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A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS BÁSICOS DE LUTAS PARA AS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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1 
 
Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery 
http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377 
Curso de Educação Física - N. 10, JAN/JUN 2011 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS BÁSICOS DE LUTAS PARA 
AS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
 
Rafael Ribeiro Germano1 
Helder Barra de Moura2 
RESUMO 
A cada dia, os tipos de luta estão sendo mais procurados e praticados pelas pessoas 
com o intuito de aprendizagem. Muitos são os profissionais da área de Educação 
Física que não utilizam movimentos básicos das lutas como uma ferramenta de 
auxílio durante uma aula de Educação Física Escolar. O presente estudo tem como 
objetivo principal verificar a importância dos movimentos básicos de lutas para as 
crianças na Educação Física e, mais especificamente, demonstrar se há melhorias 
no desenvolvimento motor, cognitivo e social através da vivência dos movimentos 
básicos de lutas. A metodologia a ser aplicada para a pesquisa foi descritiva 
qualitativa, através de revisão de literatura e por meio de artigos científicos e livros 
pertinentes ao tema proposto. Com base nas pesquisas realizadas, foi constatado 
que as crianças que vivenciaram aulas em que foram expostas a certos movimentos 
provenientes de lutas, demonstraram mudanças em aspectos interessantes, como a 
melhora da lateralidade, equilíbrio, a formulação de estratégia e atenção, percepção, 
postura social, respeito, perseverança, determinação, entre outras. Atualmente, as 
lutas não são muito procuradas pelos profissionais da área e foi observado que, no 
período entre 1998 e 2008, foram produzidos apenas setenta e cinco artigos 
relacionados ao tema “lutas”. Portanto, com base na pesquisa realizada, a 
preconização de maiores estudos sobre o conteúdo de lutas é de grande 
importância, principalmente na área pedagógica. 
 
Palavras-Chave: Lutas. Educação Física Escolar. Cultura Corporal de Movimento 
 
 
 
1 Acadêmico do Curso de Educação Física da Faculdade Metodista Granbery, Juiz de Fora/MG. Email: 
Rafael_rgermano@hotmail.com 
2 Professor orientador, docente do Curso de Educação Física da Faculdade Metodista Granbery, Juiz de Fora/ MG. Emai: 
helderbarrademoura@gmail.com 
 
 
2 
 
 
ABSTRACT 
Each day the types of fighting are being more sought and praticed more frequently 
 by people with learning purposes. Many are professionals in the field of Physical 
Education who do not use basic movements of fighting as an auxiliary tool for a class 
of Physical Education at school. The present study has as its main objective to verify 
the importance of the basic movements of fighting to the children in Physical 
Education and more specifically to demonstrate whether there are improvements in 
motor development, cognitive and social through the pratice of the basic movements 
of fighting. The methodology to be applied for the research was descriptive 
qualitative, through literature review and by analysis of papers and books regarding 
the topic proposed. Based on the surveys conducted, it was observed that children 
who experienced classes where they were exposed to certain movements from 
fighting, have shown interesting changes in aspects such as the improvement of 
laterality, balance, strategy formulation and attention, perception, social attitude, 
respect, perseverance, determination, among others. Nowadays, the fighting are not 
much sought by professionals and it was observed that in the years 1998 to 2008 
were produced only seventy-five articles related to the theme "fighting. " Therefore, 
based on the research carried out, the preconization for further studies on the 
content of fighting is of great importance, especially in the teaching area. 
 
KEY-WORDS: Fighting. Physical Education at school. Physical Culture of Movement. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nos dias de hoje, diversos professores de artes marciais estão 
procurando uma formação em Educação Física com o objetivo de capacitação na 
área da educação básica, com intuito de buscar maiores e melhores conhecimentos 
sobre a área pedagógica onde tudo deverá ser revertido em uma prática corporal 
sadia com associação aos objetivos educacionais. 
Muitos são os conhecimentos adquiridos no curso de Educação Física 
com relação à cultura corporal de movimento, o funcionamento do corpo e às formas 
de trabalho corporal, com vistas à aprendizagem e ao treinamento, o que permitirá 
uma aplicação mais adequada com relação aos movimentos básicos de lutas. 
As artes marciais podem ser praticadas por muitos indivíduos, com a 
obtenção de vários benefícios, tais como: força, agilidade, coordenação, respeito, 
confiança, conhecimento sobre seu próprio corpo, entre outros. 
O presente estudo tem como tema Movimentos Básicos de Lutas na 
Educação Física Escolar, no qual será problematizada a maneira como poderá ser 
feita a inclusão desses movimentos básicos de lutas na Educação Física Escolar e 
se existem benefícios motores, cognitivos e sociais para as crianças que 
vivenciarem tais gestos. 
A metodologia a ser aplicada para a pesquisa será descritiva qualitativa, 
por revisão de literatura e por meio de artigos científicos e livros pertinentes ao tema 
proposto. 
O objetivo principal deste trabalho é verificar a importância dos 
movimentos básicos de lutas para as crianças na Educação Física Escolar e, mais 
especificamente, demonstrar se há melhorias no desenvolvimento motor, cognitivo e 
social a partir da vivência dos movimentos básicos de lutas. 
O motivo primordial para a realização deste trabalho é que, na área 
escolar, os movimentos básicos de lutas nem sempre são aproveitados. Devido a 
isso, torna-se necessária uma melhor diversificação das aulas, para que se possa 
estimular nos alunos com pouca afinidade com os esportes uma melhora nos gestos 
motores. 
 Situando o tema no contexto atual, percebe-se que as lutas estão, a cada 
dia, fazendo parte da cultura brasileira. A utilização de gestos motores básicos de 
 
4 
 
lutas seria uma boa ferramenta de trabalho para os profissionais da área. Com isso, 
a temática proposta abordará sistemas de lutas como jiu-jitsu, judô, karatê e 
capoeira, no qual o jiu-jitsu e o judô farão parte do foco central deste trabalho. 
 Entende-se que os estudos sobre o tema proposto são de grande 
relevância tanto para os profissionais de Educação Física quanto para professores 
de artes marciais. Com isso, autores como: os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(1998), Paulo Rogério Barbosa do Nascimento (2007), Ruyter da Costa Almeida 
(2006), Heraldo Simões Ferreira (2006) e Gilbert de Oliveira Santos (2009), darão 
subsídios para a realização da pesquisa. 
 
 CONTEXTO HISTÓRICO DAS LUTAS 
 
Não é de se espantar que as lutas estejam cada vez mais sendo 
praticadas pelas pessoas, pois é do instinto natural do homem lutar por algo ou por 
alguém. E é desde a pré-história que o homem luta pela sua sobrevivência ou para 
que alguma sociedade sobreviva. 
O contexto histórico das lutas não é de fácil explicação, pois, de acordo 
com Ferreira (2006), continua sendo uma grande questão a onde se originaram as 
lutas e as artes marciais. 
De acordo com o mesmo autor, os cidadãos gregos possuíam uma forma 
peculiar de lutar que se denominava “pancrácio”, uma modalidade que esteve 
presente nos primeiros jogos olímpicos realizados na era antiga. Os gladiadores de 
Roma, na mesma época, já utilizavam técnicas de lutas para combate a dois, e, 
especificamente na parte oriental do mundo (China e Índia), ocorreram primeiros 
indícios de formas de combate organizadas. 
Conforme Ferreira (2006), a China é considerada, por muitos artistas 
marciais,o berço desta cultura, e indícios levam a crer que foi pelo comércio feito 
através dos mares que os sistemas de lutas chegaram até a China e Índia, no século 
V antes de cristo. 
Existem vários sistemas de lutas espalhados pelo mundo, mas um deles 
foi “abraçado” pelos lutadores brasileiros como uma arte “tupiniquim”, que é o jiu-
jitsu ou “arte suave”. A família Gracie é a principal precursora do jiu-jitsu em território 
brasileiro. 
 
5 
 
 
Dizem que o jiu-jitsu se originou nas montanhas da Índia há 2500 
anos. Supostamente se difundiu pela china e por volta de 400 anos 
atrás, estabeleceu-se no Japão, onde encontrou as condições 
apropriadas para se fortalecer (Gracie, 2007, p.1). 
 
 
De acordo com Ferreira (2006), é difícil obter uma definição sobre as 
origens das lutas, de combate, ou simplesmente arte marcial, pois verdadeiramente 
poucos fatos são conhecidos, já que de forma tradicional os conhecimentos eram 
transmitidos de mestre para discípulo. 
Além do jiu-jitsu, tem-se o judô como um sistema de luta que é muito 
praticado pelas pessoas tanto em território brasileiro quanto mundial. De acordo com 
Chutang (2002), o judô é, junto com o jiu-jitsu, a arte de luta mais propagada no 
mundo todo, tanto na parte ocidental, quanto na oriental. 
 
Havia vários séculos que os japoneses conheciam o principio da não 
resistência: o ju-jitsu. No entanto, foi o mestre Jigoro Kano (1860-
1938) o primeiro a comparar certos movimentos e criar uma técnica 
pessoal superior a qualquer outra. Ele lhe deu o nome de judô: JU – 
flexibilidade e Dô – caminho (ARPIN, 1970, p.23). 
 
 
 
A capoeira é um sistema de luta muito praticado em território brasileiro, 
onde falar sobre sua historia é uma tarefa de extrema complexidade. Segundo 
Santos (2009), a capoeira tornou-se uma forma de lutar pela vida, de consolidação 
grupal e pessoal pelo povo escravizado. 
 
 
As tentativas de definição da capoeira inflamam ainda mais na sua 
capacidade de transformação. Toda vez que tentamos conceituá-la 
percebemos que ela é mais que nossa capacidade de definição. 
Será que o desafio do entendimento da capoeira é perceber que ela 
proclama a ludibriação?(SANTOS, 2009, p.128). 
 
 
“Então, a capoeira possui uma memória imbricada ao processo de 
escravização dos africanos no Brasil. Seus sentidos e significados apresentam o 
germe do legado dessa história...” (SANTOS, 2009, p.129). 
 
6 
 
Entre todos os sistemas de lutas falados até o presente momento, a 
capoeira possui uma maior identificação com o povo brasileiro, pois, conforme o 
mesmo autor, os seus gestos podem significar uma luta pela liberdade, no qual o 
rompimento social é evidenciado e ocorre um embate entre os costumes 
estabelecidos pela sociedade. 
 
 
Também há “dor” na capoeira. O escravo que foi forçado a 
abandonar seus costumes, sua terra, seus dialetos, suas religiões 
para sofrer humilhações e castigos, também concorreu para a 
criação da capoeira. Talvez seja a partir dessa “dor” que surge certa 
rebeldia que a prática propõe (SANTOS, 2009, p.130). 
 
 
 Uma pesquisa realizada por Correia e Franchini (2010), sobre lutas, teve 
por objetivo verificar a quantidade de artigos publicados nas principais revistas de 
cunho acadêmico de circulação nacional, da área de Educação Física, entre os anos 
de 1998 a 2008, de acordo com o estabelecimento do CONFEF/CREF, bem como 
fazer uma análise em relação aos temas estudados nesses artigos. 
No total, foram analisados 11 periódicos com diferentes classificações: 
cinco eram classificados como Nacionais C, dois classificavam-se Nacionais B, e 
quatro desse total eram classificados como Internacionais C. Em cada periódico foi 
determinado o número de volumes e de artigos por ano. 
Os artigos que em seu título, resumo ou palavras-chave evidenciassem 
termos relacionados a lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combate 
foram considerados oportunos a serem analisados. Com relação à classificação dos 
artigos mediante a sua temática, foi utilizada a proposição de Tani, do ano de 1996, 
para estruturação acadêmica da Cinesiologia, Educação Física e Esporte. 
Nessa classificação, os estudos que detenham um caráter básico são 
realizados no campo da Cinesiologia, da qual a Biodinâmica do Movimento Humano, 
o Comportamento Motor Humano e os Estudos Sócio-Culturais do Movimento 
Humano, fazem parte. 
No campo de caráter aplicado, os estudos seriam conduzidos em áreas 
da Pedagogia do Movimento Humano e Adaptação do Movimento Humano, que 
estariam relacionados à Educação Física. Em relação ao campo desportivo, os 
 
7 
 
estudos seriam guiados nas áreas de Treinamento Esportivo e Administração 
Esportiva. 
Após as análises feitas pelos autores, dos 2561 artigos publicados, 
somente 75 artigos (2,93%) tinham temas relacionados a lutas, artes marciais e 
modalidades esportivas de combate, e também foi constatada uma defasagem em 
publicações de estudos de caráter aplicado. Mediante isso, os autores preconizam 
maiores pesquisas sobre essa temática. 
 
 
 AS LUTAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO 
 
Na Educação Física Escolar são aprendidos diversos gestos motores de 
diferentes modalidades esportivas como, por exemplo, o futsal, vôlei, handball e o 
basquetebol. Além dos esportes coletivos, o conteúdo das lutas faz parte da cultura 
corporal de movimento vislumbrado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCN’s). 
 
 Na atualidade, existem inúmeros sistemas de luta, as chamadas 
artes orientais: Kung Fu, Tai-Chi-Chuan, Caratê, Judô, Jiu-jitsu, 
Aikido, Tae-Kwon-Do, Jet-Kune-Do, Kendo, entre outras. Também 
existem aquelas consideradas ocidentais como: o Boxe, a Esgrima, o 
Kick-Boxe, etc (FERREIRA, 2006, p.39). 
 
 
 “Nas escolas, a busca de campeões conduz a especialização prematura, 
inibindo o desenvolvimento do potencial psicomotor das crianças” (OLIVEIRA, 2004, 
p.34), fato que não é condizente com a Educação Física Escolar. 
 
A Educação Física enquanto componente curricular da Educação 
básica deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o 
aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai 
produzi-la, e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do 
jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e 
práticas de aptidão física em benefício da qualidade de vida(BETTI e 
ZULIANI, 2002, p.75). 
 
 
Basicamente, os gestos motores que são ensinados nas aulas de 
Educação Física têm como objetivo a vivência da maior quantidade de movimentos 
 
8 
 
diferenciados, para que a cultura corporal de movimento seja enriquecida sem a 
obrigação de perfeição, e sim com naturalidade. 
Tal naturalidade expressada pela arte marcial que é “a própria pessoa, 
com todos os seus sentidos e sentimentos naturais desenvolvidos” (Centro Filosófico 
do kung Fu – Internacional, 1983, p.16). 
Com isso, a criança poderá ter uma maior consciência corporal, pois os 
movimentos básicos de lutas irão proporcionar desenvolvimentos motores, 
cognitivos e afetivo – sociais, pois, a partir do momento que a criança entrar em 
sintonia com seu próprio corpo, será um ser humano mais evoluído. 
 
No aspecto motor, observamos o desenvolvimento da lateralidade, o 
controle do tônus muscular, a melhora do equilíbrio e da 
coordenação global, o aprimoramento da idéia de tempo e espaço, 
bem como da noção de corpo. No aspecto cognitivo, as lutas 
favorecem a percepção, o raciocínio, a formulação de estratégias e a 
atenção. No que se refere ao aspecto afetivo e social, pode-se 
observar em alunos alguns aspectos importantes, como a reação a 
determinadas atitudes, a postura social, a socialização, a 
perseverança, o respeito e a determinação. (FERREIRA,2006, p.39-
40). 
 
 
Segundo Almeida (2006, p.5), ”através da estimulação motora, a criança 
desenvolve uma consciência de seu corpo, de si mesma e do mundo a sua volta” e, 
de acordo com o mesmo autor, a prática do karatê desenvolve valências físicas 
como força, velocidade, agilidade, equilíbrio e coordenação, e também a noção de 
espaço, em crianças de 7 a 10 anos de idade. 
Mediante a esse conceito dado, o mais importante não é a prática 
constante do karatê, ou da capoeira, ou de qualquer outra arte marcial, e sim o que 
seus movimentos podem proporcionar de benéfico para a criança em vivência 
lúdica. Segundo Silva (2003, p.56), “Assim também na capoeira, o corpo é o 
instrumento-mor na prática da arte-luta”. 
A prática da luta nas aulas de Educação Física deve ser inclusa, pois 
Ferreira (2006) sustenta a ideia de que a mesma deve ser uma ferramenta 
pedagógica para o profissional de Educação Física e que a luta já está presente no 
homem desde a pré-história. Ainda de acordo com Ferreira (2006), o motivo pelo 
 
9 
 
qual a luta deve ser inclusa na Educação Física Escolar é para proporcionar aos 
alunos um maior enriquecimento cultural e de atividades motoras. 
As lutas estão cada vez mais presentes no cotidiano do ser humano e é 
evidente que elas estão ocupando seu espaço na vida das crianças e dos 
adolescentes nas escolas. Nos dias de hoje, não é raro vermos crianças 
colecionando figurinhas de super-heróis ou até mesmo brincando de luta na 
recreação. 
Contudo, no âmbito escolar, as lutas devem ser aproveitadas de forma 
mais lúdica, e não para a formação de competidores. O aluno na escola deve ter a 
“compreensão do ato de lutar: por que lutar, com quem lutar, contra quem ou contra 
o que lutar” (Brasil, 1998, p.96) e, de acordo com o mesmo autor, os alunos devem 
diferenciar a luta da violência, que deverá ser trabalhada dentro do contexto escolar. 
Segundo Nascimento e Almeida (2007), em uma intervenção realizada 
em uma turma de 5ª série, em uma escola pública estadual, na cidade de Santo 
Augusto (RS), foi perguntado para os alunos quais os tipos de lutas eles conheciam. 
Os alunos falaram vários sistemas de lutas conhecidas e, por exclusão, foram 
escolhidos o judô, o sumô e a luta greco-romana. 
A exclusão dos outros sistemas de lutas, que não foram citados na 
pesquisa, foi feita mediante conceito de luta, que diz que: 
 
As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser 
subjugado(s), com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, 
imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação 
de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma 
regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e 
deslealdade. Podem ser citados como exemplos de lutas desde as 
brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas mais 
complexas da capoeira, do judô e do caratê (Brasil, 1998, p.70). 
 
 
Logo após, os autores da pesquisa fizeram uma abordagem dos sistemas 
de lutas, na qual os alunos tiveram que fazer pesquisas para obter os 
conhecimentos sobre regras, histórias, rituais e crenças que envolviam essas lutas. 
Além disso, foram feitas visualizações de vídeos das três modalidades em questão. 
Conforme os autores da pesquisa, a abordagem do esporte 
institucionalizado faz com que os alunos tenham um maior conhecimento do esporte 
 
10 
 
de combate, porém esses sistemas de lutas ainda trazem consigo um grande 
preconceito, tratando-os a eles como esportes violentos. 
Após os conhecimentos obtidos, as crianças propuseram brincadeiras de 
lutas, na qual foram retratadas o judô, o sumô e a luta greco-romana. Após 
aplicados os jogos de luta, foi dado às crianças um novo significado sobre as lutas e 
um novo sentido a alguns preconceitos relacionados á prática das mesmas. Como 
exemplo, o sumô, que no imaginário das crianças só poderia ser praticada por 
indivíduos pesados. 
Adentrando mais ainda nesse tema de tanta complexidade, nos 
deparamos com uma vertente muito comum, que é a violência. Muitos alunos ou 
professores têm receio da prática lúdica das lutas por não saberem como utilizar as 
lutas ou até mesmo os movimentos básicos das lutas nas aulas de Educação Física. 
De acordo com Nascimento e Almeida (2007), não há necessidade de o 
professor ter uma formação em lutas, desde que a aula não se desvie para a 
especialização de alunos/atletas de combate, mas sim na construção de 
conhecimento para as aulas. 
E é nesse ponto que os movimentos básicos de lutas, que são de origem 
das artes marciais, dão origem aos jogos de lutas e aos esportes de combate, vêm 
demonstrando o quanto se deve respeitar o corpo do indivíduo que está sendo 
utilizado, seja para fins lúdicos ou até mesmo fins competitivos. 
 
 A LUTA COMO CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO 
 
A escola é um lugar onde as crianças devem adquirir conhecimentos 
linguísticos e corporais. Santos (2009) destaca que prática corporal é uma 
importante atividade de expressão e apreensão da realidade na qual são 
construtoras de cultura dos conhecimentos corporais que é decorrente da história 
humana. 
 
Talvez esse saber ainda não seja devidamente reconhecido 
socialmente ou as razões que tornem esse saber importante ainda 
não tenham sido devidamente interpretadas, ainda assim, cabe a 
educação física desenvolver a reflexão dessa forma de conhecer 
(SANTOS, 2009, p.126). 
 
 
11 
 
 
 No que diz respeito a conhecimentos corporais, os movimentos básicos 
de lutas têm sua importância, pois as práticas corporais, “com um caráter 
predominantemente utilitário ou lúdico, todas visam, a seu modo, a combinar o 
aumento da eficiência dos movimentos corporais com a busca da satisfação e do 
prazer na sua execução” (BRASIL, 1998, p.28). 
Essa eficiência mencionada anteriormente não está voltada para a área 
do rendimento, e sim para a busca do prazer em estar realizando uma determinada 
atividade de forma lúdica, sem preocupação se o movimento é tecnicamente eficaz. 
Brasil (1998) menciona que a característica lúdica ou utilitária de uma 
atividade depende da intenção de quem a realiza, e que um determinado tipo de 
esporte possui o caráter utilitário, que está relacionado ao profissional desportista, e 
a intenção lúdica, que se relaciona com o cidadão no âmbito do divertimento e do 
prazer. 
Em relação a este fato, Bracht (2000) menciona que a conduta lúdica não 
existe em sua forma plena, ela está contida em várias vivências do ser humano, 
onde é construído culturalmente. 
A partir disso, “Ressignificadas, suas intencionalidades, formas de 
expressão e sistematização constituem o que se pode chamar de cultura corporal de 
movimento” (BRASIL, 1998, p.28). Ou seja, a cultura corporal de movimento é 
expressa de variadas formas pelo homem, e só depende dele como esta será 
utilizada. 
Mediante o que foi dito sobre cultura corporal de movimento, vejamos 
agora o que Daolio entende sobre cultura, através dos estudos do antropólogo 
Clifford Geertz: 
 
Para Geertz, a cultura é a própria condição de vida de todos os seres 
humanos. É produto das ações humanas, mas é também processo 
contínuo pelo qual as pessoas dão sentido às suas ações. Constitui-
se em processo singular e privado, mas é também plural e público. É 
universal, porque todos os humanos a produzem, mas é também 
local, uma vez que é a dinâmica específica de vida que significa o 
que o ser humano faz. A cultura ocorre na mediação dos indivíduos 
entre si, manipulando padrões de significados que fazem sentido 
num contexto específico (DAOLIO, 2004, p.11-12). 
 
 
 
12 
 
Conforme Santos (2009), o corpo é um caminho entre o ser humano e a 
sua cultura, e pode serpensado como um símbolo que se estabelece entre o 
homem e a cultura. “O corpo é a expressão da cultura assim como a cultura se 
expressa no corpo” (SANTOS, 2009, p.127). 
Sendo a cultura expressa pelo corpo, à medida que a criança vivenciar 
vários movimentos diferenciados, terá um maior envolvimento com o ambiente à sua 
volta, proporcionando um maior enriquecimento cultural, e a expressão de sua 
cultura virá através de movimentos realizados corporalmente. 
Em um artigo publicado por Carvalho (2007), foi demonstrado um caso 
hipotético de um menino que fora excluído da aula de Educação Física por não 
possuir gestos motores adequados durante a prática do jogo de futebol. 
Conforme o mesmo autor, tal propensão humana, que separa, distancia e 
aprofunda os preconceitos, poderia ser discutida pelas escolas em uma visão do 
fazer e aprender com a diferença, e não adotar atitudes que facilitem com a 
aprendizagem. 
Porém, “pode-se dizer que certamente os códigos de rendimento 
transplantados sem filtragem para a situação de aula provocam a exclusão do aluno” 
(CARVALHO, 2007, p.15). Ou seja, dentro da aula de Educação Física, se o 
estereótipo do rendimento não for trabalhado de forma adequada, a criança que não 
possuir habilidades motoras será vitima da exclusão. 
Muitos são os movimentos básicos de lutas que podem ser utilizados na 
Educação Física Escolar. Como exemplo, pode-se citar a ginga da capoeira e os 
rolamentos que são utilizados tanto no judô quanto no jiu-jitsu. 
Importante ressaltar que esses movimentos são derivados de esportes 
que são praticados de forma competitiva e com certo nível de exigência técnica de 
seus gestos, com o objetivo de um melhor rendimento dentro do esporte. Porém, o 
gesto técnico especializado não é o principal objetivo na escola e sim o lúdico. 
Conforme as ideias de Bracht (2000), o esporte faz parte do contexto 
histórico da sociedade, que está em constante transformação. E o mesmo autor fala 
que quem trata de forma crítica o esporte nas aulas de Educação Física é contra a 
técnica esportiva. 
 
13 
 
O mesmo autor afirma que a pedagogia crítica não propõe a erradicação 
dos gestos esportivos especializados na escola, mas sim o ensino dos mesmos, 
porém com um novo sentido e objetivo para o próprio esporte. 
 
 OS MOVIMENTOS BÁSICOS DE JUDÔ E JIU-JITSU 
 
Dentro do judô e do jiu-jitsu, existem movimentos básicos de lutas que 
são de total importância tanto para a vivência lúdica quanto para o treinamento. Os 
rolamentos para frente, rolamentos para trás, rolamentos laterais, saídas de quadril, 
deslocamentos de pé e os desequilíbrios são os gestos básicos a serem ensinados 
para uma vivência lúdica adequada tanto do jiu-jitsu quanto do judô. Vale ressaltar 
as projeções, que farão parte de ambos os sistemas de lutas. 
As oito projeções a serem citadas foram retiradas do livro denominado 
“Livro de Judô de Pé”, de Louis Arpin, do ano de 1970. Como projeções, serão 
citadas: 
 
De-Ashi-Harai (Varredura do Pé Avançado), Hiza-Guruma (rotação 
sobre o joelho), Sasae-Tsurikomi-Ashi (bloqueio de pé levantado), 
Uki-Goshi (quadril Flutuante), O-Soto-Gari (Grande Ceifagem 
Externa), O-Goshi (Grande Projeção de Quadril), O-Uchi-Gari 
(Grande ceifagem interna) e Seoi-Nage (Projeção de Ombro) 
(ARPIN, 1970, p.41-65). 
 
 
Vale ressaltar que todas as projeções citadas devem ser ensinadas de 
forma a não machucar o aluno, pois todas elas têm um risco de lesionar o aluno 
gravemente. Para que uma criança aprenda de forma adequada qualquer tipo de 
movimento, inclusive movimentos relacionados às lutas, considera-se um trabalho 
por meio de jogos ou brincadeiras, no qual o aspecto lúdico fará parte do processo 
de ensino e da aprendizagem. 
Conforme Freire (2002), uma forma possível de ensinar o lançamento 
seria de forma repetitiva, na qual os alunos trocam passes até que o professor fique 
satisfeito. Uma outra forma seria buscar uma atividade popular, através da qual esse 
movimento pudesse ser exercitado. 
 
14 
 
Todas essas projeções e rolamentos que foram citados anteriormente têm 
o intuito de promover um maior incremento na cultura corporal de movimento das 
crianças, sem promoção de repetições desnecessárias, tão somente para a vivência 
desses gestos. 
 Segundo Freire (2002), a competição sob forma de jogo sempre esteve 
presente, contudo, não é justificável a manutenção da mesma. Diante desse fato, 
devemos pensar em como introduzir tais brincadeiras relacionadas às lutas. 
Além dos rolamentos, os deslocamentos de pé podem ser utilizados para 
a aula. De acordo com Arpin (1970), os deslocamentos (Shintai) sempre devem ser 
feitos lateralmente, para frente e para trás, deslizando o pé sobre o chão, evitando 
que as pernas se cruzem. Apesar de a descrição ser muito técnica, é importante 
explicar todos esses conceitos para que a vivência da criança seja a mais prazerosa 
possível. 
Com relação ao local de intervenção escolar, Nascimento e Almeida 
(2007) afirmam que o conteúdo “lutas” é pouco utilizado dentro das aulas de 
Educação Física e que a sua maneira de aplicação pedagógica sugere 
preocupações e questões variadas para professores atuantes na área da Educação 
Física. 
 
Compreende-se que o trato pedagógico do componente lutas na 
Educação Física escolar deva comportar necessariamente aspectos 
da autonomia, criticidade, emancipação e a construção de 
conhecimentos significativos. As reflexões que apontam para a 
cultura corporal de movimento como o conjunto de conhecimentos 
que devem ser “tematizados” pela Educação Física podem municiar, 
pedagogicamente, para construir possibilidades metodológicas para 
o trato específico deste tema (NASCIMENTO e ALMEIDA, 2007, 
p.93). 
 
 
Sendo assim, Freire (2002) considera que quaisquer aprendizagens 
devem ter um conteúdo significativo, em que a introdução de situações pedagógicas 
em um contexto de significações seria mais pertinente para a criança. O conteúdo 
seria direcionado a aula de Educação Física, sem utilização de repetições 
sistemáticas de gestos motores. 
 
15 
 
Continuando com o mesmo autor, ele nos diz que: “O movimento é algo 
que se constrói no momento em que é necessário agir. Realizado o ato, ele se 
desmancha, termina, deixa de existir” (FREIRE, 2002, p.140). 
 
O movimento, o simples movimento corporal, aquele que se vê nos 
atos, ainda não revela o homem. O que está faltando, numa 
concepção de Educação Física que privilegie, acima de tudo, o 
humano, é ver além do percebido: é enxergar o movimento 
carregado de intenções, de sentimentos, de inteligência, de erotismo. 
É ver o rumo do movimento, sempre na direção do buscar, no 
mundo, as partes que faltam ao homem para ser humano (FREIRE, 
2002, p.138). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A Educação Física Escolar está se tornando palco de exclusões de 
alunos, por esses não possuírem habilidades motoras adequadas para uma simples 
vivência motora durante a aula. Nos dias atuais, na área escolar, os gestos motores 
estão cada vez mais sendo cobrados pela “sociedade” formada pelos alunos ditos 
como habilidosos, na qual o não habilidoso é deixado de lado. 
Porém, a aula de Educação Física não é instrumento para a formação de 
atletas, mas tem o propósito de formar o cidadão. Todo ser humano nasce com uma 
habilidade motora, contudo, tal habilidade somente irá florescer com uma 
estimulação motora adequada. Por meio de estímulos motores o indivíduo 
desenvolve-se tanto nos aspectos físico-motor e sócio-afetivo como também no 
aspecto cognitivo, fato evidenciado por Heraldo Simões Ferreira, com relação à 
aplicação das lutas. 
Ao ensinar os rolamentos e saídas de quadril como atividade em umaaula, pode-se, logo após, aplicar uma atividade de pique, na qual o rolamento 
deverá ser utilizado tanto pelo pegador quanto pelos demais alunos a serem pegos. 
Dentro dessa mesma atividade, pede-se ao aluno para executar saídas de quadril 
para evitar ser pego. A saída de quadril pode ser utilizada pelo pegador quando 
achar necessário. 
 Os rolamentos podem ser executados tanto para frente quanto para trás, 
e os alunos deverão estar ajoelhados no início da atividade. Será considerado pego 
 
16 
 
o aluno que sair da área demarcada pelo professor, o aluno que for pego por uma 
das pernas pelo pegador e o aluno que ficar de pé. 
Utilizando especificamente o rolamento para frente, pode ser realizada 
uma corrida, na qual os alunos serão divididos em duas equipes ou mais (isso 
dependerá do número de participantes). 
Dois alunos ficarão um ao lado do outro, ajoelhados. Ao sinal do 
professor, os mesmos executarão rolamentos para frente, com objetivo de chegar à 
linha de chegada que será demarcada pelo professor. A equipe ganhadora será 
aquela que obtiver o maior número de vitórias. A mesma brincadeira poderá ser 
aplicada com o rolamento para trás. 
Com relação à saída de quadril, pode ser realizada uma atividade que se 
chama o “dominador”. Os alunos deverão ajoelhar em volta da área demarcada pelo 
professor. O aluno que será o dominador poderá ser escolhido pelo professor ou 
poderá ser um dos alunos que manifestarem vontade de ser a pessoa que irá 
dominar. 
 A dinâmica dessa atividade é a mesma do pique, só que, ao invés de 
pegar a perna de seu companheiro, deverá ser feito o domínio de ambas as pernas, 
deixando o indivíduo imóvel. Será considerado dominado o aluno que tiver ambas as 
pernas dominadas, o aluno que sair da área demarcada e o aluno que ficar de pé. 
Todas as brincadeiras descritas acima podem ser realizadas tanto em placas de 
tatame, quanto em colchão usado. 
Para que a aula não caia em uma mesmice, o professor poderá introduzir, 
caso seja necessário, algumas projeções. As projeções mais simples de serem 
executadas pelos alunos, mais por questão de vivência, são: De-Ashi-Harai, O-Soto-
Gari e O-uchi-Gari. 
Mediante a tudo que foi dito, o objetivo da introdução desses gestos 
básicos de lutas é o acréscimo da cultura corporal de movimento, pois a criança 
merece conhecer diferentes gestos motores para que a mesma possa usufruir dela 
futuramente. 
Todas as brincadeiras que foram sugeridas e descritas anteriormente têm 
por finalidade acrescentar nos gestos motores das crianças, tanto para a aula de 
Educação Física, quanto para professores interessados em expandir os 
conhecimentos sobre lutas na Educação Física Escolar. Portanto, considerando-se 
 
17 
 
as literaturas da pesquisa realizada, há necessidade de mais pesquisas sobre a 
temática, principalmente na área pedagógica. 
 
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