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CASO 07 CPP II

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SEMANA VII AULA 7 DE PROCESSO PENAL II 
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a 
processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o 
responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a 
AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou 
pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de 
constatação da substância entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo 
prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho Boca? 
R: NÃO. Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343/06,pois o perito que subscrever o 
laudo prévio não ficará impedido de participar da elaboração do laudo 
definitivo. 
 
 
Exercício Suplementar 
 1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção INCORRETA: 
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP .CORRETA 
B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em 
flagrante, devendo o autor do fato ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal .CORRETA 
C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo 
de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem. 
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 30 
dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto. CORRETA 
E) Todas as alternativas estão incorretas. 
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei 
nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em 
concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o 
advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de 
acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com 
redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular 
indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie 
seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no 
início da instrução. Nesse caso, 
A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de 
Processo Penal, é o último ato a ser realizado. 
B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, 
deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos 
crimes previstos na Lei de Drogas. 
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser 
automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto. 
 D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há 
uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado. 
E) o juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem a 
manifestação do membro do Ministério do Público.

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