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A constituição como espelho da realidade

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Quando se tratar do posicionamento da Constituição como espelho da realidade, é possível ressaltar a influencia dos neoliberais, visto que é o movimento que mais expande nos últimos tempos, esses conjugam seus idiomas apenas nas seguintes esferas: desnacionalizar, desestatizar, desconstitucionalizar, desregionalizar e desarmar. Vale lembrar que fazendo dessas forças triunfantes, farão o Brasil retroagir à posição de colônia. 
	É importante ressaltar que o princípio é como baluarte da ciência constitucional, na qual, divide-se em quatro gerações que imprimem força, respeito e consciência ética na formulação e aplicação legislativa. 
	Há de se observar que para o enquadramento do sistema legislativo, em especial da constituição, aos casos sociais, se faz mister, a utilização de diversos métodos de flexibilização do poder, como as medidas provisórias e emendas constitucionais, desenvolvendo uma falência representativa do sistema legislativo. 
	A guarda da Constituição é a guarda da soberania, quem fere o Estado democrático, a organização federativa, a republica constitucional, fere mortalmente aquele princípio supremo, a saber, o princípio da soberania, já interna, já externa. Com o neoliberalismo deixa de haver um governo legítimo, porque o mesmo solterra a soberania. 
	Vale dizer que existe artigos, como o denominado “A globalização que nos interessa” estampado em alguns anos no Jornal do Brasil, que citava duas existentes: uma hegemônica e satânica, que é aquela neoliberal do capitalismo sem pátria, e a outra da democracia, que caminha lentamente. 
	Seria, portanto a causa da ingovernabilidade do país a falta de respeito a soberania, as traições politicas dadas pela corrupção, a economia que recobra aos assalariados e membros da classe média baixa, além de diversos pontos relevantes que diminuem a possibilidade do país emergir para o desenvolvimento, devolvendo o mesmo a situação de mera colônia submissa aos banqueiros. 
	É possível perceber que a separação da Igreja e do Estado, também verificável no Brasil, a partir da premissa que legislativamente o mesmo é caracterizado como Estado Laico, visto que há uma separação e jamais imposição de uma cultura religiosa dentro do território brasileiro. É importante descrever aqui, que esse fato caracteriza-se por um movimento de grande evolução da sociedade, visto que abrange assim a diferenciação de crenças, atualização social, aceitação de diferenças e por consequência um aumento na soberania nacional em relação as leis e suas execuções no ambiente nacional. Como por exemplo: efetivar casamentos homoafetivos, possibilidade de aborto de anencefálicos. 
	O livro também trouxe uma discussão acerca da Constituição, suas características principais e a vigência da mesma na comunidade europeia, visto que há grandes duvidas vinculadas à sua abrangência dos Estados-membros. A confusão consiste que se manter a observação que a constituição da comunidade se dá pela união de estados soberanos, desvincula ai a obtenção de uma Carga Magna Européia, então se verifica obstáculos de ordem política vestem a supremacia da soberania estatal, e não mais política. Também observa-se a dificuldade de implantação por ser a constitucionalização a emanação do poder constituinte, sendo ele a população, e a formação de uma assembleia supranacional, estaria piorando a situação dos cidadãos da região elencada, por ser essa soberania, algo totalizado, esquecendo da necessidade de abordagem de situações especificas de cada região. 
	Há a partir desses conflitos uma profunda reflexão sobre o papel exercido pela Constituição, sobre a legitimidade da jurisdição nacional e sobre a racionalidade das decisões judiciais. Abre-se dessa maneira um leque imenso de possibilidades de reflexões que não se coadunam com os direitos clássicos da soberania, do Estado e da Constituição. Essa nova visão acadêmica dada pela comparação, possibilita o xeque de diversos conceitos e parâmetros antes considerados imutáveis, vistos como ultrapassados e consequentemente a busca por inovações que evoluam a constituição de acordo com as necessidades sociais. 
	Dessa maneira é possível perceber que a transformação de ideiais de interpretação constitucional, como a aceitabilidade e a ponderação, foram decisivas para abrir caminhos a uma nova forma de configurar e dizer o direito constitucional. Essas transformações receberam o nome de neoconstitucionalismo, partindo da ideia de Constituição como um sistema aberto de regras e princípios, sendo os últimos a moralidade inerente a uma dada sociedade, sendo mister a interpretação plural, o que acarreta um forte prejuízo para a democracia constitucional. Ainda mostrou que Dworkin, sem abrir mão da concepção aberta da teoria da constituição, por meio do direito como integridade, apresentar formas de tratar a decisão judicial que abranja os problemas racionais do positivismo jurídico e de democracia.

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