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Penal 2 para AV1

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1 
 
Penal 
 
Culpabilidade 
 
Culpa= Conduta 
Culpado= Responsabilidade 
Culpabilidade= Juízo de reprovabilidade da conduta do agente 
 
*Lembrando: conceito Analítico do Crime = FT+I+C. Elementos do Fato Típico: 1) 
Conduta= dolosa/culposa, comissiva/omissiva. 2) Resultado 3) Nexo de causalidade 
(entre a conduta e o resultado) 4) Tipicidade (Tipicidade formal é a adequação 
entre fata à norma. Tipicidade Conglobante é contrária à norma penal, e não 
imposta ou fomentada pela norma penal) 
Excludente de Ilicitude 
Situações em que, mesmo praticando uma conduta expressamente proibida por lei, o 
agente não será considerado criminoso. 
 
- Estado de Necessidade; 
- Legítima Defesa; 
- Estrito Cumprimento de Dever Legal; 
- Exercício Regular de Direito. 
 
Excludentes da Culpabilidade 
Reprovabilidade da conduta típica e antijurídica. 
 
- Imputabilidade (Art. 26, 27, 28 §1°, do CP) 
- Potencial consciência da ilicitude do fato (Art. 21, do CP) 
- Exigibilidade de conduta diversa (Ar. 22, do CP) 
 
 
 
2 
 
Excludente de Tipicidade 
- Coação Física Absoluta; 
- Princípio da Insignificância; 
- Princípio da Adequação Social; 
- Teoria da Tipicidade Conglobante. 
Adendo = Progresso do conceito sobre a culpabilidade: 
T. Psicológica (vinculo psicológico entre autor e fato por meio de dolo ou culpa) 
 Elemento Objetivo (FT/I) 
 Elemento Subjetivo (culpabilidade) Espécies de Dolo ou Culpa 
 
T. Normativa ou psicológica-Normativa (Sistema Neoclássico) 
 Elemento Normativo (Exigibilidade de Conduta Diversa) 
 Imputabilidade 
 Dolo ou Culpa (elemento da culpabilidade) 
 
Vocabulário: 
Imputável: Que pode, é capaz 
Inimputável: Indivíduo que não é capaz ou que não pode ser penalmente 
responsabilizado por seus atos. 
Semi-Imputável: Aquele que não tem plena consciência ou temporariamente incapaz, 
mas não é isento de pena 
 
Espécies de dolo: 
-Dolo Direto: prevê e busca realiza-lo; 
-Dolo Indireto: Não busca um resultado certo ou determinado; 
-Dolo Alternativo: Agente prevê e quer o resultado de sua possível conduta; 
-Dolo Eventual: O Agente tem uma maneira para atingir seu resultado, e assume os 
ricos possíveis que podem vir além de suas intenções. Ex: Atirar na multidão. 
-Preterdoloso: Resultado que vai além da vontade, do dolo, do agente. Esse 
resultado além não era, ou não tinha como ser, presumido. Ex: Atirar em A e B 
voluntariamente entra na frente 
 
Culpabilidade FORMAL: Definida em abstrato. Limites mínimos e máximos. 
Culpabilidade MATERIAL: Estabelecido no caso concreto. Graus de culpabilidade. 
3 
 
 
1° Elemento da Culpabilidade 
Imputabilidade: Consciência (Intelectivo) e vontade (volitivo) 
Inimputabilidade: Distúrbios mentais, menoridade, embriaguez acidental completa. 
 -Critério Biológico: Inimputabilidade por imaturidade natural previsto no 
Art. 27, CP. E Art. 228, CF (menoridade). 
 -Critério Psicológico: Inimputabilidade para aqueles que no tempo da ação ou 
omissão tinha a absoluta incapacidade de entender o caráter ilícito do fato. 
(distúrbios mentais), 
 - Critério Biopsicológico: Não basta ser portador de anomalia psíquica para 
ser inimputável. Art. 28 §1, CP. 
Semi-Imputabilidade: Pessoa com distúrbio mental que não era 100% capaz. 
Diminuição da pena. 
 
Absolvição Imprópria: Inimputável. Quando denunciado, processado, mas no final 
teve de ser absolvido (e não condenado) com uma sanção penal da medida de 
segurança (tratamento). 
Absolvição Própria: Tratamento Ambulatorial, ou seja, internação. Art. 386 de I ao 
VII, CPP 
 
Embriaguez: 
- Não acidental (voluntária): Intenção de embriagar-se. [imputável] 
- Não acidental (culposa): Negligência ou imprudência. [imputável] 
- Embriaguez Acidental (caso fortuito): Desconhece o efeito inebriante da 
substância que ingere. [isento] 
- Embriaguez Acidental (força maior): Obrigado a Ingerir. [isento] 
- Embriaguez Patológica: Embriaguez doentia, que conforme o caso concreto, pode 
ser tratada como anomalia psíquica. (Art. 26, CP) [inimputável] 
- Embriaguez preordenada: Ingere substância com a finalidade de cometer crime. 
[considerado como agravante de pena] 
 
*Actio Libera in Causa = Livre na Causa: Sujeito se autocoloca, voluntariamente, em 
situação de inimputabilidade. 
 
2° Elemento da Culpabilidade 
4 
 
 
Potencial consciência da ilicitude: Agente imputável com possibilidade de 
compreender a reprovabilidade da sua conduta. Prende-se a uma análise cultural. 
 
Erro de proibição: Falsa percepção da realidade que recai sobre a ilicitude do 
comportamento. 
 -Evitável (vencível ou inescusável): Apesar da falta de consciência da 
ilicitude, constata-se que o agente possuía condições de ter adquirido tal 
conhecimento. 
 -Inevitável (invencível ou escusável): Além de não dispor da consciência da 
ilicitude, verifica-se que o agente nem sequer teria tido condições de alcançar tal 
compreensão. ERRO INEVITÁVEL isenta de pena e exclui a culpabilidade. ERRO 
EVITÁVEL a diminui, de 1/6 a 1/3. 
 -Erro de proibição DIRETO: Falsa percepção da realidade ex: achar que 
“achado não é roubado” Indireto: Sabe que a atividade é proibida, porém crê que no 
caso haveria em seu favor alguma excludente. Seus efeitos podem excluir ou 
diminuir a pena. 
 
Erro de tipo: Visão distorcida da realidade. Ex: Caçador atira em uma pessoa 
pensando que era uma árvore/troco. Erro estaria na ação e não na interpretação da 
norma. 
Erro mandamental: Refere a um comportamento omissivo. Agente que ao não fazer 
algo na crença sincera de que não devia agir. 
Erro de subsunção: Erro de interpretação. 
Erro de validade: Pessoa que se funda em lei nula ou inconstitucional. 
 
 
3° Elemento da Culpabilidade 
 
 
Exigibilidade de conduta diversa 
Concurso de Agentes/Concurso de Pessoas 
Art. 29 ao 31, CP 
 
5 
 
Concurso de Pessoas: Quando duas ou mais pessoas se reúnem a fim de cometer 
infrações penais, incidirão (afeta, atinge) nas penas a este cominadas, na medida de 
sua culpabilidade. 
 
Requisitos: 
1) Pluralidade de agentes culpáveis e de conduta. 
2) Relevância causal de cada conduta para a evolução do resultado. 
3) Liame Subjetivo (Vínculo Psicológico) entre os agentes. 
4) Identidade de infração penal para todos os agentes. (T. monista/unitária) # 
5) Existência de fato punível. 
 
#Art. 29, CP: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas 
a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.” 
*Obs: Autoria mediata sem vínculo psicológico, não qualifica pluralidade de 
agentes. 
Espécies de Crimes quanto ao Concurso de Pessoas 
Concurso Eventual (Monosubjetivos): São aqueles que podem ser cometidos por 
um ou mais agentes. Constituem a maioria dos crimes previstos na legislação 
penal. Ex: Homicídio, furto etc. 
Concurso Necessário (Plurissubjetivo): São os que só podem ser praticado por 
uma pluralidade de agentes em concurso. 
Obs: Inimputáveis (menos, doente mental) faz número de agentes. 
 
ESPÉCIES DE AUTORES 
 Autor Imediato ou Executor: Quem pratica o crime. 
 Co-Autor ou Autor Intelectual: Autor de Escritório. Mandante. Tem o 
domínio funcional do fato. 
Cooperação dolosamente diversa: Quando um dos co-autores excede por sua 
conta o plano sem que os demais concitam. 
 Partícipe: Colaborador. Quem, sabendo das intenções do autor, ajuda 
concretizar o crime. Ex: Empresta a arma ou é o motorista... Redução entre 
1/3 a 1/6 da pena do autor. Participe não tem domínio final do fato. Não 
pratica as ações. 
*Lembrando: O entendimento majoritário aceita-se a co-autoria em crimes 
culposos, masnão a participação. 
6 
 
*Participação é a acessória. Auxílio material, investigação (reforçar a ideia 
existente) ou induzimento a uma ideia inexistente. Investigação e induzimento são 
participação ou auxílio moral. 
*Teorias de acessoralidade= Mínima = Fato Típico. Limitada = Fato Típico e Ilícito. 
Máxima = Fato Típico, Ilícito e Culpável. 
 
 
 
Teoria do domínio final do fato 
 Autoria Imediata: (ou direta) consiste no domínio da ação, da realização do 
fato. 
 Autoria Mediata: (ou indireta) domínio da vontade alheia. Autor induz uma 
pessoa ao erro. Seria o “homem de trás” ou um “mandante”. 
 Autoria Funcional: (ou coautoria), há pessoas que praticam atividades de 
especial relevância durante a execução do crime, em uma atuação 
coordenada. 
 Autoria Colateral ou acessória: Dois agentes, embora convergindo 
(concorrendo) as suas condutas para a prática de determinado fato 
criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo por isso, não responde por 
concurso de agentes. 
 Autoria Incerta: Ocorre quando, na autoria colateral, não se consegue apurar 
qual dos envolvidos provoca o resultado. Ex: Dois sujeitos atiram e não tem 
como saber qual dos tiros foi fatal. 
 Autoria Desconhecida: NÃO sabe o que nem/ou quem. É provável prescrever. 
 Autoria por Convicção: É quando o agente conhece efetivamente a norma, mas 
a descumpre por razões de consciência. Geralmente são razões políticas, 
religiosas, filosófica etc. 
 
 
Teorias sobre o concurso de pessoas 
 
Teoria Pluralista: A cada participante corresponde uma conduta própria, um 
elemento psicológico próprio e um resultado igualmente particular. 
7 
 
Teoria Dualista: Distingue o crime praticado pelos autores daquele cometido 
pelos partícipes. Então haveria infração penal para todos os autores e outra para 
os partícipes. 
Teoria Monista/Unitária: Todos aqueles que concorrem para o crime incidem 
nas penas a este cominadas, na medida da sua culpabilidade. (Teoria adotada) 
 
Teoria do domínio final do fato 
Domínio da ação/Autoria Imediata: (ou direta) consiste no domínio da ação, da 
realização do fato. 
Autoria Mediata: (ou indireta) domínio da vontade alheia. Autor induz uma 
pessoa ao erro. Seria o “homem de trás” ou um “mandante”. 
Autoria Funcional: (ou coautoria), há pessoas que praticam atividades de especial 
relevância durante a execução do crime, em uma atuação coordenada. 
Autoria Colateral: Agentes sem liame subjetivo (Vínculo Psicológico). 
Autoria Incerta: Sabe o quê e quem, porém, não consegue provar quem de fato 
cometeu o crime. 
Autoria Desconhecida: NÃO sabe o quê nem/ou quem. É provável prescrever. 
Autoria por Convicção: É quando o agente conhece efetivamente a norma, mas a 
descumpre por razões de consciência. Geralmente são razões políticas, 
religiosas, filosófica etc. 
*Lembrando: O entendimento majoritário aceita-se a co-autoria em crimes 
culposos, mas não a participação. 
 
 Teorias sobre autoria 
1) Teoria Unitária: Todos são considerados autores, não existindo a figura do 
partícipe. É adotado pela Itália. 
2) Teoria Extensiva: Assim como a unitária, não faz diferenciação entre autor e 
participe, porém, admite a existência de diminuição de pena. 
3) Teoria Restritiva: Faz diferença entre autor e participe. 
 
Quanto ao significado “autor” comparte em três vertentes: 
 Teoria ou critério objetivo-formal: Somente é considerado autor aquele que 
pratica o verbo, isto é, o núcleo do tipo legal. Sendo assim autor é quem realiza a 
conduta principal. [adotada] 
8 
 
 Teoria ou critério objetivo-material: Autor não é o que realiza a ação 
representada pelo verbo (ou núcleo do tipo), mas a contribuição mais importante. 
CRÍTICA: Insegurança jurídica para definir qual foi a “contribuição mais 
importante.” 
 Teoria ou critério domínio final do fato: Nos crimes dolosos, é autor aquele que 
detêm: 
- O domínio da ação = autor imediato; 
- A vontade = autor mediato; 
- Funcional = autor funcional. 
 
 
Circunstância (art. 30, CP) São dados periféricos, acessórios, que gravitam ao 
redor da figura típica, somente interferindo na graduação da pena seja aumentando 
ou diminuindo ela. 
Elementares: São dados essenciais à figura típica, sem os quais ocorre uma 
atipicidade ABSOLUTA = quando falta uma elementar indispensável ao tipo. 
Ex: Pai comete infanticídio a pedido da mãe, aqui as elementares se comunicam. 
Pode ocorrer uma atipicidade RELATIVA = quando a falta de uma elementar, ou 
seja sem a elementar indispensável, desqualifica o fato para outra figura típica. 
 
Exemplificando o que é uma elementar: 
Concurso de Pessoas no Infanticídio: 
Elementos de Infanticídio: 1- Ser mãe. 2- Matar seu próprio filho. 3- Durante ou 
após parto. 4- Sob influência do estado puerperal. 
Não é uma circunstância ser mãe, é uma elementar indispensável para encaixar o 
fato/crime dentro de sua lei específica. 
 
 
Circunstância: São dados acessórios que apenas circulam o crime, não integrando a 
sua essência. Sua exclusão não interfere na existência da infração penal, mas 
apenas a torna mais ou menos grave. Ex: Furto praticado durante o repouso noturno 
é uma agravante de pena. Ou então um homicídio bob o domínio de violenta/forte 
emoção, atenua a pena. 
 
9 
 
Circunstância Subjetiva: É uma circunstância de carácter pessoal do agente e não 
do fato. Ex: Antecedentes, parentesco... Esse carácter é personalíssimo, jamais se 
comunicam entre outros agentes. 
Circunstância Objetiva: Relacionam-se ao fato, e não ao agente. Ex; Tempo do 
crime, o lugar, o modo de execução... Essa circunstância se comunica entre agentes 
desde que o coautor ou o partícipe tenha o conhecimento. Ex: Crime de peculato, 
crime cometido com funcionário público. Dependendo a circunstância será uma 
agravante ou uma atenuante. 
Circunstância Judiciais: Pena base prevista em lei. 
Circunstância Legais: São Circunstâncias específicas podendo ser agravante ou 
atenuante. 
 
 
 
 
Concurso de Crimes ou Concurso de Normas 
 
 
Concurso de crimes: São mais de um crime com várias ações dolosas ou culposas. 
Uma única ação pode ter vários crimes. 
 
Concurso Material: Pressupõe (requer) a existência de duas ou mais condutas, 
acarretando dois ou mais crimes no mesmo contexto. 
 Concurso Material HETEROGÊNEO = Tipo penais distintos. 
 Concurso Material HOMOGÊNEO = Previsto no mesmo tipo penal. 
 Concurso Material benéfico = Se a pena de um crime continuado for 
somada mais que 30 anos pelo JUIZ DE EXECUÇÃO, poderá então aplicar 
o sistema cumulo material. Unificando a pena para um total de 30 anos. 
*Sistema cumulo material válido também em Concurso Formal. 
 
Concurso Formal: O art. 70, CP fornece requisitos indispensáveis à caracterização 
do concurso formal. No concurso formal há só uma ação ou omissão; prática de dois 
ou mais crimes. 
- Consequências de um concurso formal: 1- Aplicação da mais grave das penas, 
aumentada de 1/6 até ½. 2- Aplicação de somente uma das penas, se iguais, 
10 
 
aumentar de 1/6 até ½. 3- Aplicação cumulativa das penas, se a ação ou omissão é 
dolosa, e os crimes resultam de desígnios (vontade) autônomos. 
 
Espécies de Concurso Formal: 
1) Concurso Formal HOMOGÊNEO = Mesma tipificação do mesmo fato. A pena 
fixada com um aumento de 1/6 até ½. 
2) Concurso Formal HETEROGÊNEO = Um fato realiza infrações de tipos penais 
distintas. Será aplicada a mais grave com um aumento de 1/6 até ½. 
3) Concurso Formal Perfeito (próprio) = Agir com dolo e culpa. 
4) Concurso Formal Imperfeito (impróprio) = Concurso de crimes com dolo. 
 
 Sistema de exasperação (aumento)da pena: Pena mais grave e aumentar de 
acordo com vítimas ou crimes, sendo assim = Uma vítima seria um aumento de 1/6; 
duas vítimas 1/5; 3 vítimas ¼; 4 vítimas 1/3; 5 vítimas ou mais ½. 
 
Diferença entre Crime Permanente e Crime Continuado. 
Crime permanente = Bem jurídico que é continuamente (interruptamente) agredido. 
Ex: sequestro, furto de energia. 
Crime continuado = Sucessão de atos da mesma espécie. Requisitos de crime 
continuado: 1- Mais de uma ação ou omissão 2- Prática de dois ou mais crimes da 
mesma espécie. 3- Condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras 
semelhanças. 4- Os crimes subsequentes devem ser como uma continuação do 
primeiro. 
 Crime continuado SIMPLES: Seria crimes da mesma espécie e mesma 
circunstância de tempo, local e modo de execução. Aplica-se o sistema de 
exasperação da pena. 
 Crime continuado QUALIFICADO: Seria crimes dolosos cometidos com 
violência ou grave ameaça contra vítimas diferentes. Nesses casos o juiz pode 
aumentar as penas até o triplo do crime mais grave. 
 
 Consequências nas etapas de um crime: 
Cogitação= Ocorre no pensamento, jamais será punido. 
Preparação= Não é por si só punível, é necessário que seja inequívoco (evidente). 
Execução= Atos que dirigem à realização do tipo. 
Consumação= Quando o agente solicita ou aceita sua promessa. 
11 
 
Tentativa= Execução inacabada por circunstâncias alheia à sua vontade. 
 
 
Reclusão = Em crimes hediondos, de gravidade média a alto. Geralmente, o regime 
inicial é fechado, ou semi-aberto. 
Detenção = São casos de gravidade média a baixo que impõe ao réu em um regime 
inicial aberto ou semi-aberto, nunca fechado. 
 
 
 
-Não é aceito misturar crimes de reclusão com detenção. 
-Se não houver regime semi-aberto o réu é admitido em regime aberto. 
-Pena maior que 8 anos regime inicial é fechado. 
 
Comparativo dos regimes iniciais aos crimes apenados com reclusão: 
(Jurisprudência) 
Pena igual ou inferior a 4 anos: 
Para Reincidente = Fechado ou Semiaberto (Se circunstâncias do art. 59 forem 
favoráveis) 
Para réu Primário = Aberto. 
Pena superior a 4 anos e inferior 8 anos: 
Para Reincidente = Fechado. 
Para réu Primário = Semiaberto. 
Pena superior a 8 anos: 
Para Reincidente = Fechado. 
Para réu Primário = Fechado 
Obs.: A) Réu Primário com circunstâncias do Art. 59 do CP desfavoráveis pode 
sofrer um regime inicial mais gravoso. B) Se tratando de crime hediondo (Os 
famosos “TTT” Tráfego, Tortura e Terrorismo) o regime será sempre fechado. 
 
Três espécies de reincidência 
Reincidência real: Que é computada apenas quando o agente já cumpriu 
integralmente a pena pelo crime anterior; 
Reincidência ficta: Adotada pela legislação brasileira, que existe apenas com a 
ocorrência da condenação anterior; 
12 
 
Reincidência específica: quando o delito anterior e posterior integra 
os crimes citados no art. 83, V, do CP, quais sejam, crime hediondo, prática de 
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afim, e terrorismo. 
 
 
Tipos de Regime Penitenciário: 
- Fechado: Cumpre a pena em estabelecimento penal de segurança máxima ou 
média. 
- Semiaberto: Cumpre pena em colônia penal agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar. 
- Aberto: Trabalha ou frequenta cursos em liberdade durante o dia, e se recolhe 
um uma Casa do Albergado ou estabelecimento similar á noite, e nos dias de 
folga. 
 
Remição de pena: 
Por trabalho: 3 dias de trabalho = 1 dia de remição de pena. 
Por leitura: Máximo de 12 obras por ano, cada obra = 4 dias de remição de pena. 
Por educação: Cada 12 horas de frequência escolar = 1 dia de remição de pena 
 
Teoria das penas se divide em 3 teorias: 
1) Teoria Absoluta: Finalidade de punir. Retribuir o mal causado. 
2) Teoria Relativa: Finalidade de prevenir. Segregar o criminoso para impedi-lo 
de voltar a delinquir. Intimidar, ter medo da punição. 
3) Teoria Mista: *Adotado no sistema jurídico brasileiro* A finalidade da pena 
é de retribuição (punir), prevenção com intuito de reeducação do delinquente. 
*Adotado no sistema jurídico brasileiro* 
 
Penas Principais (Art. 32 CP) 
 
1) Pena Privativa de Liberdade: Forma mais drástica de punição. Podem ser 
chamadas de reclusão, detenção ou prisão simples, porém são diferenciadas: 
(Art. 33 CP) 
Reclusão: Reservada para crimes mais graves. 
Detenção: Reservada para crimes menos graves. 
Prisão Simples: Reservada para contravenções penais (pena cominada). 
13 
 
2) Restritivas de direito: São ordenadas a prestação de serviços à comunidade, 
limitações de fins de semana, interdição temporária de direito, prestação 
pecuniária*, perda de bens. ** 
*Prestação pecuniária é o pagamento de um valor com carácter indenizatório 
3) Multa: Quantia fixada de acordo com sistema dos dias-multa no qual o valor é 
atribuído para o Fundo Penitenciário Nacional. Primeiro é calculado os dias-
multas (entre nem aquém nem além de 10-360 dias), cada pena com 
possibilidade de multa já vem estipulado individualmente, depois o valor (de 
cada dia da multa) é estipulado entre frações de 1/30 (de um salário mínimo) 
e 5 vezes o valor do salário mínimo vigente. (Art. 60, CP) 
 
Antecedente: Pode bom ou ruim pois são registros (ou a falta dele) que guardam 
todas possíveis passagens ou acusações. 
Reincidente: Individuo que comete novo crime DEPOIS de transitar em julgado 
uma sentença que o condenou por um crime anterior (dentro de 5 anos depois de 
cumprido a pena). 
*Trânsito em julgado: Expressão usada quando não há mais como recorrer e 
ainda não foi condenado. 
 
Substituição de Pena ou Pena Restritiva 
As penas restritivas de direitos são sanções penais impostas em substituição à 
pena privativa de liberdade e consistem na supressão ou diminuição de um ou 
mais direitos do condenado. 
 
Requisitos para Substituição de Pana para Crime Doloso: 
 Pena imposta não superior a 4 anos e 
 Crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa. 
 A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa 
substituição seja suficiente. 
 
Substituição de Pena para Crime Culposo: cabe a substituição, não importando a 
pena aplicada. 
 
14 
 
Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde 
que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável 
e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
 
Significado de: 
- Majorante = Aumentar pena, geralmente na 3° fase. 
- Agravante = Mais grave (Ex: crimes hediondos). (Art. 61, CP.) 
- Minorante = Diminuir pena, geralmente na 3° fase. 
- Atenuante = Menos grave (circunstâncias atenuantes art. 65 CP) 
*Pena Abstratamente Cominada é uma pena estabelecida previamente pelo 
legislador; 
Pena Concreta Cominada é uma pena estabelecida pelo juiz. 
 
 
Prisão Provisória (ou execução provisória) é uma pena cautelar onde o 
sentenciado aguarda em julgado e é admitido a progressão de regime de 
cumprimento de pena. Espécies de prisão provisória: 
1) Prisão Em Flagrante se configura, segundo o artigo 302 do Código do 
Processo Penal Brasileiro, quando o indivíduo que cometeu ou está cometendo 
a ação criminosa é perseguido e capturado pelas autoridades, pelo ofendido 
ou por qualquer outra pessoa. 
2) Prisão Temporária é espécie de prisão cautelar decretada em casos 
específicos, com a duração máxima de cinco dias, ou de trinta dias, quando se 
tratar de crime hediondo, prorrogável por igual período em caso de extrema 
e comprovada necessidade. 
3) Prisão Preventivapoderá ser decretada como garantia da ordem pública, da 
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício 
suficiente de autoria. 
 
*Lembrando: detração (abatimento) da pena daquele que estava preso 
aguardando o julgamento. Esse período em que foi privado de sua liberdade será 
descontado de sua pena. 
Diferente de Remição que é uma redução da pena por estudo, leitura... 
 
15 
 
*Ler artigo 91, 92 do CP. Sobre Efeitos da Condenação. 
 
 
Dosimetria da Pena 
 
Sistema trifásico busca a fixação da pena privativa de liberdade em três fases 
em caso concreto. 
 
1° Fase aplica-se a pena base. 
2° Fase aplica-se a pena provisória. 
3° Fase é aquela onde é decretado a pena. 
 
 
1° Fase aplica-se a pena base. 
 
Dosimetria entre a tipificação (correto enquadramento em uma norma 
incriminadora), geralmente é uma pena abstrata (mínima e máxima) cominada 
pelo legislador. Em seguida é analisado as 8 circunstâncias judiciais prevista no 
Art. 59 do CP. 
 
As circunstâncias judiciais são: 
- Culpabilidade do agente = É o juízo de reprovabilidade do crime. 
- Antecedentes do agente = Representa os fatos antes do crime, excluindo 
inquéritos policiais em andamento ou já arquivados. 
- Conduta Social do agente = Comportamento do réu na sociedade, no ambiente 
familiar e etc. 
- Personalidade do agente = Retrato psíquico do delinquente. 
- Motivo do Crime = Corresponde ao “porquê” da prática da infração penal. 
- Circunstâncias do Crime = Seria a condição do tempo, local, a relação com a 
vítima, instrumento usado para a prática delituosa etc. 
- Consequências do Crime = São os efeitos do crime, o resultado Ex: O objetivo 
era matar a vítima, mas a vítima sofreu apenas uma lesão corporal. 
- Comportamento da vítima = A culpa concorrente da vítima pode atenuar a 
responsabilidade do agente. 
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Para calcular essa primeira fase temos que entender que cada circunstância 
judicial desfavorável fica a critério do juiz. De acordo a jurisprudência 
majoritária, cada circunstância desfavorável equivale a 1/6 da pena. Ex: Furto 1 
ano mais 4 circunstâncias desfavoráveis (4/6 da pena) seria 1 ano e 8 meses. 
 
*Lembrando que a pena base não pode ir aquém nem além da pena estipulada pelo 
legislador. 
 
 
 
 
 
 
2° Fase aplica-se a pena provisória (ou P. Intermediária) 
 
A segunda fase de aplicação da pena tem como finalidade encontrar a pena 
intermediária. O seu ponto de partida é a pena-base e a dosimetria com as 
circunstâncias agravantes do Art. 61 e 62 do CP e atenuantes do Art. 65 e 66 do 
CP. 
 
Preceito Secundário: 
Pena Cumulativamente Cominada: Reclusão E Multa. 
Pena Alternativamente Cominada: Reclusão OU Multa. 
Pena Isoladamente Cominada: Reclusão. 
 
3° Fase Declarada A Pena Definitiva 
 
A terceira fase de aplicação da pena tem como finalidade a fixação do regime e da 
pena prevista nas Partes Geral e Especial (artigos 121 até 249 do CP), podendo ficar 
abaixo ou acima do estipulado pelo legislador. Após estabelecido a pena, poderá 
observar se há possibilidade de substituição da pena ou até mesmo aplicar o sursis. 
 
“Deve aumentar a pena para depois atenuar ou o ao contrário?” 
Existem duas correntes: 
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- A primeira corrente segue rigorosamente o art. 68, caput, do CP. fazendo uma 
interpretação literal do art. 68, caput, do CP. Onde diz “...causas de diminuição e de 
aumento” 
- A segunda corrente escolha a maior fração seja ela atenuante ou agravante, pois 
será de maior benefício ao réu. Ex: Atenuante de 1/4 e Agravante de 1/5 (em 
porcentagem seria Atenuante 25% e Agravante 20%) a maior fração é a atenuante, 
então nesse caso o melhor seria diminuir para depois aumentar. 
 
Art. 67, CP. Circunstâncias Preponderantes: São circunstâncias que serão 
preponderadas, mais relevante que não atenua a pena. São as: Motivos 
determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
 
 
 
Sursis 
Suspenção Condicional do Processo 
SusPro 
 
 
Suspro é um benefício processual para pessoas que: 
-Não foram condenadas em nenhum outro crime; 
-A pena abstrata seja de até 1 ano; 
-Não esteja respondendo por outro processo; 
-Tenha reparado o dano; 
-Com o Art. 59, CP favorável. 
 
O processo precisa estar em andamento. Aceitando a Suspenção Condicional do 
Processo, o processo será suspenso, a pessoa terá que cumprir com algumas 
condições estipuladas pelo juiz por 2-4 anos, se descumprir com as condições, a 
Suspenção Condicional do Processo se revoga e será obrigado a responder a 
sentença condenatória do processo, a não ser que seja absolvido. 
 
Condições estipuladas por lei: 
I - Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
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II - Proibição de frequentar determinados lugares; 
III - Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; 
IV - Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
 
O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, 
desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. Art. 89 da lei 
9.099/95 
 
 
No final da suspensão a pessoa será extinguida de punibilidade, ou seja, não será 
punida por aquele processo. A pessoa não será considerada reincidente pois não foi 
condenado. A pessoa só pode usufruir do suspro uma vez cada 5 anos. 
 
 
Sursis 
Suspenção Condicional da Pena 
Lei nº 7.209, Art. 77 
 
Sistemas de sursis: 
Frango Belga (sistema adotado no Brasil) onde obtém uma sentença condenatória e 
reconhece a culpabilidade e depois suspende a pena aplicada. 
Ângulo Americano tem culpabilidade, mas não estabelece uma pena/sentença. 
Probation não é nem necessário reconhecer a culpabilidade. Basicamente um suspro. 
O Sursis beneficia o condenado que é sentenciado por uma pena condenatória de 
privação de liberdade menor que 2 anos, com a suspensão da pena. Após 
cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz, em um tempo estabelecido 
entre 2-4 anos. 
Se o réu recusar seu direito subjetivo ou benefício é caçado 
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O juiz da condenação é quem oferece o sursis, raramente, quando o juiz da 
condenação se omite de oferecer o juiz da execução oferece, mas é a obrigação do 
juiz de condenação oferecer, decretar e estipular as condições. 
*Cumprindo com os requisitos o juiz não pode negar ao réu seu direito subjetivo. 
Processo básico: 1) Fixação de pena, fase 1, 2 e 3. 2) Estabelecer regime 3) Não há 
substituição de pena. 4) Sursis. 
 
Geralmente o requisito “crime cometido com violência ou grave ameaça a pessoa. 
” de substituição de pena impede que o crime seja substituído, sendo assim, o sursis 
ajuda o réu, com mais uma escolha. 
Para receber o benefício, a Lei Estabelece 
Requisitos de Ordem Objetiva: 
 Que a sentença condenatória não seja maior que 2 anos de PPL; 
 Que não seja cabível a substituição por penas alternativas. 
PPL = Prisão Privativa de Liberdade. 
 
Requisitos de Ordem Subjetiva: 
 O condenado não seja reincidente em crime doloso; 
 A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
*Lembrando que se o condenado é reincidente em crime doloso e a foi estipulado 
uma pena de multa, ele não perde seu direito de obter o sursis. (Geralmente pena de 
multa acontece em crime doloso), 
 
*Praticamente 6 dos 8 requisitos do Art. 59, CP. Sendo assim configura uma 
circunstânciafavorável quando somente 2-3 circunstâncias forem desfavoráveis 
 
O benefício será revogado nos casos em que: 
 -O beneficiado seja definitivamente condenado por crime doloso; 
 -Não pague a pena de multa; 
 -Descumpra as condições impostas pelo magistrado. 
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* audiência admonitória quando o réu, beneficiado pela suspensão condicional da 
pena, é advertido em audiência, pelo juiz da condenação, sobre as consequências da 
prática de nova infração penal. 
Condições Estipuladas por Lei: 
1) Proibição de frequentar determinados lugares; 
2) Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
3) Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
4) Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo. 
A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, 
desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. 
Não cumprindo com os requisitos o sursis será revogado e o cidadão terá de 
cumprir a sua pena. 
Não há suspensão de penas restritivas de direitos nem à multa no sursis. 
Com o fim do prazo de suspensão e mediante o cumprimento das condições o 
condenado obtém a extinção de sua pena. 
Existem 4 espécies de sursis: 
-Sursis simples ou comum: Destacado acima. 
-Sursis Especial: É um sursis comum porém sem exigência de prestação de serviço 
para a comunidade. Requisitos: 1) Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-
lo ou quando não há obrigação de reparação de dano. 2) Circunstâncias do Art. 59, 
CP INTERAMENTE favoráveis. 
Requisitos diferentes para espécies 
-Sursis Etário: Para pessoas com mais de 70 anos na data da sentença. 
-Sursis Humanitário: Para pessoas gravemente enfermas. 
Para o sursis etário ou humanitário 
A sentença condenatória (in concreto) pode ser até 4 anos. 
Terá que cumprir com as condições estipuladas entre 4-6 anos de período de prova 
(ou sursis). 
 
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REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO 
2 Tipos de Revogação: 
 
Revogação Obrigatória: (Art. 86, CP) 
É revogado o benefício (sursis) quando, durante o período de prova, o sujeito é 
condenado em trânsito em julgado em qualquer tipo de regime em outro crime. Se o 
outro crime cometido estiver esperando julgamento, mesmo se o sursis estiver sido 
cumprido, ele será prorrogado até o julgamento e se for condenado, o sursis é 
revogado e terá que cumprir a pena de cada um dos crimes. 
Lembrando que com o sursis cumprido porém prorrogado, durante esta prorrogação 
o sujeito não é obrigado a cumprir com as condições. 
Revogação Facultativa: (Art. 87, CP) 
A revogação facultativa pode ser uma decisão do juiz entre revogar ou prorrogar o 
sursis se (primeira hipótese) o sujeito for condenado em outro crime com a 
condenação privativa de direito ou (segunda hipótese) o sujeito descumprir 
condições do seu benefício (o sursis). É uma revogação facultativa pois o juiz pode 
escolher entre revogar ou prorrogar. 
Sursis simultâneo: 
Quando o sujeito é reincidente em crime doloso ele só terá seu beneficio uma vez a 
cada 5 anos. 
Quando o sujeito é reincidente porem crime doloso com crime culposo, não é 
necessário esperar 5 anos para obter o benefício. 
Lembrar: sempre antes de julgar se o sujeito tem o direito ao benefício (ao sursis) 
verificar se ele NÃO tem o direito de substituição de pena.

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