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AD2 Geografia na Educação 2017.2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso(s) de Pedagogia– modalidade EAD 
 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 2 – 2017.2 
 
Disciplina: Geografia na Educação 2 
Coordenador (a): Lincoln Tavares Silva 
Aluno (a 
 
Caro/a Estudante, 
Objetivamos com a AD que você responda as questões a partir de pesquisas e leituras que venha a fazer, além do livro da disciplina e dos textos complementares que se encontram postados na plataforma. Como você terá um tempo para fazê-la, sugerimos que possa entendê-la como um trabalho de pesquisa. 
Assim, a AD2 será mais uma forma de estudo para a avaliação presencial. 
Aplique-se e bom trabalho! 
 
1ª questão: (3 pontos) 
 
A região Amazônica ainda se apresenta como campo de disputas entre interesses baseados em lógicas distintas de organização social e ambiental. A reportagem a seguir, obtida junto ao Jornal El País, reflete bem este jogo de interesses que influenciam as formas pelas quais os agentes governamentais estabelecem as políticas de gestão das comunidades, do território, das riquezas e do patrimônio socioambiental da Região. Leia a reportagem e identifique o que se pede após a leitura da mesma. 
 
Renca: Temer revoga polêmico decreto que ameaça reservas da Amazônia 
Governo recua na proposta de abrir a região, entre Pará e Amapá, para exploração de mineradoras Alta de desmatamento na floresta amazônica era consequência inexorável 
O presidente �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/michel_temer/a" \h Michel�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/michel_temer/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/michel_temer/a" \h Temer�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/michel_temer/a" \h bem que tentou abrir a �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h Reserva�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h Nacional�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h de�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h Cobre�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h e�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h Associados�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/tag/renca_reserva_nacional_cobre_asociados/a" \h (Renca), na floresta amazônica, para a exploração das mineradoras a toque de caixa. Mas, a reação de ambientalistas e da comunidade internacional foi tão grande que ele precisou voltar atrás, pelo menos por enquanto. Nesta segunda-feira o Governo anunciou a extinção total do decreto que previa a abertura da Renca, situada entre os Estados do Pará e Amapá, para a �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h entrada�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h de�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h empresas�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h de�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h mineração�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/politica/1503605287_481662.html" \h que cobiçavam ouro, cobre e outros tesouros na região, que alcança o tamanho da Dinamarca. A decisão deve ser publicada nesta terça-feira, 26 de setembro, no Diário Oficial, como apurou o repórter Afonso Benites,em Brasília. 
Apesar do recuo, nos bastidores já se sabe que o Governo não descarta voltar a debater o fim da reserva no futuro. Foi assim com a reserva Jamanxim, no Pará, que seria extinta, mas a decisão foi abortada diante da pressão geral, incluindo a marcação cerrada da modelo Gisele Bündchen, forte ativista ambiental. Um novo projeto acabou voltando para a Câmara, agora com propostas de cortes ainda maiores para a Jamanxim. 
Neste momento, contudo, Temer decidiu ceder à pressão pelo fim do decreto da Renca. O decreto já havia sido suspenso por 120 dias no dia primeiro de setembro, após o alvoroço criado pela medida anunciada, inicialmente, no dia 23 de agosto. Apesar do nome, a Renca contempla nove reservas ambientais e indígenas, que seriam impactadas caso o Governo liberasse a área para a entrada de empresas privadas. A grita foi tão grande, incluindo �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h dos�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h povos�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h indígenas�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h que�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h ali�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/08/politica/1504900974_634992.html" \h residem, como os Wajãpi, que o Governo chegou a reeditar o decreto com garantias de que essas regiões seriam preservadas. Mas de nada adiantou. Desde que o decreto foi suspenso, o Governo havia prometido audiências públicas para garantir a participação da sociedade nas decisões que assegurassem a preservação das áreas protegidas. Só houve tempo para uma audiência na Câmara. Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) chegou a ser criada na semana passada para debater o assunto. 
Até o Rock in Rio jogou contra as ambições do Governo. Diversos artistas se manifestaram contra a extinção da Renca. A cantora Alice Keys chegou a levar uma liderança indígena, Sônia Guajajara, para protestar no palco, pressionando �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h senadores�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h a�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h trabalhar�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/"\h �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h pela�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h revogação�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h do�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h �� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h decreto�� HYPERLINK "https://redesustentabilidade.org.br/2017/09/19/senado-vota-hoje-o-projeto-de-decreto-que-pode-revogar-extincao-da-renca/" \h de Temer. "Existe uma guerra contra a Amazônia. O governo quer colocar à venda uma área grande de reserva mineral. Senadores, vocês têm a chance de evitar isso na votação que vai haver (um decreto pela extinção, de autoria do senador Randolfo Rodrigues (Rede-AP) seria votado, mas foi adiado). E nós estaremos de olho. Não existe plano B.” Até Gisele Bündchen marcou presença para falar da proteção da Amazônia na abertura do festival. �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h Emocionou�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h -�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h se�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h ao�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h falar�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h do�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h assunto, dando mais força à mensagem ambientalista. 
Fora do Brasil, porém, europeus já se movimentavam preocupados com os destinos da Renca. A União Europeia já estudava uma cobrança ao Governo brasileiro questionando as decisões tomadas em prol da mineração que atingiam compromissos assumidos pelo Brasil sobre preservação ambiental. 
“Ninguém nunca reclamou” 
Numa entrevista coletiva com a imprensa estrangeira há duas semanas, o ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, chegou a dizer que o Governo tinha ciência de pelo menos 3.000 garimpeiros ilegais trabalhando na área da Renca, além de pistas de pouso. “Ninguém nunca reclamou, ninguém nunca assumiu uma indignação com esse quadro”, afirmou na ocasião. 
O garimpo ilegal, no entanto, foi denunciado diversas vezes por ONGs e entidades que atuam na região, mas a fiscalização para coibir a atividade nunca foi feita. O presidente Michel Temer chegou a sustentar que a abertura da Renca ao setor privado tentava legalizar o que já acontece de maneira clandestina. “O que há é uma regularização da exploração que se faz naquela região. Nada mais do que isso. É de �� HYPERLINK "https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/31/e-de-uma-singeleza-impar-diz-temer-na-china-sobre-decreto-da-renca.htm" \h uma�� HYPERLINK "https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/31/e-de-uma-singeleza-impar-diz-temer-na-china-sobre-decreto-da-renca.htm" \h �� HYPERLINK "https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/31/e-de-uma-singeleza-impar-diz-temer-na-china-sobre-decreto-da-renca.htm" \h singeleza�� HYPERLINK "https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/31/e-de-uma-singeleza-impar-diz-temer-na-china-sobre-decreto-da-renca.htm" \h �� HYPERLINK "https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/31/e-de-uma-singeleza-impar-diz-temer-na-china-sobre-decreto-da-renca.htm" \h ímpar”�� HYPERLINK "https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/31/e-de-uma-singeleza-impar-diz-temer-na-china-sobre-decreto-da-renca.htm" \h , chegou a dizer Temer, quando questionado sobre a Renca. Nilo D'Ávila, coordenador de campanhas �� HYPERLINK "http://www.greenpeace.org/brasil/pt/" \h do�� HYPERLINK "http://www.greenpeace.org/brasil/pt/" \h �� HYPERLINK "http://www.greenpeace.org/brasil/pt/" \h movimento�� HYPERLINK "http://www.greenpeace.org/brasil/pt/" \h �� HYPERLINK "http://www.greenpeace.org/brasil/pt/" \h Greenpeace, entende que garimpo é impossível de ser legalizado. “Eles estão ali tirando uma riqueza nacional para uso próprio, sem nenhuma autorização. Como se pode legalizar algo sem calcular o impacto que é causado e sem saber em quais condições, nem como se pode recuperar o que for desmatado”, questiona. 
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energias, apenas 25% dos 46.450 quilômetros quadrados da Renca pode ser, por lei, explorada – a projeção não confere com os dados do instituto Imazon, que estima em apenas 10,5% disponíveis para a exploração. Na área restante, onde estão as unidades de conservação além das duas reservas indígenas, ficaria vedada qualquer tipo de exploração. Mas, essa proposta é incompatível com o projeto de conservação, avalia Michel de Souza, coordenador de Políticas Públicas do WWF-Brasil. “Se abrir a Renca, haverá desmatamento inevitavelmente, mesmo que se sigam as melhores regras mundiais de exploração mineral. Como você vai escoar? Como abrir rodovias, levar máquinas pesadas para a floresta, equipamentos necessários para a extração de minérios?”, pergunta ele. 
Uma reportagem do jornal O Globo desta segunda revela que, apesar de assegurar que as áreas protegidas não seriam alcançadas pela mineração, o Governo sabia de antemão que para liberar a exploração teria de mexer na legislação ambiental. De outra forma, não seria possível entregar o que se promete para as empresas interessadas na mineração nesse trecho da floresta amazônica. 
Reserva da ditadura 
A Renca foi criada em 1984, no final da ditadura militar, e previa que somente a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), uma empresa pública pertencente ao Ministério de Minas e Energia, podia fazer pesquisa geológica para avaliar as ocorrências de minérios na área. Na prática, pouco se pesquisou para dar viabilidade comercial a esse trecho. Em contrapartida, avançaram as áreas protegidas ali. Caso das terras Wajãpi, demarcadas em 1996. Metade do território habitado por este povo indígena está dentro da Renca. 
Nas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues celebrou o fim do decreto. “Quero agradecer a imensa solidariedade de artistas, de intelectuais, da comunidade internacionais e de todos que se mobilizaram em defesa da Amazônia e do Brasil”, disse ele. Apesar da celebração, é fato que o Governo trabalha a favor de um forte política de incentivo à mineração no país, que vai cobrando espaço cada vez maior neste Governo. No fim de julho, o presidente Temer já havia anunciado medidas que favorecem o setor de mineração. Entre elas, estão a criação de uma agência reguladora e alterações no valor das alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), o royalty cobrado das empresas que atuam no setor. A expectativa é que a medida eleve a arrecadação com royalties em 80% e também a participação da mineração no Produto Interno Bruto (PIB) dos atuais4% para 6%. 
Com uma popularidade em baixa e a ansiedade de ver a economia ganhar impulso, é certo que o assunto deve voltar à baila em breve, apesar do barulho de ambientalistas e �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h até�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h das�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h lágrimas�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h de�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h �� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h Gisele.�� HYPERLINK "https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/16/opinion/1505584656_670044.html" \h 
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/25/politica/1506372008_097256.html, acesso em 25-09-2017. 
 
 
Após a leitura da reportagem, identifique dois aspectos que caracterizam bem o jogo de interesses socioeconômicos e socioculturais confrontantes, no que diz respeito a situação de ocupação do espaço amazônico presentes no texto em relação a: 
a) Grupos ou comunidades que disputam a posse e utilização do território abordado na reportagem; 
Percebe-se claramente interesses distintos. De um lado o dos políticos, com interesses financeiros e do outro os povos indígenas, reivindicando suas terras.
b) Diferentes impactos causados pela atividade econômica que se pretendia adotar na RENCA; 
Além das reservas ambientais e indígenas que seriam impactadas, haveria também desmatamento, devido a contrução de estradas e a contaminação do solo e da água.
2ª questão: (4 pontos) 
 
Leia atentamente o texto da reportagem da Revista Superinteressante que obtivemos do sítio https://super.abril.com.br/ideias/por-que-a-transposicao-do-rio-sao-francisco-e-tao-polemica/, acesso em 26 de setembro de 2017. 
 
Por que a transposição do Rio São Francisco é tão polêmica? 
 
Viviane Palladino 
Porque, apesar de estar sendo discutida há mais de 150 anos (a primeira vez que alguém teve a ideia de transpor o terceiro maior rio do país foi em 1847, no governo de dom Pedro II), não há consenso sobre se ela é a melhor maneira de acabar com a seca no Nordeste. De um lado, defensores lembram que a quantidade de água disponível por habitante no semiárido nordestino é menos da metade do que a ONU estabelece como mínima para a vida humana. Além disso, a escassez já ameaça cidades de médio e grande porte (estima-se que, se nenhuma medida for tomada, Fortaleza entrará em colapso hídrico – uma espécie de apagão de águas – daqui a 20 anos). Já os críticos acham que o maior problema da região é o mau uso da água existente e apontam diversos erros no projeto proposto. Conheça os principais pontos de discordância entre defensores e críticos da transposição. 
Energia 
95% da energia do Nordeste é gerada pelas hidrelétricas localizadas no São Francisco. Qualquer retirada de água causa queda nessa produção. 
A defesa: A queda é irrelevante já que o que sairá diariamente equivale ao volume que evapora na represa de Itaparica a cada 10 horas, em períodos de cheia. Também há épocas em que é preciso abrir as comportas das usinas, desperdiçando água. 
A crítica: Ao propor a retirada de uma porcentagem da vazão média, o governo ignora as peculiaridades do rio que, na seca, tem vazão bem menor. Nesses períodos, a retirada de 1,4% pode equivaler a quase toda a água do rio. 
Meio ambiente 
O rio sofre degradação ambiental há 500 anos e a água está poluída em diversos trechos. 
A defesa: Os pontos de captação foram avaliados e têm água de excelente qualidade. Para o Ibama, os benefícios do empreendimento superam os impactos negativos na natureza. Além disso, está trabalhando na revitalização dos trechos poluídos. 
A crítica: Águas poluídas serão levadas aos açudes. Além disso, há risco de salinização e erosão dos rios receptores e também de interferência nos ecossistemas aquáticos e terrestres. 
Água existente 
A maioria dos açudes da região é subutilizada porque a população teme a escassez nos períodos de seca. A água parada faz com que a evaporação seja maior. Outros, que abastecem cidades de médio porte (como Campina Grande), estão trabalhando acima do limite que garante a oferta constante de água. 
A defesa: Os açudes ficarão sempre cheios atendendo à demanda e acabando com o medo. 
A crítica: Usada de forma correta, a quantidade de água de todos os açudes atenderia à demanda na região até 2012. 
Uso da agua 
Cerca de 80% das águas da região vão para a agricultura – e não para o consumo humano, como diz a lei. 
A defesa: Só a água excedente – que sobrar após o abastecimento humano e de animais – será aplicada na irrigação, agricultura ou indústria. 
A crítica: Como o uso comercial da água dá mais retorno financeiro, a situação atual não deve mudar. Pequenas localidades, em situação crítica, correm o risco de continuar sem água, já que têm pouco dinheiro e poder político. 
Água nas cidades 
O projeto vai viabilizar o fornecimento constante de água bruta (sem tratamento). Os estados serão responsáveis pelo tratamento e distribuição. 
A defesa: Os estados se comprometeram a pagar pelo fornecimento de água às cidades. Até 2025, 12 milhões de pessoas em 390 municípios de 4 estados estarão sendo beneficiadas. 
A crítica: Os governos estaduais não têm um planejamento real de como será o tratamento e o transporte da água. 
Custos 
Fato: Fazer a transposição e manter a estrutura funcionando têm custos altos. Isso encarecerá a água para o consumidor. 
A defesa: O custo final da água será R$ 0,13 por 1000 litros (m3). Isso significa um aumento de 5% a 7% na conta (o que seria pouco, comparado ao que se paga hoje nos períodos de seca, quando o preço do m3 no carro-pipa chega a 7 reais). 
A crítica: O aumento na conta será maior do que o previsto – pode chegar a US$ 0,30 por m3. Também há risco de inadimplência, já que boa parte da população da região vive na miséria. 
Para cima, ninguém ajuda 
Levar a água do rio São Francisco para o Nordeste não é fácil. A água tem que vencer 722 km de terreno árido e íngreme e ser elevada a cerca de 300 metros de altura (no Eixo Leste) e 180 metros (no Norte). Para isso serão usadas, ao todo, 8 estações de bombeamento, 591 km de canais e 12 túneis. 
Os canais suportam até 127 m3/s de água, mas o governo garante que só serão retirados 26,4 m3/s do rio (1,4% da vazão média). 
As usinas de Jati e Atalho servem para recuperar dois terços da energia gasta nas estações de bombeamento. 
Entenda o projeto 
Para tirar 1,4% de água da vazão média do rio São Francisco e levar aos rios temporários (que ficam secos por até 9 meses no ano) de 4 estados do semiárido nordestino, serão construídos dois eixos: o norte, que abastece Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará; e o leste, que chega a Paraíba e Pernambuco. O governo prevê gasto de bilhões de reais e dois anos de trabalho. 
 
 
A polêmica retratada na reportagem não pode ser desvinculada geográfica e historicamente daquela contextualizada no cenário que existe na região Nordeste, estabelecida com a chamada “INDÚSTRIA DA SECA”. Sendo assim: 
 
Apresente dois exemplos marcantes de desigualdade de oferta e atendimento pela forma de armazenamento e de abastecimento de água proporcionados pela Indústria da Seca. 
RESPOSTA:
Grande parte da água utilizada na região destina-se à agricultura, à população resta um pequeno percentual que são armazenados em cisternas ou retiram de poços artesanais. Algumas famílias chegam a fazer uso de água barrenta. Um outro exemplo de desigualdade é que como émais lucrativo, as indústrias também fazem uso de grande parte desta água.
Indique dois impactos socioambientais negativos que podem ser gerados com a transposição do Rio São Francisco e outros dois efeitos positivos da obra. 
IMPACTOS NEGATIVOS: Fazer a transposição e manter a estrutura funcionando têm custos altos. Isso encarecerá a água para o consumidor. Outro ponto negativo é que as águas poluídas serão levadas aos açudes. Além disso, há risco de salinização e erosão dos rios receptores e também de interferência nos ecossistemas aquáticos e terrestres. 
EFEITOS POSITIVOS: Os açudes ficarão sempre cheios atendendo à demanda e acabando com o medo da seca. Os estados se comprometeram a pagar pelo fornecimento de água às cidades. Até 2025, 12 milhões de pessoas em 390 municípios de 4 estados estarão sendo beneficiadas.
3ª questão: (3 pontos) 
 
No texto existente no resumo da aula 17 (O Brasil globalizado) do material didático da disciplina, podemos observar uma análise breve da evolução econômica brasileira até o final da década de 1990, no caminho de sua inserção na economia global. 
 
RESUMO 
 
No final da década de 1970, em função do capitalismo, o mundo mergulhou em mais uma crise e, para sair dela, passou a implementar idéias neoliberais, que visavam ao completo afastamento do Estado como investidor e gerenciador dos setores estratégicos dos países. O Brasil passou a implementar a política neoliberal nos anos 1990, e, também aqui, seus ditames foram colocados em prática, tais como o incentivo às privatizações, a eliminação dos monopólios estatais em setores estratégicos, a maior atração aos investimentos externos e a flexibilização cada vez maior das relações trabalhistas. 
No final da década, os resultados dessa política macroeconômica só vieram provar a sua fragilidade, pelo menos do ponto de vista social. O Brasil conseguiu aprofundar ainda mais as desigualdades existentes entre os mais ricos e os mais pobres. Para provar isso, basta ver os dados: no nosso país, os 10% mais ricos detêm 50% da renda nacional. 
 
 
Indique pelo menos três aspectos presentes no RESUMO apresentado que, demonstrando uma retomada neoliberal de inserção de nosso país na globalização, neste momento, se encontram novamente sendo vividos no cenário socioeconômico brasileiro. 
 
O primeiro aspectos diz respeito às privatizações, assim como nos anos 90, hoje também estamos vivendo essa realidade.
A eliminação dos monopólios estatais em setores estratégicos.
A flexibilização cada vez maior das relações trabalhistas,
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