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CADERNO DE DIREITO PENAL

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CADERNO DE DIREITO PENAL I E II 
 
 
 
 
 
 
 LUCAS ROTHARDAND – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
 
Caderno meu de anotações e alguns resumos, feito pelas aulas do Professor Marcus Robson e dos Slides do Bruno 
Leitão. NÃO SUBSTITUI SEU LIVRO MODINHA DO MASSON E ROGÉRIO 
O caderno foi feito por mim então haverá erros de ortografia, xingamentos, exemplos ruins, piadas internas, 
xingamento ao crb. Porém valerá a pena. Abraços. 
Lucas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TEORIA DA NORMA E DO CRIME 
 
princípio da lei anterior não existe crime sem penal precisa e sem lei que o defina 
Princípio da legalidade – lex provia(anterioridade) 
 Lex scripta( positividade) 
 Lex certa (taxatividade) 
 Lex stricta ( reserva legal) 
2º lei posterior que vier descriminalizar uma conduta, atinge em se os efeitos penais, mas não os civis- “abolitio 
criminis” 
Pag unc- ultratividade- mesmo a lei sendo revogada rege os fatos ocorridos durante sua vigência 
 Retroatividade- possibilidade da lei mais benéfica retroagir para fatos ocorridos antes da sua entrada em rigor 
!- caso uma lei entre em vigor traz um maleficio e um beneficio? Corrente majoritária diz que tem que chamar o réu e 
o advogado e perguntar se quer que a lei aplique ao seu caso 
Exceção. Crime continuado ou permanente, o seu flagrante é até cessar a permanência então aplica-se mesmo a lei 
mais em peju. 
Novatio legis in mellus- sempre será retroativa modo de favorecer o agente mesmo transitado e julgado 
Novatio legis in peju- aplica-se a sumula 711 STF pode ser aplicada caso em crimes continuados 
3º Lei temporária e lei excepcionais- aplica-se fatos a vigência mesmo depois de revogáveis 
São chamadas de auto-revogaveis- ex lei da copa, caso alguém cometa o crime na vigência da lei mesmo sendo 
julgado depois, ela se aplica a estes fatos 
Lei excepcionais são em casos de período de turbulência,calamidade, guerras. A revogação dela é até enquanto durar 
essa calamidade. 
4º tempo do crime é o tempo da atividade ou comidi delicti- o tempo da ação 
5º territorialidade- 
Aplica-se a lei brasileira sem prejuízo de tratados, casa haja tratados tem de ser respeitado eles 
Principio mitigado- mesmo o estado sendo soberano, o país pode abrir mão de julgar alguns delitos por base em 
tratados 
Território geopolítico- 12 milhas náuticas, espaço aéreo correspondente e sub-solo 
Território jurídico- aeronaves e embarcações- publicas e a serviço do BR 
 Privada e mercantes em alto mar 
6º lugar do crime- teoria da ubiquidade ou mista 
Locus comidis delicti 
Competência para julgar: aonde for o lugar mais econômico 
Agora lugar do crime onde cometeu a ação ou queria que o resultado fosse ali, bem como o lugar que se der o 
resultado 
7º principio da extraterritorialidade 
I- Crimes contra liberdade contra o presidente, contra fé publica e o patrimônio publico,contra a adm 
publica e quem está representando-a, genocídio quando o agente for domiciliado no Brasil 
II- Condições para ser julgado no brasil: os crimes que por tratado o brasil prometeu combater, praticados 
por brasileiro, praticados em embarcações privadas ou mercantes no território estrangeiro, desde que não 
julgada 
III- Condições cumulativas para ser julgado: agente entre para o território brasileiro + fato seja criminoso 
no brasil ou lá fora + lei penal permite a extradição + se o agente não foi julgado no exterior ou se 
condenado cumpriu a pena, se o crime não estiver prescrito- tempo para punir 
Principio da extra. Traz a defesa real( crime contra presidente, ministro do estado e administração 
publica) justiça universal (genocídio) 
Tratados- justiça universal; brasileiros- personalidade ativa; embarcação particular- principio da 
bandeira 
8º BIS IN NIDEM- ninguém será julgado duas vezes pelos mesmo crimes 
Pena cumprida no estrangeiro- computa se for igual a do brasil ou diminui se for maior a do brasil, caso 
cumpra a pena imposta lá fora, este será absolvido. 
9º homologação da sentença estrangeira 
Sumula 420 STF- tem que comprovar o trânsito em julgado da pena lá fora 
Órgão jurisdicional para homologar a sentença é o STJ 
Requisitos para aplicação- precisa que o Estado requeira, só pode ser executada para os efeitos civis e é preciso 
que o prejudicado também se manifeste nos autos e precisa da requisição do MJ para aplicação de medidas de 
segurança 
10º PRAZO 
O prazo conta como dia 30 todos os meses, mas exclui um dia -1, o prazo material penal computa o dia do começo, e 
o prazo processual exclui o dia do começo 
11º frações de penas são excluídas como: horas,minutos, segundo e milésimos. 
12º leis especiais, tem a primazia de aplicar-se primeiro, o código penal fica como subsidiário 
 
TIPO PENAL---- 
Titulo- nome ou rubrica 
Preceito primário- precepto iuris- conduta 
Preceito secundário- sentio iuris- pena 
 
ELEMENTO DO TIPO PENAL--- 
Elemento objetivo (está no mundo exterior)---- Descritivo- posso descrevê-lo 
 Normativos- tenho que prova-lo, próprio ou alheio 
Elemento subjetivo ( está dentro- intra)---- sempre indicar finalidade 
 
Elementar- se retirar do texto irá ocorrer mudanças radicais, ele é necessário 
 
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO PENAL 
Incriminador ou proibitivos- descreve crimes e indicam penas 
Permissivos- excludentes(ilicitude)- pratica a conduta mas não há crime ( ex: legitima defesa) 
 Exculpantes (culpabilidade)- dirimente, houve crime mas o agente não será punido ( ex: índios inadaptados) 
 
LEI PENAL EM BRANCO 
Preceito primário incompleto-( preceito primário é o que descreve a conduta) 
Complemento- homogêneo- cujo complemento é uma lei em sentido amplo ( lei complementar ou ordinária) 
 heterogêneo- ato administrativo em sentido estrito ( regulamentos,portarias) 
 
 
 
 
 
 Conduta  ação = comissivo ------ material- produz mudança no mundo exterior 
 Formal- pode provocar mas não faz parte 
 Mera conduta- porte de arma de fogo 
 Omissão = omissivo 
Elementos do fato típico- conduta, resultado, nexo causal e tipicidade 
Art 13- Nexo causal 
 Crimes omissivos – próprios, puros ou simples – são os objetivamente descritos como conduta negativa e 
não necessário qualquer resultado 
 Impróprios, comissivo por omissão- o agente possui o DEVER de agir ( garantidor), pessoas que 
deverão fazer isso- tenha por lei o cuidado , de outra forma assumir a responsa e com seu 
comportamento criou o risco anterior 
 
Crimes omissivos por comissão- é quando um agente impede uma pessoa da prestação de socorro 
Discursão doutrinaria- fragoso – essa espécie de crime ocorreria quando se viola uma norma que impor uma 
ordem de ativar-se em um conjunto com uma proibição de impedir a ocorrência do resultado 
 
 
 
 
ART 18- DOLO E CULPA 
ANIMOS NECANI- VONTADE DE MATAR 
ANIMOS FURANDI- VONTADE DE FURTAR 
ANIMOS LATENDI – VONTADE DE FERIR 
Toda conduta tem um fim – hans weber 
 TEORIAS DO DOLO 
 REPRESENTAÇÃO  PARA EXISTIR O DOLO BASTA PREVISÃO DO RESULTADO ( 
CULPA CONSCIENTE) 
 VONTADE  PARA EXISTIR O DOLO, O AGENTE PRESCISA QUERER PRODUZIR O 
RESULTADO (dolo direito) 
 CONSCENTIMENTO  o dolo estará presente quando o agente assume o risco de produzi-lo ( dolo 
eventual) 
 ELEMENTOS DO DOLO 
Consciência  elemento cognitivo, situação fática a qual se encontra o agente. Abrange todos elemento do tipo 
penal 
Vontade  é chamada de elemento volitivo, resultado delitivo como consequência de sua própria ação 
Resultado previsto  ele não só prever como quer que aconteça 
 
 ESPECIE DE DOLO 
1. Dolo natural / incolor/ automático 
É o dolo finalístico, independe da consciência da ilicitude. Basta a consciência e a vontade de realizar o tipo 
penal 
2. Dolo normativo/ valorado/ colorido / dolus malus 
O agente sabe que seu comportamento é contrario ao direito, além da vontade e previsão, lembra de norma lei 
e sabe que é contrario a lei 
3. Dolo direito / determinado / intencional / incondicional 
Vontade do agente se dirige a um único resultado 
4. Dolo indireto/ indeterminado 
A vontade do agente não se dirige a um único resultado 
4.1 Dolo Alternativo 
O agente quer produzir com igual intensidade, um ou outro resultado, o agente sempre responderá pelo 
crime mais grave 
4.2 Dolo Eventual ( cegueira intencional ou willful blindness) 
O agente NÃO quer o resultado, mas assume o risco de produzir ( FODA-SE) 
5. Dolo geral ( erro sucessivo) ou dolus generalis, ABERRATIO CAUSAE 
O agente pratica uma conduta e acredita ser ela a ação que causou o resultado, mas na verdade foi a outra ação 
ex;. A DAR UNS 5 tiro de doze em B e joga o corpo no rio achando que ela já tinha batido a biela , sendo que 
a morte dela foi afogamento 
6. Dolo genérico 
Não há finalidade da conduta do agente, indica o elemento subjetivo do agente 
7. Dolo especifico 
Existe o núcleo que é o chamado fim de agir, o agente quer cometer aquele ato 
8. Dolo de 1º grau 
busca produzir um único resultado certo e determinado 
9. Dolo de 2ºgrau 
Claus Roxin: consequências necessárias- agente quer produzir determinado resultado mas assume risco de 
atingir outros ex: vinho na festa 
10. Dolo de 3ºgrau 
Não faz sentido, tendo que todas consequências foi resolvidas no segundo grau, mas imaginemos que uma 
mulher esteja gravida e o filho venha ser atingido por tal veneno no vinho da festa. 
 
 Ausencia do de dolo em virtude de erro de tipo 
Segundo zaffaroni : é o fenômeno que determina a ausência de dolo quando , havendo uma tipicidade 
objetiva, falta ou é falso o conhecimento dos elementos requeridos pelo tipo objetivo. 
Ex: vamos pensar que um caçador esteja na floresta, e ao mirar e atirar achando ser um animal, atinge um 
homem e esse morre, o caçador por erro do tipo vai ter a ausência de dolo, pois ele não previu ser um homem, 
o dolo vai ser afastado, mas ele vai ser punido por crime culposo se preenchido os requisitos 
 Erro do tipo sempre afasta o dolo do agente. 
CULPA 
-NÃO tem vontade de produzir o resultado. Falta de cuidado 
Principio da culpabilidade- culpa de culpado em sentido amplo, ninguém pode ser punido por fato praticado sem dolo 
ou culpa 
3 modalidades de culpa 
- IMPERICIA- tem habilidade fez curso para isso, mas por erro comete ato infracional 
 
IMPRUDENCIA- faróis a noite, ou andar acima da velocidade, é uma ação positiva 
 
NEGLIGÊNCIA – falta de cuidado, ex pedreiros no prédio jogando tijolos para baixo e não ver quem ta passando e 
atinge, ação negativa 
 
Requisitos da culpa 
- Falta objetiva de cuidados 
-Previsibilidade objetiva 
- Imprevisão subjetiva – fato previsível, mas o autor não prever 
-Tipicidade 
- Conduta voluntaria -> livre 
- Resultado é involuntário 
- resultado material ( dano) 
- Nexo de causalidade 
Espécies de culpa 
 Inconsciente – sem previsão 
 Consciente – com previsão- mas acha que por sua habilidade, não vai acontecer 
 Impropria – descriminantes putativas, o agente em virtude de erro evitável pelas circunstancias dá causa 
dolosamente a um resultado 
Compensação de culpas – não existe 
Graus de culpa- não existe 
Concorrência de culpa – admitido 
 
 Resultado – Juridico ( violação de um bem jurídico) 
 - material ( a mudança no mundo exterior) naturalístico 
 
 Inter Criminis 
É composto pela a) cogitação (cogitatio) 
 b) preparação (atos preparatórios ) 
 c) execução ( atos de execução ) 
 d) consumação ( summatum opus ) 
 e) exaurimento 
a partir da execução pode ser punido 
 
 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Consumação – quando reuni todos elementos da definição legal 
Tentativa – CIRCUNSTANCIA ALHEIAS À vontade do agente 
 
a) TENTATIVA 
 
execução tem que Ser Iniciada, é dito “ eu quero mas não consigo” 
Espécies 
Imperfeita – o agente é interrompido e não consegue esgotar tudo 
Perfeita ( quase-crime) ou crime falho : parou porque achou que matou a vítima é uma tentativa 
subjetiva, aqui o agente consegue esgotar tudo 
Branca (cruenta): não é atingido o bem jurídico tutelado 
- a pena pode ser diminuída de 1/3 a 2/3- 
Exemplo pena de 6 anos 
6 x 1/3 = 2 6 – 2 = 4 anos 
6 x 2/3 = 4 6 – 4 = 2 anos 
 
 Relação de causalidade 
Conduta --------nexo de causalidade-------- resultado 
Relação causalidade nos crimes comissivos 
Nos omissivos nexo causal só aquele que tem o dever de garantir ( omissivos impróprios) 
Teoria da equivalência dos antecedentes causais ( conditio sine qua non ) cadeia causal- cada causa é 
relevante 
Thyrén – método da exclusão metal- se você retira aquele fato e ele não influi no resultado não é do nexo 
causal, ex:. cafezinho 
 
Art 13 §1- Superveniência de causa independente 
O que vem depois e não tem haver com a conduta 
A causa dar o próprio resultado 
Agora se a causa superveniente veio da conduta do agente atrás, o agente irá responder- exemplo, infecção 
bacteriana no hospital, foi ele só foi para o hospital por conta do tiro que ele tirou 
 
Artigo 15. Desistência voluntaria – “ eu posso, mas não quero “ 
O agente desiste de prosseguir voluntariamente não espontaneamente 
 
Arrependimento eficaz- o agente comete o ato mas depois se arrepende e impede que o resultado se 
produza, caso ele faça de tudo e o resultado produziu ele irá responder com um atenuante 
Franz von Liszt- encaixa na ponte de ouro entre execução\------------------------/resultado, essa ponte de ouro 
ele poderá volta cabendo atenuante e diminuição 
Damásio fala que é causa da (maioria) atipicidade do fato e Hungria fala que é exclusão de 
culpabilidade 
 
 
 
Artigo 16- arrependimento posterior 
Aqui o resultado já foi exaurido- é causa obrigatória de redução de pena 
a) Crimes sem violência ou grave ameaça contra pessoa 
b) Crime patrimonial 
c) Reparação do dano ou restituição (total ou do valor do objeto ) da causa por ato voluntario do 
objeto ( caso o lesado não queira aceitar a restituição, o meliante irá devolver ao delegado ou juiz, e 
terá o beneficio) 
d) Antes do recebimento da denuncia ou da queirza 
e) Diminuição de 1/3 a 2/3 
Pode haver diminuição para o co-autor mesmo se esse não tiver pago a reparação do dano 
Sum 554 – stf – o pagamento de cheque emitido sem suficiente provisão de fundos após o recebimento 
da denuncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal 
Pode ter aplicação do arrependimento posterior em crime culposo 
 
Art 17. Crime impossível ( tentativa inedonea) – incapaz de produzir efeito 
→ impossobilidade de consumação 
→ por absoluta ineficacia do meio ou por absoluta ineficacia do objeto 
meio: arma, maquinas 
objeto material : corpo com vida, a coisa sobre qual o agente atua- documento ( na falsificação) feto( 
aborto) 
 
Bens juridicos diferente, pode ter o mesmo objeto 
objeto material: matar um cadaver ( absoluta impropriedade do objeto) 
→ Natureza juridica : Tentativa impunivel 
 
* Ineficácia Absoluta 
- quando houver um “acidente” não é crime impossivel 
*Teorias 
- Objetiva- adotada pelo codigo 
→ pura- o crime impossível é impunivel tanto para ineficacia, como para impropriedade do objeto 
→ mitigada/ temperada (adotada) : só vale se for absoluta ineficacia, se o meio e objeto são eficazes ou improprios, 
ou tem como o agente alcançar o resultado pretendido, o agente responde 
→ sistematica – o crime impossivel pode ser punido, se o agente tiver antecedente 
 
*Súmula 145 do STF → não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossívela 
consumação 
* julgado REsp 1385621/MG – a existência de sistema de segurança ou de vigilância eletrônica não torna 
impossível, por si só, o crime de furto cometido no interior de estabelecimento comercial 
 
art 19. Agravação pelo resultado 
ação dolosa e o resultado culposo – Crime preterdoloso ou pretericional 
quer uma ção mas por outro motivo causa resultado culposo ou sem a intenção 
STF: latrocinio- quem mata mas não consegue levar os bens – responde por latrocinio 
Art 20. Erro de tipo 
→ falta de percepção da realidade- erro sobre elemento constitutivo afasta o dolo 
 -escusável, Invencivel, Inevitável ( exclui o dolo) 
Erro de tipo essencial - Inexcusável, vencivel, evitavel ( agente punido como crime culposo) 
 -erro recai sobre circunstâncias ou qualquer outro dado que se agregue à 
i figura típica 
 erro circunstanciais 
 → erro determinado por terceiro 
 → erro sobre pessoa : vitima virtual – imaginou mas não atingiu 
 se atingida outra pessoa, leva as características da vitima virtual 
 * erro ou acidente na execução ( aberratio ictus) 
Erro de tipo acidental 
 erro sobre o crime ( aberratio criminis ou delictis) – pessoa e causa – r 
resultado diverso do pretendido, esse resultado ele irá responder a í título 
de culpa 
 
 
art 21 – Erro sobre ilicitude do fato – Erro de proibição 
não sabia que é proibido – dinheiro achado 
escusável- isenta de pena 
inescusavel – pena diminuda de 1/6 a 1/3 
 
injusto penal = fato tipico + ilicitude + culpabilidade 
teoria bi partite- fato tipico + ilicitude 
teoria tripartite – fato tipico, ilicito e culpável 
 
art 22. Coação irresistível e obediência hierarquia 
violência → física “ vis absoluta‖- o injusto penal cometido n pode ser lhe imputado 
 → moral “ vis compulsiva” - grave ameaça 
Coação moral resistível- somente uma atenuação 
Ordem manifestamente ilegal – não é obrigado a fazer 
 
Elementos da culpabilidade – Imputabilidade 
 – Potencial consciÊncia sobre a ilicitude do fato 
 – exigibilidade de conduta diversa 
 
Art 26. - Doença mental- psicológico 
- desenvolvimento mental incompleto ou retardado 
– tempo da atividade 
– inteira incapacidade de caráter ilicito – vai ser atenuante 1/3 a 2/3 se ele não era inteiramente incapaz 
 
Art 27. menores de 18 anos são legalmente inimputaveis (biologico) 
* emoção e paixão não excluem 
Embriaguez- culposa 
 voluntaria não excluem a imputabilidade- 
 preordenada é um agravante 
 
Acidental- sem querer, por caso fortuito e força maior 
 
Art- 23,24,25- Ilicitude ou Antijuricidade 
Excludente de ilicitude ( justificantes ou causa de justificação) 
- estado de necessidade, legitima defesa, exercicio regular de direito e estrito cumprimento do dever legal 
*excludentes genéricos- parte especial 
art 24- Estado de necessidade 
- situação de perigo, não criada pelo agente 
→ teorista monista ( adotamos) – não tem comparação de valores 
→ teorida diferenciadora- salvar o menor e prejudica o maior 
* exclupantes – salva o menor 
* excludentes – você salva o maior 
Art 25- Legitima defesa 
→ meios necessários 
→ atual iminente 
→ direito seu e de outrem 
→ agressão injusta 
cão x humano → estado de necessidade, cão ataca, não é legitima defesa 
dono do cachorro manda cão atacar x humano → legitima defesa, quem tá manifestando vontade é o dono do 
cachorro 
não existe LEGITIMA DEFESA SUCESSIVA 
*Elemento subjetivo : conhecimento da agressão 
 
→ Estrito cumprimento do dever legal- quem tem o dever na lei da proteção, policial para prender um meliante 
policial não tem o dever de matar, mas de manifestar a prisão do infrator 
 
→ Exercicio Regular de direito 
Ex.: UFC 
* ofendiculos – grampos, cerca elétrica, camêra , mas existe divergencia doutrinaria, alguns falam em legitima 
defesa preordenada 
 
→ Descriminantes Putativas ( imaginação) 
isento de pena 
* Erro de tipo permissivo- erro de situação, achando que é real (peça) 
* erro de proibição indireta -também constitui erro de proibição a suposição errônea de causa de iliticitude, ou 
limites da preposição (erro permissivo) 
 
Art 29- Concurso de pessoas 
culpabilidade depende da participação 
→ Crimes unisubjetivos- praticado por uma pessoa 
→ Crimes plurisubjetivos- praticado por mais de uma pesssoa 
 
Participação Moral – induzimento, instigação, ―bate palma‖ 
 Material – cumplicidade- fornece meios, armas, carona, materiais 
Coautoria- quem participa na literatura do artigo 
§ Participação de menor importância – diminui de 1/6 a 2/3 
Para aquele que queria um crime menos grace, receberá a pena pela metade, o que praticou conduta mais grave 
receberá a pena do crime que cometeu 
Requisitos do Concurso 
→ unidade de crime 
→ pluralidade de agente 
→ relevância na participação 
→ Homogeneidade de elemento subjetivo ( mesmo dolo e mesma culpa ) 
→ Liame subjetivo- ambos queiram o resultado, NÃO há necessidade de acordo prévio 
 
Coautoria* 
Autor- conduta direta do resultado 
teoria restritiva → só é autor quem pratica conduta atipica 
Teoria extensiva → todos que participaram do crime são autores 
Teoria do dominio do fato – ampliação da restritiva, porém há participe que pelo grau vira autor 
 autor material – autor imediato 
 
 autor intelectual- autor mediado 
 
 
→ autoria colateral- por acaso, duas pessoas, atiram sem saber, autoria incerta 
A B – porém não consegue identificar quem matou – IN DUBIO PRO RÉU- vão responder por 
 C crime tentado 
 
* Não há no crime culposo, participação, são todos autoes, porém parte da doutrina aceita 
* Não há concurso Depois do crime 
antes participação crime não pode 
 antes Participação Coautoria (no crime) X 
 
 
→ Penas - comunicabilidade das circunstância pessoa e elementares do tipo 
ex.: Infanticidio → mãe ( qualidade de quem mata) um elementar → transmite essa elementar do tipo para quem 
vier a AJUDAR 
outro exemplo peculato – funcionário publico 
 
Teoria do Concurso de pessoas 
→ Monista ou Unitario ( CPB)- vários autores e um só crime 
→ Dualista – distiguiu autores e participes 
→ Pluralista – participe e autor recebe sua própria pena 
* CPB em exerções adota a pluralista, como crime de corrupção passiva e ativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Rothardand 
 Teoria da Pena 
Violada a norma penal, cabe ao Estado reagir a violação, essa violação é reprimida pela sanção penal que é um gênero 
que se panifesta em espécies que são as penas ou medidas de segurança 
Pena  é a sanção penal imposta pelo Estado, mediante o devido aprocesso legal, consagrado pela constituição e pelo 
CPP 
 
 -------- Penas privativas de liberdade ---- Fechado ( >8anos) SemiAberto( >4<8) aberto ( 
<4anos) 
Sanção PENAL ----------- Penas alternativas  Penas Restritivas de direito e pena de multa 
 ----------- Medida de segurança 
Período Histórico 
 Antiguidade 
Não conheceu a privação de liberdade como sanção, a não ser de uma forma de custódia ou melhor 
temporária, as sanções eram aflitivas, de banimento ou de morte 
 Idade Média 
Predomínio do direito germânico – privação de liberdade ainda com fins eminentemente de custódia, penas 
de suplício e morte eram as regras, Prisão do Estado  eram recolhidos os inimigos do Estado, locais 
chamado de bastilha, existiam também as prisões eclesiásticas que era destinada a penitências e meditação 
de clérigos rebeldes 
 Evolução da pena de prisão 
 Direito Ordálico: era uma forma de tortura para obtenção de prova do crime, as ordálias, eram provas 
como da água, fogo, para ver se Deus estava do lado do provante. Ex.: Colocava um cara com as 
mãos amarradas na aguá, caso ele sobrevivesse, ―deus o perdoou ou deus era com ele‖. Pena 
privativa de liberdade se origina no pensamento cristão, inclusive no aspecto reformador, a palavra 
penitência , que hoje colocamos como apelido, nas cadeias, as penitenciárias 
 
 Idade Moderna : Crime de vadiagem apareceu aqui, principal cidade: França. Empobrecimento 
imenso na europa, com isso pessoas ficavam perambulando aos redores do castelos, onde ficavam 
feiras e etc, com isso muitos medingos arrodeavam-as, o Rei Luís, vendo essa situação , instituiu essa 
penalidade para quem cometesse esse crime de mendigagem, era raspado o cabelo e marcado nas 
costa 
 
 Inglaterra e a House of corretion ou bridwells ou Workhouses- seria casas que os apenados deveriam 
e eram obrigados a trabalhar, na Holanda tiveram a separação das prisões os Rasp-huis ( homens) e 
Spinhis ( mulheres) 
Transformação da prisão- custódia  Prisão-Pena 
 Utilização dos presos como mão de obra e controlada para fins capitalistas 
 Maior valorização da liberdade 
 Associação da vergonha em praticar castigos públicos 
 Excessivo do número de deliquentes 
 
Visão atual sobre a pena de prisão 
Finalidades Retribuição 
 Prevenção 
 Reeducação 
 
 
 Teorias e finalidades da Pena 
Teoria Retributiva  a pena procura retribuir o mal praticado pelo agente, castigo 
Teoria Preventiva (relativa ou utilitária)  A pena possui a finalidade de prevenir a prática de outros 
Teoria Reeducativa  a pena possui a finalidade de reintegrar o delinquente a sociedade 
Teoria Mista ou Eclética  a pena possui dupla função (prevenir e retribuir)- arti 59 
 
Teoria Preventiva 
Prevenção Geral 
 
Positiva ( Prevenção Integradora) – infundir na 
consciência geral a necessidade de respeito a 
determinados valores, exercitando a fidelidade ao 
direito 
 
Negativa ( Prevenção por intimidação) – busca 
persuadir as pessoas a não cometerem o delito sobre 
pena de serem punidos 
Prevenção Especial ( sobre o condenado) 
 
Positiva – busca fazer com que o autor desista de 
cometer futuros delitos, caráter ressocializador 
 
 
 
Negativa – visa neutralizar aquele que praticou a 
infração penal, segregando-o no cárcere 
 
 
 
 Princípios Constitucionais para aplicação das Penas 
Ferrajoli 
Principio da legalidade  não existe pena sem estar prevista em lei, não existe crime e pena sem que lei os 
defina 
Principio da anterioridade  a previsão legal deve ser anterior a conduta do agente 
Principio da humanidade  a pena deve atender as diretrizes que tutelam a dignidade da PH 
Principio da irretroatividade a lei proíbe que lei mais gravosa retroaja para prejudicar o réu, só para 
beneficiar 
Principio da proporcionalidade  graduada de acordo com o crime praticado, a personalidade do 
delinquente e o bem jurídico violado, proíbe excessos 
Principio da Intransmissibilidade da pena  a pena não pode passar da pessoa do condenado, em âmbito 
civil, a pena pode ir até o limite do patrimônio 
Principio da inderrogabilidade ou inevitabilidade  consiste na certeza da aplicação e cumprimento da 
pena, existe algumas exceções : anistia, sursis, condicional 
Princípio da vedação do bis in idem  Estatuto de roma – proibição de de uma pessoa ser punida mais de 
uma vez pelo mesmo ato, alguns casos ele é relativizado: como .: genocídio, crimes de guerra e crimes 
contra humanidade 
Principio da individualização da pena  individualização legislativa  Anibal bruno fala que é o juízo 
prévio de reprovabilidade da conduta 
Individualização judiciária  Min Celso de Mello diz que há de respeitar o itinerário lógico-racional 
Individualização executória administrativa) – execução penal 
 
 Espécies de Pena ( agoraaaa o bichooo pega) 
 PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
De acordo com o professor Bruno Leitão, uma frase marcada em seu conhecimento foi do mestre Cezar 
Roberto Bitencourt – que fala: A prisão é uma exigência amarga, mas imprescindível, trocando em miúdos, 
fala que a prisão é um ato selvagem, periférico, antigo e ineficaz, porém não existe outro meio para 
substitui- la. 
Conceito da pena privativa de liberdade: é aquela que limita o poder de locomoção do condenado, 
restrigindo-o, privando-o de seu ―ir e vir‖ 
 Modelos de sistema prisionais 
Sistema pensilvÂnico (celular) -- > isolamento, silencio, não trabalhava e nem recebia visitas ( bichinhos), 
tinha como finalidade meditação por meio de leitura religiosa 
Sistema alburniano  Adotado em NY, adotava isolamento durante a noite e o trabalho coletivo durante o 
dia 
Sistema progressivo ou inglês  mistura com base em etapas, esse foi adotado no Brasil, envolvendo 
algumas modificações 
 Movimentos contemporâneos de política criminal 
Abolicionismo Penal (Hulsman) – descriminalização e a despenalização máximas, evitando encarcerar om 
pretexto de recupera-las 
Direito penal máximo ( Van den Haag, sim e não Vandkj monstro) punir a infração mínima a fim de não 
se tornar algo mais grave, adotada por Rudolph Giuliani, na politica de tolerância 0 
Garantismo Penal ( Ferrajoli) – campo de atuação para infrações mais graves, abolindo os tipos penais 
que contemplem os crimes de menor potencial ofensivo 
 
 ESPÉCIEIS DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
Reclusão Detenção Prisão simples ( somente para as contravenções penais) 
 
 
 
RECLUSÃO 
 
DETENÇÃO PRISÃO SIMPLES 
(contravenção penal ) 
 3 formas de regimes: 
FECHADO 
SEMIABERTO E ABERTO 
 
 A medida de segurança é 
A aplicada mediante internação 
 
 A autoridade policial não 
pode arbitrar fiança 
 
 Somente nos crimes de 
reclusão admite-se 
interceptação telefônica 
 
 São executadas em primeiro 
lugar 
 2 formas de regime : 
SEMIABERTO E ABERTO 
 
 Medida de segurança é 
mediante tratamento 
ambulatorial 
 
 Autoridade policial e juiz 
podem arbitrar fiança 
 
 Não admite interceptação 
telefônica 
 2 formas de regime : 
SEMIABERTO E ABERTO 
 
 É cumprida sem rigor 
penitenciário 
 
 O trabalho é facultativo para 
penas de até 15 dias 
 
 Condenado deve ficar 
separado 
 
1) RECLUSÃO 
Regime fechado, quando PENA MAIOR QUE 8 ANOS 
 Não interessa se o réu é primário ou reincidente, se for superior a 8 anos, o regime inicial 
obrigatoriamente é FECHADO 
 Local de cumprimento : ESTABELECIMENTO DE SEGURANÇA MÁXIMA ou MÉDIA 
 Isolamento durante o soninho da noite 6m a cela , deve trabalhar no período diurno não externo, mas 
poderá trabalhar externo em OBRAS PÚBLICAS ou entidade privada prestando serviço público, desde 
que cumprido 1/6 da pena 
 EXAME CRIMINOLÓGICO DEIXOUDE SER OBRIGATÓRIO 
Regime semiaberto, PENA MAIOR QUE 4 E MENOR QUE 8 
 
 
 Condenado não reincidente 
 Pena superior a 4 anos e não exceda 8 anos ( 8 anos e 1 dia, já era, vai para jaula) 
 Poderá cumprir no semiaberto ( agora reincidente e crime apenado com reclusão, vai para o 
fechado independente da quantidade de pena) 
 
 Local de cumprimento : Colônia penais agrícolas e industriais 
 EXAME CRIMINOLÓGICO FACULTATIVO 
 
 
 
 
Regime aberto, PENA MENOR OU IGUAL A 4 ANOS 
 Condenado não reincidente 
 Pena igual ou inferior a 4 anos ( poderá desde inicio, cumpri-la em regime aberto, agora quando 
o crie for apenado com reclusão e o condenado for reincidente o regime será fechado, 
obrigatoriamente) 
 
 Local de cumprimento: Casa de albergado ou estabelecimento adequado 
 SE O AGENTE FOR REINCIDENTE INICIA-SE NO REGIME FECHADO, 
INDEPENDENTEMENTE DA QUATIDADE DA PENA 
 
 
 
Casa de albergado o preso se recolhe a noite e aos feriados, esse regime não ocorre na prática, devido a falta 
de casa de albergado, situação que as penas inferiores a 4 anos serão substituídas por restritivas de direito 
 
CUMPRIMENTO EM RESIDÊNCIA PARTICULAR ( art. 117 LEP) – 
 MAIOR QUE 70 ANOS 
 GESTANTE 
 ACOMETIDO DE DOENÇA GRAVE 
 CONDENADA COM FILHO MENOR, DEFICIENTE FÍSICO OU MENTAL 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: O INICIO NO CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME SEMI ABERTO OU ABERTO, 
SERÁ SE O CONDENADO NÃO FOR REINCIDENTE OU SE AS CIRCUSTÂNCIAS DO ART 59 
LHE FOREM FAVORÁVEIS 
Súmula 269 STJ  Regra: todo REINCIDENTE em crime apenado com reclusão deve iniciar em regime fechado 
Exceção: o reincidente condenado com pena igual ou inferior a 4 anos ( regime aberto) = circunstâncias favoráveis do artigo 
59, poder INICIAR A PENA EM REGIME SEMIABERTO 
SEGUNDO O STJ, a prisão albergue domiciliar não é prevista, porém por conta da inércia do 
Estado em construir casa de albergado, pode acontecer 
 
 
2) DETENÇÃO 
Crimes menos graves, que pode ser cumprida em regime semiaberto ou aberto 
Regime Fechado, não há previsão em crimes apenados com detenção 
EXCEÇÕES: Caso de regressão de regime  se praticar fato definido com cime doloso ou falta grave 
 Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, 
torne incabível o regime 
 
 Reincidência 
1) Prática de crime anterior 
2) Sentença condenatória transitada em julgado 
3) Prática de novo crime após transito em julgado da sentença 
 
Pode ser genérica ( crime diversos) ou específica ( crimes do mesmo tipo) 
Exemplo.: Renatinho jogador do CSA ( muito ruim, tnc) foi condenado por dois crimes, com penas 
distintas, o agente deve cumprir a mais grave e depois a menos grave 
Pena 1 – reclusão 6 anos 
Pena 2 – detenção de 3 anos 
Primeiro separa as penas e ver qual regime de cada, a pena 1 vai dar regime semiaberto de reclusão e a pena 
2 vai da regime aberto de detenção, primeiro cumpre a de reclusão e depois de detenção, não sendo somadas 
 Progressão de regimes 
Vigora no Brasil o sistema progressivo ( inglês) 
Requisito 
1) Sentença condenatória definitiva ou provisória 
2) Requisito objetivo (cumprimento da pena ) 
16% primário e crime sem violência ou grave ameaça 
20% reincidente e crime sem violência ou grave ameaça 
25% primário e o crime cometido com violência ou grave 
ameaça 
30% reincidente e com violência ou grave ameaça 
40% primário crime hediondo ou equiparado 
50% a) crime hediondo ou equiparado com resultado 
morte e primário, vedado livramento condicional 
b) exercer o comando de org crim ( pcc, cv), estruturada 
para pratica de crime hediondo 
c) prática do crime de constituição de milícia privada 
60% reincidente em crime hediondo ou equiparado 
70% reincidente em crime hediondo ou equiparado com 
resultado morte 
 
3) Requisito subjetivo – bom comportamento carcerário 
4) Oitiva do MP e de seu defensor 
5) Reparação do dano ou devolução do produto do crime em crimes contra a administração pública 
 
 
 
 
 
 Regressão de regime 
Inverso da progressão, é um retrocesso ao regime mais rigoroso, A progressão por salto é vedada mas a 
regressão é permitida , pode o condenado ir do aberto diretamente para o fechado 
Quando : 
 Praticar fato definido como crime doloso ou falta grafe 
 Sofra condenação por praticar crime anterior 
 Se também frustra os fins da execução ou não pagar, podendo a multa cumulativamente imposta 
Caso de crime praticado com violência física ou moral, realiza-se o exame criminológico, mas ainda É 
FACULTATIVO, de acordo com a súmula 439 do STJ 
Observação 2: NÃO HÁ OBRIGATORIEDADE NA CONCESSAO DA PROGRESSÃO DE REGIME 
Observação 3: o cometimento de falta grave durante a execução da pena INTERROMPE o prazo para obtenção da 
progressão no regime, caso em que o reinicio da contagem do requisito objetivo téra como base a pena remanescente 
 
 
 
 
 Excesso ou Desvio de execução 
Excesso  vinculado ao conteúdo quantitativo, ao se extrapolar a punição além do lime previsto 
Desvio  vinculado ao conteúdo qualitativo, parâmetros legais fixados 
 
 Ausência de vaga no regime semiaberto( desvio de execução) 
STJ  entendimento que antes era majoritário que o preso deveria aguardar em regime fechado, vem 
mudando de acordo com o HC n196.438/ SP- na ausência de vaga em casa de albergado ou na inexistência 
desta, existe a possibilidade de prisão domiciliar 
STF  HC 110892 MG, a ausência de vaga em estabelecimento prisional, figura constrangimento ilegal, 
caso seja colocado em regime penal mais gravoso, o Min Gilmar Mendes, ― tenho para mim que o réu não 
pode arcar com a ineficiência do Estado‖ 
Súmula Vinculante 56  a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do 
condenado em regime prisional mais gravoso 
 
 Direito do preso : Direito a visita íntima, direito de cumprir a pena no local do seu domicilio, não 
existe esse direito visto que o condenado deve cumprir a penal no local do cometimento do crime 
Obs. O preso provisório tem direito a progressão de regime 
 
 Trabalho do preso 
 Trabalho sempre será remunerado, sendo garantido os benefícios da previdência social 
 É um direito e dever 
 Remunerado até ¾ do salário mínimo 
 Não está sujeito ao regime CLT 
 Preso provisório e o condenado por crimes políticos não estão obrigados a trabalhar 
 
 Remuneração deve atender em ordem : 
1) Indenização aos danos causados pelo crime 
2) Assistência à família 
3) Pequenas despesas pessoais 
4) Ressarcimento do Estado e das despesas realizadas 
Críticas: essa remuneração parece minha mesada, faço muitos planos e não dá para nada, porém na integra, 
não dá a remuneração para custear todo esses gastos, pois um preso custa no mínimo 3 mil ao estado, e com 
todas essas prestações, a lei que obriga ao preso a pagar suas despesas, no final não irá ser eficaz e talvez 
inaplicável 
Se o preso se recusar a trabalhar? Perde os benefícios referentes a remissão, progressão de regime e ainda 
pode sofrer a regressão de regime, o trabalho obrigatório não se confunde com o trabalho forçado 
 
 
 Remição 
Forma do condenado por meio de estudo ou trabalho diminuir sua pena 
- 1 dia de pena --------------------------- 12 horas de frequência escolar 
- 1 dia de pena --------------------------- 3 dias trabalhados 
 
A atividade de ensino podem ser presenciais ou EAD, desde que reconhecida por instituições educacionais 
SÓ compatíveis com os regimes FECHADO E SEMIABERTO em trabalho, podendo se ester ao aberto pelo 
estudo 
Estudo fora da prisão deve ser comprovado mensalmente, e será acrescido no tempo remido 1/3 no caso de 
conclusão de curso 
TODOS OS CRIMES ADMITEM REMIÇÃO INCLUSIVE OS HEDIONDOS 
Considerações sobre remissão: 
 Quem decide é o juiz de execuções penais 
 Condenado por falta grave,perde até 1/3 da pena remida 
 Preso impossibilitado por acidente, continuará a beneficiar-se com a remissão 
 
 
 
 
 Remição pela leitura  1 exemplar de obra literária 
21 dias a 30 dias para leitura e apresentando uma resenha a respeito do assunto, vale remissão de 4 
dias, e ao final 12 obras lidas , possibilidade de remir 48 dias no prazo de 12 meses 
 
E se o Estado não disponibilizar atividade laboral para o preso como fica a remissão? 
1ªcorrente : o preso não pode pagar pela desídia do Estado 
2º corrente: seria cabível a remição desde que o preso tenha formulado um requerimento as autoridades 
pedindo transferência para um presidio, onde possa trabalhar ( Flavio Monteiro de Barros) 
3ª corrente: Não pode ser concedida a remição, pois a lei requer o efetivo trabalho ( comprovação 
documental), mais declaração do juiz ouvido o MP, ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO 
 Execução provisória 
Súmula 562 STJ – é possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado 
em regime fechado ou semi aberto, desempeha atividade laborativa, ainda que extramuros 
Ocorre que a partir do HC 84.078 MG, julgado no STF, mudou-se esse entendimento, reforçado pela 
súmula 716 do STF 
Progressão ou Aplicação Imediata de Regime Menos Severo Antes do Trânsito em Julgado da Sentença 
Condenatória - Admissibilidade 
Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos 
severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Ou seja, não se deveria falar em execução provisória ou antecipada da pena. Contudo, a partir do HC 
126.292/2016, o STF entende pela possibilidade do início da execução a partir da decisão condenatória em 
segunda instância. 
 
 Detração Penal 
Abatimento na pena ou medida de segurança, do tempo da prisão provisória, de pena cumprida no brasil ou 
estrangeiro 
É feito lei juiz que proferir a sentença penal condenatória, se o réu for absolvido poderá usar esse tempo de 
prisão provisória para abater a condenação em outro crime, antes dessa, não depois, só no crime que tiver 
cometido antes 
 RDD ( Regime disciplinar diferenciado ) 
Forma mais rigorosa no cumprimento da pena, destina-se ao preso condenado por falta grave ( crime 
doloso), e quebre a ordem disciplinar interna 
Características : 
 Duração máxima 2 anos , pode repetir e pode ser prorrogado por 1 ano 
 Recolhimento em cela individual 
 Visitas quinzenais, de duas pessoas por vez, não permitido o contato físico e a passagem de objetos 
 Saída para banho de sol, 2 horas, com grupo de 4 presos, não estabelecimento contato 
 Entrevista monitoradas, exceto aquelas com seu defensor 
 Fiscalização do conteúdo de correspondência 
 Presos com alto risco 
 Envolvimento com pcc,cv, ada, milícias, todas essas merdas ai 
 Se ele comandar alguma facção, poderá aplicar RDD em presidio Federal 
 
 
 
 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO 
Estimuladas pela onu, regra de Tóquio. 
Satisfeitos os requisitos objetivos e subjetivos, o juiz buscará a pena que melhor se ajusta às características 
do infrator 
O descumprimento da pena restritiva de direitos, pode implicar em sua conversão em pena privativa de 
liberdade 
Crime de tráf de drogas não pode ser aplicada essa pena 
A pena de restritiva de direito não é aplicada de imediato, primeiro aplica a de liberdade depois a de 
direitos, ao depender 
Características 
 Substutividade : não são penas cominadas no tipo penais, não possuem uma quantidade e nem tempo 
definido 
 Autonomia : exerce suas características próprias sem nenhuma vinculação a pena privativa anterior 
 Conversibilidade da pena restritiva de direito em pena privativa de liberdade : trata-se de uma 
punição imposta ao condenado em virtude do descumprimento da pena restritiva 
Requisitos Objetivos : 
 Crime não superior a 4 anos e sem violência ou grave ameaça, ou qualquer pena se for crime culposo 
Obs: excepcionalmente: no delito de lesão corporal leve, contravenções de vias de fato, ameaça e 
constrangimento ilegal, embora cometido com violência e grave ameaça, admitem a substituição por 
restritiva de direitos 
 Crime culposo qualquer que seja a pena aplicada 
Requisitos Subjetivos: 
 Art 44 : o réu não for reincidente em crime doloso, 
 Culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, indicarem que a 
substituição seja suficiente 
Reincidência no crime culposo, a restritiva de direito poderá ser aplicada 
Reincidência for no crime doloso : 1) genérica – se for socialmente recomendável 
 2 ) específica – não poderá ser aplicada 
Obs2.: A lei maria da Penha só afasta expressamente, pagamento de cesta básicas ou outras prestações 
pecuniárias, bem como pagamento isolado de multa 
 
Conversibilidade da pena restritiva em pena privativa 
Retirado do matéria do professor Bruno Leitão 
Conforme dispõe o §4º do art. 44 do CP, no cálculo da pena privativa de liberdade a executar, será deduzido 
o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitando o saldo mínimo de 30 dias de detenção ou 
reclusão. 
Ex.: Tício, condenado aa 10 meses. Teve pena substituída por 10 meses de prestação de serviços a entidade 
pública, após cumprir 9 meses e 20 dias, sem motivo justificado, abandona o serviço (cumprimento da 
pena). Nesse caso, mesmo restando apenas 10 dias, ele deve respeitar o saldo mínimo do §4º, do art. 44, e 
cumprir 30 dias de detenção ou reclusão. 
Obs1.: As penas restritivas de direitos quando fixadas em audiência preliminar, jamais poderão ser 
convertidas em pena privativa de liberdade 
 
 Espécies de Penas alternativas 
1) Prestação pecuniária 
2) Perda de bens e valores 
3) Prestação de serviços a comunidade ou a entidade públicas 
4) Interdição temporária de direitos 
5) Limitação dos fins de semana 
 
 
1) Prestação pecuniária 
Pagamento de dinheiro para vítima, seus dependentes ou entidade pública ou privada, não inferior a 1 salário 
mínimo e nem superior a 360 salários mínimos 
Caráter  a) indenizatório- caso seja destinada a vitima, e b) beneficente: caso seja destinada a entidade 
pública ou particular 
Ela é UNILATERAL, IMPOSITIVA E COGENTE, independe da aceitação do favorecido 
Poderá ser prestado em outro tipo como cesta básicas, prestação de mão de obra 
2) Perda de bens e valores 
Recaem sobre o patrimônio lícito do condenado , é destinada ao Fundo penitenciário Nacional, o crime deve 
ter proporcionado prejuízo a vitima ou gerado vantagem patrimonial ao criminoso o terceira pessoa 
Não pode ultrapassar a pessoa do condenado 
Não se confunde com o confisco 
 
3) Prestação de serviços a comunidade 
Serviço a favor da comunidade ou entidades públicas 
4) Interdição temporária de direitos 
Tipos de pessoas que cometem algum ilícito penal relacionado com o trabalho, cargo ou função 
Outras são 
 Proibição de exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo, não se 
confunde com a perda de cargo 
 Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que depende de habilitação especial, de licença 
ou autorização 
 Suspensão de autorização ou habilitação para dirigir – homenageio aqui meu amigo Thiagão, que dirige 
sem freio, porém essa suspensão não é mais utilizada, já que os crimes já vem com punição dela 
 Proibição de frequentar determinados lugares 
 Proibição de se inscrever em concurso, avaliação ou exame público 
 
5) Limitação dos Fins de semana 
Comparecer aos sábados e domingos por 5 horas, para assistir cursos e palestra, em casa de albergado 
 
 PENA DE MULTA 
É uma espécie de sanção penal, de cunho patrimonial e destina-se para pagamento de determinado valor 
em dinheiro para o Fundo Penitenciário Nacional ( e também em âmbito estado temos o fundo de cada 
estado ), observação 
Mas Lulu sabará comopodemos saber que fundo vai o dinheiro? Digo-te jovem aprendiz, o dinheiro vai 
para o fundo do qual o crime é cometido, se for um crime federal vai para o FUPEN e se for estadual ( 
exemplo local) irá ao FUNPEAL 
 
 Inadmissibilidade de conversão em pena privativa de liberdade 
Não admite a conversão em pena privativa de liberdade, ou seja seu descumprimento não leva a privação da 
liberdade 
 Espécie de multa 
 Multa cominada com preceito secundário- preceito secundário é a parte que fala da pena 
Ex: determinado crime é citado e logo abaixo, Pena – reclusão de, X a Y e multa 
 Multa vicariante ou substitutiva – sim, é uma substituição da pena privativa de liberdade 
Prevista no art 44 do cp 
§2 – a pena privativa de liberdade aplicada, não SUPERIOR A 6 MESES, pode ser substituída pela 
multa, observados os critérios II e III do art 44 ( o réu não ser reincidente em crime doloso e o ter 
favorável a conduta, culpabilidade...) 
 
 
 Sistema do dias-multa 
Variantes 
 1º  calcular o numero de dias-multa: 10 a 360 salários mínimos ( base na culpabilidade) 
 2º  pegou o resultado da 1º, multiplica : 1/30 a 5 salário mínimos (base na capacidade econômica) 
 3º Aqui é uma possibilidade, a depender do valor patrimonial do réu, o juiz pode multiplicar esse 
valor até 3x 
 
 
 
Atenção : Multas na lei de drogas e crimes ambientais poderão chegar a patamares muito superiores 
Obs 2 .: Doença mental no caso se atingir o condenado, a pena fica suspensa até a possível reabilitação 
Obs 3 .: A multa obedece o critério trifásico? 
Corrente adotada : Leitão(2020) a multa deve obedecer apenas as circunstâncias do art 59 ou seja para na primeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pagamento da pena de multa 
Caso apareça uma pergunta : Qual a diferença da multa para a fiança? R= A fiança é destinada 
primeiramente à vítima, se caso a vítima falecer irá para os parentes e caso não houve parentes enquadrados 
no grau previsto, irá para uma entidade de fundo social, enquanto a multa é destinada privativamente para o 
fundo penitenciário nacional ou estadual 
Vamos para os procedimentos: 
1) O pagamento deve ser feito dentro de 10 dias a contar do trânsito em julgado da sentença condena 
tória 
2) É facultado ao condenado o parcelamento 
3) A multa pode ser descontada diretamente da folha salarial do condenado, até o max ¼ do salário e no 
mínimo de 1/10 
4) O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado 
 
 Não pagamento da multa 
Primeiro ponto a saber: NÃO GERARÁ A CONVERSÃO EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
Mas se ele for caloteiro, isso ensejará uma execução promovida pelo Estado, vamos relembrar : 
Procuradores, defendem os respectivos Estados, e MP órgão essencial ao funcionamento do Estado, 
autônomo e assim vai, quando o condenado deve ao estado irá essa divida para divida ativa, que de regra 
quem executará é a procuradoria do respectivo ente, porém há controvérsias nas correntes 
1º Corrente – STJ  vai para divida ativa e procurador cobra em Juízo Vara fiscal e utilizando a Lei de 
execução fiscal. Esquematizando 
 
 
 
 
2º Corrente- STF  ADI 3150 – MP irá fazer ou melhor cobrar a divida, porém se não fizer em 90 dias, vai 
para o procurador cobrar. Esquematizando 
 
PORÉM CASO EM 90 DIAS O MP se mantenha inerte, cabe ao procurador fazer a execução 
3º Corrente- Pacote ante crime  Se o MP não fizer em 90 dias, cabe ao procurador cobrar, utilizando o 
Juízo de execução penal e utilizando a legislação de execução fiscal 
 
Procuradores 
cobraram 
Juizo Fiscal
 
Utilizando Lei 
de execução 
fiscal 
MP cobrará 
Juizo de 
execução penal 
utilizando: Lei 
Execuão Penal 
 
 
 
 
 
 MEDIDAS DE SEGURANÇA 
É espécie do gênero da sanção penal, imposta pelo Estado ao Inimputável ou semi- imputável e que em 
razão da sua periculosidade, poderá voltar a delinquir. 
Diferenciando  Penas  Imputáveis e semi-imputáveis 
 Medida de segurança  imputáveis ( sentença absolutória impropria ) 
 Semi-imputáveis ( sentença condenatória) 
 Finalidade da medida de segurança 
a) Exclusivamente preventiva 
 
 Diferenças entre pena e medida de segurança 
 PENAS MEDIDA DE SEGURANÇA 
Pena tem o caráter retributivo-preventivo Tem 
caráter 
preventivo 
 
Fundamento da pena 1; culpabilidade Fundamentam-se na periculosidade 
As penas são determinadas 
 
As penas são aplicáveis aos imputáveis e 
semi-imputáveis 
 Medidas de segurança são por tempo 
indeterminado 
 
Aplicam-se aos inimputáveis e 
excepcionalmente aos semi, quando 
necessitares. 
MP faz, mas se 
em 90 dias não 
fizer 
na Vara de 
execução penal 
utilizando LEF 
 
 Para quem se aplica as medidas 
Para quem não possui capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de comportar-se de acordo com 
esse entendimento , ou também para que não possui capacidade total 
 
Pressuposto para Pena  FATO TÍPICO + Antijuridicidade + Culpabilidade 
Obs.: Gabriel Habbib, leciona em seu livro que não é correto falar ―antijuricidade em prova oral‖, o certo é 
ilicitude . 
Pressuposto para aplicação da medida de segurança  FATO TÍPICO + ANTIJURIDICIDADE + 
PERICULOSIDADE 
 Inimputabilidade 
 Desenvolvimento mental incompleto : não alcançaram a maturidade psíquica ( adolescente e criança) 
, menores de 18 anos 
 Desenvolvimento mental retardado : são os que não conquistaram a maturidade psíquica, também 
chamados de oligofrênicos 
Aqui iremos entrar doutrinariamente, segundo Leitão (2020) : 
São divididos oligofrênicos em 
a) Idiotas: idade mental de até 3 anos, QI não superior a 25 
b) Imbecis : idade mental de 3 até 7 anos, QI entre 25 e 50 
c) Débeis Mentais: Profundos ( idade mental 7 a 10) e superficiais (idade mental 10 e 12 anos ) 
 
 Semi- imputabilidade 
Sujeito que, em virtude de perturbação de saúde mental, ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento, pode ser colocado como “limítrofes” ou “fronteiriços‖ 
 
 Aplicação da Medida de segurança 
 
a) Necessária a comprovação da autoria do crime e da materialidade 
b) Se o delito praticado pelo agente estiver amparado por excludente de ilicitude, está absolvido 
Obs do autor.: Não iremos falar em aplicação de medida e nem retribuição de pena, pois o agente 
agindo em amparo das excludentes, não irá haver conduta, e não irá haver crime, sendo assim 
absolvido da pena. 
c) Ausente dolo ou culpa ( então o que vai ser a conduta : força irresistível, movimentos reflexos e 
estado de inconsciência) 
 
 Sistema Duplo binário e vicariante 
Antes da reforma penal de 1984, o sistema que vigorava era o sistema duplo binário, que consistia em o 
inimputável e o semi-imputavel, era punido com a pena privativa de liberdade e medida de segurança, 
depois da reforma, adotou-se o sistema vicariante, que determina a aplicação de medida de segurança aos 
inimputáveis, não se pode mais aplicar a pena e medida de segurança ao mesmo tempo. 
a) Imputável  aplica-se pena 
b) Inimputável  se aplica a medida de segurança 
c) Semi-imputavel  pena reduzida (1/3 a 2/3) ou medida de segurança 
 
 Espécies de periculosidade 
a) Periculosidade presumida (ficta)  existe uma presunção absoluta de inimputável, disposto no 
caput do art 26 
b) Periculosidade real  periculosidade há de ser provada, é destinada ao semi-imputável 
 
 Espécie de Medidas de segurança 
a) Medida de segurança detentiva  prevista para crimes apenados com reclusão, será internado em 
hospital de custódia e tratamento psiquiátrico 
b) Medida de segurança restritiva  prevista para crimes apenados com detenção, não visa a 
internação, somente ao tratamento ambulatorial,a alma sebosa aparece no hospital, faz o tratamento 
e depois vai para casa. 
 
 Prazo da Medida de segurança 
Prazo mínimo  internação ou tratamento ambulatorial, é de 1 a 3 anos , agora tem que fazer o exame, se 
ficar verificado que ainda não está bem, irá ser renovado o mesmo prazo, pode ser sentenciado por tempo 
indeterminado 
 
Prazo máximo  Não possui prazo determinado, por que a intenção não é punição, mas sim fazer cessar a 
periculosidade, mas como nem tudo são flores, a doutrina quer aparecer e faz entendimento diferente, 
vejamos: 
Majoritário na jurisprudência, o prazo máximo deveria ser o cominado de forma abstrata do tipo 
penal, pois segundo Cezar Bitencourt e Zaffaroni, está sendo uma prisão perpétua, nesse caso, se o 
individuo for percebi que não está cessando sua periculosidade, devido ao lapso temporal vinculado ao tipo 
penal, deveria ser interditado o indivíduo, para caracterizar sua inimputabilidade 
Súmula 527 do STJ  o tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo 
da pena abstratamente cominada ao delito praticado 
 
 Desinternação e libertação 
Depois do exame poderá ocorrer : 
1) A perícia consta que a periculosidade ainda não cessou : o alma ainda continuará internado, e o 
exame deverá ser renovado de ano em ano 
2) A perícia constata que a periculosidade cessou ( amém, o sentenciado se curou): ganha a 
liberdade, mas de forma condicional, devendo ser reinternado se dentro de um ano praticar fato 
indicativo que ainda há periculosidade 
Em miúds .: Você trai a sua mulher e ela termina, mas você quer volta, e ela fala que volta, porém 
vai lhe observar em 1 ano, se você se comportar, casa, e não volta para ser solteiro, porém nesse 1 
ano, está no meio de carnaval, e você caí (merece terceira chance), então constatou que ainda há um 
raparigueiro dentro de você, vai voltar o que era: solteiro. 
 
 
 Conversão da pena em medida de segurança 
 
Leitão (2020) ―Suponhamos que Galdino, pessoa até então normal, tenha praticado um crime, e tenha sido 
condenado a pena de 12 anos de reclusão. Após o segundo ano de cumprimento da pena, lhe sobrevém uma 
doença mental. O que fazer? Nesse caso a pena será convertida em medida de segurança sujeita a tratamento 
de internação ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos. 
A internação se dará num período máximo em relação aos 10 anos restantes? Com base na lei, não há 
prazo máximo, contudo a doutrina moderna, entende que o limite máximo de internação se dará 
até os 10 anos restantes.‖’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ATENÇÃO : 
 Não havendo vagas em estabelecimento adequado, Mirabete, fala que deve substituir por tratamento 
ambulatorial, nunca em presídios 
 Extinta a punibilidade não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta 
 A medida de segurança, só pode ser executada após o trânsito em julgado da sentença 
 Somente a pena privativa de liberdade pode ser substituída por medida de segurança, pena restritiva de 
direito e pena de multa não pode 
 
 DOSIMETRIA DA PENA 
Antes da reforma de 984 da parte geral o CP, tinha como critério de aplicação da pena o critério bifásico ( 
Roberto Lyra), onde as circunstâncias judiciais + agravantes e atenuantes faziam parte da 1ªfase, e as causas 
de aumento e diminuição se situavam em uma 2ªfase 
Critério Trifásico  esse critério foi criado por Nelson Hungria – adotado pelo nosso CP e está disposto no 
artigo 68 
De acordo com Nelson Hungria 
1 ª fase 2ª fase 3ª fase 
Circunstancia judiciais 
 
-culpabilidade 
-antecedentes 
-conduta social 
-personalidade do agente 
-motivos 
-circunstâncias 
consequência do crime 
-comportamento da vítima 
Agravantes e atenuantes 
 
- agravantes genéricas do artigo 
61 e 62 (concurso de pessoas ) 
- atenuantes genéricas dos art. 65 
e 66 (atenuantes inominadas ) 
 
Causas de aumento e diminuição 
da pena 
-as causas de aumento e de 
diminuição estão prevista na parte 
especial 
- deve aplicar-se o da parte 
especial e depois o da parte geral 
 
E sempre proporcional 
 
 
O JUIZ NÃO PODE ELEVAR A PENA ACIMA DO MÁXIMO NEM DIMINUÍ-LA ABAIXO DO 
MINIMO LEGAL 
 O JUIZ PODE ELEVAR OU DIMINUIR A PENA ALÉM DOS LIMITES LEGAIS 
 
1. Primeira Fase (circunstâncias judiciais do art. 59) 
Entendimento majoritário de que o juiz, parte da pena mínima prevista no tipo penal, analisando casa 
circunstância judicial  para chegar na pena-base 
Doutrina adota o patamar de 1/8 e a jurisprudência de 1/6 – para cada circunstância desfavorável – critíca 
segundo, a mais admitida é a jurisprudencial , pois vai de acordo com as circunstância judiciais desenvolvida 
no art. 59 do código penal. 
Marco jurisprudencial  ação penal 470 ( mensalão) 
A pena inicial não poderá sair dos limites mínimo e máximo- no preceito secundário do dispositivo, e não da 
norma( Mezel e Santiago Mir puig) HÁ DIFERENÇA ENTRE norma e dispositivo, porém no dispositivo, é 
alcançado o preceito secundário que é onde é prevista a pena, lá está o seu mínimo e seu máximo. 
Se encontra na pena base, circunstâncias favoráveis, não há como fica abaixo do mínimo. 
 
1.1 Circunstâncias judiciais 
 
a) Culpabilidade- não se confunde com o 3ºelemento do conceito analítico de crime ( conceito analítico 
– crime é um fato ilícito + antijurídico + culpável) aqui na dosimetria é a mera reprovabilidade da 
conduta. 
 
b) Antecedentes – refere ao passado criminal do agente. A tendência do STF é considerar as 
condenações não passiveis de reincidências, excluindo inquéritos em andamentos ou arquivados. 
Vejamos súmula STJ 444 e súmula 636 STJ – fala que a folha de antecedentes criminais é 
documento suficiente a comprovar os maus antecedes e a reincidência 
Obs.: o STF tem aceito analogia no tocante ao limite temporal para reincidência (5 anos do transito em 
julgado) 
c) Conduta social – é analisada a conduta pessoa e profissional do agente 
d) Personalidade do agente – é analisada sua índole, seu caráter, aspectos psicológicos do agente 
e) Motivos do crime – são antecedentes psicológicos que levaram o agente a praticar o crime 
f) Circunstância do crime- vinculada ao meio e modo de proceder utilizado pelo agente, bem como os 
instrumentos 
g) Consequências do crime- vinculadas as consequências geradas pela conduta criminosa 
h) Comportamento da vítima – situações em que a vítima contribui para a ocorrência do delito. 
Favorável ao réu 
 
2. Segunda Fase ( agravantes e atenuantes) 
Depois de observar e aplicar as circunstancias do ar. 59, é preciso ver os agravantes e atenuantes que podem 
estar na parte geral, bem como em leis especiais, sempre alteram a pena quando não constituem ou 
qualificam o crime. 
E Luquinhas, quando tiver qualificadoras? Caro mortais, quanto tiver qualificadoras, em prima facie, 
observem as qualificadoras e também se há aumento ou diminuição de pena, caso isso não seja encontrado, 
vá para agravantes e atenuantes da parte geral. 
 
2.2 Concursos de agravantes e atenuantes 
Segundo o art. 67 – fala que a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias 
preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da 
personalidade do agente e da reincidência. 
Circunstâncias SUBJETIVAS ( caráter pessoal)  sobre as objetivas ( relacionadas ao fato criminoso) 
Outra ressalva : A jurisprudência tem dado maior relevância a menoridade de 21 anos, em relação a 
agravante subjetiva e objetiva 
Outra ressalva 2 : N a segunda fase a pena ainda não pode ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo 
legal, é posição majoritária- Súmula 231 do STJ- mesmo tendo autores defendendo a possibilidade do 
mínimo ser reduzido, autores Greco e Bitencourt, visto que o art. 65 declara serem circunstância que sempre 
atenuam a pena. Segundo os monstros acima citado, essa súmulafere o principio da legalidade e 
individualização. 
Questão Juiz Federal TRF- 2013 – a confissão espontânea pode servir de fundamento para redução da pena-
base abaixo do grau mínimo previsto em lei? – R- Não, de acordo com a súmula 231, as atenuantes não 
podem reduzir a pena do réu abaixo do mínimo legal e a confissão é uma atenuante 
 
2.3 Agravantes Genéricas 
1) Reincidência subjetiva 
Possui caráter subjetivo e pessoal, logo não se comunica a coautores e partícipes de delitios, circunstancia 
personalíssima 
A reincidência teria o condão de ferir o princípio da non bis in idem (punido pelo mesmo crime por mais de 
uma vez) 
1º Corrente – Segundo Paulo Queiroz e Aberto Silva Franco, entende que a utilização da reincidência fere o 
principio, visto ter uma agravação sobre fato futuro com base em fato criminoso que já foi punido, fala- se 
em ―direito penal do autor‖ – adotada por mim ( Lucas, moral nenhuma) 
2ª Corrente – é constitucional, pois esse agravante se justifica diante da insuficiência da pena anteriormente 
imposta, e da contumácia do agente,. Não havendo o non bis in idem, pois, fato não fora usado como 
reincidência anteriormente só passando a se caracterizar como tal, a partir do trânsito em julgado do crime 
anterior. Sendo assim não consideramos alguns casos reincidência 
Requisitos da reincidência: 
 Pratica de um crime anterior 
 Sentença condenatória transitada e julgado 
 Pratica de novo crime após o trânsito em julgado da sentença condenatória 
Efeitos da reincidência são permanentes ? 
Não, pois imprescritíveis são os crimes de Racismo e ações de grupos armados contra o estado de direito e a 
ordem constitucional (isso está no disposto na constituição, não confundir com 3T e H – insusetiveis de 
graça, indulto e anistia e inafiançável). De acordo com o art. 64, I do CP, o lastro temporal para computar a 
reincidência se dá a partir do transito em julgado da sentença penal condenatória até 5 anos após o 
cumprimento da pena. Depois disso esse fato só poderá ser utilizado como art 59 ( circunstâncias judiciais- 
antecedentes) 
Esquematizando.: 
 
Crime ------- processo -------- transito em julgado Cumprimento da pena  FIM DA PENA 
Depois do fim da pena até + 5 anos , irá ocorrer a reincidência 
Suma: reincidência comerá do transito em julgado até 5 anos depois do cumprimento da pena 
 
 
Reincidência X Contravenção penal 
Vamos dar um exemplo .: Lucas bicheiro, banqueiro do jogo do bicho (contravenção), foi condenado, depois 
comete o crime de corrupção ativa, ao oferecer ao policial suborno. É possível tratar Lucas como 
reincidente? 
R- Não, pois como não houve crime anterior, não é possível considera-lo como reincidente, pois só houve a 
contravenção. Porém se a contravenção vier depois, será aceita. 
CRIME + CONTRAVENÇÃO  REINCIDENTE 
CRIME + CRIME  REINCIDENTE 
CONTRAVENÇÃO + CONTRAVENÇÃO  REINCIDENTE 
 Não irá haver reincidência 
CONTRAVENÇÃO + CRIME  PRIMÁRIO E FODASSE. 
Contravenções praticadas no exterior não contam para efeito de reincidência 
 
2.3 Espécies de reincidência 
 Reincidência real / própria / verdadeira – quando o agente comete novo crime após cumprimento integral 
da pena 
.--> Reincidência presumida/ ficta/imprópria/falsa – ocorre quando o agente comete novo crime, após 
condenação definitiva, independente se cumpriu a pena, para o CPB basta isso para ocorrência da 
reincidência 
, Reincidência genérica – os crimes praticados pelo agente são previstos em tipos penais diversos. Ex.: 
Thiagão comete homicídio contra o chapeiro da hamburgueria e depois comete uma corrupção ativa para 
fiscal de tributos – dois crimes diferentes 
,  Reincidência específica – os dois ou mais crimes praticados encontram-se no mesmo tipo penal. 
2.4 Efeitos da reincidência 
a) determina que a pena aplicada seja iniciada em regime penitenciário mais rigoroso 
b) quando for praticado novo crime doloso, como regra, não será possível a substituição da pena privativa de 
liberdade por pena restritiva de direitos 
c) Quando praticado novo crime doloso, como regra, não será possível a concessão do SURSI ( suspenção 
condicional da pena) 
d) a reincidência aliada ao pequeno valor do bem ou prejuízo, afasta a causa de diminuição de pena 
e) não são considerados para efeitos de reincidência os crimes militares e políticos ( eleitorais) 
Multireincidente 
Aquele que tem 3 ou mais condenações transitada em julgado 
3) Primariedade 
Caráter residual – Caráter residual ou subsidiário, é que se não for constatado um conceito, ao contrario 
senso o outro será aplicado, exemplo .: Duda doida , tem dois namorados, um ela namora sério e o outro é 
amante, porém caso o que namore sério morra, ela ficará com o amante, sendo subsidiário. Mesma coisa 
com o reincidente, não constatada a reincidência é vista a primariedade. 
Tecnicamente primário 
Conceito criado pela jurisprudência, que é a pessoa que possui condenação definitiva, sem ser reincidente: 
a) Possui condenação definitiva, mas não praticou crime após a condenação transitada e julgada 
b) Possui condenação definitiva, praticou novo crime, contudo este ocorreu no lapso temporal após 5 
abis da extinção da punibilidade 
 
4.) Ter o agente cometido o crime por motivo fútil ou torpe 
Motivo fútil  desproporcional, insignificante (quase não há motivos). Ex.: Matar outrem por conta que 
torce para o crb. 
Aqui há uma ressalva, não classificar dinheiro como motivo fútil, pois há uma subjetividade em valores, 
exemplo real, é que 100,00 em Maceió, não tem o mesmo valor de 100,00 em boca da mata. Então há de se 
constatar em caso real. Questão Bruno Leitão 2020.1 – ― por 5,00 matheus lesionou o amiguinho, na 
brotheragem‖ – cuidado é pegadinha para se classificar com fútil, STJ em julgado falando sobre o principio 
da insignificância, dispõe que vária muito, no caso em analise, era de um homem que tinha roubado 2 
galinhas de um sítio. 
OBS2.: crime sem motivo – há quem sustente que se enquadraria em motivo fútil, por ser abusiva. Porém 
não há desproporção entre o ―Nada‖ e o crime, não devendo qualificar essa ação pois não existe padrão de 
comparação. 
Ciúmes por si só não é considerado motivo fútil, segundo a doutrina e a jurisprudência há de ser visto em 
caso prático. 
 
Motivo Torpe  também chamado de repugnante, vil, abjeto, ignóbil, que demonstra intenso egoísmo ou 
maldade por parte do agente. Ex.: Susana Ristofen (acho que é assim), matou os pais para receber a herança. 
Obs1.: Vingança direta já foi aceita como não torpe pela jurisprudência. Exemplo dado pelo professor Bruno 
leitão é o pai que mata assassino do filho 
5) Ter o agente cometido o crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação a impunidade de 
outro crime (subjetiva) 
Conexão entre dois crimes, em que o agente pratica um delito para facilitar ou ocultar a prática de outro. 
Ex.: Rafael e nycholas, depois de uma noitada em uma boate gay, roubaram dois rapazes, para garantir a 
fuga, roubou um carro e fugiu 
 Teleológica – o agente pratica o crime para facilitar ou segurar a execução do crime seguinte 
 Consequencial – o agente pratica um crime para garantir a impunidade ou a vantagem de um delito já 
anteriormente praticado 
 
6) Ter o agente cometido crime À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso 
que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido (objetiva) 
 Traição : é a quebra da confiança existente entre a vítima e o agente ex.: afogar a amiga que está na 
piscina com você 
 Emboscada : ação de espera pelo melhor momento para cometer o crime sem a vítima esperar. Ex.: 
João espera Rafael voltar do bordel bêbado para ataca-lo 
 Dissimulação : o sujeito age no sentido de conseguir enganar a vítima, é o disfarce. Ex: Maria se 
veste de ―precisa de ajuda‖ para enganar aposentados no Banco do Brasil 
NÃO CONFUNDIR COM CRIMEDE ESTELIONATO 
 Dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido – fórmula genérica – rx.: amarra a vítima, coloca 
―doce‖ e ―bala‖ na bebida 
 
7) Ter o agente cometido o crime com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum (objetiva) 
Veneno, fogo, explosivo e tortura 
 Meio insidioso – enganoso, sorrateiro – ex.: Coloca 1030 na comida, coloca água sanitária na sopa. 
Não utiliza disfarce como na dissimulação 
 Meio cruel – gerador de sofrimento na vítima – ex.: Colocar 3h de vintage, pqp, ( kkkk), colocar fogo, 
tortura, asfixia, afogamento, tortura psicológica 
 Resulte perigo comum – abrange um número indeterminado de pessoas. Ex.: Explosivos 
Cuidado há, uma diferenciação entre perigo abstrato e perigo comum, ao qual veremos na parte especial 
6) Ter o agente cometido o crime constar Ascendente (pai, mãe, vo, vó) Descendente (filhos, netos) 
Irmão ou cônjuge 
Ressalto aqui a importância da compreensão da sequencia, pois, em ação penal, iremos ver que se o 
competente para representação ou queixa falecer, será possível que o Cônjuge, ascendente, descendente 
e irmão, deem continuidade à ação penal. 
Questão Bruno Leitão 2020. 1 – AV2- Ele ressaltou que o agente que cometeu o crime, praticou contra a 
IRMÃ, assim sendo agravada a pena dele. 
Obs.: Incide a agravante sobre o cônjuge separado judicialmente, agora se estiver divorciado não incide 
Obs.: se houver apenas união estável não se aplica a agravante, pois teria analogia in malam partem, ou 
melhor em prejudicial idade ao réu, porém se for mulher, custa lembrar que irá enquadrar-se na Maria da 
Penha, pois para constituir uma união estável é preciso uma coabitação, e a coabitação é um dos 
requisitos para MDP 
Obs.: Caso um adotado, mate seu pai biológico, não irá se concretizar o agravante, porém se matar o pai 
adotivo, irá constar o agravante 
 
7) Ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, 
de coabitação ou de hospitalidade ou violência contra mulher na forma especifica. 
 Abuso de autoridade – relações de direito privado 
 Relações domésticas – são criadas entre membros de uma família, podendo ou não existir relações de 
parentesco. Ex: patrão e babá de seu filho, união estável – não incidem no feminicídio sobre pena de bi 
in idem 
 Coabitação – é a moradia sob mesmo teto, ainda que por breve período. Ex.: amigo dormindo em sua 
casa. Aqui ressalvo uma discursão sobre, aplicativo de alugueis de temporada de casa é considerado 
como abuso de autoridade ou coabitação/hospitalidade ? 
Ex.: Lucas alugou pelo aplicativo de moradia temporária, um quarto na casa de Salomé, porém 
Salomé visto que ele era sambista, não gostou disso e esperou lucas dormir para matar-lhes. 
Aqui vemos um caso de agravante por conta da coabitação, visto que não há vinculo de dependência 
entre agente e vítima, mas só um contrato de locação de coabitação para o Lucas. Corrente adotada 
pelo autor. 
 
 Hospitalidade – recepção eventual, estadia provisória na residência de alguém, sem pernoite. 
Ex.: temporariedade mínima – sem pernoite 
 
 Violação contra mulher na forma da lei específica – temos a lei da MDP, para essa caracterização 
 
8) Ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo, ofício, 
ministério ou profissão (subjetiva ) 
 Abuso de poder e violação do dever inerente ao cargo – praticado por funcionários públicos ou 
particulares exercendo funções públicas. Ex.: Crime de abuso de autoridade, violação de sigilo 
funcional. 
Devemos lembrar que é considerado como funcionário público de acordo com o art. 327 do CP, e 
pode ser considerado funcionário público aquele que mesmo não tenha feito o certame para ingresso. 
 
 Ofício - atividade predominantemente manual ex.: mecânico, marceneiro e artesão 
 Ministério – exercício de atividade religiosa 
 Profissão- atividade predominante intelectual 
 
9) Ter o agente cometido o crime contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida( 
(objetiva) 
O objetivo aqui é proteger a fragilidade da vítima 
 Criança – pessoa até 12 incompletos – segundo o ECA 
 Maior de 60 anos – idoso (Estatuto do idoso) 
 Enferma – incapacidade no momento do crime, roubar uma bicicleta de paraplégico. 
 Mulher grávida – deve ocorrer em estágio avançado de gestação, o agente deve saber dessa condição. 
Mulher grávida  Ao retornarmos a parte geral e no estudo do dolo irá ver o dolo de 1º e 2º grau, ex.: 
Lucas querendo matar otávia em uma festa, coloca veneno no vinho, mesmo sabendo que todos vão 
beber aquele vinho – aqui há o dolo de primeiro grau para com a otávia e vem o de 2º grau que são as 
consequências necessárias- que é quando eu assumo o risco de matar outros alheios a minha vontade. 
Claus Roxin fala em 3º grau, caso estivesse uma mulher grávida nessa festa, porém Rogério Greco e 
Gabriel habib discorda dessa propositura, pois se o bebê estivesse morrido, já seria uma consequência do 
2º grau, não indo além de mais graus. 
 
10) Ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção de autoridade 
Ex.: linchamento, estando o preso sob custódia de autoridade 
11) Ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade 
pública, ou de desgraça particular do ofendido (objetiva) 
O fundamento dessa agravante se dá por conta da insensibilidade do agente em se aproveitar de um 
momento de dificuldade particular da vítima para praticar um crime. 
12) Ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada (subjetiva) 
O famoso, ―tomar uma para dar coragem‖, quem nunca? , porém a embriaguez preordenada aqui é para o 
cometimento do crime, já previsto o crime, ele irá pratica-lo, por força de uma embriaguez já adquirida e 
com vontade para tal. 
Questão Bruno leitão – 2020.1 – av2 – ― Marco bebeu uma latinha de pitú para criar coragem, para assaltar 
sua irmã‖ – aqui está claramente a embriaguez preordenada 
 
2.4 Agravante no caso de concurso de pessoas (62, CP) 
1) Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige, a atividade dos demais agentes – esse agravante, 
tem uma natureza de punir, quem não pratica propriamente da execução, porém quem pensa nela, o famoso 
―Professor da la casa de papel‖ e também chamado doutrinariamente autor intelectual 
2) Coage ou induz outrem À execução material do crime 
a) coação- é obrigar alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, de forma irresistível – ex.: Grupo 
de amigos força João mamão a beijar e depois xingar um transexual, então todos serão punidos a medida da 
sua culpabilidade, se for uma força irresistível, não haverá conduta de joão mamão, exclui a culpabilidade, 
porém se haver força resistível, ele será punido 
b) induzir – é fazer surgir na mente de outrem o propósito criminoso até então inexistente. Ex.: Grupo de 
amigos em uma festa da faculdade instiga um cidadão, a jogar cerveja na mesa do DJ, todos responderão, 
porém não haverá executantes para o cidadão. 
3) instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de 
condição ou qualidade pessoal 
Exige- se que o executor esteja sobre a autoridade de quem instiga- retomando o exemplo da cerveja na 
mesa do DJ, imagine que o cidadão fosse instigado por Lulu sabará que era chefe dele no estágio, ou pelo 
policial que era chefe do cidadão. Essa instigação ou determinação pode ser dirigida a inimputáveis 
4.) executa o crime, ou nele participa, mediante paga promessa de recompensa 
Pune-se mais gravemente o criminoso mercenário. É uma especialização do motivo torpe. Pode ser pago 
anterior e posterior. 
 
Observações gerais 
 A presença de atenuantes genérica obriga o juiz a reduzir a pena 
 1/6 é o percentual de redução 
 
2.5 Circunstâncias

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