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FARMACOTÉCNICA I RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA “Preparação de xarope simples” Introdução É a forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes. Quando não se destina ao consumo imediato deve ser adicionado de conservadores antimicrobianos autorizados. ¹ Os xaropes apresentam algumas vantagens como, por exemplo, valor energético; função edulcorante que melhora o sabor e o aroma do fármaco; função conservante que evita a contaminação microbiológica das preparações; e aumento da dissolução. A produção dos xaropes o torna mais agradável, pois eles muitas vezes conseguem mascarar um sabor desagradável de um fármaco com a utilização de flavorizante. E podem ser atrativos para crianças por permitir a utilização de corantes. Por isso utilização de xaropes no tratamento de idosos e crianças é importante já que muitos deles sentem dificuldade na ingestão de outras formas farmacêuticas como, por exemplo, comprimidos ou capsulas. Os xaropes simples podem ser preparados a frio ou a quente. Quando preparados a frio os xaropes ficam menos corados, mas não eliminam microorganismos e apresentam dificuldade de filtração. E quando preparados a quente oferecem rapidez de dissolução do açúcar e eliminação de subprodutos, entretanto esses xaropes ficam mais amarelados o que caracteriza uma desvantagem. O aquecimento exagerado pode incentivar a perda de água e aumentar a formação de açúcar invertido, que ocorre quando no aquecimento a sacarose é misturada com água, ocorre uma reação química chamada hidrólise, que é a quebra da sacarose em glicose e frutose. Sendo essa hidrolise a responsável pelo escurecimento do xarope. O açúcar empregado para o preparo do xarope simples é o açúcar refinado de grau alimentício. Após a sua preparação deve ser guardado em local fresco e seco. Objetivo Preparar 50mL de xarope simples. Reagentes Água destilada Açúcar Materiais Béquer 50mL Espátula Bastão de vidro Caneco inox Proveta 50mL Cálice 250 mL Filtro de pano Conta gotas Equipamentos: Balança analítica Banho-maria Procedimento Experimental Colocou-se 50mL de água destilada na proveta e transferiu-se para o cálice graduado. Após isso, o cálice foi marcado onde terminava o volume da água para identificar que o volume de 50mL na proveta correspondia ao volume de 65mL no cálice. Colocou-se o béquer de 50mL na balança, tarou-se a balança e com auxílio da espátula colocou-se aos poucos o açúcar no béquer até atingir o peso de 42,5g de açúcar. Transferiu-se todo o açúcar do béquer para o caneco de inox e com auxílio do bastão de vidro triturou-se o açúcar para homogeneizar a amostra. Após isso, com auxílio da proveta, transferiu-se 23,5mL de água para o caneco de inox. Levou-se o caneco para o banho-maria a 70ºC e sob constante agitação, a fim de diluir a amostra. Após a amostra ser diluída, retirou-se o caneco do banho-maria e transferiu-se a amostra para o cálice. Com auxílio de um conta gotas, adicionou-se uma pequena quantidade de água no cálice para avolumar e chegar no volume proposto. A amostra foi coada com auxílio do coador de pano. Resultados e Discussões Para determinar as quantidades utilizadas foram feitos os seguintes cálculos: Total do xarope (Dados: d=1,32/ v= 50mL) D = m → 1,32 = m → m=66g v 50 Quantidade de açúcar 85g de sacarose — 100mL X — 50mL X= 42,5g de sacarose Quantidade de água 66g – 42,5g = 23,5g → 23,5mL Foi utilizado o equipamento banho-maria, pois a temperatura não pode variar muito mais que 70ºC, se não há chance de formar açúcar invertido e no banho-maria a temperatura não varia muito. Para obter o volume desejado, com base nos cálculos feitos anteriormente ao processo, foi necessário avolumar com água o cálice. Ao final da prática não foi obtido o resultado esperado. Conseguiu-se o volume de 50mL de xarope, mas o xarope não apresentou características aceitáveis. O xarope não ficou límpido, apresentou uma coloração muito amarelada juntamente com partículas. Também foi realizada a filtração, com auxílio do coador de pano, pois não tinha material de filtro adequado, que seria o papel de filtro tipo Chardin. A filtração reteve as partículas, mas o xarope ainda manteve sua cor amarelada. Conclusão Através desta prática, aprendemos como produzir xarope simples. Entretanto o mesmo não se apresentou límpido e transparente, conforme descrita em literatura. Provavelmente devido ao tipo de açúcar que usamos e presença de impurezas. Referências bibliográficas ¹ Formulário nacional da farmacopeia brasileira. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259372/FNFB+2_Revisao_2_COFAR_setembro_2012_atual.pdf/20eb2969-57a9-46e2-8c3b-6d79dccf0741>. Acesso em: 23 de março de 2018
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