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MARC 05 - PLANEJAMENTO FAMILIAR E METODOS ANTICONCEPCIONAIS

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Kamilla Galiza / 6º P 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
• Compreender o planejamento familiar 
• Analisar os métodos contraceptivos 
 
Conceitos 
Para a OMS, planejamento familiar/anticoncepção é a 
possibilidade do indivíduo ou casal de ter a oportunidade de 
escolha do número desejado de filhos, do momento que 
desejam tê-los e do espaçamento das gravidezes, utilizando 
para isso métodos contraceptivos. E a garantia de acesso aos 
métodos anticoncepcionais preferenciais para mulheres e 
casais é essencial para garantir o bem-estar e a autonomia 
das mulheres, ao mesmo tempo em que apoia a saúde e o 
desenvolvimento das comunidades. É importante lembrar 
que os direitos sexuais e reprodutivos da mulher também 
devem ser observados e respeitados no planejamento 
familiar como: 
• Direito de decidir a quantidade de filhos e quando tê-los; 
• Direito de desfrutar das relações sexuais sem temor de 
gravidez ou de contrair uma infecção transmitida pela 
relação sexual; 
• Direito de gestar e ter o parto nas melhores condições; 
• Direito de conhecer, gostar e cuidar do corpo e órgãos 
sexuais; 
• Direito a uma relação sexual sem violência ou maus-
tratos; 
• Direito de informação por profissional de saúde e 
acesso aos métodos contraceptivos. 
 
Critérios de elegibilidade 
Os critérios de elegibilidade médica para o início do uso de 
métodos anticoncepcionais é uma das diretrizes da OMS 
baseadas em evidências que informa aos provedores do 
planejamento familiar se a mulher que apresentar condição 
médica ou física específica é capaz de usar método 
contraceptivo aconselhado e escolhido em segurança e com 
eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação das categorias 
O objetivo da classificação é assegurar segurança ao uso do 
método. Cada condição foi definida como representativa das 
características individuais (por exemplo, pós-parto, 
amamentação) ou de condição médica/patológica 
preexistente e conhecida (por exemplo, diabetes, 
hipertensão). As condições que afetam a elegibilidade para o 
uso de cada método anticoncepcional referem-se às 
categorias para a elegibilidade dos contraceptivos de 1 a 4. 
 
 
 
• Nas categorias 1 e 4, são recomendações claramente 
definidas ou consideradas autoexplicativas. 
• Na categoria 2, torna-se necessário um parecer clínico 
abrangente e acompanhamento. Quando o parecer 
clínico for limitado, as categorias 1 e 2 basicamente 
querem dizer que o método pode ser usado. 
• No atendimento de uma mulher com condição clínica 
classificada por categoria 3 exige juízo clínico 
especializado e acesso a serviço de saúde de referência 
e ser avaliado a gravidade da condição, a 
disponibilidade, viabilidade e aceitabilidade de outros 
métodos alternativos e acessíveis devem ser 
consideradas. Assim, o uso de método/condição 
classificado como categoria 3 não é geralmente 
recomendado, a menos que outros métodos mais 
apropriados não estejam disponíveis ou não sejam 
aceitáveis. Será necessário haver acompanhamento. 
• No atendimento clínico não especializado, portanto com 
juízo clínico limitado, as categorias 3 e 4 querem dizer 
que o método não deve ser usado. 
 
Segundo o Tratado de Ginecologia da FEBRASGO, tem-se a 
separação dos métodos contraceptivos em duas categorias: 
os modernos e os não modernos. 
• Método contraceptivo moderno: é um produto ou 
procedimento médico que interfere na reprodução 
durante as relações sexuais. São eles: esterilização 
masculina e feminina, dispositivos intrauterinos (DIU), 
implantes subdérmicos, contraceptivos orais, 
preservativos masculinos e femininos, injetáveis, pílulas 
contraceptivas de emergência, adesivos, diafragma e 
capuz cervical, agentes espermaticidas, anel vaginal e 
esponja vaginal. 
Métodos 
anticoncepcionais 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
2 
• Métodos contraceptivos não modernos: abordagens 
de conscientização da fertilidade como tabelinha, muco 
cervical, temperatura basal, sintotérmico; coito 
interrompido; amenorreia lactacional e abstinência 
sexual. 
 
Métodos comportamentais 
São os métodos baseados na identificação do período fértil 
durante o qual os casais se abstêm das relações sexuais ou 
praticam coito interrompido, a fim de diminuir a chance de 
gravidez. O período fértil pode ser identificado por meio: 
• Observação da curva de temperatura corporal 
• Características do muco cervical 
• Cálculos matemáticos baseados na duração, fisiologia 
do ciclo menstrual e meia-vida útil dos gametas. 
 
Os métodos comportamentais ou de abstinência periódica 
oferecem uma opção para um planejamento familiar natural, 
tanto pelas vantagens da falta de efeitos adversos quanto 
por princípios religiosos ou socioculturais. As limitações estão 
relacionadas à necessidade de abstinência periódica, o que 
é evidenciado pelas taxas de falha relativamente altas com 
uso típico. Além disso, doenças, sono interrompido e uso de 
medicamentos podem alterar ou interferir na observação e 
interpretação de alguns marcadores biológicos. 
 
 
 
Método rítmico do calendário (tabelinha ou Ogino-Knaus) 
Consiste no casal se abster do coito vaginal entre o primeiro 
e o último dia fértil, calculado pelo método estatístico de 
probabilidade de Ogino-Knaus. 
• Antes de usar este método, a mulher deve registrar o 
número de dias de cada ciclo menstrual durante, pelo 
menos, seis meses. 
• O primeiro dia da menstruação é sempre o dia número 
um. 
• O ciclo menstrual começa no primeiro dia da 
menstruação e termina no último dia antes da 
menstruação seguinte. 
• A mulher subtrai 18 da duração do seu ciclo mais curto, 
estimando, assim, o primeiro dia de seu período fértil. 
• Em seguida, ela subtrai 11 dias da duração do seu ciclo 
mais longo, que corresponde ao último dia de seu 
período fértil. 
• O casal deve evitar relações sexuais com penetração 
vaginal durante este período. 
 
Exemplo: Se o ciclo menstrual variou entre 26 e 32 dias 
durante o registro: Ciclo mais curto: 26 - 18 = 8. A mulher deve 
evitar relações sexuais sem proteção a partir do 8º dia de 
cada ciclo (o dia 8 é o primeiro dia de abstinência). Ciclo mais 
longo: 32 - 11 = 21. Ela pode ter relações sexuais sem proteção 
a partir do 22º de cada ciclo (o dia 21 é o último dia fértil). 
Portanto, o casal não deve ter relação sexual com penetração 
vaginal do 8º ao 21º dia do ciclo (período considerado fértil). 
 
Método da ovulação ou do muco cervical (método billings) 
O método Billings baseia-se na análise e na percepção do 
muco cervical e no que ele provoca na vulva. O muco é uma 
secreção que apresenta características diferentes durante o 
ciclo menstrual, por isso é possível identificar a fase do ciclo 
em que uma mulher se encontra por meio dele. 
Características do muco durante as diferentes fases do ciclo: 
• Fase pré-ovulatória: Logo após o término da 
menstruação, inicia-se uma fase seca. Quando o muco 
surge, é esbranquiçado, opaco e pegajoso. 
• Fase ovulatória: À medida que o ciclo avança, o muco 
vai tornando-se mais elástico e lubrificante, até que se 
torna semelhante a uma clara de ovo (claro, 
transparente e escorregadio). Nessa fase, o muco, 
quando esticado, forma um fio. A sensação de 
lubrificação produzida por esse muco indica que a 
mulher está no seu período fértil. O último dia de 
sensação de umidade lubrificante da vulva é chamado 
de ápice. Por ser o último dia, o ápice só é reconhecido 
quando a textura do muco muda novamente ou 
quando ele para de ser produzido. O dia do ápice indica 
que a ovulação ocorreu, está ocorrendo ou vai ocorrer 
em até 48 horas, ou seja, ele coincide ou precede a 
ovulação. 
• Fase pós-ovulatória: Na quarta noite após o dia ápice, 
dizemos que a mulher entra em um período de 
infertilidade. Esse é o período propício para relações 
para aquelas pessoas que não pretendem engravidar. 
 
É importante que a mulher anote todas as variações que 
ocorrem em seu muco para garantir maior sucesso no uso 
desse método. Recomenda-se que a percepção sejafeita 
durante o dia e, à noite, seja feito o registro. De uma maneira 
resumida, podemos dizer que a sensação de umidade ou 
molhado indica o período fértil e que, na quarta noite após o 
ápice, inicia-se o período infértil. Aquelas que pretendem 
engravidar devem ter relações no período fértil, e as mulheres 
que não pretendem ter filhos naquele período devem evitar 
relações nesses dias. 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
3 
Vantagens 
É um método natural que atua tanto ajudando as mulheres 
que desejam engravidar como aquelas que desejam 
prevenir, de modo natural, uma gravidez. Esse método pode 
ser usado por pessoas que não podem fazer uso de outros 
métodos, como o anticoncepcional, ou que não se 
adaptaram a outros contraceptivos. Além disso, apresenta 
como benefício o fato de não gerar custos, nem efeitos 
colaterais e proporcionar um maior conhecimento do corpo 
pela mulher. Muitas usuárias realizam o método Billings por 
questões religiosas, uma vez que é um método aceito pela 
Igreja. 
Desvantagens 
Interfere no comportamento sexual e também não previne 
contra doenças sexualmente transmissíveis. 
 
Temperatura 
• Utiliza-se das variações da temperatura corporal para 
identificar a ovulação. 
• Logo após a ovulação, a progesterona liberada pelo 
corpo lúteo causa elevação da temperatura corporal 
em 0,2 a 0,5 graus. 
• Na maioria das mulheres isso ocorre no meio do ciclo 
menstrual. 
• Para utilizar este método, a mulher precisa verificar sua 
temperatura diariamente, da mesma maneira, no 
mesmo horário pela manhã, antes de sair da cama ou 
ingerir alimentos. 
• Após três dias da elevação da temperatura, o casal 
pode ter relações livremente. 
• Portanto, o período de abstinência deverá ser desde o 
primeiro dia do ciclo menstrual até três dias após a 
elevação da temperatura basal. 
• Depois disso, o casal pode ter relações sexuais até o 
início da próxima menstruação, o que deverá ocorrer 
nos próximos 10 a 12 dias. 
• Este método pode ser usado individualmente, ser parte 
do método sintotérmico ou ser usado como 
complemento do método do calendário, porque pode 
permitir reduzir o período de abstinência pós-ovulatória. 
 
 
Coito interrompido 
O coito interrompido baseia-se na capacidade do homem 
em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento 
retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do 
esperma. O método requer autocontrole por parte do 
homem, de forma que ele possa retirar o pênis pouco antes 
da ejaculação. É importante ressaltar: 
• Antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos 
de esperma de uma eventual relação anterior; 
• O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozoides 
vivos o que aumenta o índice de falha; 
• Antes da ejaculação, o pênis deve ser retirado da vagina 
e o sêmen ser depositado longe dos genitais femininos; 
• Não oferece proteção contra DST/ AIDS. 
 
É comum a insatisfação sexual de um ou de ambos os 
parceiros, sendo que a mulher, muitas vezes fica 
extremamente insegura com o desenlace da relação. Tal fato 
pode ser mais notado entre casais jovens e/ou que tenham 
relações sexuais esporádicas. Nesse caso, o homem pode 
não frear a ejaculação. O uso constante do método, pode 
levar a repercussões mais sérias na esfera sexual, como: 
• Diminuição da libido por parte do casal 
• Ejaculação precoce e, às vezes, impotência sexual 
masculina 
• A mulher pode apresentar ao longo do tempo disfunção 
sexual, além de varizes e dor pélvica. 
 
Amenorreia lactacional 
• O método age dificultando a ovulação, porque o 
aleitamento produz alterações na liberação hormonal 
por desorganização do eixo hipotálamo- hipófise-
ovário. 
• A sucção frequente por parte do lactente envia impulsos 
nervosos ao hipotálamo, alterando a produção 
hormonal, o que leva à anovulação. 
 
 
 
Método sintotérmico 
• O método combina os cálculos do calendário, da 
ascensão da temperatura basal na fase lútea e do 
monitoramento do muco cervical. 
• O monitoramento do muco cervical é base para esse 
método, e as outras técnicas fornecem “verificação 
dupla” 
 
Métodos de barreira 
São métodos que impedem a ascensão dos 
espermatozoides do trato genital inferior para a cavidade 
uterina por meio de ações mecânicas e/ou químicas. Desse 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
4 
grupo, os preservativos masculinos, seguidos dos femininos, 
são os mais utilizados atualmente. 
 
Camisinha, condom ou preservativo 
São conhecidos popularmente como camisinha ou também 
denominado, nos países de língua inglesa, como condom. 
Constitui um invólucro para o pênis, fino e elástico, podendo 
ser feito de látex, membrana de cécum animal ou de plástico. 
Os preservativos de látex (borracha vegetal) e de membrana 
intestinal (animal) são chamados de “naturais”, e os de 
plástico, de “sintéticos”. 
Modelos de látex → são os mais utilizados e representam 
quase a totalidade dos preservativos existentes no mercado. 
Podem ser lubrificados com silicone, glicerina, gel à base de 
água ou espermaticida em creme ou gel, mas não com 
substâncias à base de óleo, como derivados do petróleo, óleo 
mineral ou vegetal, como a vaselina, pois podem enfraquecer 
o látex. 
Preservativos de plástico (sem látex) → alguns ainda em 
fase de estudo, têm aproximadamente a mesma espessura 
que os preservativos de látex, são menos apertados, dando 
uma maior sensibilidade, não são danificados por 
lubrificantes à base de óleo e não causam reações alérgicas. 
Apresentam uma desvantagem em relação aos de látex, o 
alto custo. 
Preservativo de membrana animal → são pouco utilizados e, 
apesar de oferecer conforto, não são recomendados, pois 
protegem apenas contra a gravidez. Estes apresentam 
porosidades inseguras para prevenir DST. 
 
Eficácia 
• A taxa de falha varia de 3% a 14% no primeiro ano (3 a 14 
gestações por 100 mulheres/ano). 
• Estes índices mais altos estão relacionados em grande 
parte pela incorreta utilização pelo usuário e em menor 
parte pela resistência e tipo do material utilizado. 
 
Fatores de risco para ruptura ou deslizamento 
• Más condições de armazenamento e embalagem 
danificada. 
• Danificar o preservativo com o manuseio pelas unhas 
ou anéis. 
• Não observação do prazo de validade. 
• Lubrificação vaginal insuficiente. 
• Sexo anal sem lubrificação adequada. 
• Uso de lubrificantes oleosos nos preservativos de látex. 
• Presença de ar e/ou ausência de espaço para recolher 
o esperma na extremidade do preservativo. 
• Tamanho inadequado do preservativo em relação ao 
pênis. 
• Perda de ereção durante o ato sexual. 
• Retirar o pênis da vagina sem que se segure a base do 
preservativo. 
• Não retirar o pênis imediatamente após a ejaculação. 
• Uso de dois preservativos. 
 
Vantagens 
• Ausência de efeitos sistêmicos. 
• Praticidade na colocação e uso. 
• Não requer manutenção diária. 
• Baixo custo e fácil acesso, não depende de prescrição 
médica. 
• Proteção comprovada contra várias DSTs (infecção por 
chlamydia, gonorrhoea, herpes simples tipo 2, sífilis, 
trichomoníase e hepatite B) inclusive a AIDS e, por 
conseguinte, as complicações advindas delas. 
• Diminuição na taxa de regressão das neoplasias 
intraepiteliais cervicais e lesões penianas por HPV. 
Apesar disso, ainda não se pode afirmar que o 
preservativo reduz o risco de contaminação pelo HPV. 
 
Desvantagens 
• Falha contraceptiva: rotura ou deslizamento. Ambas por 
uso inadequado. 
• Pode diminuir a sensibilidade peniana e retardar a 
ejaculação 
• Desconforto pela compressão, que é maior com os 
preservativos de látex. 
• Reação alérgica ao látex. 
• Irritação vaginal por atrito na fricção quando se usa 
preservativo não lubrificado. 
 
 
 
Preservativo ou camisinha feminina 
Consiste em um dispositivo que é inserido na vagina antes 
do coito com a finalidade de impedir que o pênis e o sêmen 
entrem em contato direto com a mucosa genital feminina. 
Ele tem um formato de tubo transparente apresentando um 
anel emcada extremidade. O anel móvel fica no interior da 
extremidade fechada e auxilia para uma melhor adaptação 
do preservativo ao fundo vaginal. O anel fixo, situado 
externamente, mantém a outra extremidade aberta 
recobrindo a parte central da vulva, ajudando a protegê-la 
e impedindo que o preservativo entre na vagina durante o 
coito. Adapta-se de maneira frouxa, mas de forma segura, 
auxiliada pela presença de um lubrificante à base de silicone 
(dimeticona) de alta viscosidade que aumenta a aderência 
na mucosa genital. 
 
Taxa de falha 
As taxas de falha variam de 5% a 21% (5 a 21 gestações por 
100 mulheres no primeiro ano). Estas variações dependem do 
uso “perfeito”, ou seja, da forma ideal, com manuseio correto 
e em todas as relações, e do uso “típico”, que se refere ao 
modo como a média das usuárias utilizam o método na 
prática, ou seja, apresentando as falhas reais de uso. 
 
Vantagens 
• Confere dupla proteção, previne tanto para a gravidez 
quanto às DSTs. 
• Pode ser inserido com antecedência, fora do intercurso 
sexual, provocando menos interrupção do ato sexual. 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
5 
• Não precisa ser retirado imediatamente após a 
ejaculação. 
• Menor perda de sensibilidade que os preservativos 
masculinos 
 
Desvantagens 
• Falhas relacionadas ao uso incorreto 
• Tem um custo mais alto que o preservativo masculino. 
• Exige a aprovação do parceiro, tendo uma menor 
aceitação, pela estética e ruído. 
• Pode ser barulhento e pouco prático para algumas 
mulheres 
• É inapropriado para algumas posições sexuais. 
• A inserção correta pode ser difícil; usuárias inexperientes 
devem ser orientadas para praticar a inserção antes de 
usá-lo. 
 
 
 
Diafragma 
O diafragma é um dispositivo vaginal de anticoncepção, que 
consiste em um capuz macio de borracha, côncavo, com 
borda flexível, que cobre parte da parede vaginal anterior e o 
colo uterino. 
• Servem como uma barreira mecânica à ascensão do 
espermatozoide da vagina para o útero. 
• Estão disponíveis os modelos de fabricação nacional e 
importados, de látex natural ou sintéticos e em 
diferentes numerações (55 a 95 mm de diâmetro). 
• É necessária a medição por profissional de saúde 
treinado, para determinar o tamanho adequado a cada 
mulher. 
• O prazo de validade → em média de 5 anos. 
 
Eficácia 
• A taxa de gravidez é de 6% a 21% (índice de gestações 
em 100 mulheres no primeiro ano). Estas taxas variam 
em função do uso correto e consistente ao uso “típico”. 
 
Vantagens 
• É isento de efeitos sistêmicos. 
• É de fácil acesso, custo baixo e distribuído gratuitamente 
no Brasil pelo SUS (Programa de Planejamento Familiar). 
• É controlado pela mulher. 
• Previne algumas DSTs e complicações por elas 
causadas, especialmente gonococos e clamídia. 
• Previne a gravidez, se utilizado correta e 
consistentemente. 
• Não interfere no aleitamento materno. 
• Pode ser interrompido a qualquer momento. 
• Fácil de usar, com orientação e treinamento consistente. 
 
Desvantagens 
• Falhas relacionadas ao uso incorreto de 16% 
• Requer medição e instruções claras do profissional de 
saúde, inclusive com exame pélvico. 
• Não protege contra HIV, HPV, herpes genital e 
Trichomonas porque não recobre a parede vaginal e 
vulva. 
• Corrimento vaginal intenso de odor fétido, caso o 
diafragma seja deixado por muito tempo no local. 
• Pode provocar dor pélvica, cólicas ou retenção urinária. 
• Pode aumentar o risco para infecção urinária. 
 
 
 
 
Espermicidas 
São substâncias introduzidas na vagina antes da penetração 
vaginal, funcionando como método de barreira química à 
ascensão do espermatozoide para a cavidade uterina. 
• Existem no mercado em diferentes formas de 
apresentação: espumas, gel, cremes, película ou filme e 
comprimidos vaginais. 
• Devem ser colocados com no máximo 1 hora de 
antecedência da ejaculação vaginal. 
• Atualmente são pouco utilizados de forma isolada e 
podem ser associados a métodos de barreira mecânica 
para aumentar a sua efetividade. 
• Vale ressaltar que não deve ser utilizado em pacientes 
com alto risco ou portadoras de DST, principalmente 
HIV/AIDS, pela possibilidade de provocar micro lesões 
nas mucosas. 
 
Esponjas 
São dispositivos pequenos, macios e circulares de poliuretano 
contendo espermicida (nonoxinol 9), colocados no fundo da 
vagina, recobrindo o colo uterino. 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
6 
• Antes da introdução vaginal, ela deve ser umedecia 
com água filtrada e espremida para distribuir o 
espermaticida. 
• Permanece eficaz por 24 horas após a inserção, 
independentemente do número de coitos vaginais. 
Após a última ejaculação, ela deve permanecer por no 
mínimo 6 horas, não ultrapassando 24 a 30 horas. 
• São pouco prescritos como método anticoncepcional e 
não estão disponíveis no mercado brasileiro. 
 
 
Capuz cervical 
É um dispositivo menor que o diafragma, côncavos, que 
recobre e adere ao colo do útero. 
• É usado com espermicidas, funcionando como métodos 
anticoncepcionais de barreira cervical. 
• Pode permanecer no canal vaginal por mais tempo que 
o diafragma, até 48 ou 72 horas. 
• Não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou 
portadoras de HIV/AIDS. 
• Não é prescrito no Brasil como método contraceptivo. 
 
 
Pílula Anticoncepcional 
Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados 
de pílulas anticoncepcionais são esteróides utilizados 
isoladamente ou em associação com a finalidade básica de 
impedir a concepção. 
 
Tipos de Pílula 
Classificam-se em: 
• Combinadas → compõem-se de um estrogênio 
associado a um progestogênio. 
• Minipílulas ou apenas com progestogênio → é 
constituída por progestogênio isolado. 
 
Funções dos Hormônios 
Estrogênio 
• Inibe o FSH – causando menor desenvolvimento folicular 
• Estabiliza o endométrio (impedindo a não ter tanto 
sangramento, os sangramentos de escape) 
• No fígado, ele estimula a produção do SHBG (globulina 
carreadora de hormônio sexual) 
- Estrogênio → ↑SHBG → ↑ligação de SHBG a 
testosterona, diminuindo a fração livre de testosterona. 
- Dessa forma, o estrogênio em doses mais altas é 
importante na SOP, pois irá diminuir a fração livre de 
testosterona. 
 
Progesterona 
• Inibe o pico de LH – causando a anovulação 
• Deixa o muco cervical mais espesso, dificultando a 
migração do espermatozoide 
• Causa atrofia endometrial 
 
Combinados 
Benefícios 
• Diminuição do fluxo menstrual 
• Diminuição da dismenorreia (cólica) 
• Diminui os sintomas da TPM 
• Regularização dos ciclos menstruais 
• Diminuição da incidência de CA de ovário e endométrio 
• Diminuição da incidência de Doença inflamatória 
pélvica (DIP) e gestação ectópica 
 
OBS: O método combinado por ter o estrogênio estará mais 
relacionado ao risco trombogênico. 
 
Contraindicações dos métodos combinados 
• Enxaqueca com aura (alterações visuais com dor em 
seguida) 
• Enxaqueca associada a idade ≥ 35 anos 
• Tabagismo e idade ≥ 35 anos 
• Histórico de TVP/TEP prévio 
• Hipertensas 
• Diabetes mellitus com presença de vasculopatia (OBS: 
se for apenas diabética pode fazer uso) 
• Doenças cardiovasculares (IAM, AVC, prótese valvar, 
hipertensão pulmonar primária ou secundária, estenose 
mitral com fibrilação atrial ou aumento do átrio 
esquerdo, cardiomiopatia, doença cardiovascular 
hipertensiva, síndrome de Marfan) 
• Antecedente pessoal de câncer de mama atual ou no 
passado não usa hormônio nenhum 
• Cirrose descompensada 
• Tumor hepático (maligno ou adenoma) 
• Lúpus Eritematoso sistêmico (LES), se tiver presença de 
anticorpo antifosfolipide ou anticorpo desconhecido 
• Cirurgia + imobilização 
• Anticonvulsivantes (ex: fenitoína) 
• Paciente que estão amamentando (6 semanas – 6 
meses) 
 
Minipílulas ou apenas com progestogênio 
A minipílula deve ser tomada de forma ininterrupta. Cada 
cartela possui 28 comprimidos e não há pausa entre uma 
cartela e outra e deve ser tomada na mesma hora todos osdias. Nome comercial comum é o Cerazette. 
 
Benefícios 
• Menos contraindicações que os métodos combinados 
• Diminuição do fluxo menstrual 
• Diminuição de dismenorreia 
• Diminuição da incidência de câncer de ovário e 
endométrio 
• Diminuição de DIP e Gestação ectópica 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
7 
 
Efeitos colaterais 
• Amenorreia (por ser progesterona de forma continua) 
• Spotting (sangramentos de escape, devido a 
progesterona causar atrofia do endométrio, deixando os 
vasos mais expostos) 
• Ganho de peso 
 
Contraindicações 
• Câncer de mama 
• TVP/TEP atual (quadro passado pode) 
• Tumor hepático (maligno ou adenoma) 
• Lúpus + anticorpo antifosfolípide ou desconhecido 
• Cirrose descompensada 
• IAM/AVC em uso de método de progesterona 
• Enxaqueca com aura em uso de método de 
progesterona (ex: não tinha enxaqueca com aura e ao 
utilizar a progesterona passou a ter) 
 
Anticoncepcionais injetáveis 
É um método contraceptivo que traz progesterona ou 
associação de estrogênios, com doses de longa duração. A 
injeção pode ser mensal ou trimestral. 
• Este método contraceptivo possui o mesmo mecanismo 
de ação das tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois 
suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e 
espessa o muco cervical. 
• São aplicados por via intramuscular 
• Além de proteger a mulher da gravidez, os injetáveis 
diminuem a intensidade das cólicas menstruais, 
previnem anemia e podem ser usados da adolescência 
à menopausa, sem pausas. 
• Porém, esses contraceptivos podem causar retenção de 
líquido, aumentar as varizes e diminuir a libido da 
mulher. 
 
Implante Contraceptivo Subdérmico 
• Todos os implantes subdérmicos para uso clínico em 
humanos utilizam progestagênios. 
• Este método oferece uma excelente opção 
anticoncepcional para mulheres que têm 
contraindicações para métodos hormonais 
combinados e é uma excelente alternativa para aquela 
mulher que deseja proteção contra gravidez em longo 
prazo e que seja rapidamente reversível. 
• Nomes comerciais: Norplant, Implanon. 
 
Vantagens 
• Com taxa de 99%, é o método contraceptivo mais eficaz 
que existe 
• Adequado para mulheres que desejam um meio 
contraceptivo reversível de longa duração por até 3 
anos e querem evitar esquemas de controle diário, 
semanal ou mensal 
• Pode ser usado durante a amamentação após o parto. 
• Pode ser uma alternativa às mulheres para as quais o 
uso do hormônio estrógeno é contraindicado. 
 
Desvantagens 
• Requer a assistência de um profissional da área da 
saúde treinado para colocação e remoção 
• Pode inicialmente causar alteração dos padrões de 
sangramento 
• Pode causar alteração de peso, dor abdominal e nos 
seios 
• Não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras 
doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) 
 
Adesivo Transdérmico 
O adesivo transdérmico é um sistema matricial com uma 
superfície de 20 cm², que contém 750 mg de etinilestradiol 
(EE) e 6 mg de norelgestromina (NGMN). Ocorre liberação 
diária de 20 mg EE e 150 mg de NGMN, sendo o último 
convertido em levonorgestrel através de metabolismo 
hepático. Possui a mesma eficácia, contraindicações e perfil 
de efeitos adversos que os anticoncepcionais orais 
combinados. 
 
Vantagens 
• A principal vantagem é a comodidade de uso. 
• Ausência do metabolismo de primeira passagem 
hepática e níveis plasmáticos mais estáveis (sem picos 
e quedas) 
• Facilidade de uso para pacientes com dificuldades de 
deglutição. 
• Uso em pessoas portadoras de síndromes 
desabsortivas intestinais, assim como naquelas que 
foram submetidas a operações bariátricas, condição 
cada vez mais frequente. 
 
Contraindicações 
• As contraindicações são as mesmas dos demais 
anticoncepcionais hormonais combinados. Instruções 
para uso 
• Deve ser aplicado sobre pele limpa e seca, no primeiro 
dia do ciclo ou após a prescrição. 
• Usar um adesivo a cada sete dias, rodiziando 
semanalmente os locais de aplicação (abdome inferior, 
parte externa do braço, parte superior das nádegas, 
dorso superior). 
• Usar por três semanas consecutivas, retirando o terceiro 
adesivo ao final dos 21 dias e aguardar o sangramento 
de privação. 
• O uso contínuo, sem pausa, também pode ser 
empregado. 
 
 
Contracepção de emergência (Levonorgestrel) 
• É uma progesterona. 
• Dose de 1,5 mg VO em dose única ou dividido em duas 
em intervalos de 12 horas 
• Pode ser utilizada até 5 dias após a relação 
desprotegida, porém, quando mais precoce melhor, 
idealmente em até 72h. 
 
Mecanismo de ação 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
8 
O mecanismo de ação varia de acordo com o momento do 
ciclo menstrual em que a contracepção de emergência é 
administrada: 
• Se na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH 
(hormônio luteinizante), a CE altera o crescimento 
folicular, impedindo ou retardando a ovulação por 
muitos dias. A ovulação é impedida ou adiada em 85% 
dos casos; não havendo contato dos gametas feminino 
e masculino. 
• Se administrado na segunda fase do ciclo menstrual, 
após ocorrida a ovulação, a CE atua por meio destes 
mecanismos para impedir a fecundação: Alteração do 
transporte dos espermatozoides e do óvulo pela 
Trompas de Falópio, modificando o muco cervical 
tornando-o hostil à espermomigração e interferindo na 
capacitação espermática. 
 
Obs: Não há qualquer evidência científica de que a CE exerça 
efeitos após a fecundação dos gametas. Não há nenhuma 
sustentação que a CE seja um método que resulte em aborto. 
 
Dispositivos intrauterinos 
Os DIUs são considerados métodos contraceptivos de longa 
ação. Constituem o método mais comum de contracepção 
reversível utilizado no mundo. Dois dispositivos comumente 
usados no Brasil incluem: 
• DIU-Cu T380A 
• DIU-LNG (levonorgestrel) Ambos se apresentam com 
poucas contraindicações, são bem tolerados, custo- 
efetivos, possuem baixa taxa de descontinuidade e fácil 
uso e podem ser utilizados após o parto. 
 
Dispositivo intrauterino de cobre 
 
 
Mecanismo de ação 
• O principal mecanismo de ação do DIU-Cu situa-se no 
desencadeamento pelos sais de cobre e polietileno da 
reação de corpo estranho pelo endométrio. 
• A liberação de uma pequena quantidade de metal 
estimula a produção de prostaglandinas e citocinas no 
útero. 
• Como resultado, forma-se uma “espuma” biológica na 
cavidade uterina, que, por sua vez, possui efeito tóxico 
sobre espermatozoides e óvulos, alterando a viabilidade, 
transporte e capacidade de fertilização deles, além de 
dificultar a implantação por meio de uma reação 
inflamatória crônica endometrial. 
• A presença de cobre no muco cervical também atua na 
diminuição da motilidade e viabilidade dos gametas 
masculinos. 
• A inibição da ovulação não está presente nesse método. 
• Além dos efeitos pré-fertilização, pode-se observar 
retardo ou aceleração no transporte dos embriões, 
dano a eles e diminuição da implantação. 
 
Indicação 
• É indicado para mulheres que procuram métodos 
reversíveis de longa ação. 
• Deve ser aconselhado durante a consulta, quando se 
observa uso inconsistente do método atual que é 
dependente da usuária para ter a sua eficácia 
garantida. 
• É pertinente assinalar que o método pode ser indicado 
para pacientes nulíparas (mulher que nunca teve filhos), 
inclusive adolescentes. 
• Nesse último grupo, o DIU-Cu, em particular, apresenta 
taxa de expulsão maior quando comparada a outras 
faixas etárias. 
• OBS: Duração de 5 a 10 anos 
 
Contraindicações absolutas 
• Gravidez; 
• Doença inflamatória pélvica (DIP) ou DST atual, 
recorrente ou recente (nos últimos três meses); 
• Sepse puerperal; 
• Imediatamente pós-aborto séptico; 
• Cavidade uterina severamente deturpada; 
• Hemorragia vaginal inexplicada; 
• Câncer cervical ou endometrial; 
• Doença trofoblástica maligna; 
• Alergia ao cobre (para DIUs-Cu). 
 
Contraindicações relativas 
Fator de risco para DSTs ou HIV; Imunodeficiência; de 48 horas 
a quatro semanaspós-parto; Câncer ovário; Doença 
trofoblástica benigna. 
 
Efeitos colaterais 
• Aumento da dismenorreia 
• Aumento do sangramento uterino 
 
Início do uso 
• Em pacientes eumenorreicas, pode ser inserido dentro 
de 12 dias a partir do início da menstruação. Deve-se ter 
certeza razoável de que não há gestação. 
• Em pacientes amenorreicas (exceto puerpério), a 
inserção pode ser realizada a qualquer momento, desde 
que se possa determinar que não há gravidez (período 
menstrual melhor período para colocar). 
• Em puérperas (em amamentação ou não, incluindo 
parto cesáreo), pode ser inserido em até 48 horas do 
parto, inclusive imediatamente após a dequitação 
placentária. Durante o parto cesáreo, pode-se colocar o 
dispositivo antes da sutura uterina. Entre 48 horas e 
quatro semanas após o parto, o uso de DIU-Cu não é 
usualmente recomendado, a não ser que outro método 
não seja disponível. Pode ser inserido imediatamente 
após aborto. 
• Contracepção de emergência: pode ser inserido até 
cinco dias do coito desprotegido, desde que não haja 
mais de cinco dias da ovulação. 
 
A segurança do método durante a amamentação constitui 
fato sedimentado, sem evidência de que o uso de DIU-Cu 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
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influencie a performance da lactação ou o crescimento 
neonatal. 
 
Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel 
Mecanismos de ação 
• Muco cervical espesso e hostil à penetração do 
espermatozoide, inibindo a sua motilidade no colo, no 
endométrio e nas tubas uterinas, prevenindo a 
fertilização; 
• Atrofia endometrial 
• Não é anovulatório, pois a ação dele é somente na 
cavidade uterina. Porém, algumas pacientes (10%) 
podem absorver um pouco para a corrente sanguínea. 
• Alta concentração de LNG no endométrio, impedindo a 
resposta ao estradiol circulante; 
• Forte efeito antiproliferativo no endométrio; 
• Inibição da atividade mitótica do endométrio; 
• Manutenção da produção estrogênica, o que possibilita 
boa lubrificação vaginal. 
 
Os efeitos benéficos do SIU-LNG são os seguintes 
• Aumento da concentração de hemoglobina; 
• Tratamento eficaz do sangramento uterino aumentado; 
• Alternativa para a histerectomia e ablação endometrial; 
• Prevenção da anemia; 
• Pode ser utilizado com veículo para a terapia de 
reposição hormonal; 
• Minimiza os efeitos do tamoxifeno sobre o endométrio. 
• Obs: Duração de 5 anos 
 
Com esses efeitos não contraceptivos, o SIU-LNG pode 
oferecer alternativas ao tratamento do sangramento uterino 
aumentado, da hiperplasia endometrial e da adenomiose. 
 
Contraindicações 
• Câncer de mama 
• TVP/TEP atual 
• Tumor hepático (maligno ou adenoma) 
• Lúpus com anticorpo antifosfolípide ou desconhecido 
• Enxaqueca com aura depois de introduzido o SIU 
 
A inserção e o uso do SIU-LNG podem apresentar algumas 
complicações, e essas possibilidades, embora não tão 
frequentes, devem ser discutidas com a paciente antes da 
inserção. 
 
Efeitos adversos mais comuns são: 
• Expulsão; 
• Dor ou sangramento; 
• Perfuração; 
• Infecção; 
• Gravidez ectópica; 
• Gravidez tópica; 
• Amenorreia; 
• Acne; 
• Spotting (sangramentos irregulares); 
• Cistos ovarianos (5 a 10% das pacientes), porém, 
geralmente só acompanha, sem necessidade cirúrgica. 
 
Métodos definitivos 
Laqueadura (ligação de trompas) 
É um processo cirúrgico feito com objetivo contraceptivo, ou 
seja, que impede que a mulher engravide novamente. Nesse 
procedimento, as tubas uterinas são obstruídas, cortadas 
e/ou amarradas, impedindo a descida do óvulo e subida do 
espermatozoide, tendo como resultado um índice de 
concepção menor que 1%. 
• Ela pode ser feita a partir de corte cirúrgico no abdome, 
por laparoscopia ou via vaginal, e a cirurgia dura, em 
média, quarenta minutos. 
• É necessário o uso de anestesias, geralmente do tipo 
raquidiana, e internação de pelo menos meio-dia. 
• Após a cirurgia são necessários dez dias de repouso. 
• É importante que a mulher não tenha relações sexuais 
por cerca de uma semana, e seja utilizada camisinha 
por aproximadamente um mês, em todas as relações. A 
menstruação e suas atividades hormonais raramente 
são afetadas. 
• O Brasil é campeão em laqueaduras, apresentando 
cerca de 40% das mulheres, em idade reprodutiva, 
esterilizadas. 
 
Vasectomia 
É uma cirurgia que visa a contracepção, ou seja, impedir a 
gravidez da parceira, através da ligadura dos canais 
deferentes, que são os condutos por onde passam os 
espermatozoides. 
 
Libido e impotência sexual 
O bloqueio dos canais deferentes impede apenas a 
passagem dos espermatozoides, não interferindo na 
produção hormonal, não tendo, portanto, nenhuma relação 
com alteração da libido ou do desempenho sexual, apenas 
com a reprodução. 
 
Referências 
• Tratado de ginecologia FEBRASGO. Editores Cesar 
Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; 
Coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho et al. 1. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2019. 
• FEBRASGO, Manual de Anticoncepção. 2015 
• Hoffman et al. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2014.

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