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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 
Título 
Caso Concreto 6 
 
Descrição 
 
A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, 
remonta um longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras 
em nosso país. Durante o Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos 
desse processo no momento em que o poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. 
Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários 
de terra no cenário político do século XIX. Essa lei surgiu em uma época de intensas 
transformações sociais e políticas do Império. Naquele mesmo ano, duas semanas antes 
da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial criminalizou o tráfico negreiro no 
Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas duas leis 
estavam intimamente ligadas, pois o fim da importação de escravos seria substituído por 
ações que incentivavam a utilização da mão de obra assalariada dos imigrantes europeus. 
(texto adaptado – disponível em: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/lei-terras-1850.htm) 
 
Responda as questões abaixo: 
 
a) O texto acima faz referência à Lei Euzébio de Queiroz. No âmbito do processo de 
Abolição da Escravatura no Brasil, as leis abolicionistas que se seguiram à referida Lei 
podem ser consideradas fruto do amadurecimento humanístico de nossas elites? 
 
b) Considerando o texto, estabeleça relações entre Lei de Terras, Imigração 
Subvencionada e Abolição da Escravatura. 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
a) Na verdade a elite escravocrata percebendo que o Brasil era o único país 
ainda a resistir a abolição da escravidão, passou a editar leis com intuito de 
postergar tal feito que futuramente se tornaria inevitável. 
b) Ao estabelecer a compra/venda como forma principal de acesso à 
propriedade territorial, a Lei de Terras impedia o livre acesso tanto dos imigrantes 
que chegavam ao Império quanto de considerável parcela da população livre e 
liberta do país à propriedade da terra, obrigando-os à venda de sua força de 
trabalho. De outro lado, a experiência da imigração subvencionada, a partir dos 
anos oitenta, por meio da qual ao Estado imperial cabia arcar com os custos de 
viagem do imigrante para o Império, propiciou quer a ampliação do fluxo de 
imigrantes quer a sua continuidade. A combinação das duas experiências - a da 
Lei de Terras e a da Imigração subvencionada - possibilitou a constituição de um 
conjunto de trabalhadores livres - quer das despesas decorrentes da vinda para o 
Império, o que lhes garantia o direito de escolher para quem trabalhar, quer da 
possibilidade de se tornarem proprietários de terras -; estavam criadas as 
condições para o abandono da escravidão, sobretudo se também se considerada as 
limitações de natureza quantitativa que a mesma então representava.

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