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CONSTITUICOES RESUMO

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Ao estudarmos as constituições do Brasil, fazemos uma importante revisão sobre diversos conteúdos da nossa história como por exemplo: os contextos sociais, econômicos e políticos que o Brasil viveu em cada época desde a independência até os dias atuais. Basicamente a Constituição é um conjunto de regras de governo, muitas vezes codificada com um documento escrito, que enumera e limita os poderes em função de uma entidade politica. O Brasil já teve sete constituições diferentes e a partir desse texto vou apresentar um breve resumo com as principais características de cada uma delas.
A primeira Constituição brasileira foi outorgada em 25 de março de 1824, dois anos após a proclamação da Independência. Nesse período, mais precisamente em 1823 D. Pedro I até então Imperador impôs a dissolução da Assembleia Constituinte que iria discutir e elaborar a primeira carta magna do Brasil. Entre outras razões, o imperador executou tal ação autoritária temendo que a nossa primeira constituição limitasse seus poderes excessivamente. Após tomar essa atitude, criou um Conselho de Estado composto por alguns membros e presidido por ele mesmo e discutiram e criaram a 1º Constituição Brasileira, sem qualquer tipo de participação política mais ampla o país ganhou uma carta constitucional claramente subordinada aos interesses do Imperador. A Constituição de 1824 teve os poderes politico divididos entre Legislativo, Executivo e Judiciário, no entanto também foi instituído o chamado Poder Moderador que tinha a capacidade de desfazer e anular qualquer decisão tomada pelos outros poderes e era exercido unicamente pela figura do Imperador, podemos dizer então que o nosso governo combinava traços de liberalismo e absolutismo. O sistema eleitoral era organizado por meio de eleições indiretas, onde os eleitores de paróquia votavam nos chamados eleitores de província que votavam na escolha dos deputados e senadores. Para exercer o direito de voto, o cidadão deveria pertencer ao sexo masculino, ter mais de 25 anos e uma renda mínima de 100 mil-réis anuais. Desse modo, percebemos que o sistema eleitoral do império excluía grande parte da população, portanto a Constituição de 1824 foi tomada por desigualdades e estava longe de cumprir um ideal de isonomia entre a população brasileira, o imperador tinha amplos poderes e em mãos e poderia exercê-lo segundo as suas próprias vontades, tivemos nesse período intensas discussões politicas e revoltas que iam contra a estrutura de poder fortemente centralizada.
Em 1889 chegou ao fim o sistema Imperial no Brasil, foram diversos fatores que ocorreram para o enfraquecimento do sistema monarca no país, os militares se articularam a outros grupos interessados e proclamaram a república pondo fim ao domínio de Dom Pedro I. O governo foi assumido provisoriamente por Marechal Deodoro Da Fonseca, foram dois anos tomados por movimentos com o objetivo de estabelecer novas diretrizes para o estado Brasileiro era preciso descaracterizar o país de como era no regime anterior. Entre os principais elaboradores da nova Constituição temos Prudente de Morais e Rui Barbosa que foram influenciados pela Constituição dos EUA, seguiam como principio a descentralização dos poderes, um modelo federalista e a concessão de autonomia aos estados e municípios que agora escolheriam seus representantes teriam bancos regionais com liberdade para emitir moeda, poderiam contrair empréstimos no exterior e ter corpos militares próprios. Uma mudança importante na nova constituição foi a extinção do Poder Moderador, a constituição republicana determinava a existência apenas de 3 poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário e fora estabelecido que os representantes dos dois primeiros seriam eleitos por voto popular e direto. Não tínhamos mais a figura do Imperador que havia sido substituída pela figura do Presidente da República, cargo que seria ocupado através de eleições por voto direto popular e teria vigência de 4 anos sem direito a reeleição. Um detalhe curioso desta época é que o Presidente e Vice eram eleitos individualmente, assim poderia acontecer de unir candidatos de plataformas diferentes no governo e os votos não eram secretos e somente poderiam ser feitos por meio do sufrágio direto universal masculino (os cidadãos com direitos plenos poderiam votar em seus representantes, sem necessidade de comprovar a renda); não podiam votar: analfabetos, menores de 21 anos, mulheres, monges regulares, praças das Forças Armadas e mendigos;
A Igreja separada do estado, ou seja, tinham predominância do catolicismo no Brasil, mas o Estado passou a não mais definir uma religião específica. Tivemos também uma reforma no código penal que passou a excluir a pena de morte. A Constituição de 1891 inaugurou a orientação da República no Brasil. Foi publicada no dia 24 de fevereiro daquele ano e vigorou até 1932. Foi a diretriz do período chamado como República Velha, comandada por oligarquias latifundiárias, com uma economia profundamente baseada no café e dominada pelos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Em 16 de Julho de 1934 foi promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte uma nova constituição regida para organizar um regime democrático que assegurasse a nação, unidade, liberdade, justiça e o bem-estar social e econômico. Mas para compreendermos como se iniciou a nova Constituição precisamos voltar no tempo, precisamente em 1930 quando o país passou por uma revolução. A revolução de 30 foi um movimento de revolta armado que tirou do poder através de um Golpe de Estado feito pelos Militares por conta de divergências nos interesses entre Minas e São Paulo (política café com leite) o então presidente Washington Luiz, impediu que o então eleito presidente Júlio Prestes (apoiado pelos paulistas) assumisse o poder e fez com que Getúlio Vargas assumisse a presidência provisória do Brasil. Isso gerou uma grande insatisfação do Estado de São Paulo, que aguardavam por novas eleições para por fim ao governo provisório e estas não aconteciam. Os paulistas exigiam novas eleições e a elaboração de uma nova Constituição no país, como as exigências não eram atendidas o foram surgindo diversas manifestações populares e em 9 de Julho de 1932 teve inicio a Revolução Constitucionalista que foi uma verdadeira guerra civil. Os paulistas acabaram perdendo o conflito, no entanto conseguiram alcançar alguns objetivos, entre eles, a Constituição que acabou sendo promulgada em julho de 1934 trouxe alguns avanços democráticos e sociais para o país. O objetivo da Constituição de 34 era o de melhorar as condições de vida da grande maioria dos brasileiros, criando leis sobre educação, trabalho (salário mínimo, limite 8 horas de trabalho/dia, proibição de trabalho de menores), saúde e cultura. Ampliando o direito de cidadania e igualdade (não haveria privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, profissão própria ou dos pais, riqueza, classe social, crença religiosa ou ideias políticas) dos brasileiros, possibilitando a grande fatia da população, que até então era marginalizada do processo político do Brasil, participar então desse processo (maiores de 18 anos, mulheres). A Constituição de 1934 representou o início de uma nova fase na vida do país, entretanto vigorou por pouco tempo, até a introdução do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, sendo substituída  pela Constituição de 1937 
que teve seu texto elaborado por Francisco Campos e outorgado pelo presidente Getúlio Vargas e foi inspirada na Constituição Polonesa. O mandato de Vargas terminava em 1938 e para continuar no poder ele teve que dar um golpe de estado, alegando que defenderia o povo brasileiro das ameaças comunistas, tornando-se um Ditador. Essa constituição tinha inspirações fascistas, era um regime ditatorial, perseguia opositores, o estado intervinha na economia, foi feita a abolição de partidos políticos junto com a liberdade de imprensa., podemos destacar também como algumas de suas principais disposições a concentração dos poderes executivo e legislativonas mãos do Presidente da República; o estabelecimento de eleições indiretas para presidente, que terá mandato de seis anos; a admissão da pena de morte; veto ao liberalismo; retira do trabalhador o direito de greve; permite ao governo expurgar funcionários que se opusessem ao regime; previu a realização de um plebiscito para referendá-la, o que na realidade, nunca ocorreu.
Getúlio Vargas entrou em descrédito após entrar na Segunda Guerra Mundial e um movimento de oposição conseguiu retirá-lo do poder no ano de 1945. Com a queda do ditador, assumiu a presidência o general Eurico Gaspar Dutra. A Constituição de cunho autoritário não era mais adequada para o Brasil e precisava ser substituída. O então presidente convocou uma Assembléia Nacional Constituinte para que se pudesse promulgar uma nova carta constitucional.
Vários intelectuais da época participaram da elaboração da nova Constituição. Pela primeira vez os comunistas também integraram as reuniões do Assembléia Constituinte. O resultado foi uma carta constitucional bastante avançada para a época, conquistando avanços democráticos e na liberdade individual de cada cidadão. As liberdades que o próprio Getúlio Vargas havia acrescentado à Constituição em 1934 e que foram retiradas por ele mesmo em 1937 voltaram a integrar a carta de 1946.
A Constituição Brasileira foi promulgada no dia 18 de setembro de 1946, entre suas novas regulamentações estavam: igualdade perante a lei, ausência de censura, garantia de sigilo em correspondências, liberdade religiosa, liberdade de associação, extinção da pena de morte e separação dos três poderes.
A Constituição de 1946 ficou em vigência até o Golpe Militar, em 1964. Nessa ocasião, os militares passaram a aplicar uma série de emendas para estabelecer as diretrizes do novo regime até ser definitivamente suspensa pelos Atos Institucionais e pela Constituição de 1967.
Alguns dos dispositivos regulados pela Constituição de 1946 foram:
A igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
A liberdade de expressão, sem censura, fora em espetáculos e diversões públicas;
Sigilo de correspondência inviolável
Liberdade de consciência, crença e exercício de quaisquer cultos religiosos;
Liberdade de associação para fins lícitos;
Casa como asilo do indivíduo torna-se inviolável
Prisão apenas em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente e a garantia ampla de defesa do acusado;
Pena de morte é extinta
Os três poderes são definitivamente separados
Quando foi dado o Golpe Militar de 1964, a carta vigente no Brasil era a Constituição de 1946. O presidente era João Goulart que, após ser derrubado, assistiu sem forças a criação de diversas emendas que descaracterizaram a então vigente constituição. Por sim, a Carta de 1946 acabou sendo substituída pela Constituição de 1967, proposta pelo AI-4.
No ano de 1988 acontecia no país o marco que definiria o Brasil como, novamente, um país democrático. No dia 5 de outubro era promulgada a Constituição Federal, que tinha como objetivo garantir os direitos sociais, econômicos, políticos e culturais que desde o período anterior haviam sido suspensos pelos governos no período da ditadura. Também conhecida como a Constituição Cidadã, ela foi a sétima na história do Brasil desde que ele passou pela independência, e foi elaborada por 558 constituintes durante um período de 20 meses.
 Ela possui 245 artigos que se divide em nove títulos.
Em 1993 aconteceu a ratificação do regime presidencialista através de um plebiscito, que dava ao presidente da República o poder de comandar a administração do executivo federal por meio de eleições diretas que contariam com a participação de toda a população, desde que já possuísse mais de 16 anos. Os setores municipais e estaduais também passariam a ter seus representantes escolhido da mesma forma, com o voto popular.
A imprensa voltava a ser livre, depois de anos de repressão e censura, e os indígenas e povos quilombolas conseguiram o direito a ter suas terras demarcadas, voltando a habitar em seus locais de origem como antigamente. A Carta Magna também garantia que todo cidadão brasileiro tinha direito a saúde e a educação, trazendo para a sociedade uma nova fase, onde agora, o povo tinha direitos que, no papel, fazia com que todos fossem iguais perante a lei.

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