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AULAS PSICOLOGIA JURIDICA

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AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
PSICOLOGIA JURÍDICA 
Aula 1: História da psicologia jurídica 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Contexto histórico e social da psicologia jurídica 
Aspectos históricos da Psicologia Jurídica 
A base histórica da Psicologia Jurídica, assim como 
de toda a Psicologia, está vinculada às bases 
filosóficas e suas reflexões sobre o homem 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Contexto histórico de desenvolvimento da psicologia jurídica 
Império Romano e na Idade Média 
As compreensões sobre o homem estavam vinculadas ao Cristianismo, ao conhecimento religioso. 
Visão de mundo holista, totalizante → religião englobando as demais esferas da vida. 
 
Renascença 
Começou a se estabelecer as bases do método científico, momento em que se inicia a separação entre 
Filosofia e Psicologia, que se deu pela conformação do caráter científico da Psicologia (BOCK, 1999). 
 
O século XIX – desenvolvimento da industrialização 
Nesse período, a ciência deveria encontrar respostas rápidas e soluções práticas. A noção de verdade passa 
a contar com o aval da ciência. 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Dois nome são fundamentais para o início da Psicologia como ciência: 
 
1) Fechner-Weber - estudo acerca da relação entre estímulo e sensação, constituindo uma possibilidade de 
medir o fenômeno psicológico (pressuposto de aferição e medição). 
 
2) Wundt - considerado o pai da Psicologia moderna, com seu primeiro laboratório de Psicologia 
experimental na Universidade de Leipzig, desenvolvendo o método de introspecção (BOCK, 1999). 
 
A Psicologia Jurídica, assim como todo o curso de Psicologia, tem seu desenvolvimento norteado pelo 
método científico. 
 
Até o fim do século XIX, a Psicologia Jurídica esteve vinculada à prática psiquiátrica forense, na qual 
predominou uma espécie de “psiquiatrização” do crime. A verdade jurídica é o resultado obtido pelo exame 
do criminoso (SILVA, 2007). 
Contexto histórico de desenvolvimento da psicologia jurídica 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Contexto histórico de desenvolvimento da psicologia jurídica 
O conhecimento Biologia (sustentado pela lógica científica) → estabelece modelos e a possibilidade de 
explicação dos comportamentos humanos. 
 
São dessa época: 
 
Frenologia de Galton → interpretação da capacidade humana (caráter, funções intelectuais) por meio do 
tamanho e conformação do crânio. 
 
Antropologia Criminal de Cesare Lombroso → criminalidade é um fenômeno hereditário, passível de ser 
reconhecido pelas características físicas do indivíduo. 
 
Psiquiatria → saber sobre a loucura → Philipe Pinel → dentro da ótica iluminista. 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Não existe um marco histórico definido, uma vez que o processo se deu de forma lenta e gradual. 
Muitas vezes o trabalho era realizado de maneira informal e voluntário. 
A Psicologia Jurídica teve seu reconhecimento como profissão na década de 1960 (LAGO et al., 2009). 
 
A partir da sua vinculação ao método científico, várias correntes teóricas foram desenvolvidas 
possibilitando o conhecimento e a exploração do comportamento humano sob vários aspectos, o que 
permitiu a interlocução com outros campos do saber, entre os quais o Direito. 
 
Mas, como ocorreu a articulação da Psicologia com o Direito? Em que área do conhecimento jurídico se deu 
essa articulação? 
 
Os primeiros trabalhos ocorreram na área criminal, enfocando estudos acerca de adultos criminosos e 
adolescentes infratores da lei (ROVINSKI, 2002). 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Inicialmente, a Psicologia Jurídica fazia uso de psicodiagnósticos, que eram considerados como 
instrumentos que objetivavam as constatações matemáticas, fornecendo comprovações para a orientação 
dos operadores do Direito. 
 
Utilizavam-se, sobretudo, testes psicológicos – os psicólogos que trabalhavam na área eram chamados de “ 
testólogo”, pois sua prática era baseada na aplicação de exames e avaliações. 
 
Perícia: avaliação de condições psicológicas com a finalidade de responder a quesitos formulados por 
operadores do Direito -> atividade avaliativa e de subsídio às decisões judiciais. 
 
Dentro desse contexto surge, no final do século XIX, a Psicologia do Testemunho. 
 
Objetivo: avaliação da veracidade de relatos de acusados e de testemunhas, levando em consideração os 
processos internos que influenciam na veracidade do relato, como por exemplo, memória e percepção. 
(Jacó-Vilela, 1999). 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Quais as contribuições da Psicologia nesse conjuntura? 
 
• Estudos acerca dos sistemas de interrogatório; 
• Os fatos delitivos; 
• A detecção de falsos testemunhos; 
• As amnésias simuladas; 
• Os testemunhos de crianças. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Principais características: 
 
Na década de 1960: com o reconhecimento da profissão, novas atribuições e práticas foram se 
incorporando à Psicologia, principalmente em interface com outras ciências e saberes. 
 
Décadas de 1970 e 1980: primeiros registros de trabalhos de psicólogos em instituições de Justiça no Brasil 
(perícia terceirizada). 
 
No Brasil, nos anos 1980, intensificou-se uma discussão importante sobre a Cidadania e os Direitos 
Humanos, impulsionada pela votação da nova Constituição brasileira, lembrando que a nova Constituição 
Federal viria a interferir de forma absoluta na prática psicológica junto aos tribunais, a psicologia jurídica 
evolui junto da legislação pátria. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Principais características: 
 
1985: Primeiro concurso público em São Paulo. 
 
Início da Década de 1990: luta dos psicólogos para criação do cargo junto ao Poder Judiciário. 
 
2000: Título de Especialista em Psicologia Jurídica pelo CFP: atividades relacionadas ao contexto das 
organizações de Justiça, incluindo organizações que integram os poderes Judiciário, Executivo e o Ministério 
Público. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Atualmente 
 
O psicólogo utiliza estratégias de avaliação psicológica, com objetivos bem definidos: ENCONTRAR 
RESPOSTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS. 
 
A testagem pode ser um passo importante do processo, mas é apenas um dos recursos de avaliação 
(CUNHA, 2000). 
 
O histórico da Psicologia Jurídica mostra a aproximação da Psicologia com o Direito, ligada à área criminal, 
aos direitos da criança e do adolescente e à importância dada à avaliação psicológica. 
 
Entretanto, não era apenas no campo do Direito Penal que existia a demanda pelo trabalho dos psicólogos. 
Outro campo que continua em ascensão é a participação do psicólogo nos processos de Direito Civil. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Atualmente 
 
Nos últimos dez anos, a demanda pelo trabalho do psicólogo em áreas como Direito da Família e Direito do 
Trabalho vem tomando força. 
 
Além desses campos, outras possibilidades de participação do psicólogo em questões judiciais vêm 
surgindo. São áreas de atuação que coexistem, buscando atender a propósitos diferenciados, mas também 
complementares. 
 
Mas, o que é Psicologia Jurídica? 
A Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas ao saber 
do Direito. “Toda e qualquer prática da Psicologia relacionada às práticas jurídicaspode ser nomeada como 
Psicologia Jurídica” (HOMRICH; LUCAS, 2011, pg 242). 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Quais são as atividades e os principais campos de atuação do psicólogo jurídico? 
 
• Atividades 
• Confecções de laudos; 
• Pareceres; 
• Relatórios; 
• Recomendação de soluções para os conflitos apresentados. 
 
Podemos concluir que... 
 
A atuação do psicólogo Jurídico ultrapassa uma atividade de cunho meramente avaliativo e de subsídio aos 
magistrados. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
O psicólogo JAMAIS determina os procedimentos jurídicos que deverão ser tomados. 
 
O psicólogo não decide! 
Ele conclui a partir dos dados levantados mediante a avaliação e pode, desse modo, sugerir e/ou indicar 
possibilidades de solução da questão apresentada pelo litígio judicial. 
 
Campo de atuação - ramos do Direito que frequentemente demandam a participação do psicólogo 
• Direito da Família; 
• Direito da Criança e do Adolescente; 
• Direito Civil; 
• Direito Penal; 
• Direito do Trabalho. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
O Direito de Família e o Direito da Criança e do Adolescente fazem parte do Direito Civil. 
 
Como na prática as ações são ajuizadas em varas diferenciadas, optamos por fazer essa divisão também 
didaticamente. 
 
Psicólogo jurídico e o direito de família: 
Processos de separação e divórcio; 
Disputa de guarda e regulamentação de visitas. 
 
Nos processos de separação de cunho litigioso o psicólogo pode operar como mediador (nos casos em que 
os litigantes se disponham a tentar um acordo) ou realizar uma avaliação de uma das partes ou do casal, 
podendo o psicólogo sugerir encaminhamento psicológico ou psiquiátrico da(s) parte(s). 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Processos de separação e divórcio englobam: 
• Partilha de bens; 
• Guarda de filhos; 
• Estabelecimento de pensão alimentícia; 
• Direito à visitação. 
 
Desse modo, seja como avaliador ou mediador, o psicólogo buscará os motivos que levaram o casal ao litígio 
e os conflitos subjacentes que impedem um acordo. 
 
Disputa de guarda: 
O juiz pode solicitar uma perícia psicológica para que se avalie qual dos genitores tem melhores condições 
de exercer esse direito. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Além dos conhecimentos sobre avaliação, psicopatologia, psicologia do desenvolvimento e psicodinâmica do 
casal, assuntos atuais como a guarda compartilhada, falsas acusações de abuso sexual e síndrome de 
alienação parental podem estar envolvidos nesses processos. 
 
Pais que colocam os interesses e a vaidade pessoal acima do sofrimento que uma disputa judicial pode 
acarretar aos filhos, na tentativa de atingir ou magoar o ex-companheiro, revelam-se com problemas para 
exercer a parentalidade de forma madura e responsável (CASTRO, 2005). 
 
Regulamentação das visitas 
As avaliações são realizadas para esclarecer conflitos por meio da compreensão da dinâmica familiar, 
sugerindo medidas a serem adotas. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Psicólogo jurídico e o direito da criança e do adolescente: 
• Adoção; 
• Destituição do poder familiar; 
• Adolescentes autores de atos infracionais. 
 
Adoção 
Avalia se os candidatos que estão dentro das exigências legais, buscando-se assessorar os avaliados e 
verificar os mais aptos, objetivando prevenir a negligência, o abuso, a rejeição ou a devolução. 
 
Destituição do poder familiar 
O processo de separar a criança de sua família exige muita atenção e cuidado, pois, independentemente da 
causa da remoção (doença, negligência, abandono, maus-tratos, abuso sexual, ineficiência ou morte dos 
pais), a transferência da responsabilidade para estranhos deve ser realizada com base em muita reflexão 
(CESCA, 2004). 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
O que é destituição do poder familiar? 
É um direito concedido a ambos os pais, sem nenhuma distinção ou preferência, para que eles determinem 
a assistência, criação e educação dos filhos. Esse direito é assistido aos genitores, ainda que separados, e a 
guarda conferida a apenas um dos dois. 
 
A legislação brasileira prevê casos em que esse direito pode ser suspenso, ou até mesmo destituído, de 
forma irrevogável. 
 
Adolescentes autores de atos infracionais: 
 São submetidos a medidas socioeducativas que objetivam a responsabilidade dos autores e focalizam 
aspectos educativos, com o trabalho do psicólogo devendo convergir com esses objetivos, possibilitando 
uma reintegração social. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Psicólogo jurídico e o Direito Civil: 
• Indenizações oriundas de danos psíquicos; 
• Interdição judicial. 
 
Dano psíquico: 
Por intermédio de uma perspectiva teórica e de seu instrumental técnico, o psicólogo avaliará a presença 
real do dano. 
 
Como definir dano psíquico? 
Sequela, na esfera emocional ou psicológica, de um fato particular traumatizante. Pode-se dizer que o dano 
está presente quando são gerados efeitos traumáticos na organização psíquica e/ou no repertório 
comportamental da vítima. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Interdição: 
O psicólogo nomeado perito pelo juiz realiza avaliação que comprove ou não a enfermidade mental. 
 
Objetivo: a Justiça quer saber se a doença mental de que o paciente é portador o torna incapaz de reger sua 
pessoa e seus bens 
 
O que é interdição? 
Refere-se à incapacidade de exercício por si mesmo dos atos da vida civil. Uma das possibilidades de 
interdição previstas pelo Código Civil são os casos em que, por enfermidade ou deficiência mental, os 
sujeitos de direito não tenham o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Psicólogo jurídico e o Direito Penal: 
• Verificação de periculosidade; 
• Discernimento ou sanidade mental das partes em litígio ou em julgamento. 
 
A atuação dar-se-á junto ao Sistema Penitenciário e aos Institutos Psiquiátricos Forenses. 
 
Sistema Penitenciário 
Segundo Lago et al., (2009), a Lei de Execução Penal (LEP), criada em 1984, foi um elemento fundamental, 
garantindo a existência oficial do trabalho dos psicólogos no sistema prisional. 
 
A Lei 10.792/2003 trouxe mudanças à LEP, uma vez que extinguiu o exame criminológico feito para instruir 
pedidos de benefícios e o parecer da Comissão Técnica de Classificação Brasil (2003). Para a concessão de 
benefícios legais, as únicas exigências previstas são o lapso de tempo já cumprido e a boa conduta. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Institutos Psiquiátricos Forenses 
Trabalho realizado junto aos doentes mentais que cometeram algum delito. 
 
Esses sujeitos recebem medida de segurança, decretada pelo juiz, e são encaminhados para Institutos 
Psiquiátricos Forenses (IPF). 
 
Além de abrigar esses doentes mentais, os IPF são responsáveis: 
• Pela realização de perícias oficiais na área criminal; 
• Pelo atendimento psiquiátrico à rede penitenciária. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Psicólogo jurídico e o Direito do Trabalho: 
A perícia a ser realizada nesses casos serve como uma vistoria para avaliar o nexoentre as condições 
de trabalho e a repercussão na saúde mental do indivíduo. 
 
Que processos que demandam a atuação do psicólogo nesses contexto? 
• Danos psicológicos causados por acidentes de trabalho; 
• Afastamento e aposentadoria por sofrimento psicológico. 
 
Cabe ao psicólogo a elaboração de um laudo, no qual irá traduzir, analisar e disponibilizar, com suas 
habilidades e conhecimento, elementos que sevirão de subsídios para a investigação. 
Psicologia jurídica no Brasil 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
Assista ao vídeo: 
História e Memória da Psicologia em SP. Disponível em: 
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/juridica/juridica.html; 
Leia: 
ALTOÉ, S. Atualidade da Psicologia Jurídica. Revista de Pesquisadores da Psicologia no Brasil (UFRJ, UFMG, 
UFJF, UFF, UERJ, Unirio). Juiz de Fora, Ano 1, Nº 2, julho-dezembro 2001. 
 
JACÓ-VILELA, Ana Maria. Os primórdios da psicologia jurídica. In: BRITO, Leila Maria Torraca de (Org.). Temas 
de Psicologia Jurídica. Rio de Janeiro: Relumé Dumará, 1999. 
Saiba mais 
AULA 1: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA 
Psicologia jurídica 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Questões éticas; 
 
A elaboração de laudos e pareceres. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
PSICOLOGIA JURÍDICA 
Aula 2: Código de ética profissional do psicólogo 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
Questões éticas 
Elaboração de laudos e pareceres – Manual de 
elaboração de documentos decorrentes de 
avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Edições do Código de Ética 
 
O Código de Ética dos psicólogos teve em seu percurso histórico quatro versões, nos anos de 1975, 1979, 
1987 e 2005. 
 
1975 – Oficialmente batizado como o primeiro Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP) – Resolução 
CFP nº 8, de 02 de fevereiro de 1975 –, publicada no Diário Oficial da União. 
 
1979 – Segundo CEPP de 1979 entrava em vigor, ainda no período político ditatorial, porém, em um 
momento em que os movimentos sociais de resistência se fortaleciam. 
 
Nesse segundo Código pode-se constatar que alguns temas ganharam ênfase, como os que versavam 
sobre sigilo e relações com a Justiça, enquanto outros foram excluídos, entre eles o artigo que versava sobre 
a prática de interrogatório sob ação de hipnose (Romaro, 2008). 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Edições do Código de Ética 
 
2005 - Quarto Código de Ética do Psicólogo (atualmente em vigor) que foi resultante do percurso 
histórico da Psicologia frente às novas demandas sociais e também como carta que dialoga ativamente com 
a Cultura de Direitos Humanos, instituída a partir da Constituição Federal de 1988. 
 
 
É bastante reduzido, deixando de tratar alguns temas de forma mais específica e direta, para se tornar um 
instrumento com princípios mais gerais e amplos, com a finalidade de permitir a discussão e reflexão da 
profissão como um todo. 
 
De modo geral, a intenção do novo Código foi: “deixar de ser um instrumento fundamentalmente 
prescritivo para ser um Código que permita o exercício do pensamento, possibilitando a ética se fazer 
presente, enquanto associada à prática profissional”. 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Edições do Código de Ética 
 
De acordo com o CFP (Resolução CFP nº 010/2005): 
 
Sua expectativa é de que o Código "seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as 
responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos 
das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão" (CFP, 
2005, p.5 e CEPP, 2014, p. 6). 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Problemas éticos que envolvem a Psicologia 
 
O psicólogo, ao lidar com o ser humano, enfrentará dilemas éticos que perpassarão sua prática, tais como: 
 
• O sigilo; 
• Atendimento de pessoas portadoras de doenças contagiosas; 
• O valor a ser cobrado pelo serviço prestado; 
• Prática antiética de um colega de profissão. 
 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Dilemas éticos na relação do psicólogo com a pessoa atendida e/ou familiares desta, ou na relação com a 
equipe de trabalho 
 
• Até que ponto manter o sigilo profissional? 
 
• É possível quebrar o sigilo? Em quais situações? 
 
• Como agir frente às atitudes antiéticas de colegas de trabalho? 
 
• Quais as informações sobre o paciente devem constar no prontuário? 
 
• Deve-se quebrar o sigilo em casos de violência física, abuso sexual ou negligência contra menores? 
 
• Qual a atitude do psicólogo frente a um paciente portador do HIV positivo, que está contaminando 
deliberadamente seus parceiros? 
 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Papel do psicólogo 
 
O psicólogo não pode nem deve compactuar, silenciar ou repetir atitudes que violem a liberdade, a 
dignidade e os direitos da pessoa humana. 
 
Deve procurar parcerias capazes de fortalecer sua prática ética e estimular atitudes socialmente dignas, 
contribuindo para o advento de uma sociedade mais ética. 
 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Compromisso ético da Psicologia 
 
• A relação ética firmada com o cliente deve ser respeitosa, cuidadosa e amorosa; 
 
• Por meio das demandas que vêm sendo apresentadas ao psicólogo atualmente, seu campo de atuação 
se consagra em diversos espaços: equipes de saúde, escolas, área familiar, entre outros. 
 
“Em todas essas situações, ele precisa se questionar acerca do seu fazer, do papel das instituições públicas 
[...]. A ele compete oferecer oportunidades para o crescimento do indivíduo [...] e estabelecer novos 
vínculos sociais.” (PASSOS, 2007. p. 63-64). 
 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Ética Profissional 
 
O que significa? 
“A ética profissional é a aplicação da ética no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estar 
imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas suas atividades de 
trabalho.” (CAMARGO, 1999, p. 31-32 apud PASSOS, 2007, p. 79). 
 
Em que o psicólogo deve pautar-se para que sua postura possa ser considerada ética? 
• No Código de Ética Profissional do Psicólogo; 
• Em suas convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de sua formação 
pessoal e profissional; 
• Nos princípios éticos que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem crenças ou valores 
pessoais. 
A atuação do psicólogo de acordo coma 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
O Código é composto por: 
 
• Responsabilidades gerais do psicólogo; 
• Responsabilidades e relações com instituições empregadoras e outras; 
• Das relações com outros profissionais ou psicólogos; 
• Das relações com a categoria; 
• Das relações com a justiça; 
• Do sigilo profissional; 
• Das comunidades científicas e da divulgação ao público; 
• Da publicidade profissional; 
• Dos honorários profissionais; 
• Da observância, aplicação e cumprimento do Código de Ética. 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Princípios Fundamentais 
O atual Código de Ética é fundado nos seguintes princípios: 
 
• Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e outros princípios estipulados na Declaração Universal dos 
Direitos Humanos (e referendados na nossa Constituição Federal de 1988): liberdade, igualdade e 
integridade do ser humano; 
 
• Promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e coletividades, atuando contra negligência, 
discriminação, violência, crueldade e opressão; 
 
• Responsabilidade social; 
 
• Divulgação dos conceitos éticos e da prática psicológica; 
 
• Reconhecimento das relações de poder nos contextos em que atua, e o impacto destas relações; 
 
• Principais artigos a serem estudados para a matéria. 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Art. 2º Ao psicólogo é vedado: 
 
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a 
qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais; 
 
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-científica; 
 
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados 
ou fazer declarações falsas; 
 
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais 
ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da 
avaliação; 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Art. 9º É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, 
a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional. 
 
Art. 10 Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e 
as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o 
psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. 
 
Parágrafo único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se 
a prestar as informações estritamente necessárias. 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Questões éticas 
Art. 11 Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, considerando o 
previsto neste Código. 
 
Art. 12 Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará 
apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho. 
 
Art. 13 No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis 
o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício. 
A atuação do psicólogo de acordo com a 
interpretação do seu código de ética profissional 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Resolução CFP n.º 007/2003 
Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de 
avaliação psicológica. 
 
Art. 2º - O Manual de Elaboração de Documentos Escritos, referido no artigo anterior, dispõe sobre os 
seguintes itens: 
I. Princípios norteadores; 
II. Modalidades de documentos; 
III. Conceito / finalidade / estrutura; 
IV. Validade dos documentos; 
V. Guarda dos documentos. 
 
Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação psicológica deverá seguir as 
diretrizes descritas neste manual. 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Avaliação Psicológica 
Avaliação Psicológica = processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de 
informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a 
sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos. 
Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus 
efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o 
indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a 
conclusão do processo de avaliação psicológica. 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Avaliação Psicológica 
Principais técnicas da Avaliação Psicológica: 
 
• Entrevistas; 
• Observação; 
• Testes Psicológicos; 
• Dinâmicas de grupo; 
• Observação lúdica; 
• Provas situacionais e outras. 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Avaliação Psicológica 
I - Princípios norteadores na elaboração de documentos 
 
1 – Princípios técnicos da linguagem escrita 
 
• Redação bem estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar; 
 
• Ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido pela estrutura, composição 
de parágrafos ou frases, além da correção gramatical; 
 
• Clareza, a concisão e a harmonia. 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Avaliação Psicológica 
2 – Princípios Éticos e Técnicos 
 
2.1. Princípios Éticos 
 
• Basear informações na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do 
Psicólogo – ao sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações – identificando 
riscos e compromissos em relação à utilização das informações presentes nos documentos em sua 
dimensão de relações de poder. 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Avaliação Psicológica 
2 – Princípios Éticos e Técnicos 
 
2.2. Princípios Técnicos 
 
• Basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de 
grupo, escuta, intervenções verbais); 
• A linguagem deve restringir pontualmente às informações que se fizerem necessárias, recusando 
considerações que não tenham relação com a finalidade do documento específico; 
• Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima, considerando que a última estará 
assinada, em toda e qualquer modalidade de documento. 
Manual de elaboraçãode documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
Avaliação Psicológica 
II - Modalidades de documentos 
 
• 1. Declaração; 
 
• 2. Atestado psicológico; 
 
• 3. Relatório / laudo psicológico; 
 
• 4. Parecer psicológico. 
 
Atenção! 
A Declaração e o Parecer psicológico NÃO são documentos decorrentes da avaliação Psicológica, embora 
muitas vezes apareçam desta forma. 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas 
AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 
Psicologia jurídica 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Conceito / finalidade / estrutura da 
elaboração de documentos. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
PSICOLOGIA JURÍDICA 
Aula 3: Manual de elaboração de documentos 
AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
Manual de elaboração de documentos escritos - resolução CFP n.º 007/2003 
Manual de elaboração de documentos decorrentes de 
avaliações psicológicas: 
 
• Conceito / finalidade / estrutura 
 
 
• Validade dos documentos 
 
 
• Guarda dos documentos. 
 
AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
1 - DECLARAÇÃO 
1.1 - Conceito e Finalidade 
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao 
atendimento psicológico, com a finalidade de: 
 
a) Declarar comparecimentos do atendido; 
b) Declarar o acompanhamento psicológico do atendido; 
c) Informações diversas sobre o enquadre do atendimento (tempo de acompanhamento, dias 
ou horários). 
 
 
Atenção! Não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos. 
Manual de elaboração de documentos escritos - resolução CFP n.º 007/2003 
AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
1 - DECLARAÇÃO 
1.2 - Estrutura da Declaração 
 
a) Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o carimbo, em 
que conste: nome e sobrenome do psicólogo acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do 
Psicólogo / Nº da inscrição”); 
 
 
b) A Declaração deve expor: 
 
 Registro do nome e sobrenome do solicitante; 
 Finalidade do documento (comprovação/comparecimento); 
 Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento (se faz acompanhamento 
psicológico, em quais dias, qual horário); 
 Registro do local e data da expedição da Declaração; 
 Assinatura do psicólogo acima da identificação do psicólogo ou do carimbo. 
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AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
Modelo I 
 
DECLARAÇÃO 
 
Declaro, para os fins que se fizeram necessários, que o sr. (Nome do Solicitante) faz 
acompanhamento psicológico no (ambulatório ou consultório), desde janeiro de 2011, sob 
meus cuidados profissionais. 
 
Cidade, dia, mês, ano 
 
Nome completo do psicólogo 
Nº de inscrição no CRP 
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Psicologia jurídica 
Modelo II 
 
DECLARAÇÃO 
 
Declaro, para fins de comprovação, que o sr. (Nome do solicitante), está sendo submetido a 
acompanhamento psicológico, sob meus cuidados profissionais, comparecendo às sessões todas as 
quintas-feiras, no horário de 17 horas. 
 
Cidade, dia, mês, ano 
 
Nome completo do profissional 
Nº de inscrição no CRP 
 
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Psicologia jurídica 
2 – ATESTADO PSICOLÓGICO – Resolução CFP Nº 015/1996 
 Por ser um profissional que atua também na área de saúde e por ser habilitado para diagnosticar 
condições mentais que incapacitam o paciente para o trabalho e/ou estudos, é atribuição do 
psicólogo a emissão de atestado psicológico; 
 No caso do afastamento para tratamento de saúde ultrapassar a 15 (quinze) dias, o paciente 
deverá ser encaminhado pela empresa à Perícia da Previdência Social/Junta Médica. 
Manual de elaboração de documentos escritos - resolução CFP n.º 007/2003 
AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
2 – ATESTADO PSICOLÓGICO – Resolução CFP Nº 015/1996 
2.1 - Conceito e Finalidade 
É um documento expedido pelo psicólogo, que certifica uma determinada situação ou estado 
psicológico, tendo como finalidade: 
a) Afirmar como testemunha, por escrito, a informação ou estado psicológico de quem, por 
requerimento, o solicita, aos fins expressos por este; 
b) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante, atestando-os como decorrentes do 
estado psicológico informado; 
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na afirmação atestada do 
fato, em acordo com o disposto na Resolução CFP nº 015/96. 
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Psicologia jurídica 
2 – ATESTADO PSICOLÓGICO – Resolução CFP Nº 015/1996 
2.2 - Estrutura do Atestado 
 
A formulação do Atestado deve restringir-se à informação solicitada pelo requerente, contendo 
expressamente o fato constatado. Embora seja um documento simples, deve cumprir algumas 
formalidades: 
 
a) Ser emitido em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o carimbo, em 
que conste o nome e sobrenome acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do Psicólogo / 
Nº da inscrição”). 
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Psicologia jurídica 
2 – ATESTADO PSICOLÓGICO – Resolução CFP Nº 015/1996 
2.2 - Estrutura do Atestado 
 
b) O Atestado deve expor: 
 
• Registro do nome e sobrenome do solicitante; 
• Registro da informação pelo sintoma, situação ou estado psicológico que justifica o 
atendimento, afastamento ou falta – podendo registrar sob o indicativo do código da 
Classificação Internacional de Doenças (CID); 
• Registro do local e data da expedição da Declaração; 
• Assinatura acima da identificação do psicólogo ou do carimbo. 
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Psicologia jurídica 
2 – ATESTADO PSICOLÓGICO – Resolução CFP Nº 015/1996 
2.2 - Estrutura do Atestado 
 
Se a finalidade do Atestado for solicitar afastamento ou dispensa, o registro da 
informação/pedido deverá estar justificado pelo sintoma, situação ou estado psicológico. 
 Os registros deverão estar transcritos de forma corrida, ou seja, separados apenas pela 
pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso, riscos de adulterações. No caso em que seja 
necessária a utilização de parágrafos, o psicólogo deverá preencher esses espaços com traços. 
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AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
Modelo I 
 
ATESTADO 
 
Atesto, para os devidos fins, que o sr. (Nome do solicitante) encontra-se em acompanhamento 
psicológico para tratar de sintomas compatíveis com CID V.6281 --- 
 
 
Nome da cidade, dia, mês, ano 
Nome do Profissional 
Nº de inscrição no CRP 
 
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Psicologia jurídica 
Modelo II 
 
ATESTADO 
 
Atesto, para fins de comprovação junto a (nome a quem se destina), que o sr. (Nome do Solicitante), 
apresenta sintomas relativos a angústia, insônia, ansiedade e irritabilidade,necessitando, no 
momento, de 3 (três) dias de afastamento de suas atividades laborais para acompanhamento ...* 
(ou para repouso, ou indicar a razão). 
 
Cidade, dia, mês, ano 
Nome do psicólogo 
Nº de inscrição no CRP 
 
*A finalidade indicará a informação a ser prestada e/ou pedido. Entretanto, a estruturação 
obedecerá sempre esta configuração de simplicidade, clareza e concisão. 
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Psicologia jurídica 
3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.1 - Conceito e Finalidade 
 
Apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações 
históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. 
 
A finalidade será o de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processos da 
avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o 
prognóstico e a evolução do caso, a orientação e sugestão do projeto terapêutico. 
 
Como todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um 
instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, 
intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo 
psicólogo. 
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Psicologia jurídica 
3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.1 - Conceito e Finalidade 
A finalidade do Relatório Psicológico será sempre a de apresentar resultados e conclusões da 
avaliação psicológica. Entretanto, em função da petição ou da solicitação do interessado, o Relatório 
Psicológico poderá destinar-se a finalidades diversas, como: encaminhamento, intervenção, 
diagnóstico, prognóstico, parecer, orientação, solicitação de acompanhamento psicológico, 
prorrogação de prazo para acompanhamento psicológico etc. Enfim, a solicitação do requerente é 
que irá apontar o objetivo último do Relatório Psicológico. 
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Psicologia jurídica 
3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.2 - Estrutura do Relatório/Laudo 
 
 Independentemente das finalidades a que se destina, o Relatório Psicológico é uma peça de 
natureza e valor científicos, devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e 
harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário. 
 
 Os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou conceituação 
retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os sustentam. Independentemente também, da 
finalidade a que se destina, o Relatório Psicológico deve conter: 
1. Cabeçalho ou Identificação; 
2. Introdução ou Histórico; 
3. Descrição/Desenvolvimento ou Análise; 
4. Conclusão. 
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3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.2.1. Cabeçalho 
 
É a parte superior da primeira parte do Relatório Psicológico com a finalidade de identificar: 
 
 O autor/relator – quem elabora o Relatório Psicológico; 
 O interessado – quem solicita o Relatório Psicológico; 
 O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade do Relatório Psicológico. 
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3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.2.1. Cabeçalho 
 
 No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s) nome(s) do(s) psicólogo(s) que 
realizará(ão) a avaliação, com a(s) respectiva(s) inscrição(ões) no Conselho Regional; 
 No identificador INTERESSADO, o psicólogo indicará o nome do autor do pedido (se a solicitação 
foi da Justiça, se foi de empresas, entidades ou do cliente); 
 No identificador ASSUNTO, o psicólogo indicará a razão, o motivo do pedido (se para 
acompanhamento psicológico, prorrogação de prazo para acompanhamento ou outras razões 
pertinentes a uma avaliação psicológica). 
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Psicologia jurídica 
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Psicologia jurídica 
3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.2.2. Introdução ou Histórico 
 
Alguns psicólogos, em seus Relatórios, intitulam essa primeira parte como HISTÓRICO. Ela é 
destinada à narração histórica e sucinta dos fatos que produziram o pedido do Relatório Psicológico. 
Inicia-se com as razões do pedido, seguida da descrição do processo ou dos procedimentos 
utilizados para coletar as informações, contextualizando fatos e pessoas neles envolvidos e a 
metodologia empregada, possibilitando assim, para quem lê, a compreensão do ocorrido, o que se 
está analisando, solicitando e/ou questionando. 
 
Portanto, a introdução tratará da narração: 
 
 Dos fatos motivadores do pedido; 
 
 Dos procedimentos e instrumentos utilizados na coleta de dados (número de encontros, pessoas 
ouvidas, instrumentos utilizados), à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa. 
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Psicologia jurídica 
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Psicologia jurídica 
3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.2.3. Descrição/Desenvolvimento/Análise 
 
 
É a parte do Relatório na qual o psicólogo faz uma exposição descritiva de forma metódica, objetiva 
e fiel dos dados colhidos e das situações vividas. Nessa exposição, deve respeitar a fundamentação 
teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos, como as 
questões relativas ao sigilo das informações. Somente deve ser relatado o que for necessário para o 
esclarecimento do caso. 
 
O psicólogo, ainda nessa parte, poderá se valer de citações ou transcrições, visando a reforçar as 
conclusões de sua análise. Não deve fazer afirmações sem sustentação em fatos e/ou teorias, deve 
ter linguagem precisa, especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva, expressando-
se de maneira clara e exata. 
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AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
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Psicologia jurídica 
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3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
3.2.4. Conclusão 
 
É a parte final, conclusiva, do Relatório Psicológico. Nela, o psicólogo vai espelhar e dar ênfase às 
evidências encontradas na análise dos dados a partir das referências adotadas, que subsidiaram o 
resultado a que o psicólogo chegou, sustentando assim a finalidade a que se propôs. 
 
Escrita logo após a descrição, o psicólogo deve expor o resultado e/ou considerações. Após a 
narração conclusiva, o Relatório Psicológico é encerrado, com indicação do local, data de emissão, 
assinatura do psicólogo e sua inscrição no CRP. 
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AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Psicologia jurídica 
Manual de elaboração de documentos escritos - resolução CFP n.º 007/2003 
AULA 3: MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOSPsicologia jurídica 
4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.1 - Conceito e Finalidade 
 
É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo 
resultado pode ser indicativo ou conclusivo. 
Tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, 
através de uma avaliação especializada, de uma “questão problema”, visando a dirimir dúvidas que 
estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem 
responde competência no assunto. 
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Psicologia jurídica 
4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2 - Estrutura do Parecer 
 
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado, destacando os aspectos 
relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com fundamento em 
referencial teórico-científico. 
 
O psicólogo deve respondê-los de forma sintética e convincente, não deixando nenhum quesito 
sem resposta. Quando não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser 
categórico, deve-se utilizar a expressão “sem elementos de convicção”. Se o quesito estiver mal 
formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem elementos” ou “aguarda evolução”. 
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Psicologia jurídica 
4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2 - Estrutura do Parecer 
 
O parecer é composto de quatro itens: 
1. Identificação; 
2. Exposição de motivos; 
3. Análise; 
4. Conclusão. 
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Psicologia jurídica 
4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2.1. Identificação 
 
Consiste em identificar o nome do parecerista e sua titulação, o nome do autor da solicitação e sua 
titulação. 
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4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2.2. Exposição de Motivos 
 
Destina-se à transcrição do objetivo da consulta e dos quesitos ou à apresentação das dúvidas 
levantadas pelo solicitante. 
Deve-se apresentar a questão em tese, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada dos 
procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos envolvidos. 
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Psicologia jurídica 
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4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2.2. Exposição de Motivos 
 
Verifica-se no exemplo que, nesse item, deve-se apresentar a “questão-problema”, que no caso 
refere-se à validade de uma Avaliação Psicológica, utilizada por uma das partes como prova da 
incapacidade da outra para ter a guarda do filho. Esta prova está sendo questionada por ter sido 
produzida por um profissional que tem um laço de amizade com o interessado e por considerar 
apenas a versão deste. 
O que se deseja apontar com esse exemplo é que a EXPOSIÇÃO DOS FATOS sempre girará em torno 
da “questão-problema” e o que sobre ela está sendo solicitado, não sendo necessário, portanto, a 
descrição detalhada dos fatos. 
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4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2.3. Análise/Discussão 
 
A discussão do PARECER PSICOLÓGICO se constitui na análise minuciosa da questão explanada e 
argumentada com base nos fundamentos necessários existentes, seja na ética, na técnica ou no 
corpo conceitual da ciência psicológica. Nesta parte, deve respeitar as normas de referências de 
trabalhos científicos para suas citações e informações. 
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4 – PARECER PSICOLÓGICO 
4.2.4 Conclusão 
 
Na parte final, o psicólogo apresentará seu posicionamento, respondendo à questão levantada. 
Em seguida, informará o local e data em que foi elaborado e assinará o documento. 
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Psicologia jurídica 
Validade dos Conteúdos dos Documentos 
 
O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes das avaliações psicológicas, 
deverá considerar a legislação vigente nos casos já definidos. 
 
Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará o prazo de validade do 
conteúdo emitido no documento em função das características avaliadas, das informações obtidas e 
dos objetivos da avaliação. 
 
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a indicação, devendo apresentá-
los sempre que solicitado. 
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Psicologia jurídica 
Guarda dos documentos 
 
Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como todo o material que os 
fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo mínimo de CINCO ANOS, observando-se a 
responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação 
psicológica. 
 
Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por solicitação judicial, ou ainda em 
casos específicos em que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo. 
 
Em caso de extinção de serviço psicológico, o material privativo e os documentos escritos devem 
permanecer em posse do psicólogo responsável, que os manterá sob sua guarda. 
 
Atingido o prazo especificado, o psicólogo ou instituição responsável pela guarda deverá destruir o 
material de forma a não permitir a quebra do sigilo das informações nele contidas. 
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Psicologia jurídica 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Perito psicólogo e assistente técnico. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
AULA 4: ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO 
Psicologia jurídica 
PSICOLOGIA JURÍDICA 
Aula 4: Áreas de atuação do psicólogo jurídico 
AULA 4: ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO 
Psicologia jurídica 
Manual de elaboração de documentos escritos - resolução CFP n.º 007/2003 
Perito psicólogo e assistente técnico 
Áreas de atuação 
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Psicologia jurídica 
A importância do estudo do Código de Ética por parte do psicólogo: 
 
Na abertura do primeiro encontro com psicólogos peritos e assistentes técnicos de São Paulo, em 
2005, foi apresentada a seguinte pesquisa realizada pelo CRP/SP: 
 
200 processos em trâmite na Comissão de Ética (CRP/SP): 
 
-11 eram questionamentos sobre o trabalho do psicólogo como perito (especificamente na Vara de 
Família e Sucessões); 
 
- 2 sobre o trabalho do psicólogo como assistente técnico (especificamente na Vara de Família e 
Sucessões). 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
A importância do estudo do Código de Ética: 
 
As denúncias, segundo pesquisa feita pela Comissão de Ética, envolvem sempre a mesma gama de 
queixas, incidem principalmente sobre: 
 
a) Técnicasutilizadas (número de entrevistas, o uso somente de entrevistas, o não uso de teste 
psicológico); 
 
b) Fundamentação das conclusões; 
 
c) Relação do trabalho do perito com o assistente técnico; 
 
d) Produção de laudos divergentes por parte dos profissionais envolvidos, até quando as mesmas 
técnicas são utilizadas; 
 
e) Produção de um laudo parcial, ouvindo somente uma parte. 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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A inserção e o papel do Psicólogo no Poder Judiciário (Lídia Rosalina Folgueira Castro) 
 
A lei prevê Assistentes para respaldar o Juiz em suas decisões tendo em vista conhecimentos que o 
mesmo não tem acumulado: Engenheiros, Médicos, Psicólogos e outros. 
 
• O Psicólogo pode atuar nas varas de família e sucessões, varas de infância e juventude, varas 
criminais e varas cíveis. 
 
• Nas Varas de Família segue-se o Código de Processo Civil e, portanto, o Psicólogo, ao prestar 
serviços nesta Vara, tem que observá-lo, trabalhando de forma a garantir o Princípio do 
Contraditório (tudo deve ser claro e acompanhado pelas partes para que possam se 
pronunciar). 
 
• Fica estabelecido que as partes que estão envolvidas em um processo que tramita na Vara de 
Família devem ser representadas por um advogado. 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
A inserção e o papel do Psicólogo no Poder Judiciário (Lídia Rosalina Folgueira Castro) 
 
Os psicólogos Peritos que atuam na Vara de família e sucessões em situação de disputa de guarda 
ou de redefinição de visita devem salvaguardar os interesses da criança, o seu interesse, e seu foco 
de trabalho deve ser o bem-estar da criança. 
 
Duas atuações são pertinentes ao psicólogo que atua na Vara de Família: 
 
 1 - Assistente Técnico: profissional contratado pela parte para auxiliá-la com seus conhecimentos 
específicos no acompanhamento da Perícia. 
 
Atenção! 
Algumas vezes, há Assistentes Técnicos que agem como se fossem advogados do cliente: defendem 
o seu cliente a todo o custo, mesmo que isto implique em prejuízo para as crianças envolvidas no 
processo. 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
A inserção e o papel do Psicólogo no Poder Judiciário (Lídia Rosalina Folgueira Castro) 
 
2 – Psicólogo Perito:- auxilia o Juiz em questões técnicas. Há questões-problema a serem 
respondidas, e o profissional deve formular resposta aos quesitos. Ele tem a função de examinar as 
pessoas envolvidas no litígio e formar um juízo sobre o que lhe foi questionado. 
 
 
Detalhamento das atribuições de um especialista em Psicologia Jurídica: 
1 - Assessora na formulação, revisão e execução de leis; 
 
2 - Colabora na formulação e implantação das políticas de cidadania e direitos humanos; 
 
3 - Realiza pesquisa visando a construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao 
campo do Direito; 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
Detalhamento das atribuições de um especialista em Psicologia Jurídica 
 
4- Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças adolescentes e adultos em conexão 
processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação 
em lares adotivos, posse e guarda de crianças ou determinação da responsabilidade legal por atos 
criminosos; 
 
5- Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, da família, da criança e 
do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias a serem anexados aos processos; 
 
6- Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre que solicitar alguma providência, ou 
haja necessidade de comunicar-se com o juiz, durante a execução da perícia; 
 
7- Eventualmente participa de audiência para esclarecer aspectos técnicos em Psicologia que 
possam necessitar de maiores informações a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico 
(juízes, curadores e advogados). 
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Detalhamento das atribuições de um especialista em Psicologia Jurídica 
 
8- Elabora laudos, relatórios e pareceres, colaborando não só com a ordem jurídica como com o 
indivíduo envolvido com a Justiça, por meio da avaliação das personalidades destes e fornecendo 
subsídios ao processo judicial quando solicitado por uma autoridade competente, podendo utilizar-
se de consulta aos processos e coletar dados considerar necessários a elaboração do estudo 
psicológico. 
 
9- Realiza atendimento psicológico através de trabalho acessível e comprometido com a busca de 
decisões próprias na organização familiar dos que recorrem a Varas de família para a resolução de 
questões; 
 
10- Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às Instituições de Direito, 
visando a preservação de sua saúde mental, bem como presta atendimento e orientação a 
detentos e seus familiares; 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
Detalhamento das atribuições de um especialista em Psicologia Jurídica 
 
11- Participa da elaboração e execução de programas sócioeducativos destinados a crianças de 
rua, abandonadas ou infratoras; 
 
12- Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob o ponto de vista 
psicológico, quanto as tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos 
estabelecimentos penais; 
 
13- Assessora autoridades judiciais no encaminhamento a terapias psicológicas, quando necessário; 
 
14- Participa da elaboração e do processo de Execução Penal e assessora a administração dos 
estabelecimentos penais quanto à formulação da política penal e no treinamento de pessoal para 
aplicá-la; 
 
15- Atua em pesquisas e programas de prevenção à violência e desenvolve estudos e pesquisas 
sobre a pesquisa criminal, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica. 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
De acordo com Fátima França, Psicóloga Jurídica e Presidente da Associação Brasileira de Psicologia 
Jurídica, no Brasil o psicólogo em atuação no campo jurídico contribui significativamente para cada 
área do direito, vejamos: 
 
• Psicologia Jurídica e o Menor 
No Brasil, por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança passa a ser 
considerada sujeito de direitos. Muda-se o enfoque da criança estigmatizada por toda a significação 
representada pelo termo “menor”. Este termo “menor” forjou-se no período da Ditadura para se 
referir à criança em situação de abandono, risco, abuso, enfim, à criança vista como carente. 
Denominá-la como menor era uma forma de segregá-la e negar-lhe a condição de sujeito de 
direitos. Em virtude disso, no Brasil, denominamos assim este setor da Psicologia Jurídica e as 
questões da Infância e Juventude. 
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Psicologia jurídica 
Psicologia Jurídica e o Direito de Família 
Separação, disputa de guarda, regulamentação de visitas, destituição do pátrio poder. Neste setor, 
o psicólogo atua, designado pelo juiz, como perito oficial. Entretanto, pode surgir a figura do 
assistente técnico, psicólogo perito contratado por uma das partes, cuja principal função é 
acompanhar o trabalho do perito oficial. 
 
Psicologia Jurídica e Direito Cível 
Casos de interdição,indenizações, entre outras ocorrências cíveis. 
 
Psicologia Jurídica do Trabalho 
Acidentes de trabalho, indenizações. 
 
Psicologia Jurídica e o Direito Penal (fase processual) 
Exames de corpo de delito, de esperma, de insanidade mental, entre outros procedimentos. 
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Psicologia jurídica 
Psicologia Judicial ou do Testemunho, Jurado 
É o estudo dos testemunhos nos processos criminais, de acidentes ou acontecimentos cotidianos. 
 
Psicologia Penitenciária (fase de execução) 
Execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito. 
 
Psicologia Policial e das Forças Armadas 
O psicólogo jurídico atua na seleção e formação geral ou específica de pessoal das polícias civil, 
militar e do exército. 
 
Vitimologia 
Busca-se a atenção à vítima. Existem no Brasil programas de atendimentos a vítimas de violência 
doméstica. Busca-se o estudo, a intervenção no processo de vitimização, a criação de medidas 
preventivas e a “atenção integral centrada nos âmbitos psico-socio-jurídicos” (Colégio de Psicólogos 
de España, 1998, p. 117). 
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Psicologia jurídica 
Mediação 
Trata-se de uma forma inovadora de fazer justiça. As partes são as responsáveis pela solução do 
conflito com ajuda de um terceiro imparcial que atuará como mediador. A mediação pode ser 
utilizada tanto no âmbito Cível como no Criminal. 
 
Formação e atendimento aos juízes e promotores. 
 
Setores mais tradicionais da Psicologia Jurídica: 
 
Psicologia Criminal 
Fenômeno delinquencial, relações entre Direito e Psicologia Jurídica, intervenção em Juizados 
Especiais Criminais, perícia, insanidade mental e crime, estudo sobre o crime. 
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Psicologia jurídica 
Setores mais tradicionais da Psicologia Jurídica: 
 
Psicologia Penitenciária ou Carcerária 
Estudos sobre reeducandos, intervenção junto ao recluso, prevenção de DST/AIDS em população 
carcerária, atuação do psicólogo, trabalho com agentes de segurança, stress em agentes de 
segurança penitenciária, trabalho com egressos, penas alternativas (penas de prestação de serviço 
à comunidade). 
 
Psicologia Jurídica e as questões da infância e juventude 
Avaliação psicológica na Vara da infância e juventude, violência contra criança e adolescente, 
atuação do psicólogo, proteção do filho nos cuidados com a mãe, infância, adolescência e conselho 
tutelar, supervisão dos casos atendidos na Vara, adoção, crianças e adolescentes desaparecidos, 
intervenção junto a crianças abrigadas, trabalho com pais, adolescentes com prática infratora, 
infração e medidas sócio-educativas, prevenção e atendimento terapêutico, atuação na Vara 
Especial e estudos sobre adolescentes com prática infratora. 
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Psicologia jurídica 
Setores mais tradicionais da Psicologia Jurídica. 
 
Psicologia Jurídica 
Investigação, formação e ética: formação do psicólogo jurídico, supervisão, estágio, questões sociais 
e legais, relação entre direito e Psicologia Jurídica, pesquisa em Psicologia Jurídica, Psicologia 
Jurídica e Ética. 
 
Psicologia Jurídica e Direito de Família 
Separação, atuação do psicólogo na Vara de Família, relação entre Psicologia Jurídica e Direito, 
paternidade, legislação, acompanhamento de visitas, perícia, disputa de guarda, atuação do 
assistente técnico. 
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Psicologia jurídica 
Setores mais tradicionais da Psicologia Jurídica: 
 
Psicologia do Testemunho 
Falsas memórias em depoimentos de testemunhas, avanços e aplicações em falsas memórias. 
 
Psicologia Jurídica e Direito Civil 
Acidentes de trabalho, psicologia e judiciário. 
 
Psicologia Policial/Militar 
Treinamento e formação básica em Psicologia Policial, avaliação pericial em instituição militar, 
implantação do curso de direitos humanos para policiais civis e militares. 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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Psicologia jurídica 
Setores mais recentes da Psicologia Jurídica: 
Avaliação retrospectiva mediante informações de terceiros (autópsia psicológica). 
 
• Mediação: no âmbito do direito de família e no direito penal. 
 
• Psicologia Jurídica e Ministério Público: o trabalho do psicólogo, assassinatos de adolescentes. 
 
• Psicologia Jurídica e Direitos Humanos: psicologia e direitos humanos na área jurídica. 
 
• Dano psíquico: dano psicológico em perícias acidentárias, perícias no âmbito cível. 
 
• Psicologia Jurídica e Magistrados: modelos mentais, variação de penalidade, tomada de decisão 
dos juízes, seleção de magistrados. 
 
• Proteção a testemunhas: o trabalho multidisciplinar num programa de Apoio e Proteção a 
Testemunhas, Vítimas da Violência e seus Familiares. 
 
• Vitimologia: violência doméstica contra a mulher, atendimento a famílias vitimizadas. 
Atuação profissional junto aos diversos ramos do direito 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Evolução histórica dos direitos da 
criança e adolescente sob a ótica da 
Doutrina da Situação Irregular. 
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A APRESENTAÇÃO. 
AULA 5: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 
SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
PSICOLOGIA JURÍDICA 
Aula 5: Evolução histórica dos direitos da criança e 
adolescente sob a ótica da doutrina da situação irregular 
AULA 5: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 
SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
Desenvolvimento histórico dos direitos da criança e adolescente. 
AULA 5: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 
SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
Um breve histórico - Da Roda dos Expostos ao Estatuto 
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SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
Origem: europeia. 
 
Finalidade: preservar o anonimato dos bebês enjeitados. 
Brasil século XVIII – responsabilidade das Santas 
Casas de Misericórdia, que detinham o monopólio 
da assistência à infância abandonada com auxílio 
das Câmaras Municipais. 
Tensão entre CM e SCM pela manutenção financeira do sistema. 
1828 – Lei dos Municípios retira das Câmaras a responsabilidade sobre a roda, 
deixando a tarefa apenas às Santas Casas de Misericórdia. 
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SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
O que dizem as leis sobre a proteção da criança e do adolescente? 
 
 No Brasil Colônia não havia qualquer proteção destinada à criança e ao adolescente. 
 
 Nesse período, meninas órfãs eram trazidas de Portugal para se casarem com os súditos da 
Coroa residentes no Brasil. “Nas embarcações, além de “obrigadas a aceitar abusos sexuais 
(justificavam o abuso com a desculpa de que não havia mulheres) de marujos rudes e 
violentos”, eram deixadas de lado em caso de naufrágio.” 
 
 As crianças, chamadas de “grumetes”, tinham expectativa de vida muito baixa, até por volta 
dos 14 anos. Por isso, utilizava-se logo toda a sua força de trabalho – realizavam a bordo todas 
as tarefas que normalmente seriam desempenhadas por um homem. 
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Período colonial 
 
A Constituição Política do Império (1824) não fazia qualquer menção à proteção ou garantia às 
crianças e aos adolescentes. 
 
Na vigência desse instrumento legal – Constituição Federal de 1824 – o Código Criminal de 1830 
trazia a doutrina penal do menor, mantendo-se no Código Penal de 1890. 
 
 
 
 
Não havia proteção ou menção constitucional no que diz respeito à evolução jurídica do direito 
infanto-juvenil. 
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A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, em 24 de fevereiro de 1891, também 
não mencionava garantias de proteção à criança e ao adolescente. 
O Código de Menores de 1927 – primeira norma legal brasileira. 
 
Instituído pelo Decreto 17.943-A (12/10/1927) – conhecido como 
“Código Mello Mattos”. 
 
Nesse Código, o termo “menor”, foi utilizado para designar aqueles 
que se encontravam em situações de carência material ou moral, e 
que tinham cometido alguma infração. 
 
Fazia menção aos sujeitos menores de 18 anos, abandonados e 
delinquentes – o desvalido: aquele que causa a desordem, 
geralmente pobre, sujo e mal vestido, que precisa ser punido com o 
encarceramento, ainda que separadamente dos adultos. 
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Importante frisar que com o advento do 
Código de Menores a punição pela 
infração cometida deixa de ser vista 
como sanção-castigo, para assumir um 
caráter de sanção-educação, por meio da 
assistência e reeducação de 
comportamento, sendo dever do Estado 
assistir os menores desvalidos. 
 
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Constituição de 1934 – é a primeira a fazer menção, no art. 138, aos direitos da criança e do 
adolescente. 
 
 Foi o primeiro documento a referir-se à defesa e à proteção dos direitos de todas as crianças e 
dos adolescentes. 
 
Entre as proteções apontadas por essa Constituição de 1934, temos: 
 
• A proteção ao trabalho de crianças e adolescentes, com repressão ao trabalho noturno de 
menores com idade inferior 16 anos; 
 
• Proibição de trabalho em indústrias insalubres aos menores de 18 anos; 
 
• Previsão de amparo à maternidade e à infância. 
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Constituição de 1937 – Getúlio Vargas – Estado Novo 
 
O Estado chamou para si a responsabilidade de assegurar as garantias da infância e da juventude, 
conforme artigo 127 da Constituição. 
Art 127 - A infância e a juventude devem ser objeto de cuidados e 
garantias especiais por parte do Estado, que tomará todas as medidas 
destinadas a assegurar-lhes condições físicas e morais de vida sã e de 
harmonioso desenvolvimento das suas faculdades. 
 
O abandono moral, intelectual ou físico da infância e da juventude 
importará falta grave dos responsáveis por sua guarda e educação, e cria 
ao Estado o dever de provê-las do conforto e dos cuidados indispensáveis 
à preservação física e moral. 
 
Aos pais miseráveis assiste o direito de invocar o auxílio e proteção do 
Estado para a subsistência e educação da sua prole. 
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O advento do Código Penal de 1940 
 
O Código Penal alterou o Código de Menores de 1927, determinando a responsabilidade penal 
aos 18 anos. 
 
Essa responsabilização teve como análise a imaturidade do menor que, até então, era sujeito 
apenas à pedagogia corretiva sem distinção entre delinquentes e abandonados. 
 
 
Em 1941, foi criado o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), tendo como objetivo: 
 
Amparar, socialmente, os menores carentes abandonados e infratores, centralizando a 
execução de uma política de atendimento, de caráter corretivo-repressivo-assistencial em 
todo território nacional. Na verdade, o SAM foi criado, para cumprir as medidas aplicadas aos 
infratores pelo juiz, tornando-se mais uma administradora de instituições do que, de fato, 
uma política de atendimento ao infrator (Liberati, 2002, p.60). 
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SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
O SAM funcionava de forma equivalente a um sistema penitenciário (funcionava como um sistema 
prisional, disfarçado de “internações” no qual na verdade eram “penas de prisão”) voltado para os 
menores de idade, com separação entre os adolescentes que teriam praticado ato infracional e o 
menor abandonado. 
 
Para o primeiro, era feita a internação em reformatórios ou em casas de correção, enquanto os 
abandonados eram encaminhados para aprender algum ofício. 
 
Na década de 1960 
 
O SAM não cumpriu com o seu objetivo, por isso foi extinto pela mesma lei que criou a Fundação 
Nacional do Bem Estar do Menor (FUNABEM). 
 
1964 – Golpe Militar – formular e implantar uma Política Nacional do Bem-estar do Menor (PNBEM). 
A PNBEM tem assim sua estrutura autoritária resguardada pela Escola Superior de Guerra. 
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SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
As diretrizes estabelecidas pela Fundação Nacional do Bem-estar do Menor (FUNABEM) eram 
contrárias aos métodos aplicados pelo Serviço de Assistência a Menores (SAM). Elas visavam: 
 
• À garantia de programas direcionados à integração da criança e do adolescente na comunidade; 
• Valorizar a família, criando instituições que se aproximassem dos ideais da vida familiar; 
• Respeitar as necessidades de cada região do país. 
 
1979 – Um novo Código de Menores foi promulgado (Lei 6.697/79). 
 
Imprimindo o mesmo cunho assistencialista e repressivo, foi direcionado ao menor em situação 
irregular, expressão que substituiu as expressões menor abandonado, delinquente, infrator, 
transviado, desvalido, exposto, centralizando todas as decisões na figura do juiz da infância, 
mantendo a visão conservadora, higienista e punitiva. 
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SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
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Não estabelecia as diferenças das situações decorrentes da conduta do jovem ou daqueles que o 
cercam, por diversas vezes, mantinha juntos infratores e abandonados, vitimizados por abandono e 
maus-tratos com autores de conduta infracional, pois, de acordo com a interpretação da lei, todos 
estariam em “situação irregular”. 
 
Estariam em situação irregular as crianças e os adolescentes até 18 anos que praticassem: 
• Atos infracionais; 
• As que estivessem sobre a condição de maus-tratos familiares; 
• Em estado de abandono pela sociedade. 
 
Na década de 1980 
 
A busca pela democracia levou à intensa mobilização popular, institucionalizada ou não, assim como 
o esgotamento do modelo econômico, provocam o fim da ditadura militar e a formação da 
Assembleia Nacional Constituinte, originando a primeira Constituição Cidadã do Brasil. 
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SOB A ÓTICA DA DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR 
Psicologia jurídica 
Constituição de 1988 
 
Maior ênfase à proteção e à garantia dos direitos da criança e do adolescente, tirando a 
responsabilidade plena do Estado e atribuindo-a também à família e à sociedade, conforme o art. 
227 do referido Diploma Jurídico:

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