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DIREITO CIVIL II - CCJ0013 Título SEMANA 5 Descrição Caso Concreto Na legislação brasileira não há previsão sobre a distinção das obrigações de meio e de resultado e na doutrina há muita controvérsia sobre a questão, principalmente no que diz respeito ao ônus da prova para comprovação da responsabilidade. Diante desse contexto, é de extrema importância avaliar o atual posicionamento jurisprudencial frente ao tema. O CDC tem previsão expressa acerca da responsabilidade do profissional liberal, no parágrafo 4º do artigo 14, com a seguinte redação: "A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa". Ou seja, a responsabilidade é subjetiva, depende da prova da culpa do profissional. A maioria das atividades exercidas por profissionais liberais no Brasil são consideradas como obrigações de meio, ou seja, não há uma garantia do resultado a ser alcançado. Contudo, caso o consumidor não fique satisfeito com o trabalho realizado, caberá a este comprovar a culpa do profissional. Assim, o médico, por exemplo, não tem como prometer o sucesso de um tratamento para uma doença de seu paciente, assim como o advogado que atua no processo não tem o dever de garantir o resultado da demanda ao seu cliente. Faça uma pesquisa junto aos Tribunais Superiores e veja qual tem sido a tendência das decisões a esse respeito. PESQUISA TJ-RS - Apelação Cível AC 70038218137 RS (TJ-RS) Data de publicação: 16/12/2014 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E MORAL. CIRURGIA BARIÁTRICA. NÃO OBTENÇÃO DO RESULTADO ESPERADO. PROVA PERICIAL. INEXISTÊNCIA DE ERRO MÉDICO. COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA COMPLEXIDADE E RISCO DO PROCEDIMENTO. OBRIGAÇÃO DE MEIO. DEVER DE INDENIZAR NÃOCONFIGURADO. Trata-se de recurso de apelação interposto pela parte autora contra a sentença de improcedência proferida nos autos da presente ação de indenização por danos material e moral. O Código de Defesa do Consumidor atribui responsabilidade civil subjetiva ao médico por fato do serviço, nos termos do §4º do art. 14. Ademais, em se tratando de cirurgia de redução do estômago para tratamento de obesidade, a obrigação assumida pelo profissional é de meio e não de resultado. Sendo assim, incumbia à parte autora a demonstração de que o serviço médico foi culposamente mal prestado. "In casu", o conjunto probatório produzido nos autos nãopermite concluir pela conduta culposa do médico. De acordo com a prova pericial e oral coligidas ao feito, o réu utilizou de todos os conhecimentos e meios que estavam ao seu alcance nos cuidados dispensados à autora, inclusive quanto às providências tomadas para enfrentamento das complicações decorrentes da própria complexidade e risco do procedimento, não tendo havido negligência ou imperícia. Ademais, de acordo com o "expert", o sucesso da perda de peso após a cirurgia pressupõe nãoapenas a técnica... adequada, mas uma combinação de dieta, exercícios físicos e tratamento da compulsão alimentar, razão pela qual a não obtenção do resultadoesperado não pode ser atribuída à falha na prestação do serviço. Ausentes, pois, os pressupostos que ensejam o dever de indenizar. Sentença mantida. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70038218137, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio José Costa da Silva Tavares, Julgado em 10/12/2014).... Qual tem sido a tendência das decisões a esse respeito. O médico, por exemplo, não tem como prometer o sucesso de um tratamento para uma doença de seu paciente, sendo a responsabilidade civil desses profissionais será sempre subjetiva. São profissionais não se comprometem a um resultado, se comprometendo apenas em conduzir-se de certa forma. Isso porque os médicos assumem com seus pacientes uma obrigação de “meio” e não uma obrigação de “resultado”. Essa obrigação de meios atesta que os cuidados médicos, onde estes poderão ser responsabilizados apenas quando estiver constatada a culpa proveniente de imprudência, negligência ou imperícia. Questão Objetiva Nas obrigações alternativas, é correto afirmar-se que (TJSC/2002): a) a escolha cabe sempre ao credor; b) podem as partes convencionar que a escolha caiba ao credor; c) inexequíveis ambas as obrigações, o credor poderá reclamar o valor de ambas; d) tornadas impossíveis as prestações, ainda que inexistente culpa do credor, a obrigação de cumpri-las não se extingue; e) em se tratando de prestações anuais, a opção, uma vez feita, é obrigatória para todas as prestações.
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