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Reclamação Trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA... VARA DO TRABALHO DE ...
(10 linhas)
ROBERVAL DA SILVA, brasileiro, vendedor, solteiro, CPF nº ..., portador da Cédula de Identidade nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na rua ..., número..., Bairro..., Cidade..., Estado... CEP ..., vem, por meio de seu advogado abaixo assinado, conforme instrumento procuratório em anexo, que recebe intimação em seu escritório profissional situado na rua..., número, bairro..., cidade..., estado..., CEP..., com fundamento nos arts. 659, X e 840, § 1º, ambos da CLT, c/c os arts. 273 e 461 do CPC, propor a presente
rel
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face da empresa Ponto a Ponto Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ nº ..., com sede na rua..., nº ..., bairro..., cidade..., estado..., e endereço eletrônico..., pelos seguintes motivos e direitos adiante transcritos:
I. DOS FUNDAMENTOS FÁTICOS E JURÍDICOS
I.I	DADOS GERAIS DO CONTRATO
Roberval da Silva foi contratado pela Ponto a Ponto Ltda., empresa comercial, em 14.03.2008, exercendo as funções de vendedor, percebendo remuneração à base de comissão por uma média de R$ 1.000,00. Foi eleito dirigente sindical em 01.10.2019.
Trabalhava das 08:00 as 22:30h, com 1:00h de intervalo para refeição e descanso, de segunda a segunda, com uma folga semanal que coincidia com o domingo, no máximo na sétima semana. A empresa despediu o Roberval em 10.01.2021, sem justa causa, não lhe pagando as verbas rescisórias. 
O ambiente de trabalho se apresentava hostil para os empregados, pois os eram expostos a ruídos acima do tolerável e a agentes insalutíferos. Roberval levantou o saldo do FGTS em março de 2010, para compra de sua casa própria. A empresa pagava a 
Roberval apenas as comissões e o décimo terceiro salário, depositou o FGTS até novembro de 2011, ele nunca gozou as férias apenas recebia o valor equivalente a elas.
A empresa despediu o Roberval em 10.01.2021, sem justa causa, não lhe pagando as verbas rescisórias. A média das comissões atingiu o valor de R$ 1.000,00.
I.II. DA NULIDADE DA DEMISSÃO
Conforme a disposição constitucional em seu artigo 8º, é vedada a dispensa do empregado que seja sindicalizado ou associado, ganhando, portanto, imunidade.
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
A partir do registro de sua candidatura ao cargo de direção em entidade sindical, até um ano após o final de seu mandato, o mesmo só pode ser demitido em casos de falta grave devidamente comprovada. No caso em tela, o requerente não cometeu qualquer falta entendida como grave pelo artigo 482 da CLT.
I.III. DA JORNADA DE TRABALHO
Conforme exposto pelo reclamante, o mesmo cumpria uma jornada diária de 13h:30 min durante os sete dias da semana, com um descanso semanal de um domingo a cada 7 semanas, embora fosse respeitado uma hora de intervalo intrajornadas as demais situações legais eram desrespeitadas, a saber, primeiramente rompia-se com a duração normal do trabalho trazida pelo art. 58 da CLT na qual por dia ao invés de oito horas trabalhava-se 13 horas e lugar de se ter 44 horas semanais tinha-se 94h 30 min semanais.
Seguindo a análise da jornada de trabalho, em consonância com o artigo 66 da CLT, o intervalo entre as jornadas deveria conter um período mínimo de onze horas, o que não era cumprido, pois o reclamante retornava ao trabalho em exatas 9h:30 min. Ainda pontuando problemas no decorrer da jornada de trabalho, não havia respeito ao artigo 67 da CLT que prevê um descanso semanal remunerado de vinte quatro horas, muito menos ao artigo 307 da CLT que prevê este descanso de um dia a cada seis trabalhados, já que o reclamante trabalhava de domingo a domingo.
I.IV. DAS HORAS EXTRAS INTERJORNADAS
De acordo com a jornada de trabalho descrita no tópico anterior, o Reclamante trabalhava o seguinte total de horas por dia:
Segundas-feiras: 13 horas e 30 minutos.
Terças-feiras: 13 horas e 30 minutos.
Quartas-feiras: 13 horas e 30 minutos.
Quintas-feiras: 13 horas e 30 minutos.
Sextas-feiras: 13 horas e 30 minutos.
Sábados: 13 horas e 30 minutos.
Domingos: 13 horas e 30 minutos.
Totalizando, assim, o valor de R$ 1.013,51 referentes às horas extras por mês, pois a hora normal de trabalho é acrescido 50% conforme artigo 58-A, § 3º da CLT.
I.V. DAS HORAS EXTRAS RELATIVAS AO INTERVALO INTRAJORNADAS
	
Como a cada dia o reclamante só desfrutava de nove horas e trinta minutos de descanso, a 1 hora e 30 minutos não descansada também contabilizarão com horas extras, assim sem prejuízo de faltar com o direito do reclamado, o mesmo faz jus 10 horas e 30 minutos de hora extra por semana, o que pelos cálculos da mesma previstos no artigo 59, § 1º da CLT, contabiliza R$ 286,40 mensal, totalizando R$ 44.678,40.
I.VI. DO DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
Durante todo período contratual, a parte reclamante exercia suas funções, de segunda a segunda, com apenas um descanso remunerado na sétima semana trabalhada.
Desta forma, em análise as cominações existentes no art. 7º, XV da CF/88, cominado com o art. 67 da CLT, é direito do trabalhador urbano e rural o repouso semanal remunerado, e que estes sejam preferencialmente aos domingos.
Assim, vem o reclamante requerer o pagamento do DSR, acrescidos de das horas extras laborada neste período, conforme prescrições da Súmula 172 da CLT e da Lei nº 7415/85, sendo percebido o valor de R$ 276,20 mensal, totalizando R$ 43.087,20.
 	
I.VII. DAS VERBAS RESCISÓRIAS e DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
A empresa demitiu o autor sem justa causa, mas não adimpliu corretamente com seus deveres rescisórios, pois não efetuou o depósito da multa fundiária de 40% (quarenta por cento) sobre o saldo depositado do FGTS pela suposta ruptura por término de contrato. Assim, até o presente momento, o autor encontra-se no prejuízo, infelizmente tendo este reclamante que recorrer ao único órgão que pode lhe garantir o recebimento de seus haveres rescisórios, que é a justiça especializada do trabalho. Conforme preceituado no artigo
	
CLT - CAPÍTULO VI DO AVISO PRÉVIO
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
(...)
II - 30 (trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. (Inciso renumerado e alterado pela Lei n.º 1.530, de 26-12-51, DOU 28-12- 51)
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Diante de todo o exposto, pugna a reclamante pelo pagamento de suas verbas rescisórias sem justa causa, por iniciativa do empregador. Em respeito ao princípio da boa-fé processual, requer o abatimento dos valores elencados em TRCT anexo, requerendo um total sobre a multa dos 40% de R$ 2.071,67 (Dois mil e setenta e um reais e sessenta e sete centavos).
I.VIII. DO FGTS
Conforme mostrado no caso acima existem duas situações relativas ao FGTS, na primeira a empresa recolheu o FGTS relativo ao período de março de 2010 a novembro de 2011, quando parou de pagar. Após esse período ocorre o não recolhimento do FGTS relativo aos meses entre novembro de 2011 a janeiro de 2021.
Contudo, devido ao entendimento do STF datado de 13 de novembro de 2019, a primeira situação pode ser requerida, pois se trata de saque do dinheiro já depositado. Já no tocante aos anos entre dezembro de 2011 a dezembro de 2015 não poderá mais ser requerido, restando apenas requerer o depósito de todo o FGTS relativo a fevereiro de 2016 a janeiro de 2021 todo o FGTS, pois a prescrição é de 5 anos. Assim solicita-se que o FGTS seja recolhido juntamente com seus reflexos nas verbas salariais, totalizando R$ 5.179,18 (Cinco mil, cento e setenta e novereais e dezoito centavos).
I.IX. DAS FÉRIAS 
O reclamante prestou serviços para a reclamada de 14/03/2008 à 10/01/2021, sem, no entanto, ter gozado de férias anuais como garante o art. 130, I, da CLT, embora tenha recebido por tais férias o abono. Desta feita requer a condenação da reclamada, ao pagamento do gozo das férias vencidas em dobro, referente aos períodos de entre 2008 a 2021 totalizando 13 meses, conforme estabelece no art. 137 da CLT.
I. X. DA LIBERAÇÃO DAS GUIAS DO SEGURO DESEMPREGO
No momento de sua demissão o reclamante não recebeu as guias de seguro desemprego, ou seja, pede-se o CD para liberação do mesmo, nos termos da Lei nº 8.000/97 e artigos 7º, II da CF. Assim a Reclamada deve ser compelida a entrega das respectivas Guias sobre pena de ser condenada a indenizar o empregado no montante das parcelas que este deveria receber a título de seguro desemprego nos termos do art. 159 e seguintes do Código Civil.
I.XI. DAS MULTAS DO ART. 477 E 467 DA CLT
O art. 477,§ 6º da CLT, estabelece o prazo para que a reclamada efetue o pagamento das verbas rescisórias. O que até a presente data não tinha sido efetuado, pelo que requer a multa a ser fixada pelo juiz revertida em favor do reclamante, com fulcro no § 8º do referido artigo. Ademais, a Reclamada deverá pagar, no ato da audiência, ao reclamante, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme o artigo 467 da CLT.
I. XII.		DA NULIDADE DA REINTEGRAÇÃO
	
Caso Vossa Excelência entenda desaconselhável a reintegração, requer, nos termos do art. 326 do CPC, o pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas pertinentes ao período entre a dispensa injusta e o término da estabilidade, conforme o art. 496 da CLT, c/c a Súmula 396 do TST explicado a seguir. Em consonância ao artigo 515, alinéa b da CLT, o mandato do dirigente sindical dura 3 (três) anos, seguindo até 01.10.2022, desta forma, deve a empresa pagar em caráter indenizatório as verbas rescisórias dos meses que faltavam para o mandato acrescidas das verbas referentes ao período de estabilidade. Assim sendo o reclamante ainda teria 1 ano e 9 meses de mandato e mais um ano de estabilidadade. Conforme pontuado abaixo e nos tópicos seguintes:
- R$ 1.000,00 x 33 meses – R$ 33.000,00 (Trinta e Três mil reais) referentes ao pagamento dos salários que o reclamante teria direito durante o período de estabilidade.
- R$ 3.000,00 (três mil reais) relativo ao 13º salários do período de estabilidade.
- R$ 2.927,53 (Dois mil, novecentos e vinte e sete reais e cinquenta e três centavos) relativo ao recolhimento do FGTS dos meses com estabilidade.
- R$ 1.170,87 (Mil, cento e setenta reais e oitenta e sete centavos) relativo ao recolhimento da multa dos 40 %.
- R$ 4.333,34 (Quatro mil, trecentos e trinta e três reais e trinta e quatro centavos) relativos as férias do período com estabilidade.
II – DOS PEDIDOS
Ante dos fatos exposto, requer:
1. Seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita devido a difícil situação econômica do autor.
2. A reintegração imediata no emprego do reclamante como dirigente sindical, na mesma função até então exercida, com o respectivo pagamento de salários e das demais vantagens, vencidos e vincendos, sob pena de multa diária a ser fixada por este juízo.
3. Caso Vossa Excelência entenda desaconselhável a reintegração, requer subsidiariamente a condenação da reclamada a pagar os salários e demais verbas pertinentes ao período entre a dispensa e o final da estabilidade, no valor de R$ 44.431,74 (Quarenta e quatro mil, quatrocentos e trinta e um reais e setenta e quatro centavos).
4. Verbas rescisórias: férias proporcionais aos treze anos; multa FGTS 40% nos últimos cinco anos; multas dos artigos 467 e 477 § 8º da CLT pelo não adimplemento que soma-se um total de R$ 167.430,08.
5. Horas extras 50% (realizadas, horas intrajornadas e interjornadas) com as repercussões e incidências no aviso prévio, nas férias+1/3, 13º salários, RSR e FGTS + 40% e previdência social, somando-se R$ 245.873,16
6. O gozo das férias vencidas de 2008 a 2021, já com o reflexo da hora extra;
7. Liberar as Guias do Seguro Desemprego ou a idenização correspondente;
9. Que todas as verbas sejam pagas acrescidas de correção monetária e juros moratórios;
10. Baixa na CTPS do reclamante;
11. Honorários advocatícios sobre o total da condenação, em face do artigo 791-A CLT, total R$ 68.660,24.
Requer a citação do reclamado, para que este venha, sob pena de constatação da revelia, contestar a presente reclamação trabalhista, e, no final, sejam julgados procedentes os pedidos, protestando provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. 
III.	 DA JUSTIÇA GRATUITA
O autor requer que lhe seja concedido o benefício da Justiça gratuita, uma vez que não pode arcar com os custos da presente lide sem prejuízo à sua subsistência e seus familiares, ficando requerido, conforme declaração realizada, neste ato, mediante poderes especiais constantes da procuração anexa, à luz do caput do art. 105 do CPC, pelo que requer os benefícios da justiça gratuita, consoante termos do Artigo 14 da Lei 5.584/1970, e Artigo 790, parágrafo 3º, da CLT, c/c com o disposto nas OJ´ s 269 e 331 da SDI-I do TST.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente a documental e testemunhal.
Dá-se à causa o valor de R$ 526.395,22 (Quinhentos e vinte e seis mil, trezentos e noventa e cinco reais e vinte e dois centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento,
Local... Data...
Advogado,
OAB

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