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RESUNO penal


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*CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PUBLICO:Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. § 2º - A pena será aumentada da terça parte(1\3) quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
*CRIMES PRATICADOS POR FUN.PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL:1)PECULATO=Pode ser dividido em: A)Peculato apropriação (art. 312, “caput”, 1ª parte): Apropriar-se o funcionário público dedinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, públicoou particular de que tem posse em razão docargo...Apropriar-se:Fazer uso da coisa de outra pessoa, invertendo o ânimo sobre o objeto. O funcionário tem a posse do bem, mas passa a atuar como se fosse seu dono.Ter posse em razão do cargo: o funcionário público deve ter a posse do bem em razão do cargo.A expressão “posse”, nesse caso, abrange também a “detenção” e a “posse indireta”.A posse deve ter sido obtida de forma lícita:a)Se a entrega do bem decorre de fraude, há estelionato;b) Se a posse decorre de violência ou grave ameaça, há roubo ou extorsão;c) Se alguém, porengano, quanto à pessoa, coisaou obrigação, entrega objeto a funcionário público, em razão do caso deste e ele se apropria do bem, haverá peculato mediante erro de outrem (art. 313 CP). EX:Alguém entrega objeto ao funcionário B quando devia ter entregue ao funcionário A e o funcionário B, percebendo o equívoco, fica com o objeto.Tentativa: É possível.OBS:Majoritariamente não é crime PECULATO USO.B)Peculato Desvio (art. 312, “caput”, 2ª parte): Desviar é alterar o destino.O desvio deve ser em proveito próprio ou de terceiro;Se em proveito da Administração Pública, haverá o crime do art. 315 CP (emprego irregular de verbas públicas)Consumação: No momento em que ocorre o desvio, pouco importando se vantagem visadaéconseguida ou não Já basta o desvio para consumação.Tentativa: É possível.EX:O funcionário público empresta dinheiro público de que tem a guarda para ajudar amigo.C) PECULATO FURTO Art.312, $1: Há 2 espécies de conduta que caracterizam o peculato-furto:A)Subtrair = furtar, tirar (ânimo de assenhorarFuncionáriopúblico abre o cofre da repartição em que trabalha e leva valores que nele tavam guardados B)Concorrer para que terceiro subtraia(ofuncionário deve colaborar dolosamente).Se a colaboração do funcionário público for apenas culposa (imprudência ou negligência) haverá entãopeculato culposo.Intencionalmente, o funcionário públicodeixa a porta aberta para que, à noite, alguémentre e furte. Haverá peculato-furto. Caso tivesse esquecido a porta aberta sem querer, haveria peculato culposo. Consumação: Consuma-se com a retirado do bem do local e consequente posse da res. Tentativa: É possível. D)PECULATO ESTELIONATO (ERRO DE OUTREM) Art.313;:a vítima, em erro, entrega um bem ao agente (=criminoso). Mas tal erro, entretanto, não é provocado pelo agente (não o provoca, mas utiliza-se dele).Se erro for provocado pelo agente estará cometendo o crime de ESTELIONATO. F) PECULATO ELETRONICO Art.313,A inserção de dados falsos: Sujeito ativo: Funcionário autorizado; Condutas: inserir , facilitar ,alterar ,excluir; Objeto: Dados falsos ou excluir dados concretos(verdadeiros); Finalidade: Obter vantagem indevida para si ou para outrem. G)PECULATO ELETRONICO Art.313,B modificação ou alteração não autorizada: Sujeito ativo: Funcionário Conduta: Modificar, alterar; Objeto: Sistema, programa; Elemento: Sem autorização , sem solicitação. H)Peculato Culposo Art. 312, § 2º:Se ofuncionário público concorreculposamente para o crime deoutrem.§3º: No caso doparágrafo anterior, a reparação do dano, sePRECEDE (= antecede) à sentençairrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz a metade a pena imposta.
2)CONCUSSÃO:Art. 316 CP= Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mesmo em razão dela, vantagem indevida. Na concussão se utiliza o verbo EXIGIR(AMEAÇA) em razão do cargo já corrupção passiva o funcionário apenas SOLICITA(PEDIDO).EX:Exigir dinheiro para não fechar uma empresa. A Concussão se diferencia da EXTORÇÃO, AConcussão não tem violência ou grave ameaça já a EXTORÇÃO tem violência e grave ameaça. CONSUMAÇÃO:Consuma-se no momento em que a exigência chega ao conhecimento da vítima, independente da efetiva obtenção da vantagem visada é crime formal. TENTATIVA É POSSIVEL: EX: Peço para terceiro fazer a exigência à vítima, mas ela morre antes de ser encontrada.OBS: Majoritariamente que a vantagem tem que ser indevida , deve ser patrimonial.EXCESSO DE EXAÇÃO Art. 316,§ 1º e § 2º: Se o funcionário exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe ou deveria saber indevido, ou , ainda que seja devido, empregou meio vexatório ou gravoso na cobrança. A diferença entre PECULADTO-DESVIO é que a coisa ainda não esta na custódia da Administração(é o coletor que não recolhe aos cofres públicos).
3)CORRUPÇÃO PASSIVA: Condutas típicas:a) Solicitar: pedir (o funcionário pede algo ao particular); b)Receber: entrar na posse;c) Aceitar: promessa (concordar com a proposta) Para si ou para outrem vantagem indevida. Exemplo de corrupção passiva: Receber dinheiro para não multar alguém que cometeu infração detrânsito.Corrupção passiva pode ser:a)Própria. Ex: oficial de justiça recebe dinheiro para não citar alguém.b)Imprópria. Ex: oficial de justiça que recebe dinheiro para citar alguém; c)Antecedente. Ex: quando a vantagem é entregue ao funcionário antes da ação ou omissão
funcional (solicita depois da pratica do ato); Consumação: crime formal → consuma-se no momento em que o funcionário público solicita, recebe ou aceita a vantagem. Tentativa: É possível na modalidade solicitar quando feita por escrito.IMPORTANTE: Cabe principio da insignificância na corrupção passiva e ativa que seja de pequena monta. O particular que entrega a vantagem pedida não é crime, por ser um ato atípico.CORRUPÇÃO ATIVA:O particular OFERECE ou PROMETE.
4)CONTRABANDO E DESCAMINHA:Facilitação de contrabando(É a entrada de mercadoria proibida) e descaminho(É a mercadoria licita que ingressou sem recolher o devido tributo).É o servidor que tem a responsabilidade de fiscalizar e não fiscaliza. Pela TEORIA DUALISTAo autor responde pelo próprio crime que nem omissão impropria quando é agente garantidor.
5)PREVARICAÇÃO: Na corrupção passiva o funcionário público negocia seus atos, usando uma vantagem indevida. Naprevaricação isso não ocorre,Aqui ele viola função para atender a objetivos pessoaisnão tem influencia de outrem o crime é material.Consumação: o crime se consuma com a omissão, retardamento em realização do ato.PREVARICAÇÃO QUALIFICADA: Proibir o ingresso de celular nos presídios. Trata-se de crime próprio só pode ser praticado pelo Diretor da Penitenciária ou outro agente publico com responsabilidade de vedar ao preso o acesso aparelho telefônico, de radio ou similar. O PARTICULAR que colaborar com o servidor responderá por crime autônomo de FAVORECIMENTO REAL IMPRÒPRIO Art.349-A. OBS: Pela jurisprudência a conduta de favorecimento real improprio deve enquadrar todos componentes que ajudam o funcionamento do aparelho celular.
6)CONDESCENDEÊNCIA CRIMINOSA: Busca-se preservar as normas e princípios que regem a Administração Pública.Consumação:Consuma-se quando o superior toma conhecimento da infração e não promove de imediato a responsabilização do infrator ou não comunica o fato à autoridade competente. 
7)ADVOCACIA ADMINISTRATIVA: Protege a lei a regularidade administrativa. O delito aperfeiçoa-se quando o funcionário público, valendo-se de sua condição(amizade, prestígio junto a outrosfuncionários), defende interessealheio, legítimo ou ilegítimo, perante à Administração Pública.IMPORTANTE: Doutrina defende que não é crime quando for parentes , mais é MINORITÁRIA.
8)ABANDONO DE FUNÇÃO: Na verdade é abandonar cargo, da para ser também emprego. TEMPO DO ABANDONO: Tempo juridicamente relevante. Para lei. 8112\90 é 30 DIASque é administrativo.Não há crime na falta eventual bem como no desleixo narealização de parte do serviço, sendo punido, talvez na esfera administrativa, e não na penal. PERIGO CONCRETO: 1) POSICIONAMENTO MAJORITÁRIO= Não precisa causar prejuízo, a ideia é proteger a fronteira. 2) POSICIONAMENTO MINORITÁRIO= Tem que ter prejuízo é uma interpretação topográfica pelo paragrafo 1 tem que ter dano .
*CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL: 		1)RESISTÊNCIA: Opor-se à execução de ato legal, medianteviolência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. Se a oposição for por outro modo que não seja a violência ou grave ameaça, não há crime(chamada resistência passiva ), da mesma forma se a ordem for ilegal, ou se o funcionário não for competente. Se o sujeito é inocente a mesmo assim a ordem da autoridade judiciária de prende-loé legal, a oposição mediante violência é considerada criminosa. Consumação: no momento em que for empregada a violência ou amaça. Trata-se de crime formal.Tentativa: é possível.
2)DESOBEDIÊNCIA: Desobedecer a ordem legal de funcionário público. 
Requisitos:a)Deve haver um ordem (legal)= determinação/mandamento. O mero pedido ou solicitação não caracteriza o crime; b)Deve ser emanada de funcionário público competente para proferi-la. Em razão do princípio constitucional que assegura a todo cidadão o direito de não produzir prova contra si mesmo, MAJORITÁRIOque não configura desobediência a recusa em colaborar na produção de prova, como teste sanguíneo ou reconstituição de crime. Consumação: Depende do conteúdo da ordem.Ex: Se a ordem determina uma omissão: o crime se consuma no momento da ação;Se a ordem determina uma ação, duas hipóteses podem ocorrer:A)Se a ordem fixou um prazo para a ação, o crime se consumará com a expiração desseprazo; B)Se a ordem não fixou qualquer prazo, será consumado com o decurso de um tempo juridicamente relevante (= analisa-se o caso concreto), capaz de indicar com segurança a intenção de não cumpri-lo. Tentativa: Só é possível na forma comissiva.
3)DESACATO: Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Meio de execução: Admite-se qualquer meio (palavra, gestos, ameaças, vias de fato, vias de fato, e qualquer outro ½ que evidencie a intenção de desprestigiar o funcionário público.Ex: a)xingar policial que está multando; b) Fazer sinais ofensivos;Para a existência deste crime, a lei prevê duas hipóteses:a) Que a ofensa seja feita contra funcionário públicoque estejano exercício de suas funções, i.e, que esteja trabalhando, dentro ou fora da repartição, no momento em que for ofendido; ou b) Que sejafeitaa ofensa contra funcionário público que esteja de folga desde que se refira às suas funções. Consumação:O crime se consuma com a palavra ou gesto(humilhantes) na presença do funcionário, sendo controversa a possibilidade de tentativa. 
4)CORRUPÇÃO ATIVA: Para a existência de corrupção ativa, o sujeito, com a oferta ou promessade vantagem, deve visar fazer com que o funcionário: a) retarde ato de ofício; b) omita ato de ofício; c) pratique ato de ofício.Aumenta a pena de um terço se razão da vantagem ou promessa, funcionário retarda, pratica ou omite o ato de ofício.DECIÇÕES:1)TJRS - “comete o delito do art. 333, caput, o agente que oferece vantagem indevida a policial militar para que se abstenha de autuá-lo por infração de trânsito.”; 2)Oferta a colegas policiais para a omissão de ato de ofício: crime caracterizado - TJSP: “corrupção ativa. Caracterização. Acusado que após confessar a autoria dos roubos a seus colegas policiais, oferece-lhes quantia em dinheiro para dissuadi-los a omitir ato de ofício.”
*CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA:	
1)DENUNCIA CALUNIOSA:Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.Objetividade jurídica:a administraçãoda justiça, que é prejudicada com a imputação falsa de infração penal a pessoa inocente.Formas como o agente comete o crime: Direta – o agente apresenta a notícia do crime diretamente à autoridade policial. Indireta –o agente, por ½qualquer, de formamaliciosa, faz com que anotícia falsa chegue até a autoridade para que esta inicie a investigação. Ex: ligação telefônica ou carta anônima imputando crime a alguém.
2) A progressão de regime em crimes hediondos se dá com 2/5 (dois quintos), se primário o condenado, ou 3/5 (três quintos), se reincidente. 
 A Lei 8.072/90, em seu art. 2º, § 3º, transmite a ideia de que, proferida a sentença condenatória, ainda que não tenha ocorrido o trânsito em julgado, o acusado deverá, em regra, ser preso, ainda que recorra da decisão – “Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.”. Entretanto, o fato de estar sendo acusado por um crime de maior gravidade não retira do réu garantias constitucionais a todos garantidas, como a presunção de inocência ou de não culpabilidade. Portanto, se o acusado permaneceu solto até a sentença condenatória, só será possível a decretação da prisão preventiva se presentes os requisitos do art. 312 do CPP, senão, ele deverá permanecer solto, não podendo o juiz vincular o conhecimento do recurso ao recolhimento à prisão.
[6/10 16:59] Giulia Russo: USUÁRIO Não pode ser preso em flagrante, como ocorria antes, e sua pena é alternativa: advertência, prestação de serviços à comunidade ou obrigação de cumprir medidas educativas. O objetivo é deslocar essas pessoas do âmbito penal para o âmbito da saúde pública. O usuário também deve assinar um termo circunstanciado, uma espécie de boletim de ocorrência para crimes de menor gravidade, perante um juiz ou, na ausência deste, diante da autoridade policial no local da abordagem. TRAFICANTE É punido com pena de prisão de 5 a 15 anos. Importar, exportar e guardar drogas e cultivar matéria-prima para o tráfico acarretam a mesma penalidade. Dispositivos anteriores à Lei de Drogas, como a Constituição e a Lei de Crimes Hediondos, estabelecem que os condenados por tráfico não podem ser beneficiados com a extinção de suas penas (anistia, graça ou indulto). A questão colocada pela legislação atual é: como diferenciar um usuário de um traficante? A redação da Lei de Drogas recorre a critérios subjetivos, o que, na prática, deixa nas mãos de cada juiz decidir quem é enquadrado em qual categoria. “Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente” Lei de Drogas em trecho do artigo 28 sobre a diferença entre traficante e usuário A Lei de Drogas também não determina quais são as substâncias ilícitas ou sob controle. Quem faz isso é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), vinculada ao Ministério da Saúde. Para fins jurídicos, a lei considera drogas de uso proibido as substâncias entorpecentes, psicotrópicas e precursoras que constam nos anexos finais da portaria 344 da Anvisa. É nessa lista, atualizada periodicamente, que estão a cannabis (maconha), a cocaína e a heroína, por exemplo. Questão de saúde A intersecção entre a política de drogas e o sistema de saúde ocorre por meio da Política Nacional de Saúde Mental, do Ministério da Saúde, que disciplina a atenção a usuários e dependentes no SUS (Sistema Único de Saúde). A legislação da área visa tirar os hospitais do centrodo tratamento dos dependentes de drogas. A Raps (Rede de Atenção Psicossocial), instituída pelo Ministério da Saúde em 2011, prioriza a chamada “política de redução de danos”. Seu foco é cuidar de pessoas com transtorno mental e dependentes de drogas com atendimento nas ruas e em unidades que oferecem leitos. O Ministério da Saúde busca que redes estaduais e municipais participem da Raps. Para Bruno Ramos Gomes, psicólogo e mestre em Saúde Pública pela USP, a Raps “é muito falha”, mas ainda assim é um avanço da saúde pública na questão das drogas. “Até a década de 1990, tínhamos basicamente hospitais psiquiátricos, clínicas particulares, comunidades terapêuticas e um ou outro ponto de tratamento ligado às universidades”,