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PLANEJAMENTO FAMILIAR E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Planejamento Familiar “É um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família.” - Ministério da Saúde. “Além de prevenir a gravidez não planejada, as gestações de alto risco e a promoção de maior intervalo entre os partos, o planejamento familiar proporciona maior qualidade de vida ao casal, que tem somente o número de filhos que planejou.” Ética e Programação da Prole REALIDADE Não é mais possíveis suportar o crescimento demográfico nos índices alarmantes em que ele vem ocorrendo. Ética e Programação da Prole Em diversas culturas, a procriação é sentida por diversos modos: A bênção ou A maldição da prole. Hebreus: “A geração é uma dádiva de Deus, de quem, de outro lado, e esterilidade é uma maldição.” Paternidade e Maternidade Responsável PROGENITORES Responsabilidade com a SOCIEDADE e com a PROLE de: Prover sobrevivência; Educar pessoas que possam contribuir com a sociedade e não se tornar dela dependente. Função do Profissional de Saúde no Planejamento Familiar Planejamento Familiar Direito que deve ser garantido pelo SUS; Política de Assistência Integral à Saúde da Mulher preconizada pelo Ministério da Saúde (1984); Prevenção Dupla/Simultânea: •Doenças Sexualmente Transmissíveis •Gravidez Indesejada Função do Profissional de Saúde no Planejamento Familiar Política Nacional de Planejamento Familiar (2007): Oito métodos contraceptivos gratuitos; Venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia Popular. “Toda mulher em idade fértil (de 10 a 49 anos de idade) tem acesso aos anticoncepcionais nas Unidades Básicas de Saúde, mas em muitos casos precisa comparecer a uma consulta prévia com profissionais de saúde. A escolha da metodologia mais adequada deverá ser feita pela paciente, após entender os prós e contras de cada um dos métodos.” - Ministério da Saúde. Função do Profissional de Saúde no Planejamento Familiar Atividades Educativas; Aconselhamento; Atividades Clínicas. INTEGRALIDADE 1. Atividades Educativas Oferecer conhecimentos necessários para a escolha do método; Conversar sobre sexualidade; Fazer atividades individuais e em grupo; Metodologia participativa; Linguagem acessível, simples e precisa. 2. Aconselhamento Processo de escuta ativa individualizado e centrado no indivíduo. 1) Identificação e acolhimento da demanda do indivíduo ou casal, entendida como suas necessidades, dúvidas, preocupações, medos e angústias entre outras; 2) Avaliação de Risco (HIV e outras DSTs); 3) Reconhecimento de que o sucesso depende de ação conjunta: Profissional de Saúde Paciente. 3. Atividades Clínicas A primeira consulta deve ser feita após as atividades educativas incluindo: a anamnese; exame físico geral e ginecológico; Orientação do auto-exame de mamas; As consultas de retorno Reavaliar a adequação do método em uso, bem como prevenir, identificar e tratar possíveis intercorrências. ANTICONCEPÇÃO HORMONAL ORAL Anticoncepção Hormonal Oral Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais são esteróides utilizados isoladamente ou em associação com a finalidade básica de impedir a concepção. Tipos de Pílula MINIPÍLULA constituída por progestogênio isolado. COMBINADA compõem-se de um estrogênio associado a um progestogênio. •Monofásica: a dose dos esteróides é constante nos 21 ou 22 comprimidos da cartela. •Bifásica: contêm dois tipos de comprimidos com os mesmos hormônios em proporções diferentes. •Trifásica: contêm três tipos de comprimidos com os mesmos hormônios em proporções diferentes. Minipílula São comprimidos que contêm uma dose muito baixa de progestogênio, que promove o espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides, e inibe a ovulação em aproximadamente metade dos ciclos menstruais. Durante a lactação, quando usados de forma correta e consistente, os anticoncepcionais orais de progestogênio têm uma taxa de falha de 0,5%, no primeiro ano de uso. Em uso habitual, a taxa de falha é de 1%. Minipílula Efeitos Secundários: Alterações no fluxo menstrual. Cefaleia. Sensibilidade mamária. Benefício Não-Contraceptivo: Prevenção das doenças benignas de mama; câncer de endométrio ou de ovário; e doença inflamatória pélvica. Minipílula Atividades Específicas: Avaliar as condições de uso da pílula (regularidade na ingestão, tolerância, aceitabilidade entre outros). Pesquisar o aparecimento de condições clínicas que possam significar contra-indicação ao uso do método. Avaliar peso e pressão arterial em cada retorno. Fazer exame físico geral anual. Fazer exame ginecológico e de mama anual. Fazer exame colpocitológico quando necessário. Prescrever a quantidade de cartelas de pílulas necesárias até o próximo retorno. Pílulas Anticoncepcionais Combinadas Contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher. As pílulas combinadas atuam basicamente por meio da inibição da ovulação, além de provocar alterações nas características físico- químicas do endométrio e do muco cervical. São métodos muito eficazes quando usados correta e consistentemente, podendo sua taxa de falha ser da ordem de 0,1%, no primeiro ano de uso. Em uso habitual, atinge valores de 6 a 8%. Interações Medicamentosas: Certas drogas são capazes de reduzir a eficácia anticonceptiva da pílula, principalmente nos tratamentos prolongados. Nesses casos, deve-se indicar métodos alternativos. Pílulas Anticoncepcionais Combinadas Efeitos Secundários: Alterações de humor. Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico. Cefaleia. Tonteira. Mastalgia. Sangramento intermenstrual. Cloasma. Pílulas Anticoncepcionais Combinadas Atividades Específicas: Primeira consulta: Incluir na anamnese a investigação de todas as condições que contra-indiquem o uso da pílula. Fazer exame físico geral, exame de mamas e exame ginecológico, com especial atenção às condições que contra- indiquem o uso do método. Explicar detalhadamente a técnica adequada de uso do método (pílula combinada ou minipílula) de acordo com os antecedentes e as circunstâncias individuais de cada mulher. A primeira opção deve recair sempre para a pílula combinada de baixa dose (0,03 mg de etinilestradiol), face sua melhor tolerabilidade, alta eficácia e baixo custo. DIU – DISPOSITIVO INTRA- UTERINO Definição Os dispositivos intra-uterinos são artefatos de polietileno aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios que, inseridos na cavidade uterina, exercem sua função contraceptiva. Mecanismo de ação Ação nos espermatozoides: a concentração de cobre no muco cervical diminui significativamente a motilidade, vitalidade, capacitação e reação acrossômica do espermatozoide; Ação nos óvulos: aumenta a motilidade uterotubária induzido pela maior concentração de prostaglandinas e o aumento da atividade fibrinolítica acelera o transporte do óvulo através da tuba; Ação no endométrio: apresentam supressão uniforme do endométrio, deprimindo os níveis de receptores e estrógeno e progesterona; Eficácia e tipos de DIU A eficácia depende de: Tamanho; Forma; Presença ou não de cobre ou progesterona; Bem como característica das usuárias: idade paridade; Tipos: DIU com cobre; DIU liberador dehormônio; DIU medicato ou inerte; Indicações para o uso do DIU e escolha das pacientes Foram divididas em 4 categorias: Categoria 4: contra indicações absolutas: Gravidez confirmada ou suspeita; Infecção pós-parto ou pós-aborto; DIP atual ou nos últimos 3 meses; Cervicite purulenta; Sangramento vaginal sem diagnóstico etiológico; Tuberculose pélvica; Antecedentes de DIP por 2 ou mais vezes; Câncer de colo de útero, endométrio, do ovário e coriocarcinoma; Alterações anatômicas do útero que impeçam uma correta posição do DIU; Indicações para o uso do DIU e escolha das pacientes Categoria 3: o uso pode apresentar alguns riscos que habitualmente superam os benefícios: Sangramento menstrual aumentado; Pós-parto entre 3 a 28 dias; Risco aumentado de DST (parceiros multiplos ou parceiro com múltiplas parceiras); Alto risco de contrair HIV; AIDS; Doença trofoblástica benigna; Indicações para o uso do DIU e escolha das pacientes Categoria 2: o uso do método pode apresentar alguns riscos, sendo no geral menores que os benefícios: Idade menor que 20 anos; Nuliparidade; Anemia ferropriva, talassemia, anemia falciforme; Pós-parto ou pós-aborto de segundo semestre (inserção antes de completar 48h); Mioma ou outros problemas anatômicos que não alteram a cavidade uterina; História de DIP sem gravidez anterior; Vaginite sem cervicite Endometriose; Disminorréia severa; Doença cardíaca valvular complicada (fibrilação auricular, risco de tromboembolismo); Indicações para o uso do DIU e escolha das pacientes Categoria 1: uso sem restrições. Condições que não aparecem nas demais categorias: Mais de 4 semanas pós parto sem infecção; Após aborto de 1º trimestre sem infecção; Idade acima de 35 anos; HA, DM, doenças tromboembolícas; Cefaléia; Doenças de mama; Epilepsia; Antecedente de gravidez ectópica e DIP com gravidez posterior; Benefícios não anticonceptivos Os DIUs que liberam progesterona tendem a diminuir o sangramento menstrual e a disminorréia; A alça de Lippes pode ser usada no tratamento da síndrome de Asherman para prevenir e corrigir as sinéquias uterinas , aderências da parede uterina, após endometrites, abortamentos ou curetagens múltiplas sucessivas; Complicações e efeitos colaterais Dor Reação vagal Sangramento Perfuração Expulsão Sangramento anormal Doença inflamatória pélvica Gravidez Instruções importantes 1. Deve ser montando um cronograma para revisão e acompanhamento periódico junto com a paciente; 2. Deve ser ouvidas as queixas da paciente e observações percebidas durante o tempo transcorrido; em seguida fazer um exame ginecológico; 3. A paciente deve ser informada da possibilidade de expulsão do DIU sem que ela perceba 1. Alertá-la para eventual ocorrência de sinais de infecção, comunicando se apresentar febre, dor pélvica ou sensibilidade, cólicas severas ou sangramento vaginal anormal; 2. Informar a paciente que seus ciclos menstruais poderão aumentar nos primeiros meses após a inserção do DIU. Procurar imediatamente o médico caso ocorra atraso na menstruação; MÉTODOS COMPORTAMENTAIS OU NATURAIS Definição É baseado na identificação do período fértil da mulher, o casal pode concentrar as relações sexuais nessa fase, caso deseje uma gravidez ou evitar caso não queira; São meios utilizados para possibilitar ou evitar a gravidez mediante as alterações fisiológicas que ocorrem no organismo feminino durante o ciclo menstrual; Classificação Coito interrompido; Abstinência sexual periódica; Método Ogino-Knaus; Temperatura corporal basal; Método de Billings; Sintotérmico; Coito interrompido É uma prática contraceptiva que se baseia na capacidade do homem retirar o pênis da vagina antes da ejaculação, evitando o depósito de esperma na vagina; Imediatamente efetivo; Não interfere na amamentação; Sempre disponível; Não interfere na fertilidade; Sua eficácia depende da interrupção do coito em todos os atos sexuais; A eficiência diminui quando o homem, em um período inferior a 24h, teve outra ejaculação, pois podem permanecer vivos na uretra; Protege contra DSTs; Coito interrompido - características Instruções para usuários: Antes das relações sexuais, o casal deve discutir se deseja ou não utilizar esse método, evitando assim mal- entendidos; Podem existir espermatozóides viáveis no conduto uretral, provenientes da relação anterior; por isso o homem deve urinar para tentar removê-los; O homem deve retirar o pênis da vagina antes de ejacular; Quem não deve usar: Quem tem ejaculação precoce; Quem tem dificuldade de retirar o pênis da vagina antes da ejaculação; Casais que necessitam de um método altamente efetivo; Casais que querem um método anticoncepcional de longa duração; Casais que desejam um método não relacionado com a relação sexual; Coito interrompido Abstinência sexual periódica Método para planejar ou evitar gravidezes pela observação dos indicadores da fase fértil e, neste período não ter relação sexual; A eficácia do método baseia-se no entendimento e consentimento do casal em como identificar o período fértil e adaptar-se sexualmente aos períodos de abstinência; Método de Ogino-Knaus Conhecido como método da tabelinha; Estudos mostram que, independente da duração individual do ciclo,a época de ovulação é relativamente constante, precedendo a menstruação em aproximadamente 14 dias; Os espermatozoides sobrevivem no trato genital em média 2 a 3 dias e, em condições especiais, até 5 a 7 dias e que o óvulo sobreviva de 1 a 2 dias; Método de Ogino-Knaus Fórmula: Observação: avaliam-se 6 a 12 ciclos consecutivos, registrando o mais curto e o mais longo; Ciclo mais curto – 18= 1º dia fértil Ciclo mais longo – 11= último dia fértil Ex: 26-18= 8ºdia 28-11= 17º dia Método de Ogino-Knaus Observações importantes: Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for igual ou superior a 10, esta mulher apresenta ciclos irregulares e não é uma boa candidatada para este método; Este método vem sendo utilizado em combinação com outros métodos; Temperatura corporal basal Este método fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual; TCB é a temperatura do corpo em repouso; Antes da ovulação, a temperatura basal corporal permanece num determinado nível baixo; após a ovulação, ela se eleva ligeiramente, permanecendo nesse novo nível até a próxima menstruação. Este aumento de temperatura é resultado da elevação dos níveis de progesterona, que tem um efeito termogênico. O método permite, portanto, por meio da mensuração diária da temperatura basal, a determinação da fase infértil pós-ovulatória. Método de Billings Conhecido como método do muco cervical; Baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação das características do muco cervical e da sensação por ele provocada na vulva. Método de Billings O muco cervical, no início do ciclo, é espesso, grumoso, dificultando a ascensão dos espermatozoides pelo canal cervical. O muco cervical, sob ação estrogênica, produz, na vulva, uma sensação de umidade e lubrificação, indicando o tempo da fertilidade, momento em que os espermatozoides têm maior facilidade de penetração no colo uterino. Nessa fase,o muco é transparente, elástico, escorregadio e fluido, semelhante à clara de ovo. Método de Billings Características do muco cervical Fase do ciclo Quantidade Viscosidade Cor Pós-menstrual Moderada Espessa Turva, amarelada ou branca Pré-ovulatória Aumentada Pouco fluída Clara e escura Ovulatória Máxima Muito fluída Clara Pós-ovulatória Diminuída Fluída Clara e escura Pré-menstrual Mínima Espessa Turva Sintotérmico Chamado também de termossintomáticos; É uma combinaçao de vários indices ou parametros para determinar com mais segurança o período fértil; sendo, portanto considerado como métodos de múltiplos indicadores. Fase fértil: Ogino-Knaus + Billings + alterações do colo Final da fase fértil e inicio da fase infértil pós- ovulatória: temperatura basal + pico do muco+ alterações do colo MÉTODOS BARREIRA Métodos de barreira Meios mais antigos de contracepção Condom; preservativo feminino; diafragma; capuz cervical e espermaticidas. Esponja contraceptiva Prevenção de DST Condom -Feitos de látex, lubrificados com uma solução de glicol ou espermaticida para evitar atrito principais vantagens: eficaz; envolve e cria maior responsabilidade no parceiro; não necessita de prescrição e exame médico; proteção; pode prolongar o coito; transporte fácil e custo baixo *mulheres com parceiros que utilizam condons têm menor frequencia de displasia cervical Desvantagens: redução da sensibilidade; rotura do material;reação alérgica;motivação e responsabilidade do homem. DIAFRAGMA E PRESERVATIVO FEMININO NO BRASIL Diafragma Anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de borracha ou silicone em forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente o colo do útero. De diversos tamanhos sendo necessário medição por profissional de saúde treinado, para determinar o tamanho adequado a cada mulher. Recomendável o uso de espermicida Vida média útil: cerca de 2 anos Retirar 8 ou 9 hs após a relação sexual Diafragma Contra-indicações: - hipersensibilidade ou alergia ao látex ou ao espermaticida; alterações anatômicas locais: prolapso uterino; retroversão ou anteflexão intensa do útero; cistocéle ou retocele acentuada; tônus muscular vaginal deficiente; processos aderenciais cervicovaginais; fístula vésicovaginal; laceração profunda da parede vaginal; rotura perineal acentuada; parede vaginal anterior curta Preservativo feminino ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS Trimestral: progestágeno similar ao hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher. Aplicado no musculo, se deposita e é liberado aos poucos na corrente sanguínea Pode ser usado durante a amamentação Ef. Colaterais: Dor de cabeça, ganho de peso, desconforto estomacal, alterações do humor. AMDP alterações nos padrões de menstruação nos 3 primeiros meses; ausência depois de 1 ano e/ou sangramento raro ou irregular. NET-EM menos dias de menstruação. Mensal: progestágeno e um estrógeno Não recomendado mulheres em amamentação a menos de seis semanas do parto, tabagistas com 35 anos ou mais que fumam mais de 15 cigarros por dia, HAS, AVC, Diabetes doenças vasculares, história passada ou atual de trombose venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar, cirurgia com imobilização prolongada, doença cardíaca, dislipidemias, enxaqueca, câncer de mama atual ou passado, doenças do fígado e vesícula biliar, passado de colestase, tumores do fígado. IMPLANTES CONTRACEPTIVOS SUBDÉRMICOS Implantes Contraceptivos Subdérmicos Constituem uma nova alternativa de método contraceptivo reversível, de longa duração, com utilização de progestágenos; Características Os implantes são constituídos de silicone polimerizado (Silastic) com um hormônio esteróide em seu interior; Este é liberado continuamente para a corrente sanguínea, proporcionando o efeito contraceptivo; O progestágeno mais utilizado é o levonorgestrel, existindo atualmente dois tipo de implantes contraceptivos que contém esse hormônio: Norplant e Norplant-2. Mecanismo de ação A anticoncepção é obtida através da: Inibição da ovulação; Alterações do muco cervical que impedem ou dificultam a espermomigração; Outras prováveis alterações na fisiologia reprodutiva, como, por exemplo, a diminuição do peristaltismo das tubas e alterações endometriais. Implantação É realizada ambulatorialmente, entre o primeiro e o sétimo dia do ciclo menstrual, observando-se a assepsia recomendada para qualquer procedimento cirúrgico e sob anestesia local com xilocaína. Implantação É realizada no subcutâneo da face interna do braço esquerdo em mulheres destras e vice versa; Através de uma incisão de 3 a 4 mm feita com bisturi; Os implantes são dispostos em forma de leque, a partir do ponto de entrada da agulha. A desinserção é feita é feita por uma incisão do mesmo tamanho e no mesmo lugar usado para a inserção. Eficácia Estudo realizado em Nova Iorque demonstrou que menos de 1 em cada 100 mulheres engravidaram nos 2 primeiros anos de uso; Comparam a eficácia à esterilização cirúrgica. Efeitos secundários O principal é a alteração do fluxo menstrual, constituindo a causa mais comum para a descontinuidade do método; Essas alterações se normalizam nos ciclos subsequentes; Efeitos secundários Porém, em algumas mulheres, essas alterações persistem, variando de mulher para mulher, podendo incluir sangramento menstrual prolongado durante os primeiros meses de uso, ou pequeno sangramento intermenstrual, ou amenorréia; Ou ainda a combinação desses padrões. Efeitos secundários A administração de ferro e vitaminas, bem como o apoio psicológico, tem sido o único procedimento que pode ajudar as pacientes que apresentam alterações de fluxo menstrual e que não pretendem parar com o método. Efeitos secundários Pode ocorrer o aumento de 1,5 a 2,0 Kg no peso corpóreo médio das usuárias de implante durante o primeiro ano de uso; A esterilização voluntária de um dos parceiros é o método mais frequentemente utilizado para o controle da fertilidade; É ainda um tema impregnado de polêmicas, principalmente política ou religiosa. Isso torna difícil o concenso em torno dos aspectos positivos; Nos últimos 10 anos, a anticoncepção cirúrgica tem tido notável ascensão, afim de proporcionar uma maior cobertura anticonceptiva à população carente, caracterizada como risco reprodutivo. É um método considerado totalmente eficaz, embora tal efeito sofra interferências quando são levadas em consideração a experiência do cirurgião e as falhas técnicas; É fundamental a opção totalmente voluntária do casal, mas sobretudo da mulher, a fim de evitar problemas emocionais profundos e até irreversíveis. Técnicas Cirúrgicas Existem no total 10 tipos de técnicas, as quais são realizadas levando-se em consideração as individualidades de cada mulher; Mais utilizada: Operação de Pomeroy: definida pela ligadura da porção ampolar e ístmica da tuba, formando assim uma alça, que será suturada e retirada. É a técnica mais rápida e simples, com índice de falha inexpressivo. Técnicas Cirúrgicas Operação de Aldridge: consiste na retirada da fímbria tubária. Porém pouco utilizada. Técnicas Cirúrgicas Operação de Obstrução Tubária (Histeroscopia): visa a oclusão dos óstios tubários através da inserção de um eletrodo ou tampões de silicone, colocadosno lúmen tubário. É um procedimento simples e de rápida realização utilizando-se a anestesia paracervical. É reversível, e está ligada à política de planejamento familiar. Técnicas Cirúrgicas Indicações A esterilização é um ato cirúrgico que na maioria das vezes é realizado sem uma preparação psicológica adequada. Ginecológica: pacientes que estão para se submeter à cirurgia corretora de prolapso uterino. Psiquiátrica: em decorrência de patologias conhecidas pelo caráter de transmissão hereditária, como a psicose maníaco depressiva e esquizofrenia. Obstétrica: implicações decorrentes da multiparidade, ou grávidas de alto risco. Deve ser realizada pós cesária ou pós parto ( até 36 hrs). Contra- Indicações Podem ser de natureza : absoluta e relativa. Absoluta: são relacionadas a problemas cardíacos, pulmonares, hérnias diafragmáticas, história de problemas inflamatórios pélvicos agudos e obesidade exagerada. Relativa: são dependentes da prudência do médico diante dos pacientes portadores de obesidade, devido a espessura da parede e maior pressão torácica que se dá pela posição (Trendelenburg). Complicações Variam com a experiência e o grau de treinamento do médico cirurgião; Hemorragias; Lesões de alça ou da bexiga. Repercussões Alterações menstruais são comuns devido à destruição parcial da vascularização que nutre o útero e os ovários (hipermenorréia); Está relacionado quando o procedimento é realizado durante as cesárias, pois os vasos do úteros se encontram cheios. Atenção! É necessário uma avaliação rigorosa que leve em conta: A idade da mulher e/ou do casal; O nº de gravidezes; O nº de filhos vivos; A idade do mais novo; A condição física da mãe; A existência de um lar; A condição econômica da mãe ou casal. VASECTOMIA O que é? A vasectomia ou deferentectomia é um método contraceptivel que ocorre através da ligadura dos canais deferentes no homem. É uma pequena cirurgia de esterilização voluntária feita com anestesia local no escroto e que não necessita de internação. Ao contrário das mulheres, que têm várias opções de métodos anticoncepcionais, os homens contam, basicamente, com o preservativo e a vasectomia (Mundigo, 1995) Em geral, os casais relatam que a idéia de fazer a vasectomia parti do homem, em face do número de filhos que já tinham e da impossibilidade de cria – los. Na Região Sudeste, a mais desenvolvida do país, a prevalência é de 8,3% em comparação com 0,8% na Região Norte (Brasil, 2008) É o método contraceptivo a longo prazo mais eficiente que existe, e está entre as opções mais seguras para o planejamento familiar Os casais que escolhem a vasectomia são motivados por, entre outros fatores: O baixo custo e a simplicidade da vasectomia Poucas complicações A baixa mortalidade da vasectomia Medo de cirurgia pelas mulheres Conhecem homens que fizeram a cirurgia e estão satisfeitos com os resultados Uma motivação mais forte pela esterilização no homem leva aproximadamente 20 minutos O Serviço geralmente é procurado pela indicação de amigos “Eu pesquisei um pouco (...) eu conversei com os amigos que fizeram, que eu tenho bastante amigo, primo que mora em São Paulo, Limeira, eles vêm em casa, eles falam pra mim:‘vai rapaz’, tudo eles, a maioria são tudo operado. Então fui criando confiança que eles falaram que é normal, que fica até melhor, não sei oquê, falei ‘então, então vou fazer’” ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL DA ESTERILIZAÇÃO MASCULINA A equipe multidisciplinar que aborda e/ou acompanha a decisão da realização desse procedimento inclui médicos, enfermeiras, assistentes sociais e psicólogas QUALIDADE DA ATENÇÃO NO PLANEJAMENTO FAMILIAR Qualidade da Atenção Oferta de MAC; A informação ao cliente; O relacionamento interpessoal; A competência profissional (acolhimento , o conhecimento técnico e as habilidades profissionais); O acompanhamento dos usuários; A disposição de uma rede apropriada de serviços. Dificuldades Encontradas Desvalorização da Educação Continuada e formação de grupos de estudo; Faltam Programas de educação em saúde com a população (esclarecimentos); Foi identificada pequena variedade e/ou a oferta irregular dos MAC; CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA OU PÓS-COITAL Contracepção de Emergência Também denominada “Pílula da dia seguinte”; É um método contraceptivo que pode evitar a gravidez após a relação sexual; Composição: Compostos hormonais concentrados; Utilizado por curto período de tempo, nos dias seguintes da relação sexual; Objetivo: Prevenir gravidez indesejada ou inoportuna após relação que, por alguma razão, foi desprotegida. Contracepção de Emergência- Indicações Relação sexual sem uso de método anticonceptivo; Falha conhecida ou presumida do método em uso de rotina; Uso inadequado do anticonceptivo; Abuso sexual. Não deve ser usada de forma planejada, previamente programada, ou substituir método anticonceptivo como rotina. Contracepção de Emergência Intenção Evitar imenso sofrimento humano e reduzindo a necessidade de recorrer ao abortamento inseguro. Método de Yuzpe utiliza anticonceptivos hormonais orais combinados (um estrogênio e um progestágeno sintético); Uso de progestágeno isolado. Evidenciam efeitos protetores até cinco dias após a relação sexual desprotegida, embora com taxas de falha maiores. Eficácia e Risco de falha Índice de Efetividade de 75%; Significa dizer que ela pode evitar três de cada quatro gestações que ocorreriam após uma relação sexual desprotegida; A eficácia pode variar de forma importante em função do tempo entre a relação sexual e sua administração. Efeitos Colaterais Mais comuns são náuseas e vômitos; Menor frequência são observadas cefaleia, dor mamária e vertigens. Atenção:Se o vômito ocorrer nas primeiras uma a duas horas após a administração, recomenda-se que a dose seja repetida. Contra-indicação A única contra-indicação absoluta, categoria 4 da Organização Mundial da Saúde, é a gravidez confirmada. Mecanismos de ação Evitam ou retardam a ovulação, Altera o transporte dos espermatozóides (modifica o muco cervical); Não há encontro entre os gametas masculino e feminino e, portanto, não ocorre a fecundação. Aconselhamento Não protege das DST/HIV Estímulo ao uso do preservativo como dupla proteção Ausência de efeito abortivo Referências Bibliográficas Halbe HW. Tratado de Ginecologia. 3ª ed. Vol 2. São Paulo (SP): Roca;2000. BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde da Mulher – Planejamento Familiar [online] Disponível em: http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-da- mulher/planejamento-familiar BRASIL, Ministério da Saúde. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4ª ed. Brasília; 2002. Brasil. Ministério da Saúde. Anticoncepção de Emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde; Brasília: 2005. [online] Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno3_saude_mulher.pdf. Moura ERF & Silva RM .Competência profissional e assistência em anticoncepção. Rev Saúde Pública Vídeos Recomendados Métodos Contraceptivos: http://www.youtube.com/watch?v=9lG6JM9BJKE Como usar a Camisinha Feminina: http://www.youtube.com/watch?v=lVh7dXL2Zz8 Como usar o Diafragma:http://www.youtube.com/watch?v=v_WJQ9NQk9g Diafragma – Para Profissionais de Saúde: http://www.youtube.com/watch?v=mgfkCnIWEEs
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