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BLOCO 1_farmacobotânica

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BLOCO 1 
 
AULA 1: A PLANTA E O HOMEM 
Utilização das plantas pelo homem: 
• Corantes 
• Cosmética 
• Plantas ornamentais 
• Combustíveis -> álcool, biodiesel 
• Plantas taníferas, corticeiras, ceríferas, laticíferas... 
• Variado aproveitamento -> amido, marfim vegetal, forrageiras... 
Plantas medicinais: 
É todo vegetal que contém em um ou em vários de seus órgãos substâncias que podem ser 
empregadas para fins terapêuticos ou precursores de substâncias utilizadas para tais fins. 
Diversidade biológica -> um recurso ambiental, fornecendo produtos para exploração e 
consumo e prestando serviços de uso indireto. 
 
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO 
 
O nome da espécie deve ser escrito em latim, e em itálico, ou em negrito ou sublinhado: 
Zea mays L. ou Zea mays L. ou Zea mays L. 
A inicial do gênero deve ser escrita com letra maiúscula; a da espécie, com letra 
minúscula: Phaseolus (epiteto genérico) vulgaris (espítopo específico) L. (autor, em geral 
abreviado) 
Epítetos comemorativos (nomes de pessoas latinizados): Eucalyptus blakelyi -> William Blakely 
(ajudou na revisão do gênero Eucalyptus) 
Epítetos descritivos (característica específica da planta): 
- cor da flor 
rubra (vermelho), purpureum (roxo), alba (branco). 
- descreve a folhagem 
rotundifolia (para folhas redondas), grandifolia (para folhas grandes), hirsutum (para folha 
peluda), odorata 
- onde se encontram -> montana, aquatilis, maritima 
- forma de emprego -> edulis, cathartica 
Officinalis ou officinale -> para plantas medicinais: significa “da oficina” alusão às boticas, 
antigas farmácias, e o nome quer dizer que qualquer planta “officinalis” foi em certo tempo 
valorizada pelos boticários. 
Sativa -> está presente em espécies de gêneros distintos, como é o caso da maconha (Cannalis 
sativa). 
Gênero + sp: espécie desconhecida ou não informada. 
Gênero + spp: mais de uma espécie deste gênero. 
DIVERSIDADE VEGETAL 
O que unifica o reino plantae? Com três filos de briófitas, sete filos de plantas vasculares e três 
de algas, agrupamento de seres vivos autotróficos, com ciclos de vida com alternância de 
gerações e que representam uma transição para o ambiente terrestre. Embriófitos e algas. 
Briófitas: plantas onde o gametófito é nutricionalmente independente do esporófito e, em geral, 
maior que ele, podendo ser estruturalmente mais complexo. Plantas talosas, características de 
lugares úmidos, transição entre algas e plantas vasculares. 
Hepáticas (filo Marchantiophyta); musgos (filo Bryophyta) com estômatos; e antóceros (filo 
Anthocerophyta). 
Plantas vasculares sem sementes: possuem esporófitos de vida livre, que são mais proeminentes 
que os gametófitos, diferentemente das briófitas. Apresentam vasos condutores (xilema e 
floema), além de raízes, folhas e caule. 
Angiospermas: plantas com raiz, caule, folha e fruto, semente e flores. São mais abundantes na 
natureza e mais adaptadas. Monocotiledôneas (uma só folha primitiva que surge o embrião) e 
eudicotiledôneas (folha desmembrada em duas, quando brotam do embrião). 
Identificação: é a determinação de um táxon, como idênticos, semelhante ou diferente a outros 
comparados. 
Classificação: localizar uma planta ainda não conhecida. 
Tipificação: feita a partir de uma descrição original de um espécime- tipo guardado em um 
herbário. 
Herbário: coleção de amostras de espécies de plantas. Carpoteca (coleção de frutos) e xiloteca 
(coleção de madeiras). 
RAIZ: fixação vegetal em algum substrato; absorção de substâncias importantes para 
metabolismo de plantas; condução de nutrientes e até como reserva; geralmente subterrâneos. 
Se distingue do caule por não apresentar nós e entre nós, gemas laterais ou folhas, salvo raras 
exceções. 
Classificação. 
Quanto à origem: normais (se desenvolvem a partir da radícula presente no embrião, tais quais 
a raiz principal e suas ramificações). E adventícias (não se desenvolvem da radícula ou da raiz 
principal). 
Quanto ao habitat: subterrâneas ou aéreas. 
Subterrâneas: axial ou pivotante; fasciculada e tuberosa. 
Raízes fasciculadas - Também chamadas raízes em cabeleira, elas 
formam numa planta um conjunto de raízes finas que têm origem num 
único ponto. Não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz 
nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou 
menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas 
ocorrem nas monocotiledôneas. 
Raízes pivotantes - Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal, 
geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz principal partem 
raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas. Na 
foto fasciculada e pivotante respectivamente. 
Raiz tuberosa - Raiz dilatada pelo acúmulo de reservas nutritivas. Ex: cenoura, batata-doce 
Aéreas: Fixadoras ou grampiforme (prendem a planta trepadeira ao substrato); suportes ou 
escoras; respiratórias; tabulares (grandes apresentam aspecto de tábuas perpendiculares ao 
solo). 
 
 
CAULE: possui como funções principais a sustentação de folhas e de corpo 
reprodutor; condução de água e substâncias alimentares (condução de seiva); 
crescimento e propagação vegetativa e, em alguns casos, reserva de 
nutrientes. 
Quanto ao habitat: aéreos (eretos, rastejantes e trepadores); subterrâneos 
(rizomas, tubérculos e bulbos). 
Aéreos 
Eretos: tronco; haste; estipe e colmo. 
Rastejantes: sarmento e estolão. 
Subterrâneos 
Tubérculo: é dilatado pelo acúmulo de substâncias 
de reserva tornando-se arredondados. Apresenta 
crescimento limitado. Ex: batata-inglesa. 
Rizoma: caule com crescimento horizontal, que produz diretamente folhas ou ramos verticais 
com folhas 
Bulbo: cebola, alho. 
 
FOLHA: possuem origem nas gemas (laterais ou apicais), terminados pelos 
estímulos hormonais distintos. Metabolismo da planta; fotossíntese; respiração e 
transpiração; condução e distribuição de seiva. São inseridos nos nós do caule. Nas 
axilas das plantas (junção entre a folha e caule), que é para cima, ficam as gemas. 
 
Folhas simples (um limbo íntegro e uniforme) e compostas (limbo fragmentado em 
folíolos). 
Filotaxia: o modo de como as folhas estão inseridas em um caule. Importancia 
taxonomica. 
-folhas alternada: (cada folha sai de um nó); folhas opostas (2 folhas saindo de cada 
nó) e folhas verticiladas (três ou + folhas saindo de um mesmo nó). 
Tipos de nervação: reticulada (ou peninérveas) com nervuras ramificadas ao longo de 
uma nervura principal); paralinérvia (nervuras paralelas à principal) e uninérvias (uma 
única nervura). Reticulares são comuns em dicotiledoneas e paralelinervias são 
comuns em monocotiledaneas. 
Folhas modificadas: consequência de influências do meio externo, como os espinhos em cactos; 
bracteas (envolvem estruturas florais e são geralmente coloridas para charmar atenção de 
polinizadores) e folhas insetívoras. 
FLORES: Foi possível a partir da transição de plantas para o ambiente 
terrestre, a partir de folhas e ramos modificados. Tem origem nas 
gemas laterais e apicais do caule. Se a gema deu origem a um só botão 
floral diz-se que se trata de uma flor isolada. Se deu origem a mais de 
um botão floral, trata-se de uma inflorescencia. 
Em inflorescências, o pendunculo é, na verdade, um pedicelo. 
O cálice (formado por sépalas) e a corola (formada por pétalas) são 
verticilos protetores. O resto faz parte do conjunto de verticilos 
reprodutores. 
Corola: função de atrair e selecionar agentes polinizadores. Pétalas e sépalas em algumas 
monocotiledôneas não são distintas umas das outras, formando uma só estrutura, a tépala.Outras não possuem pétalas nem sépalas, que são as flores aclamídeas ou flores nuas. 
Androceu (formado por estames, estruturas reprodutoras masculinas): produção de grãos de 
pólen (com gameta masculino). São identidade da espécie. Possuem proteínas de 
reconhecimento por isso, é difícil um pólen de uma espécie fecunda o carpelo de outra. 
Gineceu (formado por carpelos, estrutura reprodutora feminina): fecundação. 
O nrº de sementes do fruto = nº de óvulos fecundados. O óvulo dá origem a semente e o ovário 
dá origem ao fruto. 
Estames (filetes e anteras), quanto à soldadura dos estames: 
dialistêmones – estames livres 
gamostêmones – estames soldados 
 
FRUTOS: É o produto da hipertrofia do ovário de uma flor (ou 
inflorescência) após a fecundação. É o ovário desenvolvido com as 
sementes já formadas. Pode ser ainda constituído de diversos ovários 
e ter ou não estruturas acessórias. Em geral, se não ocorre 
fertilização, não ocorre formação do fruto. As exceções são frutos 
sem sementes, que podem ser oriundos da flores unissexuadas, 
alteração hormonal etc. 
Pericarpo 
– epicarpo – camada mais externa proveniente da epiderme externa da parede ovariana. 
– mesocarpo – camada intermediária proveniente do mesofilo da folha carpelar. Quase sempre 
de grande espessura, podendo ou não acumular reservas nos frutos carnosos ou secos, 
respectivamente; em geral, é a parte comestível. 
– endocarpo – camada mais interna proveniente da epiderme interna da parede ovariana que 
se acha em contato com as sementes. Quando lenhoso, constitui o caroço (nas drupas), podendo 
ser a parte comestível, como na laranja 
Classificação 
Quanto ao número de sementes: monospérmicos (com uma só semente), dispérmicos (com 2 
sementes), trispérmicos (com 3 sementes), polispérmicos (com várias sementes). 
Quanto à consistência do pericarpo: secos (com pericarpo não suculento), carnosos (pericarpo 
espesso e suculento, armazenam grande quantidade de água, sais e matérias orgânicas). 
Endocarpo comestível nas bragas, nas drupas não (tem uma 
semente, e é endurecido). Mesocarpo rígido é um fruto seco. 
Pode ser deiscente (quando se abre sozinho) e indeiscente (não 
se abre sozinho). 
monocárpicos – provenientes de gineceu unicarpelar 
apocárpicos – provenientes de gineceu dialicarpelar 
sincárpicos – provenientes de gineceu gamocarpelar 
Fruto oriundo de uma só flor com vários ovários (flor 
dialicarpelar): frutos multíplos (ex: amora, framboesa, 
morango). 
Fruto oriundo de uma só flor e de outras partes dela, além do ovários: fruto complexos ou 
pseudofrutos. (ex: maçã, caju). 
Fruto oriundo de uma inflorescência: frutos compostos ou infrutescências. Resultam do 
desenvolvimento agregado dos ovários das inflorescências. (ex: abacaxi, figo).

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