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Resumo Jose Serra Ciclos economicos da economica brasileira do pos guerra

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Ciclos e mudanças estruturais na economia brasileira do pós-guerra. 
José Serra. 
 
Objetivos: 
O objetivo do Serra é descrever e analisar as principais tendências e transformações da 
economia brasileira no período pós-guerra. 
 
Tese: 
 
Desempenho e principais problemas 
O Brasil é um países de industrialização retardatária onde apos o pós-guerra a indústria 
manufatureira consolidou seu papel de eixo dinâmico da economia. A diminuição da 
diferença da produtividade media dos Brasil em relação ao países centrais, levando ao 
um aumento do PIB após o pós-guerra de 7% ao ano. Neste período o crescimento do 
setor manufatureiro foi de 9% ao ano acompanhado de mudança na estrutura 
econômico-social brasileira, aumentando sua participação na renda interna de 20,2 para 
27,3 entre 1949 e 1970. 
A indústria de transformação teve um salto de 26% para 33,4%, dentro deste setor os 
de bens de capitais e de consumo duráveis, em 1976 alcançou níveis próximos da 
Europa Ocidental superior a 30%, índice mais elevado na América Latina. 
Na agricultura a uma redução de sua participação na economia brasileira de 25% em 
1949 para 13,2 em 1979/1980. 
Em relação setor externo as exportações em relação ao PIB declinou de 14,8% para 
7,6% entre 1947 e 1980 houve uma diversificação da pauta de exportações, houve um 
aumento na exportação de manufaturados que passou de 10,5 para 45% entre 1968 e 
1980. 
As transformações estruturais da economia brasileira tiveram total importância neste 
processo, entre 1940 e 1980 a população economicamente ativa passa de 10,3 para 25,3, 
esta modificação na estrutura social brasileira acompanha o aumento nos níveis de 
escolaridade, por um declínio dos analfabetos de 56% em 1940 para 21,1% em 1980, 
mais intenso a partir de 50. Ha um aumento da distancia relativa do nível de renda a 
partir do início dos anos 60, em 1974/1975 cerca de 1/3 das famílias brasileiras ainda 
permanecia na linha de pobreza absoluta que equivale a 2 vezes o menor salario 
mínimo mensal. 
A inflação na analise estruturalista, é o reflexo da intensidade das transformações na 
economia, com mudanças nos preços relativos. Explica-se pela incapacidade do sistema 
de intermediação financeira de mobilizar poupança para financiar os investimentos ou 
de articular o capital financeiro ao industrial. 
 
A participação do Estado 
 
O Estado teve um papel importante para o desenvolvimento do capitalismo, com o 
impulso da industrialização. Este papel não foi apenas através de funções ficais e 
monetárias, de controle do mercado de trabalho ou através de bens públicos, mais 
também através de definições, articulação e sustentação financeiras dos investimentos 
que determinara as modificações nas estruturas econômicas, e criação de infra-estrutura 
e produção direta de insumos intermediários para industrialização pesada. O Estado 
assumiu o papel principal de instrumento de centralização , construtor de infra-estrutura 
e produtor de matéria-prima e insumos básicos com maior ou menor intensidade. 
Pode-se estimar que o conjunto do setor publico responde por 40% da formação bruta 
de capital fixo, entre as empresas não-financeira cerca de 30% do patrimônio e 5,2% 
das vendas correspondem em 1975 as empresas estatais. 
O tripé que se baseou a industrialização ate os anos 50, ode os principais protagonista 
foram as empresas estatais e de capital estrangeiro, as principais características do 
processo de transnacionalização são, concentração das indústrias de transformação; 
dentro destes setor concentra-se os subsetores mais dinâmicos; as empresas de 
transnacionais operam com escala de produção, intensidade de capital, grau de 
oligopolização, complexidade tecnológica e produtividade mais elevadas do que as 
empresas nacionais; predominâncias das transnacionais de capital norte americano, 
apos anos 50 a uma diversificação da origem do capital destas empresas, destaque 
Alemanha, Suíça e Japão; com alto grande complementariedade entre as atividades das 
empresas nacionais; associação das transnacionais com as empresas nacionais; 
dificuldade do balança de pagamento justifica intervenção estatal com relação as 
transnacionais; fragmentação das transnacionais , tem como contrapartida a 
multiplicidade e a diferenciação dos nexos das transnacionais com as nacionais, 
fragmentando os interesses nacionais frente ao capital estrangeiro. 
 
Auge e declínio do crescimento industrial 
 
Desde a Segunda Guerra até o inicio dos anos 60 o país teve avanços nas etapas da 
industrialização moderna, para isso: 
Houve aumento na base do mercado domestico; políticas fortemente protecionistas e 
apoio à substituição de importações; investimentos estatais; entrada de capital 
estrangeiro; forte incentivos e subsídios aos investimentos privados; crescimento da 
oferta agrícola. 
O Estado durante a guerra voltou-se a produção de minério de ferro, barrilha e soda 
caustica e aços especiais, mais continuando com as políticas protecionistas em favor da 
indústria domestica. 
Como resultado das políticas anteriores houve aumento do emprego urbano, expandiu o 
mercado domestico industrial, ao mesmo tempo dos estímulos da substituição de 
importação. 
Nos anos 50 (Plano de Metas) e de o governo tomou quatro medidas fundamentais para 
o salto industrial posterior, Instrução 70 da SUMOC, que disciplinava alocação de 
importações em função dos interesses industriais; criação do Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico com a função de ampliar a infra-estrutura; criação da 
PRETROBRÀS monopólio estatal do petróleo; a intrução113 da SUMOC, que permitia 
que as empresas de capital estrangeiro importasse bens de capital. 
 
Plano de Metas 
 
Em meados dos anos 50 ate o 60 que a indústria brasileira sofreu transformações 
estruturais decisivas, através do plano de metas do governo de Kubitschek. Neste 
período foram introduzidas as indústrias automobilísticas, indústria naval, de material 
elétrico pesado, ampliação do setor de bens de capital, avanços dos investimentos 
estatais em infra-estrutura e na produção de insumos e proteção ao capital privado 
nacional. Este capital privado nacional se beneficiou do aumento da demanda por bens 
não-duráveis, setor em que ele atuava 
Os investimentos estatais se deram na ampliação da Companhia Siderúrgica Nacional, 
na criação de companhias produtora de aço, expansão da PETROBRÁS e de energia 
elétrica e entre os anos 1049 e 1959 a formação bruta de capital fixo das empresas com 
participação estatal quadruplicou com relação ao PIB. 
Com relação ao capital estrangeiro, com a Instrução 113, não teve somente como 
medida atrair investimentos de setores com alto grau tecnológico, mais também para 
superar os problemas com balança de pagamentos para as importações de bens de 
capitais, para as firmas estrangeira garantir mercado, porem com as importações 
fechadas de seus produtos devido à escassez de divisas. 
 
Características do ciclo expansivo 
 
Resumidamente: as atividades que lideram o crescimento foram as produtoras de bens 
de capital e de bens de consumo duráveis cuja as taxa de crescimento foram de 26,4 e 
23,9% respectivamente no período de 1955 e 1962; a crescimento dos bens 
intermediários, foi de 12,1% ao ano no período de 1955 e 1962, o peso deste subsetor 
na formação de capital, elevado e crescente, dada a maior relação entre capital-produto 
e o maior tamanho mínimo de suas plantas de produção; crescimento do bens de capital 
principalmente no ramo de maquinas-ferramenta e equipamento sobre encomenda, mais 
não chegou a completar o processo de internacionalização da produção de bens de 
capital; necessidade de ofertade bens intermediários; a agricultura manteve taxa de 
crescimento histórica no pós-guerra, media de 4,5% ao ano; forte desequilíbrio na 
balança de pagamento desde o fim dos anos 50, reflexo do ciclo de deterioração das 
relações de troca iniciado em 1958, crescimento dos “serviços” do capital estrangeiro a 
partir de 1957, com conseqüência dos investimentos em empréstimos externos 
acumulados desde o inicio da década e curto período de maturação dos empréstimos; o 
salto industrial do período se realizou através do sistema financeiro e de financiamento 
governamental; o Planos de Metas teve elevado grau de complementaridade dos 
investimentos dos grandes projetos, principalmente os projetos para as produção de 
bens de consumo duráveis particularmente para a instalação das industrias 
automobilística. 
 
Desaceleração 
 
O declínio do ritmo do crescimento econômico ocorreu a partir de 1062, entre 1962 e 
1967 a taxa media anual do PIB caiu mais da metade. Com a conclusão do Plano de 
Metas e as políticas de estabilização adotadas a partir de 1963 e de 1967 contribuíram 
para aprofundar esta desaceleração. 
Em 1962 o investimento estatal freio à queda do ritmo de formação bruta de capital, 
mais em 1963 atuou de forma contraria. 
O esforços de investimento governamental, o declínio da taxa de expansão do 
investimento global, começou em 1962, antes da estabilização de preço do Plano 
Trienal. Alguns autores sugere que a desaceleração do crescimento dos investimentos 
observou não em 1962, mais sim um ano depois em 1963 é atribuída aos efeitos da 
referida politica de estabilização, negando a existência de fatores cíclicos estruturais que 
deprimiu o ritmo de investimentos, pois ignoram a defasagem existente entre a decisão 
de investir e o processo de ampliação da capacidade instalada. Então a contração dos 
investimentos ocorrida em 1963 foi devido a decisões tomadas em 1961/1962, antes da 
forte contenção monetária do Plano Trienal. 
Por outro lado estima-se que nos anos 60 a capacidade ociosa da indústria 
automobilística elevava-se 50%. Isto ocorre devido o rápido crescimento da demanda e 
da produção nos anos 60, ate os investimentos agregados brasileiros se fez mais lendo 
em meados de 1963, outros fatores contribuíram para projetos de bens de capitais e 
consumo duráveis fossem superdimensionados: 
Problemas com escalas de produção; concorrência oligopolista entre as transnacionais 
de bens de capitais e bens duráveis; subestimação das transnacionais da capacidade 
competitiva de determinadas atividades já instaladas e da dimensões do mercado. 
 Para refletir em desaceleração do crescimento: 
Existência de amplas “oportunidades de investimentos” capaz de abri caminho a uma 
nova expansão; estas oportunidades fossem exportadas antes da economia entra em 
desaceleração; ou encontra uma forma de dinamizar, no curto prazo, a demanda de 
bens de consumo duráveis. 
Referentes aos problemas de financiamento, vale acentuar, diante da aceleração da 
inflação , os mecanismos vigente foram perdendo funcionalidade. Dificuldade de elevar 
ou manter os níveis reais de gastos públicos sem uma reforma tributaria. Mais o 
desenvolvimento das industrias de bens de capitais e de bens de consumo duráveis 
necessitava de nova formas de criação de liquidez e financiamento. a profunda retração 
das atividades econômicas não poderia somente ser explicadas somente pela tendência 
estruturais, parai isso foi fundamenta as politicas de estabilização de preço do Plano 
Trienal. Essas politicas sobrepuseram-se a tendências citadas, precipitando e 
intensificando o declínio do crescimento pelo lado da demanda. 
As aceleração da inflação foi em grande parte reflexo do agravamento dos problemas do 
setor externo a partir do fins dos anos 50. Tal agravamentos provocou a adoção de 
politicas “defensivas” que impulsionaram a inflação, responsável pelas orientações do 
Plano de Trienal, a inflação também foi influenciada pela desaceleração econômica. 
 
Semi-estagnação e a recuperação 
 
1962 e 1967 foi umas das piores fase da economia brasileira. O interessante deste 
período e que o investimento publico não apresentou uma queda significativa entre 
1962 e 1966, sustentando o investimento global. 
Pela teoria dos ciclos, o fato que o ramo mais afetado dentro do setor manufatureiro 
tivesse sido o de bens de capital, isso não se explica somente pela redução do 
crescimento do emprego, mas também pela compressão dos salario base, e a produção 
de bens não-duráveis não haja declinado em termos absolutos, devido a um rápido 
crescimento das exportações. 
As mudança na economia esta associadas a uma elevada receita do setor publico, 
rápido crescimento da divida publica, também levaram a uma liberação das exportações 
e um pequena desregulação sobre o capital estrangeiro e incentivos as exportações. Isso 
esta sobre o contexto das politicas desestabilização de preço e do regime militar, estas 
politicas de cunho ortodoxo foi fundamentada para a eliminação do déficit fiscal, o 
aperto de credito e a compressão salarial ,isso levou a uma redução da inflação de 90% 
em 1964 para 39,5% em 1966, mais o objetivo era de levar a inflação ao patamar de 
10%. 
 
O “Milagre econômico” 
 
É chamado de “milagre” econômico o período em que se iniciou um vigoroso ciclo 
expansivo, que se deu graças as folgadas políticas fiscais e monetárias que foram 
adotadas durante o segundo governo militar. 
Este ciclo econômico se difere do anterior (1956 – 1961) nos seguintes aspectos: 
 • Da mesma forma que se deu no primeiro ciclo, a expansão foi 
liderada pela indústria manufatureira, que mantinha altas taxas de de 
crescimento anual. Da mesma forma, os setores mais dinâmicos da indústria 
foram os bens de capital e de bens de consumo duráveis. Este ciclo possui 
menos modificações estruturais. 
 • Ao contrário do que ocorreu no primeiro ciclo, o crescimento da 
economia foi impulsionado pela grande abertura estrutural para o setor externo. 
No que diz respeito a oferta interna de bens de capital, os crescimentos médios. 
A substituição de importações, atrapalhou o crescimento do setor manufatureiro. 
 • A abertura externa foi baseada no crescimento rápido das 
exportações e ao grande fluxo de financiamento externo. Estas duas causas 
diferem bem este ciclo do anterior. Podemos ressaltar também que houve uma 
melhora nas relações de troca. 
 • Em ambos os ciclos de crescimento a produção agrícola manteve-
se em um nível médio. 
 • Durante todo o ciclo, salvo o ultimo biênio, a inflação manteve-se 
estável e com tendência declinante. 
Um dos principais motivos que atrapalharam a fase de recuperação, foi a demanda 
dinamizada por bens de consumo duráveis, ao contrário do que previam as teorias de 
ciclos baseadas no investimento e suas decorrências. O crescimento da demanda por 
bens duráveis mostra uma maior concentração da renda, que permitiu o aumento do 
poder de compra das classes mais altas e o endividamento das famílias dada pela 
facilidade na intermediação financeira. 
O autor (J. Serra) indica que durante esse período houve um certa retomada no 
investimento público que se tornou possível graças as melhoras das condições de 
financiamento público. 
O estímulo a recuperação impulsionou o setor de bens de consumo não-duráveis 
aumentando o emprego fazendo-se valer do efeito renda. O Crescimento do setor de 
bens de consumo duráveis foi sustentado por uma redução substancial de seus preços 
relativos, efeito direto do crescimento do setor. 
O crescimento do investimento acelerou a demanda por bens de capital e com a 
expansão dos bens de consumo duráveis sobre a demanda por bens intermediários.No 
quesito bens de capital, a maior parte dos efeitos aceleradores se canalizaram para fora. 
Eis algumas das condições permissivas que o autor que o autor descreve estar por 
detrás do desempenho da economia no período: 
 • A capacidade ociosa resultante do ciclo 1. 
 • A disponibilidade de divisas causadas pelo crescimento das 
exportações e as facilidades do endividamento externo. 
 • O aumento da liquidez real na economia, que se deve a expansão 
do crédito bancário. 
Por conta da expansão dos meios de pagamento, os empréstimos ao tesouro 
desapareceram, pois o déficit fiscal encolheu a partir de 1965. O autor destaca que a 
estabilização e o declínio da taxa de inflação como fatores decisivos para evitar as sérias 
descontinuidades das políticas monetárias expansionistas. 
 
Os Desequilíbrios do Ciclo Expansivo 
 
Serra descreve que uma das características mais marcantes do ciclo expansivo de 1967 – 
1973 foi, sem dúvida, os desequilíbrios inter e intra setoriais do crescimento, 
principalmente na fase de auge do ciclo. 
Quanto a indústria, estas desproporções se caracterizaram pelo atraso do crescimento da 
produção de bens de produção e bens intermediários com relação ao setor de bens de 
consumo duráveis e não duráveis. 
Este desequilíbrio se realizou graças ao acelerado crescimento das importações de bens 
intermediários e de capital em contraste a construção civil. Esta estratégia necessitava 
que o ajuste fosse feito em relação as importações de produtos já fabricados em 
território nacional ou pelo menos sujeitas a fáceis substituições. 
No fim dos anos de 1970 as autoridades econômicas perceberam o potencial 
desequilíbrio que existia e tentaram elimina-lo, realizando incentivos aos investimentos 
privados e aos investimentos públicos diretos nas indústrias de bens de capital e de 
insumos produtivos básicos. Estas medidas partiam do pressuposto que o setor de bens 
de consumo duráveis e a construção civil, continuassem o seu acelerado crescimento. O 
ajuste então seria feito através do crescimento das exportações e pelo financiamento 
externo. 
As consequências destas desproporções foram o surgimento de focos de tensão 
inflacionária e a tendência a déficits na conta comercial do BP. 
Ignorando as condições favoráveis da demanda externa e as políticas de desvalorização 
que incentivavam a exportação agrícola, outros fatores podem explicar estes 
acontecimentos. Um deles foi a modernização da produção agrícola. Isto contribuiu para 
a concentração do crédito rural. 
A consequência deste problema foi uma tendência inflacionária reforçada pelo aumento 
do custo relativo da produção de alimentos para o mercado interno, devido o baixo 
desempenho da produtividade e a menor quantidade de subsídios recebidos pelo setor. 
Contribuíram também, o aumento violento dos preços da terra e a distância das culturas 
e dos centros urbanos. 
 
O Recrudescimento da Inflação 
 
Além do que foi citado anteriormente, José Serra aponta outro fator que influenciou o a 
inflexão da curva inflacionaria a partir de 1973. A inflação mundial exerceu pressão 
sobre os preços domésticos através de importações e exportações de matérias primas e 
alimentos. 
O autor também observa que essas desproporções foram intensos em 1973, porque neste 
ano de auge do ciclo as pressões de demanda foram muito fortes. E o super-
aquecimento do comércio mundial evitou que os diferentes pontos de estrangulamento 
interno fossem evitados ou então resolvidos através das importações. 
Destaca também que o choque do petróleo em meios de 1973 incidiu sobre uma 
situação de preços e de balanço de pagamentos vulnerável. No que diz respeito ao ao 
BP, a desproporção embutida na estrutura econômica e não poderia ser corrigida a 
curto-prazo de forma que continuar com o o ciclo de expansão exerceria efeitos 
aceleradores sobre a demanda por importações. 
 
O Problema dos Bens de Capital 
 
Este aumento no coeficiente de importações de bens de capital, refletiu uma 
transferência parcial do efeito acelerador do crescimento da renda para o exterior 
ressalta o que foi discutido sobre o movimento de acumulação do capitalismo brasileiro. 
Este aumento é explicado pela complementariedade entre a produção doméstica e as 
importações de bens de capital, decorrente, da estreiteza do parque produtor instalado e 
as dificuldades de natureza tecnológica necessária para substituir as importações. 
Além disso há outras dificuldades relacionadas a variáveis de comportamento que 
forçaram o crescimento das importações de bens de capital importados, a maior 
tendência das empresas para importar as máquinas e equipamentos de que precisavam, 
bem como incentivos do governo para a compra de importados que surgiram na 
indústria nacional no começo dos anos de 1980.

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