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3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
CELIMAR RODRIGUES DA SILVA
DAYANNE STEPHANY ROSENDO SILVA
DÉBORAH LETÍCIA SALES DE ARAÚJO
LUANNA RODRIGUES PEREIRA
LUCIELLE SILVA RIBEIRO
MARCELA ROSÁRIA DE JESUS
AGRICULTURA CONVENCIONAL VERSUS AGRICULTURA ORGÂNICA 
Goiânia
2017
CELIMAR RODRIGUES DA SILVA
DAYANNE STEPHANY ROSENDO SILVA
DÉBORAH LETÍCIA SALES DE ARAÚJO
LUANNA RODRIGUES PEREIRA
LUCIELLE SILVA RIBEIRO
MARCELA ROSÁRIA DE JESUS
AGRICULTURA CONVENCIONAL VERSUS AGRICULTURA ORGÂNICA 
Trabalho realizado para a disciplina de Produção Agrícola apresentado à Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás.
Orientador: Profº Drº Luis Carlos Cunha Junior 
Goiânia
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS	6
2.1 OBJETIVO GERAL	6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	6
3 METODOLOGIA	7
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	8
4.1 AGRICULTURA CONVENCIONAL	8
4.1.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS	9
4.2 AGRICULTURA ORGÂNICA	10
4.2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS	11
5. COMPARAÇÃO	13
5.1 AGRICULTURA CONVENCIONAL X AGRICULTURA ORGÂNICA	13
6. CONCLUSÃO	15
	REFERÊNCIAS	16
1 INTRODUÇÃO
		Dentre os setores da economia, a agricultura é a que apresenta uma maior ligação com o meio ambiente, fato que exige um controle maior quanto aos assuntos ambientais e tem interferido na escolha de processos tecnológicos que efetuem essa exigência (ASSIS; ROMEIRO, 2002).
São vários os tipos de agricultura praticados no planeta, que podem ser definidos desde por meio da filosofia até por meio da característica do insumo utilizado, que na maioria das vezes, consistem em estratégias para aumentar a parcela no mercado (ORMOND et al., 2002). Neste estudo serão tratados dois tipos de sistema de produção: o convencional e o orgânico.
Considerando que a qualidade do solo pode variar devido a eventos naturais, ou pelo uso humano e esta qualidade é um aspecto importante para avaliar a sustentabilidade na produção, por meio da sua capacidade de realizar funções que afetam a produtividade, seja de plantas, animais ou de ambientes sendo que a prática de cultivo orgânico melhora a qualidade do solo (LIMA et al.,2007).
A agricultura orgânica é caracterizada como uma produção que não utiliza insumos químicos e apresenta uma preocupação com relação ao solo, planta e ambiente para contribuir na preservação do meio ambiente, bem como na saúde dos homens e dos animais, entretanto, o motivo relacionado ao consumo é devido aos benefícios relacionados à saúde, pela ausência de agrotóxicos do que pela preocupação ambiental (MARIANI; HENLES, 2014).
A produção de orgânicos originou-se no final do século XIX por meio de movimentos contrários ao sistema tradicional devido aos danos ambientais que eram causados, sendo que foi iniciado baseado em quatro vertentes: Agricultura Biodinâmica na Alemanha em 1942, que relacionava a produção animal e vegetal, como rotação das culturas e adubação verde; Agricultura Biológica na Suíça em 1930, que estimulava a preservação do meio ambiente, preconizava a qualidade biológica dos alimentos e a elaboração de fontes de energia renováveis; Agricultura Natural no Japão em 1935, que era baseada em preceitos religiosos de purificação da alma por intermédio da alimentação saudável; Agricultura orgânica na Inglaterra no ano de 1925 e no EUA em 1940, que é a caracterização atual (REZENDE, 2005).
Entretanto, o sistema convencional está baseado no uso de adubos químicos e agrotóxicos e no Brasil foi sinônimo de crescimento econômico na década de 70, conhecida como Revolução Verde, em que priorizava o uso intensivo da mecanização, adubos minerais de alta solubilidade e agrotóxicos. Este sistema não consegue atualmente estabelecer a sustentabilidade na visão social, ecológica e econômica (CONTERATO; FILIPE, 2009).
Na produção agrícola, mudanças são exigidas para a preservação do meio ambiente em que devem trazer benefícios à comunidade rural priorizando a relação do homem com o campo, porém o que se percebe na agricultura convencional que as vantagens empresariais ficam acima da sustentabilidade no campo (NETO et al., 2010)  
Esta revisão expõe os pontos fortes e fracos de cada um destes processos em seus detalhes, caminhando por diversos aspectos relevantes ao tema.
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL
Descrever os sistemas agrícolas convencional e orgânico, apresentando suas vantagens e desvantagens, bem como os impactos causados no ponto de vista social, ambiental e econômico, realizando uma análise crítica de ambos.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Realizar uma análise comparativa entre a agricultura orgânica e a agricultura convencional, assuntos relacionados (como agro-toxinas) e uma revisão teórica da literatura sobre o tema.
Posteriormente, pretende-se então estabelecer parâmetros para que o leitor desta análise tire suas próprias conclusões com relação às qualidades e defeitos de cada um dos objetos de estudo, de modo a adotar a alternativa que melhor o atenda de acordo com seu contexto.
3 METODOLOGIA
Realizou-se a revisão de literatura de artigos científicos retirados dos bancos de dados bibliográficos como o Scielo, a BDPA (Base de Dados da Pesquisa Agropecuária) e Capes. 
	A consulta nas bases de dados citadas foi realizada utilizando como descritores os termos: “Agricultura convencional” e “Agricultura orgânica”, com o filtro “país Brasil”. No total, foram selecionados 26 estudos.
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 AGRICULTURA CONVENCIONAL
Diversas mudanças estão relacionadas ao início da agricultura. Os primeiros agricultores já apresentavam vasto conhecimento acerca dos vegetais, além da compreensão de fatores ambientais como solo, clima, estações do ano, momentos do plantio, colheita e outras operações técnicas de manipulação (ALMEIDA JÚNIOR, 1995).
Ao analisar a linha do tempo da produção agrícola nota-se que nos séculos XI e XIII houve significativos aumentos de produtividade, dando origem ao que consideram a Primeira Revolução Agrícola. A evolução da tecnologia agrícola sempre esteve voltada ao objetivo de diminuir as restrições do meio ambiente e de necessidade de trabalho (ASSIS; ROMEIRO, 2002).
A agricultura convencional é descrita como o conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados do século XIX, conhecida como a 2ª revolução agrícola, que teve como suporte o lançamento dos fertilizantes químicos por Liebig. Este sistema expandiu-se após as grandes guerras, com o emprego de sementes manipuladas geneticamente para o aumento da produtividade, associado ao  emprego de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes) e da maquinaria agrícola. O agricultor é dependente de tecnologias/recursos/capital do setor industrial, que, devido ao seu fluxo unidirecional, leva à degradação do ambiente e à descapitalização, criando uma situação insustentável em longo prazo (EHLERS, 1999).
A evolução da tecnologia agrícola sempre esteve voltada ao objetivo de diminuir as restrições do meio ambiente e de necessidade de trabalho (ASSIS; ROMEIRO, 2002).
No Brasil a agricultura convencional começou a ter o seu crescimento por meio dos avanços tecnológicos e do crescimento econômico, isso ocorreu no século XIX e essa época foi considerada como a Revolução Verde, levando assim um aumento na pecuária e na produção agrícola do país. Este tipo de  agricultura era destinado somente aos grandes produtores, causando por consequência, um aumento na produção do meio rural e o avanço das indústrias (FILLIPE; CONTERATO, 2009).
A agricultura convencional é um conjunto de técnicas produtivas, que teve o seu crescimento e expansão após as guerras de maior dimensão, assim começando a ser utilizado o emprego de agrotóxicos e fertilizantes (EHLERS, 1999). Para a manutenção da agricultura convencional faz-se necessário o uso contínuo desses produtos químicos e também se encontra a diminuiçãodo uso da energia (GLIESSMAN, 2000).
Durante este período, utilizando o conceito de Revolução Verde para agricultura convencional, o qual remete a uma busca de aumento de produtividade utilizando insumos, que por sua vez são meios em curto prazo que traz resultados tanto na economia, quanto na eficiência da agricultura. Esta produtividade acabou contribuindo para uma redução na migração rural e uma melhoria na renda distribuída, entretanto, a agricultura convencional em longo prazo pode causar danos ao meio ambiente, pois acaba substituindo a mão de obra humana por tecnologia (SOUZA, 2005).
4.1.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS
No Brasil, apesar da ocorrência de agressões à natureza relacionadas ao desmatamento e à problemas de conservação dos solos, provocadas pelo sistema monocultural de produção serem observadas desde o período colonial, foi a modernização da agricultura, que se iniciou na década de 1960, e intensificou-se na década de 1970, que provocou, conforme coloca Graziano Neto (1982), o surgimento de problemas ecológicos que até então, ou não possuíam grande importância ou não haviam sido percebidos em toda sua extensão.
Tomando por base esta concepção, a pesquisa e o desenvolvimento dos modernos sistemas de produção foram orientados para a incorporação de pacotes tecnológicos, tidos como de aplicação universal, destinados a maximizar o rendimento dos cultivos em situações ecológicas profundamente distintas. Além disso, apesar do processo de modernização ter proporcionado à agricultura brasileira um grande dinamismo nos seus componentes estruturais, ele teve um caráter excludente, aumentando a concentração de riquezas e disparidades regionais no país, além de desequilíbrios ecológicos e comprometimento dos ganhos de produtividade.
4.2 AGRICULTURA ORGÂNICA
De acordo com o Ministério da Agricultura e Abastecimento (IN nº 007, de 17 de maio de 1999), o sistema de produção orgânica é todo aquele em que se adotam tecnologias que aperfeiçoem o uso de recursos naturais e socioeconômicos, respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto sustentação no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energias não-renováveis e a eliminação do emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais, também tóxicos, organismos geneticamente modificados (OGM)/transgênicos ou radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção, armazenamento e de consumo, e entre os mesmos, privilegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a transparência em todos os estágios da produção e da transformação (BRASIL, 2011 apud MARIANI; HENKES, 2015).
A agricultura orgânica consiste em um conjunto de processos de produção agrícola que parte do pressuposto básico de que a fertilidade é função direta da matéria orgânica contida no solo. A ação de microrganismos presentes nos compostos biodegradáveis existentes ou colocados no solo possibilitam o suprimento de elementos minerais e químicos necessários ao desenvolvimento dos vegetais cultivados. A existência de uma abundante fauna microbiana diminui os desequilíbrios resultantes da intervenção humana na natureza. A alimentação adequada e ambiente saudável resultam em plantas mais vigorosas e mais resistentes à pragas e doenças (ORMOND et al., 2002).
Segundo Mazzoleni e Nogueira (2006), em resposta às grandes transformações que ocorriam após a Segunda Revolução Agrícola com as monoculturas e agroquímicos, surgiram diversos movimentos no mundo, simultâneos e independentes. Inicialmente a agricultura biodinâmica, na Alemanha e Áustria, na década de 1920. Em 1930, a agricultura natural no Japão e a agricultura organo-biológica na Suíça e Áustria e nos anos 30 a 40 a agricultura orgânica na Grã Bretanha e EUA (DAROLT, 2002 apud MAZZOLENI; NOGUEIRA, 2006).
O produto para ser considerado orgânico deve ser certificado. No Brasil, a certificação teve origem informal, através do trabalho desenvolvido por organizações não governamentais (associações e cooperativas de produtores e consumidores), que estabeleceram padrões e normas internas para a produção e comercialização e criaram selos de garantia para seus produtos (selos de certificação), direcionados principalmente ao mercado interno (ORMOND et al., 2002). 
O processo para a obtenção deste certificado se inicia na solicitação a uma entidade certificadora. Nesta solicitação deverá constar o plano de manejo orgânico ou o plano de conversão da área. Após o recebimento do pedido, a instituição envia um técnico à propriedade para verificar as condições existentes e as medidas necessárias para que a produção possa ser certificada. O técnico elabora um relatório sobre a situação da propriedade e o encaminha ao Conselho de Certificação da própria entidade, que decide sobre sua concessão. O custo desse processo varia de acordo com os critérios de análise adotados em cada certificadora (ORMOND et al., 2002). 
	
4.2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS
A agricultura orgânica é uma aliada na redução do aquecimento global e efeitos climáticos, pois possui diversas técnicas para melhor realizar o cultivo da terra, assim estabelecendo condições melhores de fertilidades, tendo apresentado uma diminuição de alguns gases (carbono e nitrogênio) na atmosfera (MORGERA et al., 2012). Como nessa prática acaba não se utilizando produtos químicos, há uma melhor qualidade do solo em comparação ao cultivo intensivo da terra (WINQVIST et al., 2012).
A preservação do solo pode ser observada pela rotação de culturas, pois a matéria orgânica ajuda ações biológicas da terra, favorecendo na conservação do local (LYNCH, 2009). Estudos mostram que esse tipo de cultivo ameniza a contaminação dos recursos naturais, pois não há utilização de contaminantes (AZADI et al., 2011).
A agricultura orgânica também traz benefícios para o crescimento de empregos nas regiões, pois essa prática exigiu um aumento da mão de obra, e como é uma prática que está no início e, portanto, não tão desenvolvida, à muitas oportunidades de crescimento. E o trabalhador se beneficia na sua segurança, já que não se utiliza agrotóxicos, e chegando numa alimentação mais saudável, quando se é escolhido para consumir produtos orgânicos (MORGERA et al., 2012).
São inúmeras as vantagens dessa prática de cultivo, porém tem alguns pontos negativos como os custos altos dos produtos nem todos os agricultores estão preparados para executar esse tipo de agricultura (CAMPANHOLA et al., 2001).  
Vale ressaltar também, a questão do selo de garantia do produto, pois para obtê-lo é necessário o pagamento de uma taxa, e há uma forte fiscalização. Todo este processo é feito para se certificar a procedência do produto, desde o seu plantio até sua comercialização (FONSECA et al, 2009).
Como essa prática de cultivo não utiliza produtos químicos, são utilizados métodos de adubação animal (esterco), entretanto, podem ocorrer contaminações do solo (ABREU, 2010).
Os agrotóxicos são agentes de processos físicos, químicos ou biológicos . O uso de agrotóxicos foi adotado na década de 50 com a finalidade de controlar pragas, e aumentar o nível dos produtos do armazenamento, reduzindo assim as perdas e  aumentando a produtividade, sem seu uso, acarreta perda na produção, desemprego e pouca oferta de produtos decorrente das perdas.
Ao longo dos anos foram escritos livros sobre o início da utilização dos agrotóxicos e seus sintomas, um dos mais conhecidos foram o livro “Primavera silenciosa” que conta que durante a segunda guerra mundial os agrotóxicos foram adotados, pois combatem pragas nas lavouras e protegia os soldados contra mosquitos transmissores de doenças (ex: Malária), mas surgiram novos problemas a população, pois o uso dos DDT como substância para inseticida, comprovou que havia contaminação entre animais e ao ser humano onde doenças como câncer, malformação em crianças e deficiências era mais frequentes.
Também é de conhecimento que a exposição a agrotóxicos é maior em comunidades rurais e pequenos produtores, porcausa do uso sem a devida proteção ou excesso do agrotóxico em lavouras. A cada ano mais de 4.000 mil pessoas morrem por agrotóxicos, sabendo-se que toda a população é exposta através da alimentação ou pela exposição direta dos venenos.
5. COMPARAÇÃO
5.1 AGRICULTURA CONVENCIONAL X AGRICULTURA ORGÂNICA
A Monsanto, empresa multinacional de agricultura e biotecnologia define que a grande diferença entre os dois sistemas está em sua forma de produção. As fazendas nas quais é utilizado o método convencional de produção plantam diversos tipos de sementes (inclusive as transgênicas), que possuem benefícios tais como uma quantidade maior de Ômega 3, resistência à pragas ou à seca.
A agricultura orgânica busca diminuir os efeitos adversos da utilização de produtos químicos no ecossistema por meio da utilização de métodos alternativos para controle de pragas e doenças que afetam a plantação (SHINZATO; et al, 2007).
Por sua vez, a agricultura convencional utiliza intensivamente produtos químicos e agrotóxicos, tendo por justificativa o fato de cultivar plantas selecionadas para alto rendimento (BRASIL, 2017).
De acordo com um estudo realizado por Souza (1998), no qual ele realiza uma comparação entre os custos de produção de 1 hectare de tomate nos dois sistemas de produção (convencional e orgânico), o sistema de agricultura convencional teve um custo relativo 19% mais caro do que o orgânico. No mesmo estudo, porém com outras hortaliças, o autor obteve um diferencial de 14% (em média).
O sistema de produção orgânica está baseado em normas específicas de produção, as quais têm por objetivo estabelecer estruturas sustentáveis do ponto de vista social, ecológico e econômico. Todavia, o sistema de produção convencional não é capaz de estabelecer, justamente, a sustentabilidade do ponto de vista social, ecológico e econômico (MARIANI; HENLES, 2014).
Por ser um assunto muito pertinente, a Câmara dos Deputados criou em 2003 o Comitê de Gestão Socioambiental (EcoCâmara), objetivando incorporar os princípios de sustentabilidade em suas próprias atividades administrativas e operacionais, bem como debater, criar e aprovar leis que promovam o desenvolvimento sustentável do país (BRASIL, 2017).
Em sua página na internet, o EcoCâmara expõe um comparativo entre a agricultura convencional e a agricultura orgânica, como pode ser visto no Quadro 1, logo a seguir:
	Quadro 1 – Comparativo entre agricultura convencional e orgânica
	Convencional
	Orgânica
	Uso intensivo de adubos químicos e agrotóxicos, pois as plantas selecionadas para altos rendimentos requerem altas doses destes produtos.
	Uso de adubos orgânicos (composto, esterco, adubo verde) e controle alternativo de pragas e doenças.
	A monocultura, aliada a exigência de grandes escalas de produção.
	Produção mais diversificada, aumento da biodiversidade.
	A criação de espécies de pragas e doenças resistentes e a eliminação de seus inimigos naturais.
	Manejo ecológico das pragas e doenças.
	A degradação do solo e a contaminação de cursos d’água por práticas equivocadas: monocultura, uso intensivo de máquinas e implementos agrícolas, baixa cobertura do solo, entre outras.
	Uso de práticas conservacionistas do solo e preservação ambiental.
	A alta dependência externa de insumos e de energia não renovável.
	Busca a autosustentabilidade dos sistemas de produção.
	A contaminação de trabalhadores rurais e consumidores por usos indevidos de agrotóxicos e aditivos químicos.
	Produção de alimentos livres de contaminação por agrotóxicos: mais saúde para o trabalhador rural e para o consumidor.
	Fonte: Brasil (2017)
6. CONCLUSÃO
O sistema de produção orgânico é um sistema sustentável e menos prejudicial ao ecossistema como um todo, preservando então o ser humano e os componentes ecológicos contidos no sistema de produção.
Apesar de ser muito produtiva, a agricultura convencional utiliza muitos produtos químicos em seus processos, o que, em grande parte dos casos é agravado pelo uso excessivo, causando impactos ao ambiente.
Como o objetivo deste trabalho consistiu em demonstrar as vantagens e desvantagens de ambos os sistemas de produção, de modo a propiciar ao leitor deste artigo uma elucidação que o possibilite definir por si só qual o melhor para seu contexto, existem alguns pontos a serem ressaltados sobre ambos.
O sistema convencional tende a ser mais utilizado e bem visto, principalmente para os produtores, devido ao fato de serem mais produtivos, mesmo que, em contrapartida, sejam mais dispendiosos financeiramente.
Por sua vez, o sistema orgânico tende a ser mais utilizado e bem visto pelo consumidor, pois vai de encontro aos princípios que remetem à sustentabilidade e ao consumo de alimentos saudáveis, livres da ação de produtos químicos.
Com o olhar de um produtor, e com a evidência do incentivo do próprio governo para que a produção orgânica seja cada vez mais utilizada devido ao fator sustentabilidade, aliado ao fato de que o consumidor que possui certo conhecimento e/ou se preocupa com o alimento que está adquirindo, prefere comprar os alimentos produzidos por meio do sistema orgânico, faz surgir então uma nova oportunidade de mercado e oferece a possibilidade de oferecer produtos produzidos organicamente como um diferencial no mercado.
REFERÊNCIAS
ABREU, I.M.O. Qualidade microbiológica e produtividade de alface sob adubação química e orgânica. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 30, n.1, p. 108-118, 2010.
ALMEIDA JUNIOR, A. R. A planta desfigurada. Crítica das representações da planta como máquina química e como mercadoria. São Paulo, 1995,447 p. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo.
ASSIS, L.; ROMEIRO, A. R. Agroecologia e agricultura orgânica: controvérsias e tendências. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n.6, p.67-80, jul/dez. 2002. 
Editora UFPR.
AZADI, H.; SCHOONBEEK, S.; MAHMOUDI, H.; DERUDDER, B.; DE MAEYER, P.; WITLOX, F. Organic agriculture and sustainable food production system: Main potentials. Agriculture, ecosystems and environment. Amsterdam, v.144, p. 92-94, 2011.
BRASIL. Uma comparação entre a agricultura convencional e a orgânica. Câmara dos deputados – EcoCâmara. 2017. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/a-camara/programas-institucionais/inclusao-social-e-equidade/ecocamara/o-ecocamara/noticias/uma-comparacao-entre-a-agricultura-convencional-e>. Acesso em: 20 nov. 2017.
CAMPANHOLA, C. et al. A agricultura orgânica e seu potencial para o pequeno agricultor. Cadernos de ciência & tecnologia, v. 18, n. 3, p. 69-101, set/dez, 2001.
CONTERATO, M. A.; FILIPI, E. E. Teorias do desenvolvimento. SEAD. Editora UFRGS. Porto Alegre, 56p,2009.
EHLERS, E. Agricultura sustentável: origem e perspectivas de um novo paradigma. 2. ed. Guaíba, 1999. 157 p.
FONSECA, M.F.A.; SOUZA, C.; SILVA, G.R.R.; COLNAGO, N.F.; BARBOSA, S.C.A. Agricultura orgânica regulamentos técnicos e critérios para acesso aos mercados dos produtos orgânicos no Brasil. In: FONSECA, M.F. de A.C. Agricultura orgânica: regulamentos técnicos e critérios para acesso aos mercados dos produtos orgânicos no Brasil. Niterói: Pesagro – Rio, 119p., 2009. 
GLIESSMAN, S.R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre, 2000. 659 p.
GRAZIANO NETO, F. Questão agrária e ecologia: crítica à moderna agricultura. Editora Brasiliense. São Paulo, 156 p. (Coleção Primeiros Voôs, 12), 1982.
GOMES, E. P.; et al. Agricultura familiar e produção orgânica: uma análise comparativa considerando os dados dos censos de 1996 e 2006, 2013.
LIMA, H.V.; OLIVEIRA, T.S.; et al. Indicadores de qualidade do solo em sistemas de cultivo orgânico e convencional no semiárido Cearense. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, vol 31, n.5,p.1085-1098, 2007.
LYNCH, D. Environmental impacts of organic agriculture: A Canadian perspective. Canadian Journal of Plant Science, Ottawa, v.89, p.621-628, 2009.
MARIANI, C.M.; HENKLES, J.A.; Agricultura Orgânicax Agricultura Convencional: soluções para minimizar o uso de insumos industrializados. Revista Gestão Sustentável Ambiental, Florianópolis, v.3, n.2,p.315-338, out.2014/mar.2015.
MAZZOLENI, Eduardo. M; NOGUEIRA, Jorge. M. Agricultura orgânica: características básicas do seu produtor, 2006.
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MORGERA, E.; CARO, C.B.; DURÁN, G.M. Organic agriculture and the Law: environmental and social benefits of organic agriculture. FAO Legislative Studies, Rome, v.107, p.6-10, 2012.
NETO, N. C.; et al. Produção orgânica: uma potencialidade estratégica para a agricultura familiar. Revista Percurso, Maringá, v.2,n.2,p.73-95,2010.
ORMOND, J. G. P; et al. Agricultura orgânica: quando o passado é futuro, 2002.
REZENDE, C. L. O Agronegócio dos alimentos orgânicos. Curso de pós graduação Lato Sensu em agronegócios- MBA, Fundance- jul. 2005.
SHINZATO, A. V.; et al. Comparação dos sistemas de produção de tomate convencional e orgânico em cultivo protegido. Bioscience Journal, v. 23, n. 2, 2007.
SOUZA, J. L. Agricultura orgânica. Vitória: EMCAPA, 1998. v. 1, p. 169.
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