de mora do credor (394, 400, Tempo 
de Pagamento: quando deve ser feito o pagamento? No vencimento previsto no título, e se não houver vencimento é porque o credor pode exigir o pagamento imediatamente. É a 
chamada satisfação imediata do art. 331. Mas deve-se sempre tolerar um prazo moral, que é aquele prazo razoável, do bom-senso, para dar ao devedor um tempo mínimo de se organizar, 
sacar o dinheiro no banco, esperar a mercadoria chegar do exterior, etc. O vencimento é uma data que favorece o devedor, então o devedor pode pagar antes do vencimento, mas o 
credor só pode exigir a partir do vencimento, sob as penas do 939. A lei todavia permite, excepcionalmente, cobrança antes do vencimento caso o devedor esteja em dificuldade financeira, 
nos casos do art. 333. Enriquecimento 
sem causa e pagamento indevido: Enriquecer sem causa é enriquecer repentinamente sem motivo justo, sem trabalhar, sem herdar. Uma das hipóteses de enriquecimento sem causa é 
através do pagamento indevido, por isso estes dois assuntos devem ser estudados em conjunto. Ocorre pagamento indevido quando o devedor paga a alguém que não é o credor, ou 
seja, oaccipiens não é o credor, e o devedor agiu por engano. Quem recebe pagamento indevido enriquece sem causa (ex: A deve a José da Silva, mas paga a outro José da Silva, homônimo 
do verdadeiro credor; A efetuou pagamento indevido e vai ter que pagar de novo ao verdadeiro credor, pois quem paga mal paga duas vezes; A obviamente vai exigir o dinheiro de volta 
do outro José da Silva que enriqueceu sem causa, mas o verdadeiro credor não precisa esperar, ele não tem nada a ver com isso efeitos do pagamento indevido 
1 – aquele que enriqueceu sem causa fica obrigado a devolver o indevidamente auferido, não só por uma questão moral (= direito natural), mas também por uma questão de ordem civil 
(876, 884) e tributária 2 – se o falso credor não quiser voluntariamente devolver o pagamento, surge o segundo efeito que é o direito do devedor de propor ação de repetição do 
indébito (repetitio indebiti) contra tal accipiens. Esta ação tem este nome pois, em linguagem jurídica, “repetir” significa “devolver” e “indébito” é aquilo que não é devido. 
IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO: o normal é entre duas pessoas haver apenas uma obrigação, mas pode acontecer de alguém ter mais de uma dívida com o mesmo credor. Assim, se A 
deve a B cem reais decorrentes de um empréstimo e outros cem reais decorrentes de um ato ilícito (ex: A bateu no carro de B), quando A vai pagar apenas uma destas dívidas precisa 
dizer a B qual está quitando. Imputar o pagamento é determinar em qual dívida o pagamento está incidindo. Num conceito mais técnico, imputação de pagamento é a operação pela qual 
o devedor de mais de uma dívida vencida da mesma natureza a um só credor CONSIGNAÇÃO - É 
através da consignação que o devedor vai exercer o seu direito de pagar, afinal já dissemos que pagar não é só um dever, é um direito também.Imaginem que o locador morreu e o 
inquilino desconhece seu herdeiro, deve então consignar o aluguel para evitar a mora e o despejo. Consignar onde? Em Juízo, e o Juiz vai procurar o sucessor do credor. A parte operacional 
da consignação em pagamento vocês vão estudar em processo civil, mas conhecendo o direito, o processo fica fácil de aprender (335, III – credor desconhecido). Outro exemplo, imaginem 
que alguém morre e deixa a mulher como beneficiária do seguro de vida, só que o falecido tinha uma esposa e uma companheira, então a seguradora vai pagar a qual das duas? Paga em 
Juízo, numa conta a disposição do Juiz, o Juiz dá uma sentença à seguradora, que servirá de quitação, enquanto as duas mulheres seguem no processo disputando o dinheiro (793, 335, 
IV) Conceito: pagamento por consignação consiste no depósito judicial da coisa devida, realizada pelo devedor nas hipóteses do art. 335 do CC. Este artigo é taxativo (= exaustivo), não é 
exemplificativo, de modo que não há outras possibilidades de consignação. Outro detalhe importante: só existe consignação nas obrigações de dar, pois não se pode depositar um serviço 
(obrigação de fazer) ou uma omissão (obrigação de não-fazer), mas apenas coisas, em geral dinheiro. Admite-se também depósito de imóveis, gado, colheita, etc (341), e o Juiz vai ter que 
arranjar um depositário para cuidar dessas coisas até o credor aparecer (343). Quando o depósito é de pecúnia (dinheiro) coloca-se em banco oficial: Banco do Brasil ou Caixa Econômica 
Federal, em conta à disposição do Juiz. Efeitos do pagamento por consignação: 1) liberatório: 
libera/exonera o devedor da obrigação; 2) extintivo: a consignação extingue a obrigação (334). 
Subrogação - Conceito: ocorre a sub-rogação quando a dívida de alguém é paga por um terceiro que adquire o crédito e satisfaz o credor, mas não extingue a dívida e nem libera o 
devedor, que passa a dever a esse terceiro. Ex: A deve cem a B, mas C resolve pagar essa dívida, então B vai se satisfazer e A vai passar a dever a C. Via de regra não há prejuízo para o 
devedor que passa a dever a outrem.. Efeitos da sub-rogação: 1) satisfativo em relação ao credor primitivo. O credor primitivo vai se satisfazer com o pagamento feito pelo terceiro, mas 
a obrigação permanece para o devedor; a sub-rogação não extingue a dívida; 2) translativo: o novo credor vai receber todas as vantagens e direitos do credor primitivo, desde que o 
pagamento tenha sido feito por sub-rogação (349). Espécies de sub-rogação: 1) legal: decorrente da lei, nas hipóteses do art. 346; a lei determina independente da vontade das 
partes; 2) convencional: depende de acordo escrito entre as partes, quando o terceiro solvens faz acordo com o credor primitivo e fica com o direito de sub-rogação mesmo sem interesse 
jurídico e mesmo sem a anuência do devedor. Através de acordo escrito se transferem todas as vantagens do credor primitivo para o solvens, igual a uma cessão de crédito (347 e 348 
Dação - é o acordo liberatório em que o credor concorda em receber do devedor prestação diversa da ajustada (356). Não pode haver imposição do devedor em pagar algo diferente 
do devido (313), afinal quem deve dinheiro só paga com um objeto se o credor aceitar. Ex: devo dinheiro e pago com uma TV, um livro, uma casa, etc. Requisitos 
da dação: 1) consentimento, concordância,anuência do credor; 2) prestação diversa da ajustada, então não se trata de obrigação alternativa, pois nesta a obrigação nasce com duas 
opções de pagamento; na dação é só depois que as partes trocam o objeto do pagamento. Efeitos da 
dação: 1) satisfatório em relação ao credor, mesmo recebendo outra coisa, pois o credor pode preferir receber coisa diversa do que receber com atraso ou nada receber; 2) liberatório 
em relação ao devedor, pois a dívida se extingue e o devedor se exonera da obrigação. Estes dois efeitos são os mesmos do pagamento natural. MORA: 
é o atraso no pagamento ou no recebimento, tanto por culpa do devedor (mora solvendi) como por culpa do credor (mora accipiendi). Se ambos tiverem culpa não haverá mora, pois as 
moras recíprocas se anulam. Conceito: mora é a impontualidade culposa do devedor no pagamento ou do credor no recebimento (394). Se o devedor atrasa sem culpa (ex: por causa de 
um acidente, uma greve, uma cheia, um caso fortuito ou de força maior) não haverá mora (396). Mas a mora do credor independe de culpa e o devedor nesse caso deve consignar o 
pagamento. Efeitos da mora do credor: o credor que não quiser ou não for receber o pagamento conforme acertado sujeita-se a quatro efeitos: 1) o credor em mora libera o devedor 
da responsabilidade pela conservação da coisa (ex: A deve um cavalo a B que ficou de ir buscá-lo na fazenda de A Mora do devedor: a mora solvendi pode se equiparar ao 
inadimplemento e o credor exigir então perdas e danos (389). Ex: A compra docinhos para o casamento da filha, mas a comida atrasa e chega depois da festa, é 
evidente que esta mora corresponde a um inadimplemento (pú do 395) Inadimplemento 
: Inadimplemento é o não pagamento/cumprimento da obrigação, enquanto a mora é o atraso do devedor no pagamento ou do credor no recebimento; inadimplemento é só do devedor, 
mora pode ser de ambas as partes-. Efeito do inadimplemento: responsabilizar o devedor por perdas e danos, se este inadimplemento for culposo (389). Se o inadimplemento não for 
culposo o devedor está isento das perdas e danos, mas é ônus do devedor provar o caso fortuito ou de força maior. a) culposo: é a culpa lato sensu, 
em sentido amplo, que envolve o dolo (intenção), e a culpa em sentido restrito: negligência e imprudência. É o inadimplemento culposo que vai gerar responsabilidade patrimonial por 
perdas e danos (391), sobre os bens do devedor, afinal não existe prisão por dívida, salvo no depósito (veremos em Civil 3) e na pensão alimentícia b) inadimplemento fortuito: o 
devedor não paga diante de um caso fortuito ou de força maior, ficando assim, de regra, livre de indenizar o credor (393). A obrigação vai se extinguir, as partes retornam ao estado 
anterior, mas sem indenização do 389. Porém, há casos de responsabilidade sem culpa que veremos logo aqui em Civil 2, desde que haja dano:- se o devedor está em mora, ele responde 
pelo caso fortuito (399); vimos isto na aula passada, é um dos efeitos da mora solvendi, lembram? Só não responde se provar que a coisa iria perecer também nas mãos do credor - o 
devedor pode expressamente se responsabilizar pelo caso fortuito; isto é comum nos contratos internacionais, então quando se exporta açúcar, carne, soja, etc., o devedor se obriga a 
mandar o produto, ou pagar as perdas e danos, mesmo que haja uma greve, uma seca, etc. O comprador insere no contrato uma cláusula onde o devedor assume a obrigação mesmo 
diante de um caso fortuito, afinal o comprador está muito distante para verificar a seriedade destes transtornos. Cessão de crédito: é a venda de um 
direito de crédito; é a transferência ativa da obrigação que o credor faz a outrem de seus direitos; corresponde à sucessão ativa da relação obrigacional. ----++ A cessão de crédito 
corresponde à sucessão entre vivos no direito obrigacional. A cessão de crédito também não se confunde com a cessão de contrato que é a cessão de direitos e deveres daquela relação 
jurídica, e não apenas de um crédito. Espécies de cessão: 1) convencional: é a mais 
comum, e decorre do acordo de vontades como se fosse uma venda (onerosa) ou doação (gratuita) de alguma coisa, só que esta coisa é um crédito; 2) legal: imposta pela lei (ex: nosso 
conhecido 346; no 287 também é imposto pela lei a cessão dos acessórios da dívida como garantias, multas e juros); 3 ) judicial: determinada pelo Juiz no caso concreto, explicando 
os motivos na sentença para resolver litígio entre as partes. A cessão pode também ser “pro soluto” ou “pro 
solvendo”; na pro soluto o cedente responde pela existência e legalidade do crédito, mas não responde pela solvência do devedor (ex: A cede um crédito a B e precisa garantir que esta 
dívida existe, não é ilícita, mas não garante que o devedor/cedido C vai pagar a dívida, trata-se de um risco que B assume). Na cessão pro solvendo o cedente responde também pela 
solvência do devedor, então se C não pagar a dívida (ex: o cheque não tinha fundos), o cessionário poderá executar o cedente. Mas primeiro deve o cessionário cobrar do cedido para 
depois cobrar do cedente. 
 
 
Assunção de dívida: é a transferência passiva da obrigação, enquanto a cessão é a transferência ativa. A assunção é rara e só ocorre se o credor expressamente concordar, afinal 
para o devedor faz pouca diferença trocar o credor ( = cessão de crédito), mas para o credor faz muita diferença trocar o devedor, pois o novo devedor pode ser insolvente, irresponsável, 
etc. (299 e 391). E mesmo que o novo devedor seja mais rico, o credor pode também se opor, afinal mais dinheiro não significa mais caráter, e muitos devedores ricos usam os infindáveis 
recursos da lei processual para não pagar suas dívidas. Ressalto que o silêncio do credor na troca do devedor implica em recusa, afinal em direito nem sempre quem cala consente (pú do 
299). Na assunção o novo devedor assume a dívida como se fosse própria, ao contrário da fiança onde o fiador responde por dívida alheia – danos emergentes 
(damnum emergens), ou seja, aquilo que o credor efetivamente perdeu; e – lucros cessantes (lucrum cessans), que correspondem àquilo que o credor razoavelmente deixou de lucrar. 
Tais danos, para serem indenizáveis, devem ter nexo de causalidade com a conduta do devedor Solidaridariedade passiva: 
Conceito: ocorre a solidariedade passiva quando mais de um devedor, chamado coobrigado, com seu patrimônio (391), se obriga ao pagamento da dívida toda (275). Assim, havendo três 
devedores solidários, o credor terá três pessoas para processar e exigir pagamento integral, mesmo que a obrigação seja divisível. Solidariedade ativa : Configura-se 
pela presença de vários credores, chamadosconcredores, todos com o mesmo direito de exigir integralmente a dívida ao devedor comum (267). A solidariedade ativa é rara porque na 
sua principal característica está sua principal inconveniência (269). Assim, o devedor não precisa pagar a todos os concredores juntos, como na obrigação indivisível (260, I). Pagando 
apenas a um dos credores solidários, mesmo sem autorização dos demais, o devedor se desobriga, e se este credor for desonesto ou incompetente, e reter ou perder a quota dos demais, 
os concredores nada poderão reclamar do devedor, terão sim que reclamar daquele que embolsou o pagamento.

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