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Subprodutos e coprodutos do pescado 27 nov

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Subprodutos e coprodutos do pescado
Resíduos do pescado são as sobras provenientes do processamento nas indústrias, que não podem ser utilizados (Ex: vísceras), fora do padrão, espécies de fauna acompanhante. 
Etapas: classificação (desclassificados aqueles que não atendem as adequações da indústria ou que não são próprios para consumo humano e geram resíduos não comestíveis), lavagem (água de lavagem, resto de carne, escamas e barbatanas), eviseração (vísceras e resíduos), filetado (cabeça, pele, nadadeira, cauda, coluna vertebral). 
Peixe pode ser vendido (eviscerado): inteiro, filetado, em postas, laminado ou enlatado. As indústrias de filetagem tem rendimento de 30 a 50% do pescado, as de conserva tem descarte de 65%, as de elaboração de filés rendem 55% (salmão) e 30 a 37% (tilápia). Outra forma de descarte é através da fauna acompanhante pela pesca de espécies como o camarão. 
Objetivos do aproveitamento do pescado: garantia de não desperdiçar os produtos, minimização dos impactos negativos ao meio ambiente - conservação ambiental. Importância: elaboração de subprodutos (não comestíveis para humanos, adequado para alimentação animal) e coprodutos (para consumo humano) do pescado. Tipos de aproveitamento: coprodutos (alimentação humana), subprodutos (alimentação animal), adubos e fertilizantes (não adequados para alimentação humana ou animal). Um produto é considerado de pescado se tiver acima de 50% de pescado. 
Coprodutos: Concentrado Proteico de Pescado (CPP), farinha de pescado, CMS de pescado (pode ser elaborada com uma ou várias espécies - cuidado para a características sensoriais, devem ser semelhantes entre as espécies -, pescado eviscerado e descabeçado submetido a uma máquina separadora de carne e ossos ou despolpadeira, e o produto gerado é músculo esquelético, isento de vísceras, escamas e pele), Carne Triturada de Pescado (CTP, única ou várias espécies com características sensoriais semelhantes, submetido a um triturador sem separação de carne e ossos, obtém-se um músculo esquelético sem espinhas e ossos; os moedores de carne não separam os ossos e espinhas da carne, enquanto a máquina desossadora separa = CMS), óleo e gelatina de pescado.
Surimi - é obtido através da CMS ou CTP de peixe, submetido a lavagens seguidas, drenagem e refino. Ex: Kani <3
Embutidos - elaborado com ingredientes de pescado que seja ou não curado, cozido, dessecado, defumado e etc, com um envoltório. Ex: salsicha, linguiça, patê (pescado transformado em pasta). 
Formatados - produzidos por formadores com desenhos e formatos geométricos, cilíndricos ou tubulares. Ex: nuggets, hambúrgueres, sticks, quibes
Óleo de pescado - o fígado e o corpo do pescado servem como fontes, é refinado e utilizado pela indústria farmacêutica ou alimentícia. Fontes de Omega 3 (DHA e EPA), passa por um processo de hidrogenação em que a gordura líquida se transforma em sólida. Etapas: degomagem (remoção das impurezas como fosfatídeos, metais, proteínas e ceras), neutralização (remoção dos ácidos graxos livres), branqueamento (remoção dos pigmentos), desodorização (remoção do odor característico de pescado provocado pelos aldeídos e cetonas). 
Gelatina de pescado - obtido através de proteínas naturais solúveis, coaguladas ou não, obitda pela hidrólise do colágeno presente nas bexigas natatórias, ossos, peles e cartilagens. Vantagem da sua utilização: sem risco de transmissão de BSE. 
Subprodutos: Obtidos através de resíduos de pescado não aptos para consumo humano. Farinha, óleo, adubo, solúvel concentrado (?).
Óleo de pescado não comestível - tratamento de matéria prima, cocção. De cor amarelo clara ou âmbar, com no máximo de: 1% de impurezas, 10% de umidade e 3% de ácido oleico , sem outros óleos e substâncias estranhas. Fluxograma de obtenção: matéria prima não comestível, submetida ao cozimento e prensagem (em que é produzido o líquido e torta de prensa), o líquido de prensa segue para agitação, pré aquecimento, centrifugação e obtenção do óleo de peixe. Fonte de ômega 3 para animais, podendo ser utilizado para elaboração de tintas.
Cola de pescado - subproduto obtido pelo processamento de matérias primas não comestíveis ricas em colágeno pela coccção a vapor ou água fervente. 
Adubo de pescado - não atende as especificações para farinha de pescado comestível (1ª e 2ª qualidade)
Solúvel concentrado de pescado - obtido pela evaporação e concentração da parte líquida resultante após separação do óleo. Máximo de: 30% de proteína, 3% de gordura e 10% de umidade. Produto concentrado com 50% de sólidos.
Silagem de pescado - produzido quando há pequeno acúmulo de resíduos da cadeia aquífera submetida a moagem, elaboração de ração para aquicultura - aproveitamento local. Dois tipos: ácida ou química (adição de um ácido orgênico e outro inorgânico), fermentada ou biológica (em que foi adicionada uma fonte de carboidrato como o melaço da cana de açúçar, uma fonte de microorganismos como o soro de queijo ou produtos vencidos), ambos com substância fibrostática e antioxidante; a acidificação de resíduos que permite que as enzimas façam hidrólise das proteínas do resíduo, liberando aminoácidos de alto valor biológico. pH de 3 a 5, com 19% de proteína e 70% de umidade. 
Farinha de resíduos de crustáceos - qualidade inferior, pode ser aproveitada pela indústria farmacêutica ou alimentícia (aditivos) e química. 
Biodisel - óleo de vísceras de peixe marinho.
Couro - pele.

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