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Métodos contraceptivos e planejamento familiar

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1 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
marc 5 – métodos contraceptivos 
OBJETIVO 1: DISCORRER ACERCA DO PLANEJAMENTO 
FAMILIAR. 
- Planejamento familiar: é a política pública que leva em 
consideração a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos da 
população como um todo. Seu foco é a prevenção e a orientação, e 
sua condução deverá ser pautada no respeito ao usuário; 
- Em outras palavras, planejamento familiar é dar à família o direito 
de ter quantos filhos quiser, no momento que lhe for mais 
conveniente, com toda a assistência necessária para garantir isso 
integralmente. 
- O planejamento familiar corresponde ao recurso que permite ao 
casal a decisão do número de filhos e intervalo entre as gestações 
que desejam, de maneira programada e consciente. Acredita-se 
que no Brasil, cerca de 55% das gestações não são planejadas. 
- O Parágrafo único do Artigo 3° da Lei 9.263 prevê que as instâncias 
gestoras do Sistema Único de Saúde, em todos os seus níveis, na 
prestação das ações previstas no caput, obrigam-se a garantir, em 
toda a sua rede de serviços, no que respeita à atenção à mulher, ao 
homem ou ao casal, programa de atenção integral à saúde, em 
todos os seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas, 
entre outras: 
I - a assistência à concepção e contracepção; 
II - o atendimento pré-natal; 
III - a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; 
IV - o controle das infecções sexualmente transmissíveis; V - o 
controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de 
mama e do câncer de pênis. 
- Para o exercício do direito ao planejamento familiar, devem ser 
oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e 
contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco 
a vida e a saúde das pessoas, garantindo a liberdade de opção. 
- A assistência em planejamento familiar deve ser parte integrante 
do conjunto de ações da equipe de saúde da Atenção Básica 
direcionadas à saúde da mulher, do homem, do casal e da família, 
em uma visão de atendimento integral à saúde. O respeito aos 
direitos sexuais e reprodutivos deve ser a base ético-política dessa 
assistência. 
- Esses princípios devem guiar a atuação de todos os profissionais 
de saúde nos diferentes níveis de atenção. 
- No âmbito dos serviços de planejamento familiar, mais 
especificamente, o Ministério da Saúde atribui como competência 
dos profissionais que neles atuam a assistência em concepção e 
contracepção, devendo o Estado assegurar todos os métodos 
aceitos e seguros, respeitando a escolha dos indivíduos. 
- Essa competência compreende um conjunto de ações que 
engloba atividades educativas, aconselhamento e atividades 
clínicas que, em seu conjunto, deverão fornecer: informação, 
assistência especializada e acesso aos recursos. 
- A rede de serviços de planejamento familiar deve ofertar aos 
indivíduos, a partir da Atenção Básica, os métodos 
anticoncepcionais autorizados e disponíveis no Brasil. 
- A lei de planejamento familiar também estabelece as regras de 
esterilização cirúrgica. 
- Somente podem submeter-se a ela homens e mulheres com 
capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, 
pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo 
mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato 
cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada 
acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo 
aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar 
a esterilização precoce; 
- Ela também pode ser realizada quando uma nova gravidez pode 
trazer risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto. 
 
- Não pode ser realizada durante os períodos de parto ou aborto, 
exceto nos casos de comprovada necessidade, por sucessivas 
cesarianas anteriores. As únicas formas aprovadas para 
esterilização são a laqueadura tubária e a vasectomia, não sendo 
permitida sua realização pela retirada do útero ou dos ovários. 
- Assim, as ações do planejamento familiar, previstas na legislação 
(Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996) colocam à disposição das 
pessoas informações e recursos que podem auxiliá-las na reflexão 
acerca dessa importante decisão, e também para que as pessoas 
possam regular sua fertilidade conforme o seu plano de vida. 
- O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no 
planejamento, como a distribuição gratuita de métodos 
anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de 
Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e 
a venda de anticoncepcionais, além de expandir as ações 
educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva. 
- Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de 
planejamento e ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, 
disponibilizando mais de oito tipos de métodos nos postos de 
saúde e hospitais públicos. 
OBJETIVO 2: CONHECER OS MÉTODOS 
CONTRACEPTIVOS EXISTENTES, SUAS INDICAÇÕES E 
CONTRAINDICAÇÕES. 
DEFINIÇÃO 
- São maneiras, medicamentos, objetos e cirurgias usados pelas 
pessoas para evitar a gravidez. Existem métodos femininos e 
masculinos. Existem métodos considerados reversíveis, que são 
aqueles em que a pessoa, após parar de usá-los, volta a ter a 
capacidade de engravidar. 
- Existem métodos considerados irreversíveis, como a ligadura de 
trompas uterinas e a vasectomia, porque, após utilizá-los, é muito 
difícil a pessoa recuperar a capacidade de engravidar. Por isso, para 
optarem pela ligadura de trompas uterinas ou pela vasectomia 
como método anticoncepcional, as pessoas precisam estar seguras 
de que não querem mais ter filhos. 
- Não existe um método melhor que o outro, cada um tem 
vantagens e desvantagens. Assim como também não existe um 
método 100% eficaz, todos têm uma probabilidade de falha. Dessa 
forma, um método pode ser adequado para uma pessoa e não ser 
 
2 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
para outra, por isso a pessoa deve procurar escolher o método mais 
adequado para si. 
- A prevenção da gravidez indesejada realiza-se pela aplicação dos 
métodos de controle de natalidade, reversíveis ou irreversíveis. 
- O método contraceptivo ideal deveria ser de fácil aplicação, 
possuir 100% de eficácia, risco zero e ausência total de efeitos 
colaterais. Infelizmente um método que reúna todas essas 
qualidades não existe. 
- A orientação do uso de métodos anticoncepcionais de alta eficácia 
deve ser enfatizada para diminuir o risco de gravidez não planejada, 
sempre associado ao uso de métodos de barreira como o 
preservativo masculino ou feminino para se obter realmente “sexo 
seguro” em ambos os sentidos, não engravidar e não contrair DST. 
 
ESCOLHA DO MÉTODO 
- A escolha do método contraceptivo ideal é fundamental para 
garantir a aderência e continuidade do uso, impactando no seu 
grau de efetividade. 
- Para isso, é fundamental que a paciente conheça cada tipo de 
método, seu modo de uso, benéficos e efeitos adversos. 
- Essa escolha é individual e deve ser orientada pelo profissional de 
saúde, pois leva em conta aspectos clínicos, incluindo idade, fatores 
de risco e doenças associadas e aspectos socioeconômicos. 
- Por isso, é fundamental que o médico avalie através da anamnese 
e exame físico, fatores que contraindique o uso do método naquela 
paciente. 
- Algumas questões como o tabagismo, presença de hipertensão 
arterial, amamentação, problemas cardiovasculares, histórico de 
câncer de mama, problemas hepáticos, uso de medicações e 
enxaqueca, devem ser levantadas durante a consulta, visto que são 
essenciais para a definição do método contraceptivo. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
- Os critérios de elegibilidade são orientações da Organização 
Mundial de Saúde (OMS) sobre a prescrição de métodos 
contraceptivos levando em consideração o risco-benefício para a 
saúde de cada paciente. 
- Dessa forma, a partir de critérios comocomorbidades, 
medicações em uso e antecedentes médicos, o método pode ser 
ou não indicado para a paciente. 
- Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados em quatro 
categorias de acordo com a OMS (2015). 
 
 
 
- Para fins práticos, salvo em algumas exceções, os métodos nas 
categoriais 1 e 2 podem ser utilizados. Já os métodos nas 
categoriais 3 e 4 não devem ser utilizados. 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
- Os métodos anticoncepcionais comportamentais se baseiam na 
identificação do período fértil por meio da observação de sinais e 
sintomas, durante o qual as relações sexuais devem ser evitadas. 
- Esses métodos possuem a vantagem se serem baratos, naturais, 
sem efeitos adversos e é bem aceito quando as crenças religiosas 
do casal não permitem outros métodos. 
- No entanto, possuem altas taxas de falhas, pois requerem longos 
períodos de abstinência sexual e estão susceptíveis à irregularidade 
menstrual. 
- Além disso, esses métodos não protegem contra infecções 
sexualmente transmissíveis (IST’s). 
TABELINHA 
- Método natural que consiste em evitar relações sexuais durante o 
período fértil, isto é, o período do mês em que ocorre a ovulação. 
- Para evitar gravidez, o período pode ser calculado com o uso da 
tabelinha, considerando que o ciclo menstrual começa no primeiro 
 
3 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
dia da menstruação e termina no último dia antes da próxima 
menstruação. No caso de ciclo de 28 dias, contando-se 10 dias a 
partir do início da menstruação (por exemplo, dia 2), e 10 dias para 
trás do dia da próxima menstruação (dia 29), é delimitado o período 
fértil. 
- Para utilizar este método, a mulher deve determinar a duração do 
seu ciclo menstrual, marcando os dias do início da menstruação por 
cerca de 12 meses. O método apresenta menos erros em mulheres 
com ciclos regulares. Para quem não deseja engravidar, os dias mais 
seguros são: os dias da menstruação, 3 dias depois da menstruação, 
7 dias antes da próxima menstruação. 
- Possui índice de falha entre 14 e 17%. 
- É um método que se baseia na observação de vários ciclos 
menstruais, para determinar o período fértil do ciclo menstrual da 
mulher. 
- A eficácia da tabela depende de seu uso correto e da cooperação 
de ambos os parceiros. A eficácia será maior se o casal não tiver 
relação sexual com penetração vaginal no período fértil. 
- A mulher que quiser utilizar este método deve ser orientada a 
marcar em um calendário, durante pelo menos seis meses, o 
primeiro dia de cada menstruação, para verificar o número de dias 
que durou cada ciclo menstrual e, com esses dados, calcular o 
período fértil, com a ajuda de um profissional de saúde. Caso a 
mulher tenha diferença entre os ciclos maior que 10 dias, esse 
método NÃO pode ser usado! 
- Para evitar a gravidez, no período fértil o casal não deve ter 
relação sexual com penetração vaginal. E o homem não deve 
ejacular próximo à entrada da vagina, como, por exemplo, na coxa, 
no períneo ou na virilha. 
- A tabela não é indicada após o parto ou durante a amamentação, 
ou para adolescentes e mulheres na pré-menopausa que estejam 
apresentando ciclos menstruais irregulares. 
- Infelizmente a ovulação não é precisa e sofre influência de vários 
fatores emocionais e nutricionais. Portanto, é difícil prever a época 
certa da ovulação. O tempo de vida médio do óvulo é de 24 horas 
e o do espermatozóide, em torno de 48 horas. 
- Na adolescência esse método não funciona, pois em geral a 
adolescente não se lembra do dia em que menstruou ou não conta 
corretamente os dias após a menstruação, havendo dificuldade de 
calcular com exatidão o período fértil. 
- Para calcular o período em que se deve adotar a abstinência 
sexual, basta subtrair 18 da duração do seu ciclo mais curto para 
saber o primeiro dia de seu período fértil e subtrair 11 dias do ciclo 
mais longo, que corresponde ao último dia de seu período fértil. 
 
 
MÉTODO DA OVULAÇÃO OU DO MUCO CERVICAL (MÉTODO 
BILLINGS) 
- Observar a variação do muco vaginal conforme o período fértil. 
Cerca de 2 a 3 dias após a menstruação, não se verifica a presença 
de muco. 
- Com o início do período fértil, o muco aparece. Na ovulação, o 
muco torna-se ralo, semelhante à clara de ovo. Depois da ovulação, 
o muco deixa de ser verificado. Não ter relações sexuais nos dias 
com muco (molhados). 
- Índice De Falha: 2 a 25%. 
 OBSERVAÇÃO: este método não pode ser usado quando a mulher 
está com corrimento ou infecção vaginal. 
- O muco cervical é uma secreção produzida no colo do útero pela 
ação dos hormônios femininos, que umedece a vagina e ás vezes, 
aparece na calcinha. 
-Após a menstruação, algumas mulheres têm um período seco, que 
não tem muco. Depois, surge um muco esbranquiçado e pegajoso, 
que se quebra quando esticado. À medida que se aproxima o dia da 
ovulação, o muco cervical vai ficando parecido com a clara de ovo, 
elástico, transparente e escorregadio e a vagina vai ficando mais 
úmida, facilitando a entrada dos espermatozóides no útero. O 
aparecimento desse muco é o sinal de que a mulher está no período 
fértil e pode engravidar. 
- O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais 
com penetração vaginal nos dias em que o muco cervical estiver 
parecido com a clara de ovo até o quarto dia após o muco haver 
desaparecido. 
- Vale lembrar que o sêmen e produtos vaginais como lubrificantes 
e pomadas prejudicam a observação do muco. 
- Não protege contra DTSs. 
TEMPERATURA (MÉTODO DE OGINO-KNAUSS) 
 - A temperatura normal do corpo varia de 36 a 36,5ºC. Pela medida 
diária da temperatura da mulher, antes de levantar, verifica-se que 
diminui um pouco, um dia antes da ovulação, para depois subir, no 
dia da ovulação. 
- O princípio se baseia no fato de que após a ovulação, o aumento 
da progesterona liberada pelo corpo lúteo atinge o centro 
termorregulador do hipotálamo, levando ao aumento da 
temperatura corporal em 0,2 a 0,5 graus. 
- Para utilizar este método, a mulher precisa verificar sua 
temperatura diariamente, de preferência com o mesmo 
termômetro, no mesmo local do corpo e no mesmo horário, 
preferencialmente pela manhã antes de sair da cama. 
- O período de abstinência deve ser desde o primeiro dia do ciclo 
menstrual até três dias após a elevação da temperatura basal. 
 - Modo De Usar: medir a temperatura e evitar ter relação com 
penetração quatro dias antes e quatro dias após o dia em que a 
temperatura sobe. 
 
4 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
- Índice De Falha: variável. Como o anterior, depende da motivação 
do casal, além do fato que a temperatura do corpo pode variar por 
outros fatores. 
Observação: o método pode ser utilizado em conjunto com a tabela 
e o muco (métodos denominados naturais), aumentando a sua 
eficiência. 
- Este método baseia-se nas alterações que os hormônios femininos 
provocam na temperatura do corpo ao longo do ciclo menstrual. 
Temperatura basal é a temperatura do corpo em repouso. 
- Antes da ovulação, a temperatura basal é um pouco mais baixa e 
permanece assim até a ovulação. Quando acontece a ovulação, a 
temperatura sobe alguns décimos de grau e permanece assim até 
a chegada da próxima menstruação. 
- O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais 
com penetração vaginal no período de quatro a cinco dias antes da 
data prevista da ovulação até o quarto dia da temperatura alta. 
COITO INTERROMPIDO 
 - Praticado quando o homem retira o pênis da vagina antes da 
ejaculação. 
- Índice de falha: 25% 
- Observação: método pouco seguro, que depende do controle 
masculino. Alguns espermatozóides podem escapar antes da 
ejaculação, diminuindo assim a eficiência do método. 
- No coito interrompido, o homem retira o pênis da vagina um 
pouco antes da ejaculação. Este método também é conhecido 
como “gozar fora”. O coito interrompido, apesar de ser muitousado, não deve ser estimulado como método anticoncepcional, 
porque é grande a possibilidade de falha, pois o líquido que sai 
pouco antes da ejaculação pode conter espermatozóides. 
- Às vezes, o homem não consegue interromper a relação antes da 
ejaculação. O coito interrompido pode gerar tensão entre o casal, 
pois a relação fica incompleta. 
- Não é propriamente um método de contracepção, mas um 
comportamento sexual comum entre adolescentes que estão 
iniciando sua vida sexual. Consiste na retirada do pênis de dentro 
da vagina antes do início da ejaculação. É de pouca eficácia e de 
grande risco! 
- É preciso muito autocontrole e disciplina por parte do homem e, 
além disso, a secreção que antecede a ejaculação já pode conter 
espermatozóides, daí a possibilidade de gravidez. O coito 
interrompido é um fator predisponente da ejaculação precoce e da 
impotência no homem. Na mulher, prejudica ou impede o orgasmo. 
- É importante lembrar que mesmo não havendo penetração 
completa, a gravidez pode ocorrer, principalmente se a 
adolescente estiver no período fértil. Por essas razões esse método 
não é confiável na prática e deve ser sempre contra-indicado. 
 
 
LACTAÇÃO 
- Durante o aleitamento materno ocorre alterações hormonais no 
eixo hipotálamo-hipófise-ovário, levando à anovulação. Esse 
método além de não ter custos, promove inúmeros benefícios para 
a mulher e para o bebê. Além disso, o método não tem 
contraindicações, desde que a amamentação seja exclusiva. 
- No entanto, sabe-se que parte das mulheres ovulam em torno do 
terceiro mês de pós-parto, mesmo amamentando. Esse fato pode 
gerar risco de gravidez não planejada. 
SINTOTÉRMICO 
- O método sintotérmico combina o método da temperatura basal 
com o método do muco cervical, associado a sinais e sintomas que 
podem ocorrer durante a ovulação, como sensibilidade mamária, 
dor pélvica e mudanças de humor. 
- Nesse caso, o período de abstinência sexual vai desde o primeiro 
dia do ciclo até o quarto dia após o pico das secreções cervicais ou 
o terceiro dia após a elevação da temperatura. Sendo que na 
ocorrência do primeiro fator, deve-se o segundo para ter relação 
sexual. 
MÉTODOS DE BARREIRA 
- São métodos que formam uma barreira mecânica ou química 
entre os espermatozoides e a cavidade uterina, impedindo a 
fecundação. 
- O nível de eficiência desses métodos varia entre 2 a 6%, a 
depender se seu uso é correto. Todos os métodos de barreira, além 
do efeito contraceptivo, também reduzem a transmissão de IST’s. 
CAMISINHA/ PRESERVATIVO MASCULINO 
- Capa de borracha fina usada pelo homem, que impede o sêmen 
de entrar no útero feminino. 
- É um contraceptivo utilizado no pênis, para recolher o esperma, 
impedindo-o de entrar no corpo da mulher. A camisinha é 
descartável e o material do preservativo é composto por látex ou 
poliuretano. Além de prevenir uma gravidez indesejada, previne 
também contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). 
- Modo De Usar: colocar antes da penetração, com o pênis em 
ereção, deixando uma folga na ponta e apertando-a para tirar o ar. 
Desenrolar a camisinha até a base do pênis. Depois da ejaculação, 
retirar o pênis ainda ereto, segurando o preservativo pela borda, 
para evitar vazamento do sêmen. Após este procedimento, 
descartar a camisinha, que é utilizada apenas uma vez. 
- Índice De Falha: 3 a 12% 
Observação: além de método anticoncepcional bastante seguro (se 
utilizado corretamente), apresenta barreira contra doenças 
sexualmente transmissíveis. 
- Consiste em um envoltório de látex que recobre o pênis durante 
o ato sexual e retém o esperma por ocasião da ejaculação, 
impedindo sua penetração no canal cervical. Como impede o 
 
5 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
contato com a vagina, também reduz o risco de transmissão do HIV 
e de outros agentes sexualmente transmissíveis. 
- O método é considerado de baixo custo, sem efeitos colaterais e 
não necessita de controle médico. É de fácil acesso, podendo ser 
adquirido em farmácias, supermercados ou outros 
estabelecimentos comerciais, estando também disponível em 
algumas unidades de saúde. 
- No aconselhamento do seu uso é fundamental ensinar como 
colocá-lo e retirá-lo. O condom deve ser colocado antes da 
penetração, com o pênis ereto. O receptáculo existente na 
extremidade do preservativo deve ser apertado durante a 
colocação, com o objetivo de retirar o ar do seu interior e para 
auxiliar a desenrolá-lo até a base do pênis. 
- A retirada do preservativo deve ocorrer após a ejaculação, com o 
pênis ainda ereto, fixando-o pela base para que não haja 
vazamento. O preservativo não pode ser reutilizado. 
- O condom é um dos únicos métodos capazes de prevenir as 
doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a AIDS. 
 Os preservativos masculinos não devem ser usados por homens 
que apresentam perda de ereção durante o intercurso sexual. Além 
disso, não devem ser usados junto com o feminino, pois aumenta o 
risco de rompimento ou deslocamento. 
- Os únicos efeitos colaterais são sintomas alérgicos em indivíduos 
sensíveis ao látex. 
PRESERVATIVO FEMININO 
 
- É um tubo feito de plástico macio, fino e resistente, que já vem 
lubrificado e que se coloca dentro da vagina, para impedir o contato 
do pênis com a vagina. A camisinha feminina é eficaz para proteger 
da gravidez e de DST/HIV/AIDS, quando usada em todas as relações 
sexuais, antes de qualquer contato do pênis com a vagina. 
- A camisinha feminina dá maior autonomia à mulher sobre seu 
corpo e sua vida sexual, quando as mulheres têm dificuldade de 
negociar o uso da camisinha masculina com o parceiro. Funciona 
como uma barreira, recebendo o esperma ejaculado pelo homem 
na relação sexual, impedindo a entrada dos espermatozóides no 
corpo da mulher. 
- A camisinha feminina deve ser usada em todas as relações sexuais, 
mesmo durante a menstruação, antes de qualquer contato da 
vagina com o pênis. Pode ser colocada na vagina imediatamente 
antes da penetração ou até oito horas antes da relação sexual. 
Quando bem colocada não incomoda nem diminui o prazer sexual. 
- Bolsa, com forma de tubo, fina e resistente, que é colocada dentro 
da vagina, com finalidade contraceptiva, é menos popular que o 
preservativo masculino convencional, mas fornece proteção 
adicional contra a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) e o 
herpes, ao recobrir a região dos lábios vaginais. 
- Tem o mesmo objetivo que o masculino: formar uma barreira 
física entre o pênis e a vagina. É feito de poliuretano, mais 
resistente que o látex, portanto pode ser usado com vários 
lubrificantes. Sua colocação é mais complexa que a do condom, 
necessitando de um treinamento prévio. 
- Consiste em um tubo fino e transparente com um anel em cada 
extremidade, um aberto e outro fechado. O anel fechado deve ser 
inserido dentro da vagina e o aberto permanece do lado de fora 
após a inserção, protegendo os lábios da vagina e a base do pênis 
durante o ato sexual. Também confere proteção contra DST e AIDS. 
- Além de ter um custo superior ao do condom masculino, necessita 
de mais motivação e orientação, pois envolve questões 
relacionadas a estética e maior manipulação. 
Os preservativos femininos não podem ser utilizados em pacientes 
com prolapsos genitais. 
DIAFRAGMA 
 
- É um disco flexível de borracha ou de silicone, com uma borda em 
forma de anel, que é colocada na vagina para cobrir o colo do útero. 
Evita a gravidez impedindo a entrada dos espermatozóides dentro 
do útero. 
- Existem diafragmas de diversos tamanhos, sendo necessária a 
medição por profissional de saúde para determinar o tamanho 
adequado para cada mulher. 
- Pode ser usado com espermicida ou sem espermicida. O 
diafragma deve ser colocado em todas as relações sexuais, antes de 
qualquer contato entre o pênis e a vagina. Pode ser colocado 
minutos ou horas antes da relação sexual.- O diafragma é colocado na vagina até no máximo 1 hora antes da 
relação sexual, deve ser retirado no mínimo 6 horas depois e nunca 
deve ultrapassar 24 horas. 
- Sua colocação requer certa habilidade, sendo seu mau 
posicionamento pode resultar em falha do método. 
- Quando a mulher está bem orientada, a colocação do diafragma é 
tão simples quanto a de uma lente de contato e não dói. O 
diafragma só deve ser retirado de seis a oito horas após a última 
relação sexual, que é o tempo suficiente para que os 
espermatozóides que ficaram na vagina morram. Não deve ser 
usado durante a menstruação. 
 
6 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
- Imediatamente depois de retirar o diafragma, deve-se lavá-lo com 
água e sabão neutro, secá-lo bem com um pano macio e guardá-lo 
em um estojo, em lugar seco e fresco, não exposto à luz do sol. Não 
se deve polvilhar o diafragma com talcos, pois podem danificá-lo ou 
causarem irritação na vagina ou no colo do útero. 
- Quando o diafragma está bem colocado, não atrapalha a relação 
sexual, nem é percebido pelo homem. 
- Pequeno disco de borracha que se coloca dentro da vagina, e 
funciona como barreira, impedindo a entrada dos 
espermatozóides, colocar o diafragma com o dedo. Para retirar, 
esperar 8 horas, que é o tempo que os espermatozóides podem 
sobreviver dentro da vagina. 
- Índice De Falha: 3 a 18% 
- Exige consulta médica para orientação quanto ao uso e 
conservação e também cuidados na sua utilização. Sendo lavado e 
conservado seco, pode durar até 2 anos. 
O diafragma não deve ser usado em pacientes com infecções 
geniturinárias em curso, histórico de Síndrome do choque tóxico ou 
doença valvar complicada. 
 
ESPERMICIDA 
- É uma substância química que recobre a vagina e o colo do útero, 
impedindo a penetração dos espermatozóides no útero, 
imobilizando-os ou destruindo-os. Pode ser usado sozinho ou 
combinado com o diafragma, mas não é muito efetivo quando 
utilizado sozinho. 
- O espermicida é eficaz por um período de uma hora após a sua 
aplicação. 
- Substâncias em forma de tabletes de espuma, geleia ou creme que 
provocam a ruptura da membrana das células dos 
espermatozoides, matando-os ou retardando sua passagem pelo 
canal cervical. 
- A substância mais utilizada é o nonoxinol-9, mas também existe 
no mercado o octoxinol-9 e o menfegol. 
- É recomendado o seu uso apenas em associação com outros 
métodos contraceptivos, como o diafragma. No entanto, não deve 
ser usada com preservativos masculinos, pois pode aumentar o 
risco de contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana 
(HIV). 
- O uso repetitivo de espermicidas pode provocar lesões, fissuras e 
microerosões vaginais, cervicais e retais na mucosa vaginal e retal, 
dependendo da frequência de uso e do volume aplicado. O que 
aumenta o risco de transmissão de ISTs. 
- Não se recomenda o uso do espermicida para as mulheres que 
têm mais de um parceiro sexual ou cujos parceiros têm outros 
parceiros/parceiras e não usam camisinha em todas as relações 
sexuais, pois, nessas situações, existe risco maior de contrair 
doenças sexualmente transmissíveis. 
- O espermicida é colocado com um aplicador, que deve ser 
introduzido na vagina o mais profundo possível. O aplicador deve 
ser lavado com água e sabão após cada uso. 
- Índice De Falha: 8 a 42%. São mais eficazes quando utilizados junto 
com camisinha ou diafragma. 
 Observação: algumas mulheres podem apresentar irritação ou 
alergia na vagina, devendo, neste caso, mudar a marca ou deixar de 
usar o método. 
Contraindicado: Mulheres com risco aumentado de IST e HIV, 
mulheres com muitas relações sexuais diárias. DIP, e/ou cervicite 
atual ou nos últimos 3 meses, ou no caso de alergia ao produto. 
MÉTODOS HORMONAIS 
- Os contraceptivos hormonais são métodos extremamente 
difundidos e eficazes. No entanto, seu índice de sucesso depende 
fundamentalmente da paciente. Com isso, na prática seu índice de 
falhas aumenta consideravelmente decorrente do uso incorreto. 
- Dentre esses contraceptivos os mais conhecidos são: 
contraceptivos orais combinados (COCs), contraceptivos contendo 
apenas progestogênio (COPs) e contraceptivos com estrogênios 
e/ou progestogênios de uso sistêmico por injeção, adesivo 
transdérmico ou anel intravaginal. 
 
- Contraceptivos hormonais combinados (CHCs): Os CHCs possuem 
a combinação de um estrogênio e um progestogênio no mesmo 
método. Desse grupo fazem parte as pílulas contraceptivas de uso 
oral, o injetável mensal, o adesivo transdérmico e o anel 
intravaginal. 
 O mecanismo de ação dos CHCs ocorre pela inibição da 
ovulação. O componente de estrogênio dos CHCs inibe o FSH, 
enquanto que o progestogênio age inibindo o LH. Ora, se esses 
dois hormônios estão bloqueados, não pode ocorrer 
recrutamento folicular, amadurecimento do folículo 
dominante e nem ovulação. 
 Além disso, a progesterona presente nesses contraceptivos 
torna o muco cervical espesso, dificultando a 
espermomigração, reduz a motilidade tubária e ainda tem 
efeito a antiproliferativo no endométrio. Já o estrogênio 
contido na formulação estabiliza o endométrio, reduzindo os 
sangramentos. 
 
7 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
 
 
 
 
CONTRACEPTIVO ORAL COMBINADO (COCS) 
- Comprimido composto de hormônios em várias misturas de 
estrógenos e progesterona, que impossibilita a liberação do óvulo 
pelo ovário, e assim, impede a fecundação. 
- O principal estrogênio utilizado é o etinilestradiol. Mas novas 
formulações podem conter o estradiol e o valerato de estradiol que 
são estrogênios naturais. 
- O tipo mais comum é o da cartela com 21 comprimidos, que se 
começa a ingerir 5 dias depois do início da menstruação. 
- Índice De Falha: 0,1 a 3%. 
- Observação: é o método anticoncepcional mais seguro. 
Apresenta contraindicações para mulheres que: estão grávidas ou 
amamentando, apresentam perdas sanguíneas vaginais fora do 
período menstrual, apresenta enxaquecas, têm resultado anormal 
no exame preventivo de câncer (Teste de Papanicolau), têm ou 
tiveram estas doenças como hepatite, mononucleose, tumor do 
fígado ou cirrose, câncer no seio, ovário ou útero, trombose, 
flebite, derrame, embolia, enfarto, angina no peito, diabetes. 
- A pílula anticoncepcional, um dos medicamentos mais estudados 
na terapêutica médica, quando corretamente utilizada é um 
método reversível, eficaz e seguro, sendo a forma mais popular de 
anticoncepção conhecida mundialmente, inclusive por 
adolescentes. Entretanto é nessa faixa etária que ocorre a maior 
incidência de uso incorreto e abandono. 
- Os ACO contêm estrogênio e progesterona. O estrogênio mais 
utilizado é o etinilestradiol. As chamadas pílulas de baixa dosagem 
contêm quantidades inferiores a 50µg (as mais usadas têm 30 a 
35µg). 
- Os progestágenos são necessários para dar maior consistência ao 
poder anticoncepcional do estrogênio e melhorar o controle do 
ciclo menstrual. 
- De acordo com o tipo de progestagênios contido, os COCs podem 
ser classificados em primeira, segunda ou terceira geração. Os COCs 
de primeira geração são os que possuem levonorgestrel 
(progestágeno) associado a 50 mcg de etinilestradiol. Já as de 
segunda geração, contém o etinilestradiol em doses menores, 
associado ao levonorgestrel. Se a pílula tiver desogestrel ou 
gestodeno associado ao progestágeno, são denominadas de 
terceira geração. 
 
 
 
8 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
 
- Quanto mais antiandrogênico for um progestogênio, maior será 
seu risco tromboembólico. O de menor risco é o levonorgestrel. 
- O mecanismo de ação consiste em: inibição do pico de hormônio 
luteinizante (LH) no meio do ciclo, impedindo a ovulação; 
espessamento do muco do colo uterino, dificultando a 
espermomigração; redução da produção glandular de glicogênio no 
endométrio, dificultando a nidação; modificação na contratilidade 
das trompas. 
- Osefeitos colaterais nos órgãos e no metabolismo estão 
relacionados a dosagem hormonal, tempo de uso e fatores 
predisponentes individuais. O conhecimento desses efeitos é de 
fundamental importância, pois eles constituem um dos principais 
fatores de limitação e adaptação ao método. 
- Sintomas mais comuns: estrogênio – cefaléia, náuseas, vômitos, 
tonteiras, irritabilidade e mastalgia; progesterona – aumento do 
apetite, hemorragia intermediária, queda de cabelo, alterações da 
libido. 
Existem diversas situações clínicas que contraindicam o uso dos 
ACO: doenças hepáticas, metabólicas, neurológicas, 
tromboembólicas, cardiovasculares, neoplásicas e outras que 
devem ser do conhecimento de todos os médicos que prescrevem 
ACO. 
- As principais vantagens no uso do anticoncepcional hormonal oral 
são: alta eficácia quando utilizado corretamente; falha de 0,1 a 3 
por 100 mulheres/ano; reversibilidade, com volta da fertilidade em 
não mais que um ano após a suspensão; não-relação com o ato 
sexual; redução do fluxo e das cólicas menstruais, dos sintomas pré-
menstruais, da incidência de doença inflamatória pélvica (DIP) e 
prenhez ectópica, das doenças benignas da mama, da incidência de 
câncer de ovário e endométrio e do ciclo menstrual. 
- Sendo o esquecimento um problema comum, o horário para 
ingestão do ACO deve ser relacionado a uma atividade de rotina 
como escovar os dentes. Intervalos de esquecimento de até 12 
horas não trazem nenhuma consequência; intervalos maiores (um 
a dois dias) podem acarretar perdas sanguíneas e ovulação, 
principalmente se ocorrerem nas sete primeiras doses, 
necessitando ser usado o preservativo como método de segurança. 
- As pílulas devem ser iniciadas no primeiro dia do ciclo menstrual. 
As cartelas a depender do tipo esquema utilizado, indicam pausas 
mensais que podem variar de quatro a sete dias. Nestes casos, após 
a primeira cartela inicia-se a segunda no quinto ou oitavo dia, 
respectivamente. Alguns anticoncepcionais de 28 dias podem ser 
utilizados sem pausa. O importante é utilizar diariamente para 
evitar falhas. 
- A principal ação é por interferência na ovulação, mas também 
modificam o endométrio e o muco do colo do uterino no sentido 
de dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides. 
Ingestão diária de comprimidos. Dependendo dos tipos e da 
combinação hormonal, cada marca de pílula apresentará diferentes 
intervalos entre as cartelas, desde sete dias até o uso contínuo. 
ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 
- Consiste no uso mensal ou trimestral de hormônio em forma de 
injeção. Os progestógenos injetáveis, além de anovulatórios, 
aumentam a viscosidade do muco cervical, tornam o endométrio 
menos propício à implantação do ovo e alteram a motilidade 
tubária. 
- Anticoncepcional injetável mensal é aplicado via intramuscular 
profunda, uma vez ao mês, entre o 7º e o 10º dia do ciclo menstrual. 
- Índice De Falha: 0,3 a 0,4%. 
- Observação: o método requer supervisão mínima e tem efeito 
prolongado, sendo recomendável para pessoas com deficiência 
mental. Entretanto, para a sua escolha, deve ser avaliada a ausência 
de contraindicações, como câncer, cardiopatias, doenças do fígado. 
Devem ser também levadas em conta as desvantagens do método, 
principalmente a irregularidade menstrual, aumento de peso e 
certa demora para retornar a fertilidade. 
- Existem dois tipos de injeção anticoncepcional: a injeção aplicada 
uma vez por mês, que é a injeção mensal, e a injeção aplicada de 
três em três meses, que é a injeção trimestral. São muito eficazes 
quando usadas corretamente. 
- Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher, que 
é a capacidade de engravidar, logo retorna. Com a injeção 
trimestral, pode haver um atraso no retorno da fertilidade da 
mulher. Em média, o retorno da fertilidade pode demorar quatro 
meses após o término do efeito da injeção. 
- Mensal – Associação dos hormônios estrogênio e progesterona - 
é aplicada uma dose do contraceptivo por meio de injeção 
muscular mensal. Mantém fluxo menstrual nos intervalos das 
injeções. 
- O mecanismo de ação é o mesmo que os demais contraceptivos 
combinados. O sangramento menstrual ocorre a cada três semanas 
após o 22° dia da injeção. A aplicação ocorre via intramuscular no 
músculo deltoide a cada 30 dias. 
- Trimestral – apenas progesterona - com aplicação de dose a cada 
três meses. Suspende a menstruação. 
Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento 
irregular. Não protege contra DST´s, não pode ser aplicados em 
mulheres que fazem uso de anticoagulantes pelo risco de 
formarem hematomas no local da injeção. 
ANEL VAGINAL 
- Esse método contraceptivo combinado que possui o formato de 
um anel transparente e flexível e contém 2,7 mg de etinilestradiol 
e 11,7 mg de etonogestrel. 
- Deve ser colocado em forma de “8” no fundo vaginal entre o 
primeiro e o quinto dia do ciclo menstrual. O dispositivo permanece 
por três semanas consecutivas, faz-se uma pausa de sete dias, 
 
9 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
quando ocorre o sangramento e recoloca um novo dispositivo ao 
final da pausa. 
IMPLANTES SUDÉRMICOS 
- Implantes subcutâneos de tubinhos ou cápsulas de plástico 
especial (silástico), contendo hormônio anticoncepcional. O 
implante, feito na parte interna do braço ou antebraço, vai 
liberando o hormônio lentamente. A colocação é feita durante a 
menstruação, com agulha especial e anestesia local. O Norplant 
dura cinco anos. 
- Índice De Falha: 1% 
- Método de larga duração e de alta eficácia. Entre os efeitos 
colaterais, pode ocorrer irregularidade menstrual. Centros de 
investigação sobre a biologia da reprodução humana continuam a 
desenvolver pesquisas no sentido de aperfeiçoar os métodos 
contraceptivos, tornando-os mais seguros e baratos. 
- Pequenos tubos (como palitos de fósforo) de 3 cm, que contém o 
hormônio progesterona e são inseridos na pele, especialmente na 
região do braço. Podem atuar por até três anos liberando o 
hormônio. A ação é por interferência na ovulação. A diferença é 
que há maior atuação no endométrio e no muco, dificultando a 
sobrevivência dos espermatozoides, bem como, a sua entrada. 
ADESIVO TRANSDÉRMICO 
- O adesivo transdérmico contém uma camada interna hormonal e 
uma camada externa resistente à água. 
- O adesivo deve ser aplicado na pele limpa, podendo ser colocado 
nas nádegas, parte externa do braço, abdome inferior ou região 
superior do dorso, evitando as mamas. Basta pressionar o adesivo 
por cerca de 10 segundos. 
- O primeiro adesivo é aplicado no primeiro dia do ciclo. Depois 
disso, o adesivo é trocado uma vez por semana, após a terceira 
semana é feito uma pausa, quando ocorrerá o sangramento e ao 
final da pausa um novo adesivo é colocado. Além disso, o contínuo, 
ou seja, sem pausas também pode ser utilizado. 
- Como efeitos adversos, pode ocorrer dismenorreia, mastalgia e 
spotting. 
- Em pacientes com mais de 90 kg, esse dispositivo pode apresentar 
redução de eficácia, não sendo, portanto, recomendado. 
 
 
Contraceptivos apenas de progestogênio (COPs) 
- Esses contraceptivos possuem como hormônio apenas a 
progesterona. Dentro desse grupo está a pílula de progesterona 
isolada, o injetável trimestral, o implante subdérmico e o SIU de 
levonogestrel. 
 
 
PÍLULA DE PROGESTERONA ISOLADA 
- Esses contraceptivos podem ser compostos por desogestrel, 
acetato de noretindrona e levonorgestrel. 
- Minipílula: Os contraceptivos compostos por acetato de 
noretindrona e levonorgestrel são também conhecidos como 
minipílulas e podem ser utilizados em pacientes em aleitamento e 
na perimenopausa. 
- Essas medicações promovem efeito contraceptivo através do 
espessamento do muco cervical e inibição da implantação do 
embrião no endométrio. Não possuindo efeitos anovulatórios. 
- Nesse caso, o uso de minipílulas é contínuo e devem ser prescritasno puerpério de mulheres que amamentam seis semanas após o 
parto. O seu uso deve ser rigoroso, pois após 27 horas da injesta do 
último comprimido já pode perder o seu efeito. 
 
Uma contraindicação relativa ao uso de anticoncepcionais com 
progestágeno isolado é o diabetes mellitus gestacional prévio, pois 
está relacionado ao desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 
nos primeiros dois anos após o parto. 
- Desogestrel: Esse contraceptivo é composto por 75 μg de 
desogestrel e tem a capacidade de inibir a ovulação, por isso, é mais 
eficaz que as minipílulas. Além disso, torna o muco cervical espesso, 
dificultando a ascensão dos espermatozoides. Também pode ser 
indicado durante a amamentação e tem a vantagem de poder ser 
tomado com atraso de até 12 horas, sem comprometer a sua 
eficácia. 
 
10 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
 
INJETÁVEL TRIMESTRAL 
- O contraceptivo injetável trimestral geralmente é utilizado em 
pacientes que possuem contraindicação ao uso de estrogênios. 
- Ele bloqueia a ovulação através da inibição do LH, também 
levando a alteração nas características do muco e atrofia 
endometrial. 
- Além disso, pode levar a amenorreia e redução da dismenorreia, 
TPM e câncer endometrial. 
Como efeitos adversos, pode estar presente o sangramento 
intermenstrual, edema, ganho de peso, acne, náuseas, mastalgia, 
cefaleia, alterações do humor e redução da densidade mineral 
óssea. 
- É aplicado via intramuscular na nádega ou músculo deltoide a cada 
três meses. 
ANTICONCEPCIONAL DE EMERGÊNCIA – PÍLULA DO DIA 
SEGUINTE 
 - Esse método deve ser usado em uma situação inesperada. É 
indicado para a mulher que manteve uma relação sexual não 
planejada, sem uso de anticoncepcional e em casos de estupro. É 
também indicado em situações de rompimento de camisinha ou 
quando o diafragma é removido antes de seis horas após uma 
relação sexual, ou após esquecimento de uma ou mais pílulas 
anticoncepcionais no início ou no fim da cartela. 
- Consiste no uso de altas doses de pílulas anticoncepcionais orais 
(contendo estrogênio + progestogênio) que interrompem o ciclo 
reprodutivo da mulher, evitando assim uma gravidez indesejada. 
Dependendo da etapa do ciclo na qual as pílulas foram tomadas, 
elas podem impedir ou retardar a liberação do óvulo pelo ovário. 
- O mecanismo de ação desses métodos varia de acordo com o 
período do ciclo menstrual no qual é utilizado. Se o uso ocorre na 
primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hormônio luteinizante), 
ele altera o desenvolvimento folicular, impedindo ou retardando a 
ovulação. Já quando é usado na segunda fase do ciclo menstrual, 
ou seja, após a ovulação, ele modifica as características do muco 
cervical, deixando-o mais viscoso e com isso alteração o transporte 
dos espermatozoides. 
- Algumas usuárias têm efeitos colaterais, tais como náuseas e 
vômitos ou distúrbios do ciclo menstrual. Efeitos colaterais sérios 
são muito raros. Pode ser usada por mulheres de qualquer idade, 
com ou sem filhos. 
- Uso em até 72 horas após a relação sexual. 
- Índice De Falha: Baixo, quando ingerida no período indicado. 
- A pílula anticoncepcional de emergência ajuda a diminuir o 
número de abortos provocados, na medida em que evita a gravidez 
não desejada. 
- A pílula anticoncepcional de emergência não deve ser usada como 
método anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo um outro 
método anticoncepcional. Deve ser usada apenas em casos 
emergenciais, pois a dose de hormônio é muito alta. 
- A pílula anticoncepcional de emergência deve ser usada, no 
máximo, até cinco dias após a relação sexual desprotegida, 
tomando-se os dois comprimidos de uma só vez ou em duas doses 
(a primeira dose até cinco dias após a relação sexual e a segunda 
doze horas após a primeira). Quanto mais rápido a pílula for usada, 
maior a sua eficácia para evitar uma gravidez indesejada. 
- Os mais utilizados são o método Yuzpe e o contraceptivo de 
levonogestrel isolado, ambos são igualmente eficazes, podendo ser 
utilizado até 5 dias após o ato sexual desprotegido. 
- Entretanto, sua eficácia é inversamente proporcional ao tempo 
decorrido desde a atividade sexual, sendo recomendado o uso até 
72 horas após o ato. Pela comodidade posológica e menos efeitos 
colaterais, o método de levonogestrel é o mais indicado. 
 
Pode ocorrer alguns efeitos adversos como náuseas, vômitos, 
cefaleia e aumento da sensibilidade mamária. 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS 
- Os DIUs, junto com o implante de etonogestrel, faz parte dos 
LARCs (Long acting reversible contraceptives) que são os 
contraceptivos de longa duração. 
- Consistem em um objeto de formato variável que é inserido na 
cavidade uterina. Eles são amplamente difundidos como métodos 
contraceptivos reversíveis, possuem pequenas taxas de falha e 
descontinuidade, poucas contraindicações e tem um ótimo custo-
benefício. 
- No Brasil, os dois DIUs utilizados são o dispositivo intrauterino de 
cobre (DIU-Cu) e o sistema intrauterino liberador de levonogestrel 
(SIU de levonogestrel). 
 
 
11 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
DIU (DISPOSITIVO INTRA-UTERINO) 
- Aparelho que, colocado dentro do útero, impede a ocorrência da 
gravidez. É um pequeno objeto de plástico sobre o qual, muitas 
vezes, é enrolado um fio de cobre muito fino, e que se apresenta 
em diversos formatos. 
- A colocação, que é simples e rápida, deve ser feita apenas pelo 
médico. É colocado no útero, geralmente durante o período 
menstrual, a fim de eliminar qualquer risco de gravidez. A sua ação 
consiste em provocar uma reação a nível da mucosa uterina, o 
endométrio, impedindo a implantação do óvulo fecundado. 
- É um método reversível bastante eficaz, entretanto, algumas 
mulheres não se adaptam ao DIU. Os efeitos colaterais mais 
frequentes são cólicas e menstruações muito abundantes e 
prolongadas. 
- É um pequeno objeto de plástico, que pode ser recoberto de cobre 
ou conter hormônio, colocado no interior do útero para evitar a 
gravidez. O DIU não provoca aborto, porque atua antes da 
fecundação. 
DIU DE COBRE 
- O DIU recoberto com cobre age inativando ou matando os 
espermatozóides, impedindo o encontro dos espermatozóides com 
o óvulo. Existem diversos modelos de DIU. O mais usado é o “T” de 
cobre. Chama-se assim, porque tem a forma da letra T e é recoberto 
com fios de cobre. 
- O DIU-Cu é o dispositivo mais utilizado no Brasil, sendo o único 
LARC fornecido pelo SUS no Brasil. Tem formato de T, é feito de um 
fio de prata corado com cobre e pode ser eficaz de 10 a 12 anos a 
depender da literatura. 
- O DIU-Cu age por meio da indução de uma reação de corpo 
estranho, levando a inflamação, visto que o cobre induz a liberação 
de interleucinas e citocinas que tem ação espermicida. Além disso, 
leva a mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio, além 
de produzir modificações no muco cervical e alterar a 
espermomigração e transporte do óvulo. 
 
- Em relação ao risco de infecção existem divergências na literatura. 
Novo estudos indicam que os DIU de cobre têm efeito protetor para 
a DIP, porque deixa o útero do colo hostil aos germes que habitam 
essa região como clamídia e gonococo. 
 
Apesar dos inúmeros benefícios, esse método também está 
relacionado a alguns efeitos adversos como aumento da 
dismenorreia e aumento do sangramento uterino. Além disso, 
apesar de raro, existe o risco de perfuração uterina e expulsão do 
DIU. 
O DIU de cobre não está relacionado ao aumento de gravidez 
ectópica. 
SIU de levonogestrel (SIU- LNG) 
- O SIU- LNG, também conhecido pelo nome comercial Mirena, é 
um dispositivo de poliuretrano em forma de T que libera 20mcg 
levonorgestrel por dia. Tem validade de cerca de 5 anos, apesar de 
alguns estudos admitirem até 7 anos. 
- Funciona levando a ao efeito a atrofia do endométrio, tornando o 
muco cervical espesso e dificultando aespermomigração e 
motilidade tubária. Além disso, provoca a reação inflamatória de 
corpo estranho, como DIU de cobre. 
 
- Possui o benefício de reduzir a dismenorreia e causar amenorreia 
em alguns casos. 
No entanto, em algumas pacientes pode levar a cefaleia, mastalgia, 
acne, depressão, cisto ovarianos funcionais e spotting 
(sangramento uterino irregular). 
Além de ter as mesmas contraindicações do DIU de cobre, o SIU-
LNG não é recomendado em mulheres com câncer de mama atual 
ou prévio, tumor hepático, trombose venosa profunda ou 
tromboembolismo pulmonar atual, lúpus eritematoso sistêmico 
com anticorpo antifosfolipídeo positivo ou desconhecido. Além 
disso, não é indicado a continuidade do uso em pacientes que 
iniciaram quadro de enxaqueca com aura. 
 Apesar de raro, pode levar a expulsão, dor ou sangramento, 
perfuração uterina, infecção e gravidez ectópica. 
 
 
 
12 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
- O melhor momento para ser inserido é durante a menstruação, 
pois nesse período o colo do útero está mais pérvio, facilitando a 
inserção. A contracepção é imediata e pode ser colocado em 
qualquer idade, inclusive em pacientes sem prole constituída. 
Apesar de muito usado na prática, a USG não é obrigatória para 
inserção dos DIU’s. 
- Pacientes com imunidade comprometida como em mulheres com 
o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e usuárias de corticoide 
em altas doses, presença de câncer ovário, doença trofoblástica 
benigna, IST’s e tuberculose pélvica tem contraindicação relativa ao 
uso de dispositivos intrauterinos. No em 48 horas a quatro semanas 
após o parto, não é indicado a colocação do DIU, pois o risco de 
expulsão é maior. 
- A fertilidade da mulher, ou seja, a sua capacidade de engravidar, 
retorna logo após a retirada do DIU. A colocação do DIU no interior 
do útero deve ser feita por um profissional de saúde treinado. É um 
método muito eficaz. 
- O DIU não atrapalha a mulher e não machuca o pênis durante a 
relação sexual. 
- A mulher que usa DIU pode apresentar aumento do sangramento 
menstrual e aumento na duração da menstruação ou apresentar 
cólicas. Tais efeitos não trazem problemas para a saúde, a menos 
que a mulher tenha anemia severa. 
- Os efeitos colaterais do DIU incluem distúrbios no fluxo menstrual, 
com hemorragias e cólicas intensas, além do risco maior para 
doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis, além de 
cervicites. 
- Se ocorrer a gravidez mesmo com o DIU inserido no útero, este 
deve ser removido imediatamente devido ao risco de abortamento 
com complicações. 
MÉTODOS IRREVERSÍVEIS / DEFINITIVOS 
- A contracepção cirúrgica consiste em método considerado 
irreversível ou definitivo, podendo ser masculina com a vasectomia 
ou feminina com a ligadura tubária (LT). Tem grande efetividade 
com índice de Pearl variando de 0,1 a 0,3 por 100 mulheres/ano. 
LIGAÇÃO DE TROMPAS (LAQUEADURA) 
- É um método cirúrgico em que as trompas de Falópio são 
amarradas e seccionadas, impedindo que os óvulos alcancem o 
útero e sejam fecundados pelos espermatozóides. Outra técnica 
em desenvolvimento consiste na oclusão tubária pela colocação do 
agrafo ou anel (técnica do ring) em cada trompa, oferecendo a 
chance de reversibilidade em 30% dos casos. 
- Exige cirurgia; impróprio para mulheres que podem querer ter 
filhos no futuro. 
- É uma cirurgia simples realizada na mulher para evitar a gravidez. 
É um método anticoncepcional considerado permanente ou 
irreversível, porque, depois de feita a cirurgia, é muito difícil 
recuperar a capacidade de ter filhos. Nessa cirurgia, as duas 
trompas podem ser cortadas e amarradas, cauterizadas, ou 
fechadas com grampos ou anéis. 
- A ligadura de trompas age impedindo que os espermatozóides se 
encontrem com o óvulo. Pode ser realizada por diferentes técnicas 
cirúrgicas. É necessário usar anestesia, que pode ser geral ou local, 
e a mulher pode ficar internada, de algumas horas até um ou dois 
dias. A ligadura de trompas, mesmo sendo uma operação simples, 
tem riscos e pode apresentar problemas como qualquer outra 
cirurgia. 
- A Lei do Planejamento Familiar só permite realizar a ligadura de 
trompas e a vasectomia voluntárias nas seguintes condições: 
1. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 
25 anos de idade, OU pelo menos com dois filhos vivos, desde que 
observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da 
vontade e o ato cirúrgico. 
 2. Nos casos em que há risco de vida para mulher ou riscos para a 
saúde da mulher ou do futuro bebê, desde que tenha relatório 
escrito e assinado por dois médicos. 
 
- A Lei do Planejamento Familiar proíbe a realização da ligadura de 
trompas durante o período de parto ou aborto, exceto nos casos de 
comprovada necessidade. Esses momentos não são os mais 
adequados para a realização dessa cirurgia. 
VASECTOMIA 
- É um método contraceptivo masculino que consiste em uma 
operação que secciona o canal deferente (tubo que conduz o 
esperma para a uretra). O homem submetido a esta operação tem 
prazer sexual normal e orgasmo, mas seu sêmen não contém 
espermatozóides, e assim não pode fecundar o óvulo. 
- A vasectomia é um processo simples, que pode ser realizado com 
anestesia local, no consultório médico. A operação é considerada 
irreversível e, portanto, não é indicado para homens que desejam 
ter filhos posteriormente. 
- É uma cirurgia simples, segura e rápida, que se faz em homens que 
não desejam mais ter filhos. É um método anticoncepcional 
considerado permanente ou irreversível, porque, depois de feita a 
cirurgia, é muito difícil recuperar a capacidade de ter filhos. 
- Nessa cirurgia, os canais deferentes são cortados e amarrados, 
cauterizados, ou fechados com grampos. É uma cirurgia simples, 
que pode ser feita em ambulatório, com anestesia local e o homem 
não precisa ficar internado. 
- A vasectomia age impedindo que os espermatozóides se 
encontrem com o óvulo. A vasectomia, mesmo sendo uma 
operação simples, tem riscos e pode apresentar problemas como 
qualquer outra cirurgia. 
 
13 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
- O efeito da vasectomia não é imediato. Nas primeiras ejaculações 
depois da vasectomia, ainda existem espermatozóides no esperma 
ejaculado, ou seja, ainda existe o risco de o homem engravidar a 
mulher. 
- A vasectomia só será considerada segura quando o exame 
realizado no esperma, o espermograma, mostrar que não existem 
mais espermatozóides no esperma ejaculado. Até que o 
espermograma seja negativo, o homem ou a mulher devem usar 
algum método para evitar a gravidez. 
- A vasectomia não causa nenhum problema de saúde para o 
homem. O homem apenas não poderá mais engravidar uma 
mulher. A vasectomia não altera a vida sexual do homem. O desejo 
e a potência sexual continuam iguais ao que eram antes da cirurgia. 
A única diferença é que o esperma ejaculado não contém mais 
espermatozóides, mas não ocorrem alterações na quantidade e no 
aspecto do esperma.

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