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Direito Penal1 resumo av1

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I. Conceito de direito penal:
1. Direito penal
A Constituição Federal estabelece como fundamento do Estado Democrático de Direito a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III). No art. 5º determina que são invioláveis os direitos à liberdade, à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade. Dessa forma, a limitação a esses direitos ou garantias constitucionais somente se justifica quando a ofensa ou a ameaça sejam proporcionais à intervenção do Direito Penal e a aplicação da pena ou medida de segurança.
Direito penal é o segmento do ordenamento jurídico que seleciona os comportamentos humanos que afrontam a convivência social, prescrevendo-os como infrações penais, cominando em sanção e definindo regras para a aplicação da sanção.
Tem por função primordial servir como modelo orientador de condutas adequadas, promovendo o normal funcionamento da vida em sociedade.
Aplica-se apenas para os casos de ofensas graves aos bens jurídicos fundamentais, os mais sensíveis à sociedade.
Somente a lei pode servir como fonte primária e imediata do direito penal.
Fontes secundárias ou mediatas: são os costumes (“conjunto de normas de comportamento a que pessoas obedecem de maneira uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade” e os princípios gerais de direito (“premissas éticas que são extraídas, mediante indução, do material legislativo”).
Em direito penal somente se admite a analogia in bonam partem, ou seja, aquela utilizada em benefício do sujeito ativo da infração penal
II. Princípios de Direito Penal que estão assegurados na Constituição.
1. Princípios constitucionais do Direito penal LPCTF (SERÁ COBRADO EM PROVA)
1) Princípio da legalidade. 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
	Limita o poder sancionador do Estado.
2) Princípio da proporcionalidade.
 “Quando a criação do tipo penal não se revelar proveitosa para a sociedade, estará ferido o princípio da proporcionalidade, devendo a descrição legal ser expurgada de nosso ordenamento jurídico por vício de inconstitucionalidade. Além disso, a pena, isto é, a resposta punitiva estatal ao crime, deve guardar proporção com o mal infligido ao corpo social”. 
3) Princípio da culpabilidade. 
Como decorrência do princípio da dignidade da pessoa humana e da presunção de não culpabilidade , exsurge esse princípio, segundo o qual: não se admite responsabilidade penal objetiva, ou seja, desprovida de dolo ou culpa ou carente de culpabilidade 
4) Princípio da taxatividade 
	Determina que a lei deve ser clara e objetiva, de fácil entendimento para a população em geral.
5) Princípio da fragmentariedade. 
Trata-se, na verdade, de uma característica do direito penal, mencionada por alguns autores também sob a forma de princípio, estabelecendo que as normas penais somente se devem ocupar de punir uma pequena parcela, um pequeno fragmento dos atos ilícitos, justamente aquelas condutas que violem de forma mais grave os bens jurídicos mais importantes. (Protege uma pequena parcela do ordenamento jurídico)
2. Princípios doutrinários do direito penal (não são obrigatórios) ILAI (SERÁ COBRADO EM PROVA)
1) Princípio da intervenção mínima. 
Intervém apenas na tutela dos bens jurídicos mais relevantes e quando esgotados todos os meios extra penais de controle social
Somente se deve recorrer à intervenção do direito penal em situações extremas, como a última saída (ultima ratio). A princípio, portanto, deve-se deixar aos demais ramos do direito a disciplina das relações jurídicas. A subtração de um pacote de balas em um supermercado, já punida com a expulsão do cliente do estabelecimento e com a cobrança do valor do produto ou sua devolução, já foi resolvida por outros ramos do direito, de modo que não necessitaria da interferência do direito penal.
2) Princípio da lesividade 
A finalidade deste princípio é de limitar ainda mais o campo de atuação do legislador da área penal. Auxilia o princípio da intervenção mínima impondo 4 proibições de atuação do direito penal: 
Proibição de incriminação de uma atitude interna (suas ideias, convicções, desejos e sentimentos); 
Proibição de incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor (lesão a direito de terceiros);
Proibição de incriminação por simples condições e estados existenciais das pessoas (Aquilo que é, mas somente pelo que faz); 
Proibição da incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.(tatuagem)
3) Princípio da adequação social. 
	Não afronta o sentimento social de justiça, relevância social, uso histórico e costumeiro
O fato deixará de ser típico quando aceito socialmente.
4) Princípio da insignificância ou da bagatela. 
Foi desenvolvido por Claus Roxin. Para o autor, a finalidade do Direito Penal consiste na proteção subsidiária de bens jurídicos. Logo, comportamentos que produzam lesões insignificantes aos objetos jurídicos tutelados pela norma penal devem ser considerados penalmente irrelevantes. A aplicação do princípio produz fatos penalmente atípicos. Na atualidade, a aceitação deste princípio é praticamente unânime. A divergência consiste, no mais das vezes, em definir, no caso concreto, se a lesão ao bem jurídico foi diminuta (e, portanto, penalmente relevante) ou insignificante (logo, atípica). 
Possui tipicidade formal, mas não material pois o bem jurídico não foi atingido.
Não se aplica quando houver violência, grave ameaça ou contra a União 
III. Teoria da norma
Nosso ordenamento jurídico é normativo, expresso em regras de conduta impostas. A norma proíbe ou ordena uma conduta.
1. Características da norma penal :(IEGI)
a) imperatividade: impõe-se a todos independentemente de sua vontade ou concordância;
b) exclusividade: somente a ela cabe a tarefa de definir infrações penais;
c) generalidade: incide sobre todos, generalizadamente;
d) impessoalidade: projeta-se a fatos futuros, sem indicar a punição a pessoas determinadas.
2. Classificação da norma penal
	- Incriminadora: descrevem condutas e lhes cominam uma pena. Compõe-se do preceito ou preceito primário — descrição da conduta proibida — e da sanção ou preceito secundário
		Seu comando normativo pode ser proibitivo (proíbe a ação) ou mandamental ( impede a omissão)
	- Não incriminadora (Quando está permitindo. Permissiva justificante e exculpante). 
		Explicativas ou Complementares - Quando fornece parâmetros para a aplicação de outras normas (ex.: o conceito de funcionário público do art. 327 do CP)
		Permissivas - permissiva, quando aumenta o âmbito de licitude da conduta (e, a contrario sensu, restringe o direito de punir do Estado).
- Norma penal do mandato em branco é aquela que possui uma descrição incompleta da conduta punível. Depende de uma complementação existente em outra norma penal ou extra penal para que se possa saber seu real alcance. 
Lei cujo preceito primário é incompleto, embora o preceito secundário seja determinado. Tal lei tem de ser completada por outra, já existente ou futura, da mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.
Podem ser:
Homogênea: quando o tipo penal e a complementação estão em legislação de mesma hierarquia
O art. 237 do CP pune a conduta daquele que contrai casamento tendo ciência da existência de impedimento que lhe cause nulidade absoluta, sendo que tais nulidades não estão no CP, mas constam do Código Civil.
Heterogênea: Estão em legislações de hierarquia diferentes.
Os tipos penais da Lei n. 11.343/2006 são leis penais em branco, uma vez que punem condutas relacionadas com drogas ilícitas sem descrever quais seriam essas substâncias (tal informação se encontra em ato administrativo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA);
3. Interpretação da norma penal ( Sujeito , meio e resultado)
	a. Quanto ao sujeito (que a interpreta) – Autentica ou legislativa; doutrinaria; judiciaria
	b. Quanto ao meio – Sistemática; analógica (não há lacunas) ; literal 
- Sistemática é aquela realizada com base em todo o sistema legal com o objetivode descobrir a vontade da lei. Podem ser: Histórica ; sistemático ; extra penal ( medicina, filosofia ...)
- Analógica quando a própria lei autoriza o interprete acrescentar fatos semelhantes, análogos aqueles já apresentados.
Obs: interpretação analógica não é o mesmo que analogia.
Na interpretação analógica há a autorização expressa de se utilizar elementos semelhantes 
Na analogia existe a omissão ( no direito penal apenas é utilizada para beneficiar o réu, principio da legalidade)
Obs: Há duas espécies de analogia:
1) analogia “legis”: dá-se com a aplicação de uma norma existente a um caso semelhante;
2) analogia “juris”: ocorre quando se baseia num conjunto de normas, visando retirar elementos que possibilitem sua aplicabilidade ao caso concreto não previsto (p. ex. trata-se do encontro e aplicação de princípios gerais do direito).
	c. Quanto ao resultado 
- Declarativa - o interprete chega à conclusão de que a norma penal possui exatamente o conteúdo nela expresso. (não há necessidade de ser ampliado, nem restringido)
- restritiva - o interprete conclui que esta é muito ampla e deve ser restringida (a lei fala mais do que deveria) 
Ex: Art 28 inciso 2
Embriaguez ou substancias entorpecentes. (mediante parecer )
	- Patológica – decorrente de vicio (a embriaguez decorre da vontade, mas não será condenada)
	- Preordenada – intenção de ficar embriagado para adquirir coragem para cometer crime.
	- Intencional – Dolosa - Voluntária, queria ficar embriagado ( dolosa). 
			Culposa – queria beber, mas não queria ficar embriagado. 
- Não intencional – acidental 
- Extensiva – o texto legal diz menos do que deveria, devendo o interprete acrescentar sentido ao seu conteúdo 
Ex: Art 235 – bigamia ( não diz respeito à união estável ) Inclui a poligamia na bigamia.
IV. Conflito Aparente de Normas: (concurso aparente de normas) (SERÁ COBRADO EM PROVA)
 Ocorre quando duas ou mais normas são aparentemente aplicáveis a um mesmo fato, porém apenas uma delas terá real incidência. (Se forem aplicadas concomitantemente irão violar o princípio NON BIS IN IDEM)
-PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM: uma única e determinada circunstância fática não pode ser utilizada mais de uma vez, seja para prejudicar, seja para beneficiar o agente.
Leva-se em conta a finalidade da ação para determinar o crime que foi cometido.
Vocabulário jurídico: 
Obs: 1º a 120º N/F (na forma) - Parte especial com geral
 121º ... C/C (combinado) - Especial com especial
EX: 121 N/F 14, II homicídio na forma tentada (tentativa de homicídio)
1. Princípios que solucionam o conflito aparente de normas (ESCA) (SERÁ COBRADO EM PROVA)
	Principio 
	Descrição 
	Característica 
	Exemplo 
	Especialidade
	A norma especial afasta a norma geral. A especial possui todos os elemento da geral, acrescido de um especializante 
	O elemento especializante não pode constituir um novo crime. Há relação de gênero e espécie.
	Infanticídio 
	Subsidiariedade expressa 
	A norma principal mais forte afasta a norma subsidiária mais fraca. A que previr o maior grau de violação. A própria lei expressamente menciona. 
	Não há relação de gênero e espécie.
	"Se o fato não constitui elemento de crime mais grave"
	Subsidiariedade tácita 
	a norma menos grave quando for o meio necessário para a pratica do crime mais grave será por este absorvida desde que ambos os crmes tratem do mesmo bem juridico
	Não há relação de gênero e espécie. (são 2 crimes).
Tratam do mesmo bem jurídico
	O crime de estupro (fim) contém o de constrangimento ilegal (meio)
	Consunção
	O crime mais grave ira absorver o menos grave sempre que este for o meio necessário para a prática daquele.A norma será compreendida em outra mais abrangente podendo ser fase normal de execuçao ou ate mesmo de exaurimento do crime mais grave. A intenção criminosa é alcançada pelo cometimento de mais de um tipo penal
	Não há relação de gênero e espécie. (são 2 crimes).
Tratam de bens jurídicos diferentes
	Latrocínio (roubo seguido de morte)
Roubo – BEM -patrimônio 
Morte – BEM - Vida 
	Alteratividade
	Ocorre no tipo penal que possuem mais de 1 verbo. Neste caso, um é meio necessário ou configura mero exaurimento do crime fim
	Mesmo contexto fático
	Expõe à venda e, em seguida, vende substância entorpecente (um só́ crime de tráfico ilícito de entorpecentes).
Obs : Vocabulário jurídico 
- Crime progressivo: ocorre quando o agente para alcançar um resultado mais grave prática através de atos sucessivos as diversas agressões ao bem jurídico (vários atos com um objetivo definido desde o inicio. Não há modificação da intenção) Ex: roubo de varias partes de uma bicicleta 
- Progressão criminosa: ocorre quando no mesmo contexto fáticos a intenção do agente sofre uma modificação.
Inicialmente o agente queria praticar um crime menos grave sendo que, após atingi-lo opta por prosseguir na ação delituosa praticando um crime mais grave (no inicio não havia a intenção final. Houve uma mudança durante a ação )
- Antefato impunível : (o crime anterior que será absorvido pelo mais grave )
- Pós fato impunível : (o crime posterior que será absorvido pelo mais grave, mero exaurimento )
V. A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade. (SERÁ COBRADO EM PROVA)
	Embora a lei exista desde a sua promulgação ela apenas se torna obrigatória com a publicação oficial. A partir do momento em que a lei passa a vigorar ela irá surtir efeitos daquele momento para o futuro, ou seja, a regra é a irretroatividade da lei penal, porem ela poderá retroagir apenas para beneficiar o réu.
1. Tempo do crime: teoria da atividade 
“Art. 4º –Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. “
2. Conflito de leis Penais no Tempo:
A regra é que a lei que deve ser aplicada é a vigente ao tempo da prática do fato criminoso, de acordo com o princípio do tempus regit actum.
 Contudo, existem exceções e elas se dividem em retroatividade (aplicação da lei a fatos cometidos antes da sua vigência quando for mais benéfica - lei se aplica ao passado) e ultra-atividade (a lei penal revogada pode ser aplicada após sua revogação, quando o ilícito praticado durante a sua vigência for sucedido por lei mais severa – lei se aplica ao futuro).
3. Regras para conflitos temporal ( a lei retroage ou não ao crime) (SERÁ COBRADO EM PROVA)
	Hipótese prática 
	significado
	Solução 
	Novatio legis incriminadora
	Lei nova que incrimina conduta que era lícita (cria um novo crime)
	Irretroatividade
	Abolitio criminis 
	Nova lei que revoga a anterior. Lei posterior descriminaliza condutas, tornando-as atípicas . Extinção da punibilidade e todos os efeitos penais, mas mantém os efeitos civis.
	Retroatividade
	Novatio legis in pejus
	Nova lei que prejudica. Lei posterior, mantendo a incriminação do fato, torna mais grave a situação do réu (ex.: aumenta a pena cominada ao crime)
	Irretroatividade
	Novatio legis in mellius
	Nova lei que beneficia. Lei posterior, sem suprimir a incriminação do fato, beneficia de algum modo o agente (ex.: diminui a pena cominada ao crime)
	Retroatividade
	Lei intermediaria 
	lei que surge no meio de duas
	se benéfica, retroage
3. Leis Excepcionais e Leis Temporárias. 
 1) Conceito.
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência”. ( Não retroage ) 
São aquelas validas no período em que ocorre uma circunstancia emergencial ou por um período predeterminado. São sempre ultra-ativas (a lei se aplica ao futuro), não importando se mais benéficas ou gravosas. 
 2) Distinção
Lei excepcional é aquela elaborada para incidir sobre fatos havidos somente durante determinadas circunstâncias excepcionais, como situações de crise social, econômica, guerra, calamidades etc. Aquelas que vigem durante situações de emergência. Ex: Desperdiçar água, acima doslimites legais, no período de seca
 Lei temporária aquela elaborada com o escopo de incidir sobre fatos ocorridos apenas durante certo período de tempo (ou seja prazo certo pra terminar). Aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador. Ex: Fumar no mês de abril de 2017.
4. Tempo do Crime:
 1) Teorias: atividade, resultado e mista.
- Tempo do crime = teoria da atividade (o momento da ação ou omissão)
- Tempo da consumação = teoria do resultado (o verbo em si ocorre, morreu a vitima)
O Brasil adota a teoria da atividade que considera praticado o crime no momento da ação ou omissão ainda que outro seja o momento do resultado. Inicia fase de execução. Observar o tempo da consumação do verbo. 
Obs:
Crime material – verbo e objetivo do agente são iguais (matar)
Crime formal – verbo e objetivo diferentes (constranger para favores sexuais), consumado anteriormente mesmo sem obter o objetivo.
Obs: vocabulário jurídico
- Crime permanente – ataque ao bem jurídico permanece. Continua praticando o verbo. (sequestro). 
	O crime se consuma no único ato, porem a ação se prolonga no tempo. O bem jurídico permanece sendo atacado durante todo o período em que ocorre a ação delituosa. EX: ( sequestrou , o crime esta consuma. Se o sequestro durar um mês o crime ainda estará acontecendo e o agente poderá ser preso em flagrante enquanto durar a privação de liberdade da vitima) 
- Crime de efeito permanente – homicídio 
- Crime sem efeito permanente – lesão 
- Crime habitual – vários encontros geram um crime que se prolongam (associação criminosa ) ( manter , exercer ) , (participando, gerúndio) observar o verbo. Uma única ação ou omissão isolada não configura o crime. O verbo indica a necessidade de uma habitualidade da conduta para que aja a consumação do crime. (manter pressupõem a pratica de condutas reiteradas para configurar o crime).
- Crime continuado – É um concurso de crimes (2 ou mais), da mesma espécie e características (serial Killer) , quando existem mais de uma vitima (vários fatos). Possui um objetivo final (nexo de continuidade). "Em concurso de crime continuado ".
	É na verdade um concurso de crimes, previsto no artigo 71 do CP. Ocorre quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, mesma condição de tempo, lugar e modo de execução. Há também a necessidade do nexo de continuidade, ou seja, o segundo crime ter relação direta com o primeiro. EX : o agente furta a cada dia uma peça que compõe uma bicicleta. Ao final de 10 dias conseguirá montar a bicicleta. "crime de furto na forma continuada"- 155 N/F 71.
Obs: IPC: Diferença entre o permanente e o habitual.
- No permanente, no ato da execução ocorre o crime que se prolonga.
- No habitual o crime apenas se configura na manutenção do ato.
Caso a legislação seja alterada, durante a prática de um crime permanente ou continuado, será aplicada a nova lei. 
VI. A Lei Penal no Espaço.
1. Lugar de um crime 
Considera-se praticado o crime no local que ocorreu a ação ou omissão, Total ou em partes e o local onde se produziu, ou deveria produzir o resultado.
O código adota a teoria da ubiquidade: o crime se considera praticado tanto no lugar da conduta quanto naquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
A regra em estudo só terá́ relevância nos chamados crimes a distancia ou de espaço, que são aqueles cuja execução se inicia no território de um país e a consumação se dá ou deveria dar-se em outro.
2. Princípio da territorialidade – (EXTENSÃO DO CONCEITO DE TERRITÓRIO):
Aplica-se a lei brasileira a qualquer crime praticado no território nacional.
* Conceito de Território Nacional e sua Extensão.
Por território, no sentido jurídico, deve-se compreender todo o espaço em que o Brasil exerce sua soberania, que abrange:
a) os limites compreendidos pelas fronteiras nacionais;
b) o mar territorial brasileiro (faixa que compreende o espaço de 12 milhas contadas da faixa litorânea média);
c) todo o espaço aéreo subjacente ao nosso território físico e ao mar territorial nacional (princípio da absoluta soberania do país subjacente);
d) as aeronaves e embarcações:
— brasileiras privadas, em qualquer lugar que se encontrem, salvo em mar territorial estrangeiro ou sobrevoando território estrangeiro;
— brasileiras públicas, onde quer que se encontrem;
— estrangeiras privadas, no mar territorial brasileiro.
Obs: 
	Território nacional incluindo espaço aéreo e marítimo – Foi praticado no nosso país e julgado aqui.
Embarcação ou aeronave pública ou a serviço: aplica a lei brasileira onde quer que se encontre.
Embarcação ou aeronave particular: aplica a lei brasileira apenas em águas internacionais.
Obs: embaixada não é extensão do território nacional, mas possui inviolabilidade 
3. Extraterritorialidade:
-Extraterritorialidade é o fenômeno pelo qual a lei penal brasileira se aplica a fatos ocorridos fora do território nacional. Subdivide-se em extraterritorialidade condicionada ou incondicionada
1) Incondicionada:
a) crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;( Apenas contra a vida e liberdade)
b) crime contra o patrimônio ou contra a fé pública da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios ou dos Territórios, ou suas autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia mista ou das fundações instituídas pelo Poder Público;( Ex falsificar moeda )
c) crime contra a administração pública brasileira por quem está a seu serviço;
d) crime de genocídio, se o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
- Nas hipóteses de extraterritorialidade incondicionada é possível duas condenações. Se isso ocorrer, aplicar-se-á́ o principio do non bis in idem (o qual proíbe seja alguém condenado duas vezes pelo mesmo fato). Sendo assim, a pena cumprida no estrangeiro: a) atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas; ou b) nela é computada, quando idênticas (detração).
2) condicionada ocorre em relação às seguintes infrações:
a) crimes previstos em tratado ou convenção internacional que o Brasil se obrigou a reprimir; (trafico de drogas e pessoas) 
b) crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro, fora do nosso território (se não foi pedida ou se foi negada a extradição e se houve requisição do Ministro da Justiça);
c) crimes praticados por brasileiro;
d) crimes praticados a bordo de navio ou aeronave brasileiros privados, quando praticados no exterior e ali não forem julgados.
Condições aplicáveis aos casos de extraterritorialidade condicionada
a) entrada do agente no território nacional (condição de procedibilidade);
b) ser o fato punível também no país em que cometido;
c) estar o crime entre aqueles a que a lei brasileira admite a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido ou não ter cumprido pena no estrangeiro;
e) não ter sido perdoado e não se tiver extinguido sua punibilidade, segundo a lei mais favorável (condições objetivas de punibilidade).
4. Princípios relativos a extraterritorialidade 
- Princípio da nacionalidade ou personalidade: 
Princípio da personalidade ou nacionalidade ativa: como cada país tem interesse em punir seus nacionais, a lei pátria se aplica aos brasileiros, em qualquer lugar que o crime tenha sido praticado. Trata-se aplicação da lei nacional ao cidadão que comete crime no estrangeiro 
Princípio da personalidade ou nacionalidade passiva: se a vítima for brasileira, nosso país terá́ interesse em punir o autor do crime. Trata-se da aplicação da lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do pais
Obs.: ao contrário do que sustentam alguns autores, esse princípio não se confunde com o princípio da proteção, que se refere a bens públicos, o que não ocorre aqui. 
	- Princípio da defesa ou real :
		Aplica-se a lei penal do estado titular do bem jurídico lesado a fato criminoso cometido no estrangeiro, desde que de interesse nacional 
Princípio real, da proteção ou da defesa: justifica a aplicaçãoda lei penal brasileira sempre que no exterior se der a ofensa a um bem jurídico nacional de origem pública. Foi adotado nas letras a até c da extraterritorialidade incondicionada.
	- Princípio da justiça universal 
		Aplica- se a lei nacional a todos os fatos puníveis sem levar em conta o lugar do delito a nacionalidade do seu autor ou o bem jurídico lesado 
Princípio da justiça penal universal ou cosmopolita: refere-se a hipótese em que a gravidade do crime ou a importância do bem jurídico violado justificam a punição do fato, independentemente do local em que praticado e da nacionalidade do agente. Foi adotado nas letras d da extraterritorialidade incondicionada e a, da condicionada.
	- Princípio da representação ou da bandeira 
		Aplica-se a lei do Estado em que esta registrada a embarcação ou aeronave ou cuja bandeira ostenta quando o delito ocorre no estrangeiro e ali não é julgado.
	Princípio da representação ou da bandeira: a lei brasileira se aplica às embarcações ou aeronaves que carreguem nossa bandeira. Foi adotado na letra d da extraterritorialidade condicionada.
VII. Teoria do crime .
O direito penal não tem natureza constitutiva (Não cria direitos) , mas sim tutelar bens jurídicos já existentes. Para tanto a forma que o direito penal encontrou para coibir determinadas condutas foi a elaboração da infração penal. (Criminalização de uma conduta). O Brasil adota o conceito bipartido para definir a infração penal.
1. Infração penal é dividida em crime e contravenções penal.
	Crime - infração mais grave punida com pena de reclusão( local, presídio de segurança maior), detenção e ou multa.
	Contravenção penal – prisão simples e ou multa.
2. Conceito de crime
	 Conceito formal de crime: toda conduta humana contraria a lei penal e quando ausente qualquer causa de excludente de ilicitude ou culpabilidade.
	Conceito material de crime: toda conduta humana que viola os bens jurídicos mais importantes comprometendo a vida em sociedade. Este conceito da ênfase ao princípio da intervenção mínima (desconsidera a análise do fato típico) 
	Conceito analítico de crime: combina os dois conceitos anteriores, determinando que crime é toda a ação ou omissão criminalizada por um tipo penal que não possui qualquer excludente de ilicitude ou culpabilidade e que atinja o bem jurídico de forma significativa.
Crime é um fato típico, ilícito e punível.
***Quadro conceito analítico de crime (SERÁ COBRADO EM PROVA)
	Etapa
	Passos
	Descrição
	Fato típico
	Conduta 
	Corresponde a uma ação ou omissão; dolosa ou culposa; consciente, voluntaria, dirigida a uma finalidade
	
	Nexo causal
	Observa se foi a conduta que atingiu o resultado.
	
	Resultado
	
	
	Tipicidade
	Saber se a conduta está escrita como criminosa. (Adequação do fato a norma)
	Excludentes de ilicitude
	Exercício regular do direito
	Realização de uma faculdade de acordo com as respectivas normas jurídicas
	
	Estrito cumprimento do dever legal
	Prática de um fato típico sem antijuridicidade, por um agente público, exatamente para assegurar o cumprimento da lei.
	
	Estado de necessidade
	Alguém em situação de perigo atual. Não foi provocada pelo próprio indivíduo ou por ele não podia ser prevista
	
	Legítima defesa
	Ação necessária e proporcional, visando cessar a agressão pessoal ou a outrem.
	Excludentes de culpabilidade
(reprovação social )
	Inimputabilidade
	Se não possui capacidade intelectual e de autocontrole. implica em sanção impropria.
	
	Inexigibilidade de conduta adversa
	Sofre coação moral e irresistível
	
	Potencial consciência da ilicitude do fato
	Erro de proibição - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuir a pena de um sexto a um terço”.
I. Conduta (SERÁ COBRADO EM PROVA)
1. Ação ou omissão : "ação ou omissão , consciente e voluntaria e dirigida a uma finalidade".
Excludentes da conduta , Fato atípico relativo a conduta que não se enquadram na definição de conduta.
Crimes comissivas: Pune ação (observar o verbo)
São aqueles que punem a ação , o verbo pressupõem uma conduta positiva 
	Obs: Uma "conduta omissiva" pode gerar um "crime comissivo" nos caso em que o "agente garantidor", que é obrigado a proceder de determinada forma, deixa de fazer algo em sua conduta que gera um crime. 
Agentes garantidores: ( que podia e deveria...)
- Quem tem por lei essa obrigação de cuidar, proteger ou vigiar (médico, pais, bombeiro, militares) 
- Quem de qualquer outra forma assumiu o compromisso de impedir o resultado (segurança ...)157 N/F 13 ,p2 ,b 
- Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado (acender uma fogueira e não apagar depois)
B.Crimes omissivas próprios: Pune omissão (deixar de ..., não fazer algo)
	São aqueles crimes em que o verbo pressupõe uma omissão, pune-se o fato de o agente não fazer aquilo que deveria.
Até aqui AV1 - Caso concreto 02 no dia da prova
Princípios constitucionais e gerais
Lei penal no tempo (lei nova)
Tempo do crime (da ação ou resultado)
Quadro conceito analítico de crime (elementos do fato típico , exclusão de ilicitude e exclusão de culpabilidade )
Conflito aparente da norma
Crimes comissivas e omissivas (agentes garantidores)

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