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Relacionamento e Comunicação em Enfermagem Aulo(a): Natana Kelly Gomes de Sousa Pesquisa em campo junto a profissionais de Enfermagem. - O que é relacionamento terapêutico pra você? -Quais as facilidades e dificuldades de estabelecer o relacionamento terapêutico com os pacientes? As ações da Enfermagem são pautadas no cuidar. Para que sejam implementadas e produzam um alto grau de resolutividade é necessário estabelecer uma comunicação eficiente. A relação terapêutica é esta comunicação entre o cuidador e o recebedor deste cuidado, que vai muito além dos aspectos tecnicistas da prática da Enfermagem. É necessário desenvolver e ampliar as habilidades de empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro e com sensibilidade tentar atender as suas demandas. Todo processo de adoecimento e cura agrega dor emocional. O Cuidador sensível a esta realidade pode conseguir minimizar os impactos negativos deste aspecto através de uma abordagem humanizada que auxiliem o paciente a adaptar-se e responder positivamente ao tratamento. Um forte entrave para o estabelecimento do relacionamento terapêutico, entre outros fatores, é a alta demanda de atividades administrativas que absorvem demasiadamente o tempo do Enfermeiro, afastando-o cada vez mais do contato direto com o paciente. A carga horária exaustiva a que nos submetemos, devidos aos baixos salários, a demanda de trabalho que se distancia do que é preconizado pelo SUS, onde somos responsáveis por um número muito maior de pacientes do que é indicado, são também fatores que obstaculizam o relacionamento terapêutico. O Enfermeiro precisa urgentemente desenvolver a sua consciência crítica e se politizar, para que seja possível mudar esta realidade que cerceia a sua prática, sacrifica-o enquanto pessoa e profissional e principalmente lesa o paciente. Embora, em detrimento a tantas condições de trabalho adversas a Enfermagem corajosamente continua encontrando meios de contribuir para a reversão de quadros de desequilíbrio e devolvendo o paciente para o seio de sua família e para a vida produtiva. Somos antes de tudo, agentes de transformação. Entrevistada: Maridecia Alexandrino Feitosa. Enfermeira do IJF, do Hospital de Messejana e Preceptora do PET-SOS- Programa de Educação no Trabalho do Ministério da Saúde.
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