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Manga-Producao-agricola

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Prévia do material em texto

Dalmo L. Siqueira
luiz Carlos C. Salomão
Aluízio Borém
do plantio à colheita
Manga do planlio a colneila.
2019 LV-PP-00005.2019
111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
CPATSA-58624-1
EXIGÊNCIAS EOAFOCLlMÁ TICAS 3
Maria Aparecida do Carmo Mouco}, Magna Soe/ma Beserra de Moura/ e
Tony Jarbas Ferreira Cunha'
Introdução
A produção agrícola é uma das atividades econômicas mais
influenciadas pelo clima, o qual não interfere somente nos processos
fisiológicos responsáveis pela produção das plantas, mas em diversas
atividades do campo. Assim, é importante que se saiba como os
elementos meteoro lógicos podem influenciar os cultivos,
principalmente aqueles de maior importância, como a mangueira.
Cultivos da mangueira (Mangifera indica L.) são encontrados
em diferentes condições ambientais, desde regiões tropicais (25°N,
25°S) a subtropicais (35°N, 35°S) do planeta, porém o plantio de áreas
comerciais somente é viável dentro de valores bem definidos de
temperatura, precipitação, insolação, umidade relativa, ventos e
altitude. No Brasil, mesmo a mangueira sendo cultivada em todo o
território nacional, sua produção se concentra nas regiões Sudeste e
Nordeste, que respondem por mais de 98% da área cultivada
(AGRIANUAL, 2015). Na região Sudeste, a colheita está concentrada
1 Engenheira-Agrônoma, D.S. e Pesquisadora da Embrapa Semiárido.
E-mail: maria.mouco@embrapa.br
2 Engenheira-Agrônorna, D.S. e Pesquisadora da Embrapa Semiárido.
E-mail: magna.soelma@embrapa.br
3 Engenheiro-Agrônomo, D.S. e Pesquisador da Embrapa Semiárido.
E-mail: tony.cunha@embrapa.br
50 Mouco, Moura e Cunha
em novembro e dezembro, enquanto na regiao Nordeste, onde o
cultivo é feito principalmente em condições semiáridas, o manejo da
produção por meio de tecnologias para a indução floral e manejo de
irrigação permite o escalonamento da colheita durante o ano.
Geralmente, os valores ideais de temperatura, umidade e
radiação para a ocorrência de um determinado processo fisiológico
não são conhecidos, sendo dificil determinar seus limites ótimos.
Além disso, esses valores podem variar entre cultivares e estádios
fenológicos. Segundo Norrnand e Legave (2015), além dos efeitos
ind~viduais, devem-se considerar as interações entre temperatura,
urmdade do solo e do ar, radiação solar e incidência de ventos. Assim,
o clima afeta respostas fisiológicas, como a fotossíntese, que depende
da radiação, mas também da temperatura, do conteúdo de C02 e da
disponibilidade de água e minerais (FISHER et al., 2012). Além disso,
em áreas onde o cultivo é realizado sob irrigação, é de extrema
relevância que se conheçam os dados de evapotranspiração da cultura
(ETc), determinados por meio da relação entre o coeficiente de cultivo
(Kc) e a evapotranspiração de referência (ETo).
Dessa forma, é importante que se conheça como as condições
do ambiente (solo e clima) interagem com a mangueira, influenciando
nos aspectos de seu crescimento, desenvolvimento, produtividade e
qualidade dos frutos.
Solos
A cultura da mangueira tolera diferentes tipos de solos
(CRANE et al., 2009), desde que não sejam encharcados, alcalinos,
rochosos, extremamente rasos ou demasiadamente pobres. Adapta-se
melhor a solos profundos (> 2m), moderadamente férteis e bem
drenados (MOUCO et al., 2012). Entretanto, pomares podem ser
implantados tanto em solos leves ou pesados, se as outras condições
forem favoráveis, como: profundidade, drenagem e fertilidade.
Para bom desenvolvimento do cultivo, devem ser
consideradas as propriedades fisicas, como granulometria, estrutura,
densidade, drenagem, impedimentos à mecanização e profundidade do
solo. A profundidade do solum (horizontes A + B)é de grande
importância, pois consiste na camada do solo que vai ser explorado
L
Exigências edafoclimáticas- 51
pelo sistema radicular, que deve ser livre d~ impedimentos fi~icos,
traduzindo-se em volume de solo com agua e, ou, nutrientes
disponíveis. Por outro lado, solos com adensamentos genéticos, caso
dos Argissolos, comuns na região do Vale do São Francisco, devem
ser trabalhados com uso de escarificações ou subsolagem, na época de
implantação do pomar, pois também vão interferir na distribuição e
absorção adequada de água e dos nutrientes.
No que diz respeito às exigências nutricionais, algumas
práticas adotadas minimizam as necessidades do cultivo da mangueira
em solos de baixa fertilidade, como, por exemplo, calagem, para solos
ácidos, e incorporação de adubos verdes (coquetéis vegetais) com
leguminosas, gramíneas e oleaginosas, para solos com baixos teores
de matéria orgânica. O material oriundo das podas de condução e
produção das plantas - prática comum no manejo sob condições
semiáridas - também é normalmente incorporado nas linhas de plantio
com o mesmo objetivo. Assim, mesmo considerando a importância
dos nutrientes químicos para obtenção de adequadas produção e
qualidade de frutos, solos de textura arenosa e pobres em nutrientes,
como os Neossolos Quartzarênicos, comuns nas principais áreas de
produção no Vale do São Francisco, são explorados com a cultura por
meio de um manejo adequado da fertirrigação. Entre os Neossolos
Quartzarênicos, os que possuem pH variando de 5,5 a 6,8, devido à
maior disponibilização dos nutrientes nestas condições, são os mais
recomendados.
Radiação solar
A radiação solar é a fonte primordial de energia para os
diversos processos que ocorrem na superfície terrestre. É o principal
elemento meteorológico, visto que é ela quem desencadeia todo o
processo meteorológico, afetando a temperatura, a umidade do ar, a
velocidade do vento, a pressão atmosférica, a precipitação etc.
(PEREIRA et al., 2002). Assim, sua variação na superficie da Terra
influencia na definição de locais de plantio, que são aqueles que
apresentam elevados valores de radiação durante maior parte do
período de cultivo, porém não causam danos às plantas.
52 Mouco, Moura e Cunha-
Segundo Tiba (2000), a radiação solar diária no Brasil varia
entre 8 e 22 MJ m'; no trimestre maio-junho-julho são registrados os
menores valores, oscilando entre 8 MJ m-2, que ocorre ao sul do Estado
de Rio Grande do Sul, e 18 MJ m', verificado em uma vasta região
compreendida entre leste do Estado de Pará, oeste dos Estados de Ceará
e Bahia e a fronteira sul do Estado da Bahia. Esse autor informa que no
trimestre outubro-novembro-dezembro se verificam valores da radiação
solar à superficie entre 16 e 24 MJ m-2, e, independentemente da época
do ano, é na parte central da região Nordeste onde se verificam os
maiores valores de radiação solar do País. Esses valores de radiação são
propícios ao crescimento e desenvolvimento da mangueira, cuja
interceptação e absorção da radiação incidente dependem da localização
do pomar e da época do ano.
A produção de biomassa da mangueira se dá por meio da
conversão de energia radiante em carboidratos através da fotossíntese.
Assim, o crescimento e a produtividade da mangueira estão
diretamente relacionados com a quantidade de carbono fixado durante
esse processo e sua subsequente distribuição para os diferentes órgãos
das plantas. As variações ambientais influenciam a atividade
fotossintética, que pode ser utilizada como indicador do desempenho
da planta em determinado ambiente.
A quantidade de luz interceptada pelo dossel foliar é o
primeiro fator que afeta a fotossíntese. Ela varia em função da época
do ano (estação do ano) e nebulosidade e é influenciada pelas
condições de déficit de vapor de pressão e temperatura. Devem ser
mencionadas também as características diferenciais entre cultivares
com relação ao formato da copa e ao vigor, que interferem na
exposição e interceptação de luz pela folhagem. A intensidade da
coloração depende inicialmente de características varietais, mas é
influenciada por fatores ambientais, como a intensidade de luz
(LÉCHAUDEL et al., 2013). Por isso, a prática de desfolha é adotada
no manejo da mangueira, nas condições semiáridas, para favorecer a
coloração dos frutos, já que o sombreamento compromete odesenvolvimento da cor vermelha na casca - característica de
cultivares como Tommy Atkins, Haden, Keitt e Kent -, por
influenciar a produção de antocianina. A luz estimula a síntese de
antocianinas, mas temperaturas elevadas podem inibir a formação da
cor, visto que afeta a síntese e a estabilidade desses pigmentos. Assim,
53
, . edafoc~lim~át~ic~a~s ---------------------------------
~
durecem expostos diretamente à radiação s.ola:
quando os frutos ama rre muitas vezes no semiárido do Brasil, eo como oco - r dem exce.ss , tl'lizem produtos de proteção que sao ap ica os
ári o que se u
necesS . 3 1)mangas (FIgura . .sobre as
F
. 3 1 _Mangueira cultivar Palmer com frutos protegidos contra o
igura . li PEexcesso de radiação solar. Petro ma, .
Fonte: Maria Aparecida Mouco.
, m dos fatores que mais influenciam o
A temperatura eu. - fl 1 N
cultivo da mangueira, desde o crescimento até a mduçao ora. _o
entanto a luz é necessária tanto para a indução como ~ara f~~:a~~
das emas além de influenciar no tamanho ~ na cor os ,
isso ga imp'ortância dos tratos culturais, incl~md~ o :spaçamen:,o ed:
poda das plantas, visando a adequação à Ilummaçao e aeraçao
copa.
Temperatura e umidade do ar
A temperatura interfere no crescimento, uma vez .qu~ ~ovema
. . bili d as reações biológicas nas
os processos químicos e fiSICOS,Via I lzan.o . . - 'fi das
plantas e influenciando diretamente a distribuição geogra IC~ _
" (FISHER 2012). A mangueira pode tolerar uma van,aç.ao
especies , , t eraturas médias
si ificativa de temperatura, porem zonas com emp
gn . tr 22 e 27°C são consideradas as adequadas para o
anuais en e . an ueira Na Figura 3.2 é
desenvolvimento vegetatlvo e floral da m 'd~ 'al do Brasil onde
t mperatura me Ia anu ,
apresentado um mapa com a e . " a grande maioria do
se pode verificar que, do ponto de VIsta terrnico,
54
Mouco, Moura e Cunha
País ~presen~ boas condições para a produção da man . ,
~~c;:~n~o ~~ ~:~de Rid~SudleJSan~a Catari.ana e partes dO;;;;:do:
, o, o e aneiro e Mmas G .
apresentar algumas limitações em função d t erais, q~e podem
e emperaturas mais baixas,
Figura 3 2 - Temperatur êdi
. 1990. a me Ia anual do Brasil no período de 1961-
Fonte: INMET. Mapa elaborado por Saulo Medrado dos Santos Bolsista CNPQ/E b
' m rapa.
. Schaffer et aI. (2009) enfatizam ue a .
maiores rendimentos em latitudes subtropi q. mangueira ~em os
definida e acúmulo de graus di N reais, com uma estaçao seca
- Ia o entanto' .
condições extremas de tempera~a umid d ' e :;enclOnado que
devem reduzir a capacidade produtiva: a e e emanda hídrica
. 'ncias edafoclimáticasE.-age-- 55
A floração em mangueiras é induzida por um promotor floral
que depende principalmente da temperatura. Quando temperaturas
noturnas caem abaixo de 18°C em regiões subtropicais, existe um
estímulo à produção do promotor floral. Como resultado, temperaturas
baixas têm forte influência na indução floral de ramos.
Nas regiões tropicais, a indução floral dos ramos ocorre
apenas nas gemas terminais, que passam por um período de repouso
de no mínimo quatro meses (RAMIREZ; DAVENPORT, 2010). Nos
meses de verão, com temperaturas acima de 25°C, a poda de abertura
da copa tende a estimular brotações vegetativas em gemas axilares, e,
quando a poda é feita em períodos frios, normalmente tende a originar
as inflorescências axilares.
Resultados de trabalho desenvolvido por Espínola Sobrinho et
aI. (2004), no Rio Grande do Norte, mostram maior rendimento de
frutos em quadrantes de copa de mangueiras Tommy Atkins que
receberam maior intensidade de radiação e onde a temperatura foi
mais elevada. Dias mais ensolarados e baixa umidade relativa também
favorecem a polinização.
Durante a fase reprodutiva, a ocorrência de temperaturas
baixas é associada com a produção de frutos partenocárpicos, os quais
se apresentam sem sementes, disformes e não alcançam o tamanho
adequado. As baixas temperaturas (menores que 20°C como máximas
diurnas) também resultam em grão de pólen com baixa viabilidade,
interferindo também no crescimento do tubo polínico e na fertilização
reprodutiva da mangueira (HUANG et aI., 2010). No entanto, a
incidência de partenocarpia nos cultivares Haden e Ataulfo (PERÉZ et
aI., 2009) é associada com a ocorrência de temperaturas altas durante
a floração e início da frutificação. Assim, a faixa ideal de temperatura,
na fase reprodutiva, pode ser considerada determinante para a
produção de frutos normais e com desenvolvimento e qualidade
requeridos pelo mercado.
Com relação à qualidade de frutos, o aumento da temperatura
é favorável tanto ao crescimento como à qualidade, pela síntese de
compostos secundários e desenvolvimento da cor, em cultivares com
casca de cor vermelha (LÉCHAUDEL et aI., 2013). A combinação de
dias quentes seguidos de noites frias (12-20 "C) também induz cores
mais intensas nos frutos, enquanto noites mais quentes (28-32 "C)
56 Mouco, Moura e Cunha
incrementam O sabor da polpa. Frutos que se desenvolvem em
condições de baixa umidade relativa do ar têm normalmente mais cor,
enquanto a ocorrência de umidade relativa do ar acima de 80% facilita
a incidência de doenças, sobretudo durante a floração, o que acaba
comprometendo não somente a produção, como também a qualidade
de frutos; a incidência é mais severa com a alta umidade presente em
baixas temperaturas.
Mangueiras cultivadas em alta densidade ou mesmo que não
têm a poda como prática para manter a copa arejada e iluminada,
inclusive na parte interna, resultam em ambiente com alta umidade
relativa e menor floração e produção.
Ventos
Ventos acima de 20 km h-I podem causar danos à copa de
plantas, como quebra de ramos, queda de folhas, panículas e frutos,
bem como comprometer a floração e frutificação pela desidratação de
flores, alterar a movimentação de insetos polinizadores e reduzir a
viabilidade do pólen (FISHER, 2012).
Necessidades hídricas
o destaque do Brasil no cenário mundial como terceiro maior
produtor de frutas se dá, entre outros aspectos, devido à sua
abundância de recursos naturais, principalmente radiação e chuva. No
caso da produção de mangas, Moura et aI. (2015) padronizaram os
totais pluviométricos ótimos para condições de sequeiro entre 750 mm
e 1.600 mm. Contudo, nas áreas em que essas condições de chuva não
são satisfeitas, pode haver restrições em termos de área plantada,
quantidade produzida e qualidade da produção. Na Figura 3.3 é
apresentado o total anual de chuva para o Brasil. Pode-se verificar que
a maior parte da região Nordeste, mais especificamente o Semiárido
brasileiro, que inclui áreas do Norte de Minas Gerais, apresenta
restrições hídricas ao cultivo de mangueira, por falta de água de
origem pluvial; por outro lado, quase a totalidade da região Norte do
57
.Óc . s edafoclimáticas
E;(lgencza
~
de chuva o que pode resultar em alagamentos dasís tem excesso ,
pal ltl'vadas caso não haja drenagem no solo.
áreas cU '
J
..••....- ...-
Figura 3.3 _Precipitação anual do Brasil no período de 1961-1990.
Fonte: INMET. Mapa elaborado por Saulo Medrado dos Santos, bolsista CNPQ/Embrapa.
As mangueiras são moderadament~ :olerantes ao alagamento,
porém o mecanismo de adaptação às condlço:s de estresse - n? caso,
falta de oxigênio - não é suficiente para nao afetar o crescll~ento
vegetativo (comprimento e diâmetro de raízes e ramos), a fot?ssmtese
e a respiração das raízes. Da mesma forma, embora a manguelra dutiva
a entar eríodos secos por mais de oito meses, a fase repro utiva
p~e ser ~fetada, mesmo o cultivo tendo a habili~a~e de desenvolver
várias características de aclimatação às condlçoes secas, como
58 Mouco, Moura e Cunha
crescimento em profundidade das raízes, folhas mais espessas e
cutículas mais grossas, capacidade para reter e ciclar os nutrientes,
além dos duetos latíferos, que permitem que as folhas mantenham a
turgência pelo ajuste osmótico (SCHAFPER et al., 2009).
Além do total anual de chuva, sua distribuição ao longo do
ciclo produtivo é determinante para o crescimento, floração e
produção da mangueira. Éimportante destacar que a mangueira
cultivada em condições tropicais necessita de um período de estresse
hídrico para que haja resposta na floração. Esse período seco
necessário para induzir a floração pode variar com o tipo de solo, com
o cultivar e com a temperatura (noturna e diurna). Já períodos de
chuva durante a floração, frutificação e colheita são determinantes
para a polinização e frutificação, além de criarem condições climáticas
favoráveis à incidência de doenças e pragas, que comprometem a
produção e a qualidade de frutos.
Ramirez e Davenport (2010) citam vários trabalhos em que
períodos de estresse hídrico em baixas latitudes tropicais podem
favorecer o início da floração em mangueira, quando induz o repouso
dos ramos, em tempo suficiente para a maturação e diferenciação das
gemas. Já condições de estresse hídrico durante o desenvolvimento de
frutos pode resultar na abscisão destes e queda na produção,
principalmente quando o estresse ocorre nas primeiras quatro a seis
semanas da frutificação, momento em que a divisão de células é
rápida e as paredes celulares estão se desenvolvendo.
A fim de garantir maior produtividade e reduzir o risco pela
falta de água, muitos produtores de manga adotam sistemas de
irrigação que podem ser utilizados de forma complementar e, ou,
permanente, a depender da demanda atmosférica da área de plantio,
com destaque para os municípios de Petrolina-PE, e Juazeiro-BA,
onde é desenvolvida uma fruticultura irrigada altamente tecnificada.
Nesses municípios, a produção de mangas ocorre com uso de
modernas técnicas de manejo cultural, que, associadas à seleção de
datas de poda, adequado suprimento hídrico via irrigação e aplicação
de reguladores vegetais, possibilitam a colheita de frutas durante todo
o ano. Contudo, em se tratando de uma área com clima semiárido,
onde os recursos hídricos são limitados e existe elevada demanda
atmosférica, o uso da água pela irrigação precisa ser otimizado a fim
de evitar perdas por evaporação e drenagem, aproveitando ao máximo
59
. edafoc/i~m~á~tic~a~s---------------------------------
~ -
e está mais limitado a cada ano. Para ~sso, é
recurso natural, qu . _ da cultura (ETc) , ou seja, sua
esse. nhecer a evapotranspuaçao
PreCISOCOídrida hi ica. id ddemall . di - meteorológicas nas neceSSI a es
A influênCia das con içoes . - de referência
, dada pela evapotransplraçao
de água das cul:mas e ETc e a ETo resulta no coeficiente de
(ETo) e a relaçao entre a . - da ETo envolve apenas, ) Como a deterrmnaçao , d d
cultivo (Kc.. r 'comendada a utilização do meto o e
arâmetros chmatlcoS, e ." 1 PAO (Pood and Agricultural
P M tei th padromzado pe a r •
Pentnan- on ei di ão dos parâmetros meteorologlcos.. ti on) e a me iÇa .
Orgamza I " d des hídricas da mangueira.
No que se refere as necessi a 1 médios da
(2003) observaram va oresAzevedo et aI:. 4 1 mm respectivamente quando
evapotranspiraçã,o IguaIS a ~'~ mm ede,energia com base na razão de
utilizaram os metodos do. a anço 10 para a mangueira irrigada por
Bowen e do ba!anç~ h~drlco n~ s(2008) utilizando o método das
gotejamento. Ja TeIxeIra etd ~ 'rrninar ~ ETc da mangueira To~Y
correla~õ~s turbulenta~ para e ~o obtiveram média de 3,7 ~ dia".
Atkins irrigada por rmcroaspers, a avaliação das neceSSIdades
Na realidade, estes. autores fize::a ~iclo produtivo, quando foram
hídricas da mangueIra durante d 1 492 mm e 1.346 mm, enquanto
verificados valores da or.dem \ (2009) avaliaram apenas o período
Azevedo et al. (2003) e Silva et aI'. d 553 mm e 441 mm,
da floração à colheita, tota izan o
respectivamente. . - d ETc utilizada no, . ara deterrmnaçao a
Sob aspectos pratlco~, .p tili e o coeficiente de cultivo
. .' -' ecessano que se u I IZ 7manejo de irngaçac e n .' 1 (2008) o Kc variou entre O, e
(Kc). De acordo com Tel~elra et ~ 'tivo in;lusive a fase de formação
1,2, considerando todo o cIcl~ pro u de 'e'necessário fazer irrigação, é
(P' 3 4) Em areas on .das plantas l~a . " d d K determinados localmente, pOIS
importante venficar se ha da ltix e f c de solo sistema de irrigação,
estes podem variar c~m o eu t~ar, IPOdetermin~r a ETo, entre outros
manejo do pomar, meto do usa o para
aspectos.
60 Mouco, Moura e Cunha
1,60 - K - K", •••• K(a) (b)
Fev./05 Jun./05 Out./05Jan./04 Abr./04 Jul./04 Out./04 Out./04
Meses e ano
Figura 3.4 - Variação sazonal do coeficiente de cultivo ~iário em um
pomar de mangueiras em dois ciclos produtivos (~: 2003-
2004 e b: 2004-2005): Kc - coeficiente de cultivo com
base na evapotranspiração, Kcb - coeficiente de culti~o
com base na transpiração e Ke - com base na evaporaçao
do solo.
Fonte: Adaptado de TEIXEIRA et aI., 2008.
Cenários climáticos
De acordo com relatórios do Painel Intergovemamental Sobre
Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura terrestre poderá aumentar
entre 0,3 °C e 4,8 °C até o ano 2100 (INTERGOVERNAMENTAL
PANEL ON CLIMATE CHANGE, 2014), podendo alterar a
agricultura mundial de forma positiva e, ou, negativa, a depender do
local onde os cultivos são realizados. No Brasil, o aquecimento global
I . '1 s naspoderá causar impactos em grande parte dos eu tivos agnco a
pró ximas décadas comprometendo a produção de alimentos, levando
, bilhõ ema perdas que podem variar de R$ 7,4 bilhões até R$ 14 1 oes,
fi d d - agrícola2070, modificando profundamente a geogra Ia a pro uçao
no País (DECONTO, 2008).
No caso da mangueira, os impactos do aumento da
. . I t em suatemperatura do ar podem ser observados pnncipa men e d
'do efenologia alterando a época de repouso dos ramos e o peno
floração 'maturação e colheita de frutos. Existem modelos, que
, ecdicossimulam o efeito da temperatura em alguns dos processos es~ I
d D b ville et a .que ocorrem na mangueira, como o apresenta o por am re
. e'ncias edafoclimáticasEXlg-- 61
(2013), mas que não contemplam o ciclo completo. Normand e
Legave (2015) reportam ~ influência da temper~tura em ~uatro
processoS para a produçao de manga, que sao: fotossíntese;
desenvolvimento vegetativo, floração e frutificação; e produção e
qualidade de frutos. A temperatura, luz e CO2 são fatores importantes
que favorecem a fotossíntese. No entanto, temperaturas extremas
(>45 0C) ou níveis elevados de intensidade de luz podem
comprometer a fotossíntese.
Em estudo realizado por Moura et aI. (2011), foram
apresentados os efeitos das alterações do dióxido de carbono, da
temperatura e umidade relativa do ar e da disponibilidade de água no
solo sobre a duração do ciclo feno lógico e a evapotranspiração da
mangueira em Petrolina-PE. Esses autores consideraram acréscimo de
2,2°C na temperatura do ar, diminuição de 5,5% nos valores
absolutos da umidade relativa do ar e aumento de 22% na resistência
estomática e verificaram que o ciclo da mangueira foi reduzido de 350
para 313 dias, resultando em diminuição na evapotranspiração da
cultura em tomo de 11%.
Em razão da diversidade de cultivares e suas características
fisiológicas, a mangueira se adapta às condições de estresse hídrico,
mas este pode ser limitante não só ao processo fotossintético, como
também ao crescimento vegetativo, sobretudo sob condições de alta
demanda evaporativa ou grandes períodos de inundação. O aumento
da temperatura tende a estimular o vigor vegetativo da mangueira,
reduzindo o intervalo entre as emissões dos fluxos vegetativos e
atrasando o início do repouso necessário ao processo de indução
floral, que é impulsionada por temperaturas frias. Em uma avaliação
do aumento da temperatura do ar sob a produtividade das mangueiras
Kent e Tommy Atk:ins, Rodrigues et aI. (2015) verificaram que esses
cultivares respondem diferentemente à elevação da temperatura e que
o aumento da temperatura média mensal a partir de 3 °C poderá afetar
negativamente a produção da mangueira, reduzindo a quase o dobro
da produtividade observada com o aumento de 1°C, que também foi
menor do que a produtividade no ambiente natural de Petrolina-PE.
S~gundo Dambreville et aI. (2013), a temperatura tem também efeito
direto na viabilidade do grão de pólen, no tamanho da inflorescênciae
na frutificação.
62 Mouco, Moura e Cunha
Como o clima influencia na delimitação de regiões aptas ao
cultivo da mangueira, Moura et al. (2015) verificaram que, em
comparação com o clima atual, os cenários de altas e baixas emissões
de dióxido de carbono do IPCC (Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas) indicam que pode haver reduções nas áreas
apropriadas para o cultivo de manga sob condições de sequeiro no
Brasil; dessa forma, o manejo da cultura da manga deve ser adaptado
para tornar possível obter produção satisfatória em cenários de baixa
disponibilidade hídrica e aumento da temperatura. No caso de cultivo
irrigado da mangueira, Silva et al. (2010) informam que a região
favorável ao cultivo da manga que necessita de irrigação no Estado de
Pernambuco poderá aumentar em torno de 12% a 10%, considerando
os cenários pessimistas e otimistas de mudanças climáticas até o ano
de 2070.
É importante mencionar que a mangueira é uma espécie de
grande plasticidade ecológica, confirmada pela ampla distribuição
geográfica e adaptada a alguns ambientes estressantes. A grande
diversidade de recursos genéticos é uma oportunidade para
desenvolver programas de melhoramento e seleção visando ajustes,
junto com o manejo, e convivência com as mudanças climáticas.
Impactos do clima nas regiões
produtoras de manga no Brasil
Uma avaliação do desempenho da mangueira nos últimos anos
e nas principais regiões produtoras do País, por meio de dados
levantados pelo CEPEA e publicados pela revista Hortifruti Brasil
(PACHECO; ROCHA, 2015), mostra a interferência das condições
climáticas na produção e qualidade de frutos. Na Figura 3.5 são
apresentados os mapas da produção de manga no Brasil para os anos
de 2010 a 2013. Pode-se observar que todo o País produz manga,
mesmo nos Estados da região Sul, onde existe limitação térmica, mas
a maior parte em pequena quantidade. Contudo, existem municípios
ou polos onde se desenvolve uma agricultura mais tecnificada e a
produção é maior e mais consistente ao longo do tempo, como na
região de Petrolina-PE/Juazeiro-BA. Em geral, os municípios com
maior produção apresentam sistemas de irrigação nas áreas produtoras
Exigências edafoclimáticas-- 63
~ ma condição climática ideal, principalmente no que se refere
OU tem u d - I d. hídrico que propiciam elevada pro uçao ao ongo os anos.ao regime 1 , . " , I I
É claro que não é somente a questão climática responsave .pe o
da Produção agrícola' outros fatores podem estar associadossucessO ' , . d ducã
para que esses municípios apresentem esses mvelS e pro u:ao.--_ ....
at' .. .
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.4
---. ----
Figura 3.5 _Quantidade de manga produzida entre 2010 e 2013 no Brasil.
Fonte: Mapas elaborados por Paulo Pereira da SilvaJEmbrapa.
Na região Nordeste do País, em 2010, a pr,.?dução ~ a
qualidade da manga nas áreas cultivadas do V.a~e do Sao .Fra~clsco
foram favorecidas pelo clima seco, que perrrutiu a anteclpaçao. do
período principal de colheita, entre setembro e o~tubro.' do C.ultlv~r
Tommy Atkins. Já o cultivar Palmer, com a colheita mais tardia, nao
64 Mouco, Moura e Cunha-
alcançou retornos econômicos esperados, devido aos maiores volumes
no mercado. Em 2011, a produção de manga no Vale do São
Francisco no primeiro semestre foi comprometida pelo clima quente
que ocorreu durante o florescimento de algumas áreas, situação que
foi mantida nos anos seguintes, dificultando tanto o manejo adequado
da floração como a obtenção de rendimentos adequados ao alto custo
de produção da mangueira.
Nos pomares de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, em
2010, os rendimentos de frutos, sobretudo do cultivar Tommy Atkins,
que tinham sido crescentes até 2009, foram comprometidos pelas
restrições na disponibilidade de água para irrigação dos pomares,
situação que foi agravada nos anos seguintes e mantida até 2015,
devido à estiagem que incide na região desde 2010, limitando o
rendimento e, ainda, a qualidade dos frutos, principalmente pela
redução do calibre.
No Sudeste do País, a região Norte de Minas Gerais, de clima
semiárido, manteve a viabilidade do agronegócio no período em
discussão pela estratégia de planejar e escalonar a produção,
adequando-se em função do clima e da colheita nas regiões
concorrentes. A prática de produção de manga mineira tem sido
deterrninante para o sucesso do agronegócio e incremento de novas
áreas com o cultivo. Assim, por quatro anos não foram observadas
grandes variações climáticas que alterassem o período programado e a
produção e qualidade de frutos dos pomares das áreas cultivadas com
mangueira. No entanto, o calor excessivo e a pouca chuva do período
de floradas até o amadurecimento dos frutos, em 2015, reduziram
significativamente a produção esperada no Norte de Minas Gerais.
Nas áreas produtoras de São Paulo, que têm a produção
concentrada no final do segundo semestre, a incidência de
temperaturas elevadas, em junho e julho, comprometeu a floração da
manga em 2010. Já nos anos seguintes, a safra de manga foi
prejudicada pela incidência de ventos durante a floração, como
também de chuvas acima do volume habitual, induzindo queda de
flores e ocorrência de frutos partenocárpicos, atraso no período de
colheita, com o comprometimento da produção e qualidade de frutos.
O País foi um grande destaque no mercado internacional de
manga em 2015, pelo segundo ano consecutivo, em razão da
. . cias edafoclimáticas
EXlgen:::.-=--
65
ti idade do câmbio e do desabastecimento do mercado europeu~w . . . . .
d
.do à quebra de safra nos pnncipais concorrentes naCIOnaIS,o que,
eVl . I bé ib . b
1· do à baixa oferta naciona , tam em contn um para os ons preçosa~ - d d 'dmercado interno. No entanto, nao se po e esconsi erar os
no blemas no processo produtivo da mangueira, em decorrência das
pr~danças climáticas que vêm incidindo sobre as principais á~eas de
:ltivO no País. Assim, a avaliação da exploração do cultivo da
mangueira, nas quatro principais r.egiões~pr.odutoras, dur,a~te os
últimos cinco anos reafirma a importância da estratégia de
planejamento/ programação da pr?dução, evitando não so~ente
condições climáticas adversas, peculiares a cada uma, como tambem a
concorrência interna nacional. O escalonamento da produção é
necessário, visando reduzir os riscos do agronegócio, não somente na
fase de produção, como também na comercialização, com o uso de
manejo da floração e da diversificação de cultivares, com diferentes
ciclos de produção.
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