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Trabalho de Genética Fibrose Cística e Síndrome de Patau

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UNIVERSIDADE IGUAÇU
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
Ana Paula Ferreira Samaray
Beatriz Pereira Vaz Tamiozzo
Bruno Mattos
Carolina Feiten Terciotti
Evandro Luiz Jaconiasni Ferreira
Julia Faria de Castro Bertolini Andrade
Laíza Maria Corrêa Pires
Lucas Cristo Medeiros
Luciana Tomazine
Priscila Pestana
Rafaela Alves Magri
Unirio Pastorello Júnior
FIBROSE CÍSTICA E SÍNDROME DE PATAU: ESTUDO DE CASO
NOVA IGUAÇU, 2017�
Introdução
O objetivo deste trabalho é apresentar o estudo de caso da Síndrome de Patau e da Fibrose Cística ilustrando a investigação genética de ambas. 
A Síndrome de Patau é uma anomalia cromossômica causada por uma trissomia. A trissomia ocorre quando um indivíduo apresenta 3 cromossomos no grupo 13. Tem como causa a não disjunção dos cromossomos durante a anáfase 1 da mitose, gerando gametas com 24 cromátides. O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso central e dos membros.
A Fibrose cística (FC), também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética autossômica recessiva, crônica. É causada por mutações em um gene localizado no braço longo do cromossomo 7. Com manifestações sistêmicas, comprometendo os sistemas respiratório, digestivo e reprodutor, principalmente. 
Síndrome de Patau
A síndrome de Patau é uma doença genética bastante conhecida e causada pela trissomia do cromossomo 13. Essa síndrome em geral, resulta da presença de cromossomo 13 adicional (trissomia livre), levando a uma constituição citogenética com 47 cromossomos. Esta se origina do fenômeno de não-disjunção, na maioria das vezes durante a segunda divisão meiótica da oogênese materna e se associa à idade da mãe. Aproximadamente 20% dos casos são decorrentes de translocações, na sua maioria Robertsonianas. O estudo dos cromossomos dos pais é sempre indicado no intuito de excluir a possibilidade de que um deles possa ser portador equilibrado desta alteração e apresentar, assim, um risco aumentado para sua prole. Somente 5% dos casos de síndrome de Patau ocorrem por mosaicismo, ou seja, pela presença de mais de uma linhagem de células no mesmo organismo. A trissomia do cromossomo 13, apresenta mais frequentemente malformações evidentes ao exame físico, que constituem padrão característico de múltiplas anomalias congênitas. Em geral, a combinação de fendas orofaciais (como lábio leporino), microftalmia e/ou anoftalmia e polidactilia pós-axial de membros permite seu reconhecimento. Essa tríade característica é observada em 60 a 70% dos casos. A expectativa média de vida dos pacientes com trissomia do cromossomo 13 é de 130 dias, sendo a sobrevida além dos três anos de idade excepcional. As crianças que ultrapassam esta faixa etária apresentam, de forma geral, importante atraso no desenvolvimento, mas com capacidade de adquirirem algumas habilidades.
Estudo de caso
 
Paciente do sexo feminino, branca, dois meses de idade, segundo filho de um casal de pais jovens e não consangüíneos. A criança foi ao hospital para avaliação genética por cardiopatia congênita, dificuldade de ganho de peso e hipotonia. Ao nascimento, ela pesava 2.730g, estatura de 45cm, perímetro cefálico de 36cm.
No exame físico, aos dois meses de idade, a paciente pesava 3.445g, media 50cm, perímetro cefálico de 38,5cm, apresentava hipotonia, estreitamento bitemporal, fendas palpebrais oblíquas para cima, ponte nasal alargada, narinas antevertidas e micrognatia. 
A orelha direita era pequena, mas de tamanho não inferior ao P3, com ausência da sua curvatura superior e presença de uma fosseta pré-auricular à altura do trago. A comissura labial mostrava-se desviada para a esquerda, secundária a uma paresia facial.
Nas mãos, evidenciava-se clinodactilia e hipoplasia da falange média do quinto dedo. Hemangiomas planos, um na glabela e outro acima do mamilo direito, bem como sopro cardíaco sistólico e uma pequena fosseta na região lombo-sacra também estavam presentes. 
Na ecocardiografia, observou-se comunicação interatrial (CIA) e interventricular (CIV). A avaliação ultra-sonográfica do abdome foi normal e a ressonância nuclear magnética cerebral revelou ventrículos laterais de dimensões aumentadas. 
O estudo citogenético pelo cariótipo por bandas GTG em leucócitos mostrou a presença de mosaicismo envolvendo duas linhagens celulares: uma portadora de uma translocação equilibrada entre os cromossomos 13 e 14 e de uma inversão pericêntrica na região heterocromática de um dos cromossomos do par 1; outra com as mesmas alterações e um cromossomo 13 adicional.O estudo citogenético dos pais não foi realizado por opção dos mesmos. 
A paciente evoluiu com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), apesar de conseguir atingir os marcos do desenvolvimento: andou sem apoio aos 28 meses e pronunciou os primeiros dissílabos com 25 meses. Aos três anos de idade, ainda apresentava atraso pôndero-estatural, com peso e altura abaixo de P3. Além disso, os pais perceberam, a partir de um ano de idade, o surgimento de manchas hipocrômicas em forma de listras na região do tronco e dos membros.
Considerações: 
Microfitalmaia/anoftalmia: 
Microftalmia  quando a pessoa possui um globo ocular menor do que o outro. 
Anoftalmia  quando um globo ocular não existe. 
Polidactilia: é uma anomalia que consiste na alteração quantitativa anormal dos dedos das mãos ou dos pés. A pessoa afetada tem mais de cinco dedos em cada mão ou pé. Polidactilia pós-axial: acomete o lado ulnar da mão ou o lado peroneal do pé. 
Hipotonia: diminuição dos tônus muscular e da força. 
Microgatia: é definida como a deformação da mandíbula inferior, que é menor do que o normal. Uma criança com micrognatia tem a mandíbula inferior muito mais curta do que o resto do rosto. 
Clinodactilia: desvio ou encurvamento, em qualquer sentido, dos dedos dos pés ou das mãos. 
Hipoplasia: é a diminuição da atividade formadora dos tecidos orgânicos (pele, músculos, etc.), é o hipodesenvolvimento de um órgão ou tecido pela a diminuição do número de células que o compõe. 
Hemangioma: trata-se da formação benigna de capilares e vasos sanguíneos.
Atraso Pôndero-estatural: o diagnóstico de retardo do crescimento pôndero-estatural requer uma avaliação cuidadosa dos parâmetros de crescimento (peso, comprimento/ altura e perímetro cefálico) ao longo do tempo.
Fibrose Cística
A fibrose cística (FC) é uma doença genética transmitida por herança autossômica recessiva. É causada por mutações em um gene localizado no braço longo do cromossomo sete, responsável pela codificação da proteína reguladora da condutância transmembrana da FC. Se caracteriza pela desordem multissistêmica, caracterizada principalmente por doença pulmonar crônica e anormalidades gastrintestinais e nutricionais, que apresenta grande variabilidade de expressão entre os acometidos. O diagnóstico é baseado nos achados fenotípicos, na história familiar, na triagem neonatal e na realização de um teste no suor. 
A FC clássica abrange a maioria dos pacientes com FC. Usualmente pode ser identificada mutação conhecida de FC em cada gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator). Pode tanto ter um curso clínico grave com rápida deterioração ou um curso leve com uma deterioração mais lenta. Usualmente o diagnóstico é feito na infância.
Por outro lado, a FC atípica requer um esforço adicional para o diagnóstico, já que o teste do suor é limítrofe ou normal. Quando duas mutações são identificadas, pelo menos uma delas é classificada como “leve”. Usualmente o diagnóstico é feito na vida adulta. E com o avanço do conhecimento e com a maior disponibilidade da avaliação genética estendida, estes casos passaram a ser diagnosticados com maior frequência.
A etiologia da doença é determinada por mais de 1800 mutações no gene CFTR (Cystic Fibrosis TransmembraneConductance Regulator) cuja proteína está envolvida, principalmente, no transporte de íons cloreto através das membranas apicais das células epiteliais1. A FC é considerada uma doença própria de populações de origem européias, raras em populações africanas e muito raras nos asiáticos. Entretanto, muito provavelmente grande parte das mortes pela FC em países onde a assistência médica é precária não é devidamente diagnosticada, por conseguinte, a frequência da doença em populações não caucasóides deve estar subestimada.
Até o momento ainda não foi encontrada a cura para a doença. As terapias para o tratamento dos sintomas incluem agentes que promovam o movimento e a desobstrução do muco nos pulmões, antibióticos para o tratamento das infecções, dieta e reposição de enzimas pancreáticas para melhorar o status nutricional.
Estudo de caso
RN de Eminilva G. dos Santos, Data de Nascimento: 18/07/07, Parto hospitalar pré-termo (IG = 33 sem), Peso de nascimento: 2.620 g, Estatura: 45 cm, Perímetro cefálico: 35 cm (Adequado para a idade gestacional).
Pré-natal: Mãe: G II P 0 A I, Nº consultas: 05, VRDR (2º trim) = NR, HIV (2º trim) = NR, Rubéola : IgG + e IgM –, TS (mãe) = O +, Gestante não fumante, US gest realizada em 12/07/07: feto com distensão abdominal e imagem sugestiva de peritonite meconial.
Condições de Nascimento: Parto cesariano devido a polidrâmnio e distensão abdominal fetal, Gestante em pródromos de TP: 1 contração / 10´, Apgar: 5 – 8.
Exame físico: Distensão abdominal + silêncio abdominal + bradicardia.
Conduta imediata: Aspiração de traquéia, Intubação e ventilação com CFR, Melhora da bradicardia→ Hood 100%. 
UTI neonatal, Radiografia de abdômen, Parecer cirurgia pediátrica, Iniciados cefepime e amicacina.
Parecer da cirurgia pediátrica: presença de significativa distensão abdominal e hiperemia em epigástrio.
Rx abd (1h vida): ausência de peneumoperitônio, com massa calcificada em epigástrio.
Rx abd (6h de vida): pneumoperitônio.
CONDUTA: Ventilação mecânica, Associação de metronidazol, laparotomia.
Laparotomia (realizada com 10h de vida): Ressecção de parte de jejuno e íleo, Retirada de mecônio endurecido e esbranquiçado em topografia de jejuno (rolha meconial), Ileostomia em dupla boca.
No pós-operatório, evoluiu com episódios de hipotensão, sendo iniciadas dobutamina e dopamina
20/07: supensão de dopamina; retorno ao HOOD
21/07: suspensão dobutamina
22/07: suspensão HOOD → catéter nasal
23/07:iniciada nutrição parenteral total (NPT), suspensa após 5h pois RN apresentou hipercalemia (k+ = 7,4)
24/07: ar ambiente
26/07: suspensa a ATB
27/07:
BT = 11,9
BI = 3,7
BD = 8,2
26/07: Resultado de biópsia intestinal→ presença de células ganglionares em plexo nervoso
29/07: (11 dias de vida-264 hs). Queda estado geral +Hemograma alterado (dois, de três índices de Manroe e cl alterados
Leu = 21.500 
Seg = 52%
Bastões: 6%
Linf = 40%
Eos = 1%
TN
Relação I/TN: N
Imaturos::
CONDUTA: Vancomicina
01/08: melhora progressiva do estado geral, inicia-se seio materno, mantendo a NPT, pois RN perdia peso (Síndrome do Intestino Curto???)
14/08: Novo hemograma
Leu = 9.500 (35 %, 2%, 47%, 4%)
Hm = 3,31
Hg= 8,9
Ht= 27,6
CONDUTA: CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
20/08: suspensão vancomicina
28/07: reconstrução do trânsito intestinal, sem intercorrências
03/09: dieta exclusivamente VO (seio e copo)
13/09: transferência ALCON patológico
15/09: ganho de peso de 25 – 30 g/dia, sugando bem o seio
26/09: alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial
Teste do suor (31/08 e 25/09): o RN não apresentou sudorese à estimulação
TIR (tripsina imunorreativa) e Gordura fecal (02/09): negativos
Condições de alta: Bom estado geral, sugando firmemente o seio materno, com ganho ponderal progressivo, diurese satisfatória, evacuações diárias sem anormalidades, icterícia discreta, sono fisiológico.
Conclusão 
Pode-se concluir que a síndrome de Patau é uma doença genética; em que existe três cromossomos no par 13, em vez de dois (um do pai e outro da mãe). Essa trissonomia acontece na fase da anáfase 1 da meiose, em que os cromossomos em vez de separar, não se separam. Os portadores dessa síndrome apresentam raras condições de sobrevivência, sendo que a idade máxima já vista de um ser humano com essa anomalia foi de 10 anos de idade. Em meio aos problemas que essa trissonomia causa, estão entre eles as más formações do sistema nervoso central. 
 	Conclui-se, também que a fibrose cística é doença autossômica recessiva caracterizada pela mutação do gene que codifica a proteína reguladora transmembrana da fibrose cística (CFTR), envolvida no transporte de ânions através da membrana celular. 
 O transporte de íons defeituosos nas células exócrinas dos pulmões, pâncreas e glândulas sudoríparas resulta eminfecção crônica e insuficiência pancreática. O diagnóstico pode ser obtido na infância (FC típica) ou na vida adulta (FC atípica). O extraordinário progresso na compreensão da patogênese da FC tem contribuído para o desenvolvimento de novos tratamentos, contudo ainda não há cura. 
Bibliografia
http://seer.ufrgs.br/hcpa/article/viewFile/21423/12497 
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=71 
https://pt.scribd.com/document/8228203/Fibrose-Cistica 
http://www.paulomargotto.com.br/busca_resultado.php?busca=fibrose&Submit=Buscar

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