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CASOS CONCRETOS PROCESSO PENAL I

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Semana 1
CASO 1 
1 - A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da boite The Night Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 330 do CP. Pergunta-se:
 
Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responder pelo crime do art. 330 do CP? 
Sim, poderá responder pelo crime disposto no artigo 330 do CP, embora o delegado possua ainda o meio de chamá-lo de modo coercitivo, ou seja, levando-o à força até a presença da autoridade policial, nesse sentido diz o artigo 260 do CPP. 
ART. 260.  Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único.  O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável. (CPP)
Desobediência
 Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. (CP)
E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito em questão? 
Nos termos do artigo 367 do CPP, o feito deve seguir sem a presença do acusado, constituindo-se em verdadeira revelia com efeitos formais, e ainda, caso este não constitua defensor, depois de execução de citação por hora certa, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
 Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.  (CPP)
Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.  (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (CPP)
 2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal.
 O princípio específico de que trata o texto é o da(o) 
a - Livre convencimento motivado. 
b - Inocência. 
c - Contraditório e ampla defesa. 
d - Devido processo legal. 
3- Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir: 
I - O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. 
II - O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência. 
III - O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. 
IV - O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. 
Assinale: 
a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
e- Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Semana 2
CASO 1 
Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual. 
Jorginho tem direito de constituir advogado para exercer sua ampla defesa, e ainda, deve ter oportunidade para contradizer as acusações da parte autora (princípio do contraditório). Dito isso, em análise ao caso em tela, fica claro que a condenação foi nula de pleno direito, uma vez que não houve a concessão de ampla defesa e contraditório ao acusado, ferindo frontalmente o que dispõe o artigo 5º, LV da CF, que assim aduz:
(...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; (CF)
Convém lembrar que o sistema adotado pelo nosso código de processo penal é o acusatório, quando nele há a característica da separação entre a função acusatória e a julgadora, garantindo a imparcialidade do órgão julgador, e por consequência, assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema, ao considerarmos que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último, A produção das provas é incumbência das partes. Ademais, como bem esclarece o nosso código de processo penal no artigo 261, é inconcebível a prolação de sentença ao acusado sem que este tenha constituído defensor durante todo o trâmite processual. Nesses termos:
Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
      Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. (CPP)
Isto posto, há de se convir que a sentença é totalmente nula, e que deveria o magistrado, ao perceber que o réu não constituiu patrono para exercer a sua defesa, nomear defensor dativo, nos termos do artigo 263 do CPP (art.263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação). 
CASO 2 - FCC-2012-TJ/RJ-Analista 
 
 No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto afirmar: 
a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode desconstituí-lo para nomear um profissional de sua confiança. 
b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, sem necessidade de constituição de outro profissional 
c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem habilitação, nos casos em que não está em risco sua liberdade. 
d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por Procurador Municipal ou Estadual. 
e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não sejahabilitado para tanto. 
3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta. 
 a- O sistema de provas adotado é o do livre convencimento. 
b- As funções de acusar, defender e julgar concentram-se nas mãos de uma única pessoa. 
c- O processo é regido pelo sigilo. 
d- Não há contraditório nem ampla defesa 
Semana 3 
CASO 01: 
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se na doutrina e jurisprudência. 
A partir de uma denúncia anônima a autoridade policial deverá verificar a procedência das informações para aí assim, sendo o caso, instaurar o IP. Portanto a simples delácio não autoriza a instauração do IP até porque poderia servir como instrumento de vingança contra desafetos. Ademais a própria CF veda o anonimato, conforme artigo 5º, inciso IV, da CF. E também não faz sentindo a lei tipificar uma denunciação caluniosa e prestigiar uma simples denúncia anônima. 
CASO 2- Tendo em vista o enunciado nº 14 da Súmula Vinculante, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá negar ao advogado 
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente. 
b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. 
c) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos prestados pelas vítimas, se entender pertinente. 
d) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório. 
CASO 3- Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta? 
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do território nacional. 
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional. 
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território. 
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicas fora no território nacional. 
Semana 4
CASO 1 Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica constitucional. 
O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias (flagrante delito ou preso preventivamente) a contar da data execução da ordem de prisão
solto mediante fiança ou sem ela – 30 dias
Obs: §1º do artigo 10 do CPP
Tal dispositivo não mais de justifica uma vez que com a promulgação da CF houve a criação e organização das centrais de IP e o destinatário da investigação será o MP e não a Autoridade Judiciária, coadunando-se com o sistema acusatório previsto em nosso ordenamento jurídico.
 
CASO 2- Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta. 
A- É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser observadas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal. 
C- Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e disponível. 
D- A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no curso da investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais. 
CASO 3-Leia o registro que se segue. 
Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado. 
Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências. 
Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança. 
Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que Mévio se livre solto. 
O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que Mévio não tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o Magistrado, ouvido o Ministério Público, tome as providências que julgar cabíveis, podendo até decretar eventual prisão temporária. 
 
Semana 5
CASO 1 - João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF? 
A teoria do arquivamento implícito é defendida por uma doutrina minoritária ao argumento de que no momento em que a denúncia foi oferecida somente em face de João e o juiz não exerceu fiscalização do PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA. Para esta corrente para que o MP possa aditar a denúncia incluindo José ou até mesmo oferecer uma nova denúncia em face de José há que ter novas provas, aplicando-se portanto a súmula 524 do STF. No entanto para a maioria da doutrina e jurisprudência não existe arquivamento implícito em nosso ordenamento jurídico. Para que se tenha o arquivamento é necessário o requerimento expresso do MP fundamentando suas razões e a manifestação do juiz (artigo 28 CPP). Sendo assim, para que seja aditada a denúncia ou até mesmo oferecida uma nova denúncia em face de JOSÉ não há que se falar em provas, portanto não há aplicação 524 do STF.
2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotordeverá 
a) arquivar os autos. 
b) oferecer denúncia. 
c) determinar a baixa dos autos. 
d) requerer o arquivamento. 
 3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial: 
 
A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a propositura da ação. 
B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu arquivamento. 
C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu arquivamento, o que será apreciado pelo juiz. 
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por ausência de justa causa para a ação penal. 
E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-o ao juízo competente.
Semana 6
CASO 01: 
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia? 
Não, pois a ação penal é pública incondicionada. A competência para julgar a ação é Vara da Violência Contra a mulher. A capitulação é artigo 129, §9º, do CP c/c a lei 11.340/06. Após julgamento da ADI 4424 e ADC 19 o STF passou a entender que no caso de violência contra a mulher a ação é PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, não podendo ser aplicados os benefícios da Lei 9099/95 (transação penal, composição e suspensão condicional do processo)
Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal. 
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido. 
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo Ricardo. 
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal. 
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima. 
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado. 
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça. 
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública.
Semana 7
CASO 01: 
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, pergunta-se : 
 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa? 
A legitimidade ad causam significa a capacidade para ser parte, e portanto PAULA possui tal legitimidade uma vez que a mesma foi vítima do crime. Porém ela não possui a legitimidade ad processum, ou seja, a capacidade para estar em juízo praticando atos processuais válidos, sendo assim a sua incapacidade terá que ser suprida através de representação. 
 
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal? 
A emancipação pelo casamento só gera efeitos civis e se PAULA fizesse arfimações falsas não estaria sujeita as sanções de um eventual crime de denunciação caluniosa, sendo assim será necessária a intervenção de um representante legal ou caso não possua será nomeado um curador especial. 
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? 
Exclusiva do querelante conforme artigo 33 do CPP. 
2- Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta. 
a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato personalíssimo do ofendido e não se estende aos seus herdeiros. 
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. (artigo 63, §ú, do CPP)
c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a propositura da ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do fato, uma vez que seria contraditório absolver o agente na esfera criminal e processá-lo no âmbito cível. 
d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga extinta a punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil. 
3- Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. 
a) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação, a decisão que julgar extinta a punibilidade e a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 
b) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil não poderá ser proposta em nenhuma hipótese. 
c) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, a execução só poderá ser efetuada pelo valor fixado na mesma, não se admitindo, neste caso, a liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. 
Semana 8
CASO 1 
Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex prefeito. 
Ex prefeito não possui foro por prerrogativa 
desvio de verbas públicas – competência da justiça federal 
Súmula 208 do STJ
 Competência do juiz de 1º grau da varacriminal federal da justiça comum
 2-Compete à justiça federal processar e julgar 
a) furto de bem de sociedade de economia mista. 
b) crime de deserção praticado por bombeiro militar. 
c) crime contra a organização do trabalho. (artigo 109, inc. IV, da CF)
d) crime de transporte de eleitores no dia da votação. 
3- Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso. 
 
Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para julgamento. 
a) Justiça Estadual da cidade “Y”. 
b) Justiça Federal da cidade “K”. (súmula 200 do STJ)
c) Justiça Federal da cidade “Y”. 
d) Justiça Estadual da cidade “K”.

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