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PRÁTICA SIMULADA II ( TRABALHO) Exercicio plano de aula 3

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FACULDADE ESTACIO FASE
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO)
PROFESSOR: LARA FREIRE BEZERRA DE SANT’ANNA
ALUNO: FEDRO ALVES DE CARVALHO PORTUGAL
MATRICULA: 201601248415
RESPOSTAS AO EXERCICIO DO PLANO DE AULA 3:
AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN
SUZANA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora de RG nº X, inscrita no CPF/MF sob o nº X, CTPS nº X, PIS nº X, endereço completo com CEP, endereço eletrônico X, por intermédio de seu advogado abaixo subscrito, endereço eletrônico X, nos termos do instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, com base no artigo 840, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), c/c art. 319 do Código de Processo Civil (CPC), propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito sumaríssimo, em face de MORAES, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora de RG nº X, inscrita no CPF/MF sob o nº X, CTPS nº X, PIS nº X, endereço completo com CEP, endereço eletrônico X, pelas razões de fato e de direito a seguir apresentadas.
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
Preliminarmente, pugna, a Reclamante, que lhe seja concedido o benefício da justiça gratuita, previsto nos arts. 98 e 99 do CPC, conforme preceitua a Constituição Federal (CF), em seu art. 5º, LXXIV, por não ter condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio.
II. DO CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO INDETERMINADO
A Reclamante foi admitida no dia 15.06.2015 para trabalhar como doméstica, a título de experiência, por 45 (quarenta e cinco) dias, na residência da família Moraes em Natal/RN, findo os quais nada foi tratado, e foi dispensada em 15.09.2015.
Cumpria a jornada de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada. Foi dispensada em 15.09.2015, recebendo as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 (três doze) avos, acrescidas do terço constitucional, e décimo-terceiro salário proporcional de 3/12 (três doze) avos.
Ocorre que, o contrato de experiência não deve ultrapassar 90 (noventa) dias. Porém, caso este contrato seja pactuado por período menor e, havendo continuidade do serviço, terá de ser prorrogado até completar os 90 (noventa) dias. Como não houve nenhuma tratativa a este respeito após os 45 (quarenta e cinco) dias, o contrato passou a vigorar tacitamente por tempo indeterminado, conforme assegura o art. 5º, § 2º, da Lei Complementar (LC) 150 de 2015.
Nesse contexto, a Reclamante pleiteia que seu contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado, e que sua dispensa seja reputada sem justo motivo.
III. DO AVISO PRÉVIO
A Reclamante foi dispensada em 15.09.2015 sem o aviso prévio, tampouco recebeu indenização correspondente, entre as verbas rescisórias.
Em razão do contrato de trabalho ser considerado por prazo indeterminado, e de a Reclamante ter sido dispensada sem justo motivo com menos de 01 (um) ano de serviço, a Reclamante faz jus ao aviso prévio de 30 (trinta) dias, como alude o art. 23, § 1º, da LC 150 de 2015. Na falta de aviso prévio por parte do Reclamado, o empregado tem direito à indenização correspondente, com reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário, de acordo com o art. 23, § 3º, do mesmo diploma legal.
Portanto, a Reclamante requer o recebimento do aviso prévio de 30 (trinta) dias e os reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário.
IV. DOS DESCONTOS INDEVIDOS
O Reclamado descontava 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação consumida pela Reclamante e 10% (dez por cento) do salário a título de vale-transporte.
Ora Excelência, o desconto de alimentação foi taxativamente vedado pelo legislador, por meio do art. 18, caput, da LC 150 de 2015. Além disso, o desconto de 10% (dez por cento) do salário a título de vale-transporte revela-se excessivo, pois o art. 4º, parágrafo único, da Lei 7.418 de 1985 atribui a este desconto o valor de 6% (seis por cento) do salário base do empregado.
Sendo assim, a Reclamante requer a devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4% (quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado.
V. DO INTERVALO INTRAJORNADA
A Reclamante laborava de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 (trinta) minutos para descanso ou alimentação.
Como não foi acordado expressamente o intervalo intrajornada de 30 (trinta) minutos, é obrigatória a concessão de, no mínimo, 01 (uma) hora, disciplina o art. 13, caput, da LC 150 de 2015. Com efeito, a concessão parcial do intervalo intrajornada implica no pagamento do período total mínimo correspondente em forma de hora extra, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal, segundo interpreta a Súmula 437, I, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Dessa forma, a Reclamante faz jus ao pagamento de 01 (uma) hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre as férias e décimo-terceiro salário.
VI. DA JORNADA DIÁRIA
A Reclamante trabalhava das 07:00 h às 16:00 h, com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada, totalizando uma jornada diária de 08 (oito) horas e 30 (trinta) minutos.
Cabe ressaltar que não houve qualquer referência em acordo escrito relativo a regime de compensação de horas, como exige o art. 2º, § 4º, da LC 150 de 2015, vez que a jornada diária ultrapassava as 08 (oito) horas diárias, em desacordo com o prescrito no caput deste mesmo artigo, ao limitar em 8 (oito) horas diárias a duração normal do trabalho doméstico. A não observância destas prescrições implica no direito de a Reclamante receber 30 (trinta) minutos diários a título de hora extra, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) ao valor da hora normal, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do referido diploma.
Assim, a Reclamante requer o pagamento de 30 (trinta) minutos diários de hora extra e os reflexos sobre as férias e décimo-terceiro salário.
VII. DO SERVIÇO EM VIAGEM
A Reclamante viajou com a família por 4 (quatro) dias a trabalhar como babá das 08:00 h às 17:00 h, com 01 (uma) hora de intervalo intrajornada.
A trabalhadora, por acompanhar o Reclamado prestando serviços em viagem, faz jus ao recebimento de remuneração-hora de 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, superior ao valor do salário-hora normal, segundo dispõe o art. 11, § 2º, da LC 150 de 2015, percentual que deve prevalecer sobre as horas trabalhadas no período de viagem a serviço.
Destarte, a Reclamante requer o pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período da viagem.
VIII. DOS PEDIDO E REQUERIMENTOS
Diante dos fatos e fundamentos expostos, a Reclamante requer:
a notificação do Reclamado para apresentação de contestação;
a concessão dos benefícios da justiça gratuita;
o reconhecimento do contrato de trabalho, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado, com a consequente dispensa da Reclamante considerada sem justo motivo;
o pagamento do aviso prévio de 30 (trinta) dias no valor de R$;
a devolução do desconto indevido de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4% (quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado no valor de R$;
o pagamento de 01:30 (uma hora e trinta minutos ) a título de hora extra diária, durante o período trabalhado no valor de R$;
g) o pagamento de acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período de viagem a serviço no valor de R$;
h) o pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT no valor de R$;
i) os reflexos nas férias, 1/3 sobre férias e 13º proporcional, decorrentes das indenizações, no valor de R$;
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do Reclamado, que fica, desde já, requerido, bem como os de caráter documental, testemunhal, pericial e oque mais for necessário para elucidar os fatos.
Dá-se à presente causa o valor de R$.
Nesses termos, pede deferimento.
Local e data.
Advogado - OAB

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