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ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA EPISTEMOLOGIA KANTIANA Prof. Paulo Nascimento Sapere audi! NOTAS BIOGRÁFICAS Nasceu e viveu em Königsberg (1724-1804), atual Alemanha. É considerado o principal dos filósofos iluministas. Operou o que ficou conhecido como “revolução copernicana do conheimento”. Autor dos livros Crítica da razão pura, Crítica da razão prática e A religião nos simples limites da razão. A revolução copernicana do conhecimento No tempo de Kant, a grande questão filosófica era acerca das possibilidades do que se pode conhecer e como se dá o ato de conhecimento. Kant apresentará uma resposta que conciliará as posições racionalista e empirista, que ele conhecia muito bem. Na sua Crítica da razão pura ele dirá: “todo conhecimento se origina com a experiência, mas nem todo conhecimento deriva da experiência”. A revolução copernicana do conhecimento Para Kant, a experiência é fundamental para o conhecimento do mundo (empirismo). Mas a experiência com os objetos é sempre enquadrada nas categorias a priori do entendimento (racionalismo). Tempo, espaço e causalidade, por exemplo, são para Kant, categorias a priori do entendimento, isto é, fazem parte da estrutura racional dos seres humanos. Logo, conhecer é submeter os dados da experiência às categorias a priori do entendimento, isto é, razão e experiência fazem parte de todo processo de conhecimento. Númeno e fenômeno Se os dados da experiência são enquadrados em categorias mentais a priori, não se pode saber como as coisas são em si mesmas. Só podemos conhecer as coisas dentro dos limites de nossa percepção. Às coisas em si mesmas Kant chamou de númeno. Às coisas como são percebidas ele chamou de fenômeno. Só temos acesso às coisas como fenômenos. Outros conceitos kantianos Conhecimento transcendental: é o conhecimento usado para conhecer as possibilidades do próprio conhecimento. Esclarecimento: é a saída do ser humano da condição de menoridade, de tutela, de dependência existencial, de situação de heteronomia. Maioridade do ser humano: é o imperativo que se coloca diante da sociedade humana de conduzir a si mesma. Tudo (fé, moral, etc.) deverá passar pelo crivo da razão. Liberdade: fazer uso de sua própria razão. Aplicações para a Ciência e para Psicologia Todo conhecimento humano está marcado pela subjetividade. Não existe conhecimento absolutamente neutro e objetivo acerca da realidade. Do ponto de vista do comportamento, não somos “tábula rasa” (Locke). Somos portadores de categorias biológicas a priori. A formação em Psicologia deve ser feita com liberdade, com autonomia e com maioridade.
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