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Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. A C Ó R D Ã O (2ª Turma) GMDMA/VRA/ I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. DESPESAS MÉDICAS. DANOS MATERIAIS. Demonstrada possível violação ao art. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, impõe-se o provimento do agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento provido. II – RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014 1 – DOENÇA OCUPACIONAL. DANOS MORAIS. O Tribunal Regional evidenciou os elementos necessários para configuração da responsabilidade civil subjetiva da reclamada, portanto, impõe-se a manutenção do acórdão quanto aos danos morais, com fundamento nos arts. 186, 927, caput, do Código Civil. Recurso de revista não conhecido. 2 – QUANTUM INDENIZATÓRIO. DANOS MORAIS. DOENÇA OCUPACIONAL. R$ 60.000,00. A instância ordinária, ao fixar o quantum indenizatório a título de danos morais, pautou-se pelo princípio da razoabilidade, não se justificando a excepcional intervenção desta Corte Superior. Incide a Súmula 126 do TST. Recurso de revista não conhecido. 3 – DANOS MATERIAIS. PENSIONAMENTO. Verifica-se, do exposto, bem como dos demais parâmetros nos quais se baseou o acórdão do Tribunal Regional, e ainda das circunstâncias do caso, que o valor da pensão mensal foi arbitrado de forma razoável e proporcional à extensão dos prejuízos suportados pelo reclamante E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.2 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. durante o período do seu afastamento. Recurso de revista não conhecido. 4 – DANOS MATERIAIS. DESPESAS MÉDICAS. Hipótese em que o acórdão recorrido consignou não existir comprovação das despesas médicas alegadas. Diante disso, verifica-se que o reclamante não fez provas das despesas médicas, logo, o autor não se desincumbiu do seu ônus probatório, portanto, não há falar em ressarcimento. Recurso de revista conhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039, em que é Recorrente PETROBRÁS TRANSPORTE S.A. - TRANSPETRO e é Recorrido JORGE LUIS DOS SANTOS. O Tribunal Regional do Trabalho da 5.ª Região denegou seguimento ao recurso de revista interposto pela reclamada. Inconformada, a reclamada interpõe agravo de instrumento, sustentando que seu recurso de revista tinha condições de prosperar. Foram apresentadas contrarrazões e contraminuta. Desnecessária a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, consoante o art. 83, § 2.º, II, do RITST. É o relatório. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.3 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. V O T O I – AGRAVO DE INSTRUMENTO 1 – CONHECIMENTO Preenchidos os requisitos legais de admissibilidade, CONHEÇO do agravo de instrumento. 2 – MÉRITO O recurso de revista da reclamada teve seu seguimento denegado pelo juízo primeiro de admissibilidade, aos seguintes fundamentos: PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Tempestivo o recurso (decisão publicada em 31/05/2016 - ID B32295B ; protocolizado em 08/06/2016 - ID 4480620). Regular a representação processual, ID 1439494. Satisfeito o preparo ( ID c86f408, ID eb1ecb0, ID 44a6eaa e ID8371d64). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS Responsabilidade Civil do Empregador/Empregado / Indenização por Dano Moral / Doença Ocupacional. Responsabilidade Civil do Empregador/Empregado / Indenização por Dano Moral / Valor Arbitrado. Responsabilidade Civil do Empregador/Empregado / Indenização por Dano Material / Pensão Vitalícia. Alegação(ões): - violação do(s) , inciso II, da Constituição Federal. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.4 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. - violação da(o)(s) Lei nº 13105/2015, artigo 373, inciso I; Código Civil, artigo 186,927; artigo 944; Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 818. Insurge-se ante a condenação ao pagamento a título de danos morais e materiais. Sucessivamente, requer a redução dos montantes fixados. Consta do acórdão: Evidenciado o dano e o nexo causal com as atividades laborais do obreiro, deve-se analisar a existência ou não de culpa ou dolo do empregador para que subsista o direito de indenizar. Pois bem. A Reclamada teve ciência do quadro do Autor, mas não adotou qualquer medida profilática a fim de evitar que o mesmo desenvolvesse ou agravasse os efeitos do labor nas doenças adquiridas. Conclui-se que, se confirmado o ato ilícito ensejador de um dano e o nexo de causalidade entre o ato omissivo e o prejuízo sofrido, a empresa Reclamada está sujeita a reparar o dano causado, na forma do art. 186 do Código Civil. De fato, é obrigação do empregador prover todos os meios adequados à realização das atividades com o máximo de segurança à vida e integridade física e mental dos seus empregados. Afinal, como afirma o mestre Pinho Pedreira, em sua matéria A Reparação do Dano Moral no Direito do Trabalho, Ltr, vol, 55., maio/91, "enquanto nas contratações privadas se acham normalmente em jogo valores econômicos e como exceção podem ser afetados bens pessoais dos contratantes, geralmente de forma indireta, no contrato de trabalho o trabalhador, pela situação de dependência pessoal em que se encontra, arrisca permanentemente seus bens pessoais mais valiosos (vida, integridade física, honra, dignidade, etc.)". Quanto à fixação do valor dos danos morais, com efeito, o critério para a fixação do quantum reparatório não pode apenas ser o de punição com o arbitramento indiscriminadode vultosas indenizações, posto que as ações de responsabilidade civil, visando a reparação de anos não devem ser transformadas em "loterias jurídicas", o que de certa forma poderia ter efeito inverso, ao estimular ações que, ao invés de buscarem na prestação jurisdicional uma reparação pelo prejuízo sofrido, venham, antes, buscar o enriquecimento sem causa. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.5 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Deve o julgador, diante do caso concreto, levar então em conta as condições latu sensu do autor e do réu, como também, a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômico-financeira do agressor e as condições sociais, a sua permanência e seus reflexos no presente e no futuro, devendo, no entanto, ter o cuidado de não fixar valores ínfimos que não sirvam para desestimular as práticas ofensivas, nos casos em que o réu seja detentor de grande patrimônio econômico. Desse modo, levando em conta a capacidade financeira e a culpabilidade mitigada da Ré, o fato do tempo de exposição do Autor ao ambiente estressor, entende esta Relatoria ser razoável a indenização no importe de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para o Reclamante. Logo, nada a reformar. ... Quanto ao dano material referente às despesas médicas, a prova do prejuízo material é imprescindível para o reconhecimento do direito à indenização. Isso deriva de que a fixação do valor da indenização por dano material não é presumível. Não decorre do livre arbítrio do julgador. Para configuração do dano material é imprescindível que o prejuízo venha delimitado, materializado nos autos, através de documentos ou planilhas que deixem patente a quantificação do dano pretensamente sofrido. Não basta a pura e simples alegação de sua ocorrência para que o julgador presuma existir realmente o dito prejuízo, que não pode ser objeto de arbitramento sem bases probatórias concretas e aptas para tanto No caso dos autos, embora não exista prova das despesas efetuadas, fundamentou o Juiz de origem qual seria o prejuízo mensal do Autor calculando-o pelo tempo em que perduraram os afastamentos previdenciários (aproximadamente 30 meses). Nesse passo, considerando estes fundamentos, concorda esta Relatoria com a quantia calculada a título de indenização por danos materiais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Assim, mantém-se a decisão impugnada. Dos termos antes expostos, verifica-se que o entendimento da Turma Regional não traduz qualquer violação dos dispositivos invocados, inviabilizando a admissibilidade do recurso de revista. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.6 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Por outro lado, a revisão da matéria em comento exigiria a incursão no contexto fático-probante dos autos, aspecto incompatível com a natureza extraordinária do recurso, segundo a Súmula nº 126 da Superior Corte Trabalhista. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Nas razões do agravo de instrumento, a reclamada postula a exclusão ou redução dos valores das indenizações de danos morais e danos materiais. Sustenta que o reclamante não se desincumbiu do seu ônus de comprovar suas alegações. Invoca os arts. 5.º, II, da Constituição Federal, 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, 373, I, do Código de Processo Civil, 186, 187, 927 e 944, caput, do Código Civil. Ao exame. O Tribunal Regional, ao manter a sentença, condenou a reclamada ao pagamento de pensão mensal correspondente ao valor das verbas que percebia o reclamante se em atividade estivesse nos períodos em que gozou de benefício previdenciário (aproximadamente 30 meses) e uma indenização de R$30.000,00 (trinta mil reais) a título de despesas médicas. A Corte de origem também registrou que, embora não exista prova das despesas médicas efetuadas, o valor arbitrado de R$30.000,00 (trinta mil reais) pelo juízo de piso considerou no cálculo o tempo em que perdurou o afastamento previdenciário. Os arts. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e 373, I, do novo Código de Processo Civil determinam que a prova de comprovar as alegações incumbe à parte que as fizer. No caso em apreço, verifica-se que o reclamante não fez provas das despesas médicas, logo, o autor não se desincumbiu do seu ônus probatório. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.7 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Somando a isso, o art. 944, caput, combinado com os artigos 402 e 403 do CCB, evidenciam que os danos materiais envolvem despesas comprovadas, a perda efetiva material ocorrida. No caso dos autos, o acórdão recorrido consignou inexistir comprovação das despesas médicas, razão por que não há falar em ressarcimento. Assim, por essas razões, afigura-se possível a tese de violação ao art. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho. Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. Conforme previsão dos arts. 897, § 7.º, da CLT, 3.º, § 2.º, da Resolução Administrativa 1418/2010 do TST e 229, § 1.º, do RITST, proceder-se-á de imediato à análise do recurso de revista na primeira sessão ordinária subsequente. II - RECURSO DE REVISTA 1 – CONHECIMENTO Satisfeitos os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, passa-se ao exame dos pressupostos intrínsecos do recurso de revista. 1.1 – DANOS MORAIS. DOENÇA OCUPACIONAL. O Tribunal Regional consignou: Pleiteia a Ré a modificação da sentença a fim de que seja indeferido o pagamento de indenização por danos morais, haja vista que não restaram preenchidos os pressupostos necessários para reconhecimento da responsabilidade civil. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 851E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.8 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Alega que o procedimento cirúrgico realizado em 2010, que resultou em lesão e sequela no Autor, decorreu da coxartrose, doença que não mantém relação com as atividades laborais, consoante atestado pelo próprio Órgão Previdenciário. Afirma a Ré ainda que, além de não poder responsabilizá-la por eventuais equívocos ocorridos em procedimento cirúrgico, inexistindo culpa da mesma, não houve comprovação de dano e, por consequência, não há nexo de causalidade. Por fim, caso seja mantida a sentença neste ponto, pugna pela revisão do "quantum" indenizatório, até porque a condenação carece da mínima fundamentação legal. Ao exame. Primeiramente, ressalte-se que, segundo o sistema do livre convencimento motivado, consagrado em nosso ordenamento jurídico processual, tem o juiz a livre apreciação da prova dentro do material probatório constante dos autos, devendo fundamentar a sua decisão demonstrando as razões de seu convencimento. Além disso, deve o julgador conduzir o feito sempre observando os limites impostos à lide. Então, pode o Juiz analisar os depoimentos das testemunhas e os documentos juntados aos autos, além do laudo pericial, julgando conforme o princípio do livre convencimento, posto que é o Juízo "a quo" que, em contato com as provas dos autos, possui melhor condição de aferir valor probante a estas. Assim, no caso em questão, o Juízo em seu julgamento considerou o laudo pericial, o qual concluiu que: "...a patologia Síndrome do Túnel do Carpo, apresentada pelo Reclamante tem relação causal com as atividades realizadas na Reclamada, sendo o trabalho um fator contributivo na gênese da doença, tratando-se assim de doença do trabalho, classe II de Schiling. No caso da Osteoartrose trata-se de doença de caráter degenerativo, não ocupacional. Entretanto, levando em conta as atividades laborativas do Reclamante na Reclamada, considero que o trabalho atuou como fator agravante de uma condição preexistente, sendo assim estabelecido o nexo causal, classificado como doença ocupacional classe III de Schilling. Em relação à perda auditiva não há evidências, do ponto de vista técnico legal da ocorrência de agravamento do quadro audiológico apresentado pelo E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.9 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Reclamante na admissão, de forma que o trabalho na Reclamada não tem relação de nexo causal com a patologia apresentada...". Logo, o Reclamante ficou afastado em auxílio previdenciário acidentário (B91) de 08/10/2007 até 02/06/2008 para tratamento de Síndrome do Túnel do Carpo e, após a análise das provas adunadas aos autos, restou incontroversa a responsabilidade civil subjetiva da Reclamada quanto a este período. Quanto ao período de 11/05/2010 até 08/01/2011, quando o obreiro ficou afastado em Auxílio previdenciário doença-comum (B31), para tratamento da Osteoartrose de Quadril, também restou incontroverso que o labor na Ré foi fator de risco contributivo para a doença multicausal, conforme afirmado pela própria perita no laudo. Ressalte-se ainda que a história funcional do mesmo descortina o nexo causal entre as patologias diagnosticadas e as atividades desenvolvidas no ambiente laboral. Com efeito, durante o tempo em que trabalhou na sobredita empresa, o Reclamante laborou na função de Condutor Mecânico, realizando atividades de manutenção e reparos de máquinas e equipamentos, estando exposto a diversos riscos ocupacionais, conforme evidenciado nos ASO's: Físico (ruído), Químicos (óleos, graxas, derivados do petróleo), Ergonômicos (torção de corpo, desvio ulnar, carregamento/levantamento de cargas, subir/descer escadas constantemente). Assim, não há dúvida que há nexo causal entre a sua ocupação e a natureza das enfermidades adquiridas ao longo do contrato, ainda que possa ter contribuído minimamente para o dano apontado. A concausa, assim, pode ser considerada na responsabilização por danos decorrentes da enfermidade que acometeu o empregado do mesmo modo que a causa principal, em face do que dispõe o art. 21 da Lei 8.213/91, segundo o qual "equiparam-se também (...) para efeitos desta lei: acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação". Há relação de concausalidade entre a moléstia diagnosticada e o labor, provocada exatamente pela inadequação do ambiente de trabalho. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.10 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Como já ressaltado, a perita concluiu não ser a enfermidade apenas de causa ocupacional, mas a esse respeito a doutrina das concausas aplica-se ao caso, porquanto se destina às hipóteses em que o trabalho é um elemento a mais na ocorrência da enfermidade; não é a única, mas se agrega às demais e essa agregação, indubitavelmente, está demonstrada nas provas documentais adunadas aos autos. Ademais, o benefício gozado pelo obreiro em cinco meses durante a relação de emprego foi de auxílio-doença, ou seja, o INSS não reconheceu como doença ocupacional, pois não o enquadrou no código B 91. Evidenciado o dano e o nexo causal com as atividades laborais do obreiro, deve-se analisar a existência ou não de culpa ou dolo do empregador para que subsista o direito de indenizar. Pois bem. A Reclamada teve ciência do quadro do Autor, mas não adotou qualquer medida profilática a fim de evitar que o mesmo desenvolvesse ou agravasse os efeitos do labor nas doenças adquiridas. Conclui-se que, se confirmado o ato ilícito ensejador de um dano e o nexo de causalidade entre o ato omissivo e o prejuízo sofrido, a empresa Reclamada está sujeita a reparar o dano causado, na forma do art. 186 do Código Civil. De fato, é obrigação do empregador prover todos os meios adequados à realização das atividades com o máximo de segurança à vida e integridade física e mental dos seus empregados. Afinal, como afirma o mestre Pinho Pedreira, em sua matéria A Reparação do Dano Moral no Direito do Trabalho, Ltr, vol, 55., maio/91, "enquanto nas contratações privadas se acham normalmente emjogo valores econômicos e como exceção podem ser afetados bens pessoais dos contratantes, geralmente de forma indireta, no contrato de trabalho o trabalhador, pela situação de dependência pessoal em que se encontra, arrisca permanentemente seus bens pessoais mais valiosos (vida, integridade física, honra, dignidade, etc.)". (...) Logo, nada a reformar. Nas razões do recurso de revista, a reclamada alega que não foram comprovados o nexo causal nem o ato ilícito praticado pela empregadora, que pudessem ensejar danos morais. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.11 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Argumenta que a empregadora tomou todas as medidas necessárias para a preservação da saúde do reclamante, inexistindo culpa. Sustenta que o reclamante não se desincumbiu do seu ônus de comprovar suas alegações. Invoca os arts. 5.º, II, da Constituição Federal, 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, 373, I, do Código de Processo Civil, 186, 187, 927 e 944, parágrafo único, do Código Civil. Consta no acórdão recorrido que o laudo pericial revelou que a Síndrome do Túnel do Carpo e a Osteoartrose possuem nexo causal (concausa) com o labor realizado pelo reclamante; que a reclamada teve ciência do quadro de saúde do reclamante, mas não adotou medidas de profilática com a finalidade de evitar que o trabalhador desenvolvesse ou agravasse os efeitos do labor nas doenças adquiridas (ato omissivo). Verifica-se que o Colegiado a quo evidenciou os elementos necessários para configuração da responsabilidade civil subjetiva da reclamada (dano – doença do trabalho); nexo causal entre a atividade laborativa e as patologias do reclamante – concausalidade - e culpa do reclamado – ato omissivo, por não adotar medidas para evitar o desenvolvimento ou o agravamento das patologias), portanto, impõe-se a manutenção do acórdão quanto aos danos morais, com fundamento nos arts. 186, 927, caput, do Código Civil. Ademais, para se constatar ausência dos elementos configuradores da responsabilidade subjetiva (dano, nexo causal e culpa do reclamado) seria necessário o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, procedimento vedado nesta instância recursal de natureza extraordinária, nos termos da Súmula 126 do TST. Também não diviso a alegação de violação aos arts. 818 da CLT e 373, I, do Novo CPC, porquanto o Tribunal Regional não decidiu com fundamento na distribuição do ônus da prova, pelo contrário, o acórdão recorrido considerou as provas dos autos, notadamente, o laudo pericial. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.12 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Por fim, não diviso a violação ao art. 5, II, da Constituição Federal, porquanto, a reclamada não foi compelida a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. NÃO CONHEÇO. 1.2 – QUANTUM INDENIZATÓRIO. DANOS MORAIS. DOENÇA OCUPACIONAL. O Tribunal Regional consignou: (...) Quanto à fixação do valor dos danos morais, com efeito, o critério para a fixação do quantum reparatório não pode apenas ser o de punição com o arbitramento indiscriminado de vultosas indenizações, posto que as ações de responsabilidade civil, visando a reparação de anos não devem ser transformadas em "loterias jurídicas", o que de certa forma poderia ter efeito inverso, ao estimular ações que, ao invés de buscarem na prestação jurisdicional uma reparação pelo prejuízo sofrido, venham, antes, buscar o enriquecimento sem causa. Deve o julgador, diante do caso concreto, levar então em conta as condições latu sensu do autor e do réu, como também, a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômico-financeira do agressor e as condições sociais, a sua permanência e seus reflexos no presente e no futuro, devendo, no entanto, ter o cuidado de não fixar valores ínfimos que não sirvam para desestimular as práticas ofensivas, nos casos em que o réu seja detentor de grande patrimônio econômico. Desse modo, levando em conta a capacidade financeira e a culpabilidade mitigada da Ré, o fato do tempo de exposição do Autor ao ambiente estressor, entende esta Relatoria ser razoável a indenização no importe de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para o Reclamante. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.13 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Nas razões do recurso de revista, a reclamada postula a exclusão ou a redução da indenização a título de danos morais. Invoca os arts. 5.º, II, da Constituição Federal, 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, 373, I, do Código de Processo Civil, 186, 187, 927 e 944, paragrafo único, do Código Civil. O Tribunal de origem, manteve a sentença, que deferiu ao reclamante a indenização por danos morais no valor de R$ 60.000,00, em razão da concausa das patologias adquiridas pelo trabalhador e o labor na reclamada. A jurisprudência desta Corte admite rever o valor fixado nas instâncias ordinárias a título de indenização por danos morais, todavia, essa atividade deve ser exercida de forma cautelosa, visando a reprimir apenas as quantificações desproporcionais, evitando que a condenação imposta não implique em mero enriquecimento ou empobrecimento sem causa das partes. Infere-se do acórdão regional que a fixação do quantum indenizatório pautou-se pelo princípio da razoabilidade, obedecendo aos critérios de justiça e equidade. O Eg. Tribunal Regional registrou que levou em consideração o poder econômico da Reclamada, a culpabilidade mitigada da Ré e o tempo de exposição do autor ao ambiente estressor, circunstâncias fáticas que atraem a incidência da Súmula 126 desta Corte. Desse modo, correto está o entendimento do Colegiado Regional, não se justificando a excepcional intervenção desta Corte Superior. NÃO CONHEÇO. 1.3 – DANOS MATERIAIS. PENSIONAMENTO. O Tribunal Regional consignou: E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad ono e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.14 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Pleiteia a Ré a modificação da sentença a fim de que seja indeferido o pagamento de indenização por danos materiais, haja vista que não restaram preenchidos os pressupostos necessários para reconhecimento da responsabilidade civil. Afirma a Ré que é necessária a alteração da decisão, a qual deferiu a pretensão do Autor no que se refere à indenização por danos materiais em relação a "diferença da remuneração atual e aquela que venha a perceber na função reabilitada", uma vez que não há qualquer responsabilidade de sua parte. Pugna ainda pela retificação da decisão em relação ao pagamento de indenização pelos danos relacionados a "despesas médicas, hospitalares, exames, fisioterapia e medicamentos e o que mais se fizer necessário para controlar a evolução da doença", ressaltando-se que a doença que provocou a intervenção cirúrgica e a lesão do Autor não mantém relação com as atividades laborais, até porque o Reclamante sempre dispôs de assistência médica custeada parcialmente pela Transpetro. Aduz ainda que, além do Recorrido não comprovar as despesas supostamente suportadas pelo mesmo, motivo pelo qual o Juiz "a quo" arbitrou o quantum indenizatório, o mesmo dispunha de plano de saúde, não existindo qualquer comprovação de que o mesmo tenha efetuado pagamento de qualquer valor para tais procedimentos, além da sua cota de pagamento do plano de Saúde que usufrui. Por fim, afirma que o Reclamante não está incapacitado para laborar, tendo inclusive sido encaminhado para o programa de reabilitação, nada obstante não tenha concluído o respectivo curso. À análise. Primeiramente, ressalte-se que já foi analisada a responsabilidade civil subjetiva da Reclamada, estando preenchidos os pressupostos necessários para seu reconhecimento, tendo sido, inclusive, reconhecida a concausalidade entre a moléstia diagnosticada (Osteoartrose de Quadril) e o labor. Ademais, também não há a determinação na sentença alegada pela ora Recorrente no que se refere à indenização por danos materiais em relação a "diferença da remuneração atual e aquela que venha a perceber na função reabilitada". O que defere o Juízo "a quo" é o pagamento de indenização por E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.15 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. danos materiais correspondentes à pensão mensal em montante equivalente aos valores das verbas que perceberia o reclamante se em atividade estivesse nos períodos em que gozou de benefícios previdenciários. Quanto ao dano material referente às despesas médicas, a prova do prejuízo material é imprescindível para o reconhecimento do direito à indenização. Isso deriva de que a fixação do valor da indenização por dano material não é presumível. Não decorre do livre arbítrio do julgador. Para configuração do dano material é imprescindível que o prejuízo venha delimitado, materializado nos autos, através de documentos ou planilhas que deixem patente a quantificação do dano pretensamente sofrido. Não basta a pura e simples alegação de sua ocorrência para que o julgador presuma existir realmente o dito prejuízo, que não pode ser objeto de arbitramento sem bases probatórias concretas e aptas para tanto No caso dos autos, embora não exista prova das despesas efetuadas, fundamentou o Juiz de origem qual seria o prejuízo mensal do Autor calculando-o pelo tempo em que perduraram os afastamentos previdenciários (aproximadamente 30 meses). Nesse passo, considerando estes fundamentos, concorda esta Relatoria com a quantia calculada a título de indenização por danos materiais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Assim, mantém-se a decisão impugnada. Nas razões do recurso de revista, a reclamada alega que não foram comprovados o nexo causal nem o ato ilícito praticado pela empregadora, que pudessem ensejar danos materiais. Sustenta que o reclamante não se desincumbiu do seu ônus de comprovar suas alegações. Postula a exclusão ou a redução da indenização a título de danos materiais. Invoca os arts. 5.º, II, da Constituição Federal, 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, 373, I, do novo Código de Processo Civil, 186, 187, 927 e 944, parágrafo único, do Código Civil. Em relação aos danos materiais, os art. 949 e 950 do Código Civil assentam que no caso em que a lesão ou ofensa à saúde, o E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.16 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. ofensor indenizará o ofendido das despesas de tratamento e dos lucros cessante até o final da convalescência, além de outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido, bem como, pensão correspondente à importância do trabalho para que o se inabilitou. Infere-se dos autos que o pedido de pensão mensal vitalícia foi indeferido, mas foi deferido o pedido de pensão mensal correspondente ao valor das verbas que percebia o reclamante se em atividade estivesse nos períodos em que gozou de benefício previdenciário (aproximadamente 30 meses). O Tribunal Regional, ao fixar o valor dos danos materiais, pautou-se no prejuízo comprovado pelo reclamante, correspondente ao período em que esteve afastado recebendo o auxílio previdenciário. Portanto, neste ponto, não diviso a alegação e violação aos arts. 818 da CLT e 373, I, do novo CPC. Desse modo, o valor da pensão mensal foi arbitrado de forma razoável e proporcional à extensão da ofensa suportada pelo reclamante durante o seu período de afastamento. Assim, não diviso as violações apontadas pela parte. Ademais, para não há como divergir do entendimento da Corte de origem, pois a mudança de julgado demandaria o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, procedimento vedado nesta instância recursal de natureza extraordinária, nos termos da Súmula 126 do TST, uma vez que o valor do dano material foi calculado nas provas apresentadas pelo reclamante. NÃO CONHEÇO. 1.4 – DANOS MATERIAIS. DESPESAS MÉDICAS. Consoante os fundamentos lançados quando do exame do agravo de instrumento e aqui reiterados, CONHEÇO do recurso de revistapor violação ao art. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.17 PROCESSO Nº TST-RR-10264-42.2013.5.05.0039 Firmado por assinatura digital em 23/02/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 2 – MÉRITO 2.1 – DANOS MATERIAIS. DESPESAS MÉDICAS. Como consequência do conhecimento do recurso de revista por violação do art. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, DOU-LHE PROVIMENTO, para excluir da condenação o valor da indenização de R$30.000,00 (trinta mil reais) referentes aos danos matériais correspondentes às despesas médicas não comprovadas pelo reclamante. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de revista quanto ao tema “Danos Materiais. Despesas Médicas”, por violação ao art. 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, e, no mérito, dar-lhe provimento para excluir da condenação o valor da indenização de R$30.000,00 (trinta mil reais) referentes aos danos materiais correspondentes às despesas médicas não comprovadas pelo reclamante. Brasília, 21 de fevereiro de 2018. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) DELAÍDE MIRANDA ARANTES Ministra Relatora E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 A2 85 1E 68 FD 5E 66 .
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