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KANT - Slides de Aula

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Prof. Me. Adenízio Ferreira
UNIDADE I
Kant
 Kant – um dos grandes sistematizadores da história da filosofia, considerado um renovador 
de paradigmas e o que mais influência exerceu em todos os pensadores do século XIX, 
ainda que estes pareçam alheios às suas ideias.
 Comparações como oceano e universo para se referir ao seu sistema – o kantismo – não 
são excessos quando se leva em conta a grandiosidade e a profundidade de suas obras, 
principalmente: Crítica da razão pura, Crítica da razão prática e Crítica do juízo. Por esses 
títulos, sua doutrina também é designada criticismo.
Immanuel Kant
O que posso saber?
O que devo fazer?
O que posso esperar?
Kant
 Kant teve o mérito de trazer o sujeito raciocinante
à terra, ao terreno da experiência cotidiana, e de tornar 
a filosofia uma espécie de guia para a conduta humana 
no mundo. Com isso, plantou as sementes de novas 
disciplinas, como a antropologia e a sociologia, que 
vão se debruçar sobre o novo homem cosmopolita, 
o cidadão, que começava a se forjar em uma Europa 
em transição, cercada de mudanças sociais, políticas 
e econômicas.
 É bem provável que você já tenha lido ou ouvido que Kant é, na história dos filósofos, um 
dos mais complexos que se pode encontrar e que sua obra é hermética, cabendo apenas 
a iluminados o domínio de seus conceitos com clareza. Há certo exagero nessa rotulação. 
Encontramos, sim, dificuldades de natureza linguística e até discursiva nos seus textos, mas 
isso não justifica a fama imerecida de filósofo incompreensível. Temos que desconstruir esse 
tipo de lenda para iniciarmos o estudo da disciplina sem nenhum preconceito.
Kant
Kant e a Filosofia Moderna
 Vamos fazer a contextualização do sistema kantiano junto às grandes correntes da história 
da filosofia e identificar o foco temático predominante no período denominado filosofia 
moderna (séculos XVII e XVIII).
 A filosofia moderna corresponde ao terceiro período da divisão da história geral da filosofia. 
Trata-se do período intermediário entre a filosofia medieval (séculos III a XIV), que a 
precedeu, e a filosofia contemporânea, que se inicia no século XIX e chega até os nossos 
dias. Por sua vez, a filosofia moderna é antecedida pelo renascimento (séculos XV e XVI).
Kant
 A filosofia moderna é o período da história da filosofia que se estende do século XVII ao XIX, 
iniciando com os trabalhos do racionalista René Descartes e encerrando com os estudos do 
idealista Hegel e dos filósofos materialistas. É no período da filosofia moderna que se situa 
o kantismo, no qual o processo de construção do conhecimento e a verdade sobre esse 
conhecimento entram em suspeição. É nesse período que, reconhecendo a urgência de 
a filosofia descobrir seus fundamentos científicos, Kant vai internar a razão na UTI da 
metafísica para verificar se esta tem condições de dar sustentação à razão.
Kant
 A filosofia começa a perder seu traço escolástico e se converte em atividade de livre pensar.
 Os maiores representantes são Descartes, Leibniz, Bacon, Locke, Hume e, principalmente, 
Kant. A nova filosofia busca suas fontes não mais nas doutrinas ou tratados dos clássicos, 
mas em toda a amplitude da realidade, com foco e interesse em toda espécie de tema da 
vida cotidiana.
Kant
Qual das afirmações a seguir não pertence ao período moderno?
a) O Renascimento marca o início da Filosofia Moderna.
b) A modernidade marca o início do surgimento de novos centros acadêmicos e universidades 
exclusivamente laicos.
c) Na modernidade prevalece a visão teocêntrica do mundo.
d) Os maiores representantes são: Descartes, Leibniz, Bacon, 
Locke, Hume e Kant.
e) Na modernidade a razão recebe novas atribuições.
Interatividade
Resposta
Qual das afirmações a seguir não pertence ao período moderno?
a) O Renascimento marca o início da Filosofia Moderna.
b) A modernidade marca o início do surgimento de novos centros acadêmicos e universidades 
exclusivamente laicos.
c) Na modernidade prevalece a visão teocêntrica do mundo.
d) Os maiores representantes são: Descartes, Leibniz, Bacon, 
Locke, Hume e Kant.
e) Na modernidade a razão recebe novas atribuições.
 A filosofia moderna representa o período que vai de 1598 (nascimento de René Descartes) 
até 1781 (publicação da Crítica da razão pura, de Immanuel Kant). Pode ser dividida em 
duas grandes vertentes filosóficas: o empirismo de Bacon, Berkeley, Locke e Hume, e o 
racionalismo de Descartes, Leibniz e Baumgarten. Vários desses autores tiveram influência 
direta no kantismo.
 Descartes desenvolve um método intuitivo com base no apriorismo que, por meio da 
identificação de ideias claras e distintas, procede dedutivamente, como uma série de 
teoremas matemáticos, até atingir verdades lógicas e indubitáveis que adota como pilares 
para a construção do edifício do conhecimento.
Influências sobre Kant
 A ascendência de Leibniz sobre Kant advém de um elo intelectual de relacionamento na 
pessoa do filósofo Christian Wolff, que foi discípulo de Leibniz e, depois, autor do manual 
de metafísica que Kant estudou na Universidade de Königsberg.
 Lendo Wolff, Kant aprendeu que a gnosiologia de Leibniz tem seu fundamento na lógica 
universal que, por seu lado, fornece um método para distinguir e inventariar todos os 
conhecimentos. Esses conhecimentos devem atender a dois critérios: as verdades de razão 
(juízos universais e necessários) e as verdades de fato (juízos particulares e contingentes).
Withelm Gottfried Leibniz (1646–1716)
 Escreveu o Novum Organum. 
 Mas não foi o conteúdo epistemológico desse trabalho que interessou diretamente a Kant. 
Foram os alertas do filósofo contra o dogmatismo que transbordava das autoridades da 
época, baseado em discursos ideológicos que despertaram Kant.
 As ideias de Bacon ajudaram Kant a purificar a razão, libertando-a das imposições, 
representadas pelos ídolos, espécie de preconceitos cultivados pelas autoridades.
Francis Bacon (1561–1626)
 O método de Newton era diametralmente oposto ao método cartesiano. Descartes partia 
de hipóteses imaginadas arbitrariamente, que deveriam, em uma sequência dedutiva, ser 
conferidas e confirmadas na realidade objetiva. Se não houvesse correspondência, buscava-
se outra via teórica para levantar novas hipóteses.
 Newton repetia que hipóteses ele não inventava (hypothesis non fingo) e postulava que 
é da observação positiva (empírica) dos fenômenos e das relações entre eles que surgem as 
suspeitas. Essas suspeitas sugerem hipóteses teóricas que voltam, à prática experimental, 
para uma necessária confirmação, sempre acompanhada de mais e mais observações e 
medidas para comprovação. A partir de deduções, baseadas nas novas observações e
dados, pode-se chegar a conclusões sólidas e indiscutivelmente 
verdadeiras, positivas, ou seja, científicas.
Isaac Newton (1642–1727)
 Diferentemente de Descartes, Locke ensina que não há ideias inatas e que todas, sem 
exceção, vêm da experiência. Compara o entendimento a uma tábula rasa ou folha em 
branco, na qual o espírito recebe a impressão (estampagem) dos objetos da experiência, 
pela via da sensação.
Segundo Locke, o espírito tem três funções:
1. Combinar as ideias simples em uma só síntese para formar ideias complexas.
2. Agrupar duas ou mais ideias simples e/ou complexas para 
formar ideias de relação.
3. Separar, por abstração, as ideias agrupadas entre si, 
segundo a natureza comum, em direção à formulação 
de ideias gerais.
John Locke (1632–1704)
 A epistemologia de Berkeley considera que o objeto sensível existe como ser, 
exclusivamente, no ato de percepção e enquanto o sujeito o mantém em pensamento. 
Quando o sujeito deixa de pensar no objeto (coisa), significa que ele desaparece. Assim, 
para o filósofo irlandês, o ser (essência) está presente no que é percebido – ser é perceber 
(esse est percipi). Qualquer sensação, seja na esfera da sensibilidade ou da afetividadepsicológica, é um fato da consciência que não existe senão na alma (espírito).
George Berkeley (1685–1753)
 Kant elogiou Baumgarten, considerando-o um “excelente analista”, e escreveu sobre sua 
obra de metafísica: “foi o mais útil e mais profundo dentre todos os manuais do gênero”. 
Mesmo sendo contemporâneo, os dois filósofos não devem ter se encontrado nenhuma vez.
 Baumgarten antepôs à metafísica a necessidade de uma teoria do conhecimento e foi 
o primeiro a dar a essa doutrina epistemológica a designação de gnosiologia. Para ele, 
a epistemologia divide-se em duas partes fundamentais: a estética, que tem por objeto 
o conhecimento sensível (gnosiologia inferior); e a lógica, que trata do conhecimento 
intelectual (gnosiologia superior).
Alexander Gottlieb Baumgarten (1714 –1762)
 Hume foi o maior demolidor da metafísica entre os empiristas, aos quais critica, também, 
por eventuais traços de apriorismo. Para o filósofo escocês, não existe a metafísica e, 
consequentemente, conceitos de substância, alma e Deus são ficções da fantasia humana.
 Contudo, da leitura da obra humeana, o que mais incomoda Kant é a possibilidade de um 
ceticismo radical, ao negar todo pensamento que não seja derivado rigorosamente da 
experiência. A esse respeito, no prefácio da primeira Crítica, atribui a Hume o seu despertar 
de um “sono dogmático”. Sono dogmático que significaria a aceitação passiva e acrítica das 
explicações metafísicas do mundo. Bem ao espírito do iluminismo alemão, acordar do sono 
representa um choque de realidade e uma vacina contra o ceticismo do sujeito, ante as 
verdades estabelecidas sem questionamento.
David Hume (1711–1776)
 Kant concorda com as ideias de Rousseau quanto ao papel da educação ser o principal 
instrumento para superar as diferenças sociais. Para ambos, o problema político-social 
depende, em última instância, da orientação pedagógica desde a infância. Essa tese é 
defendida por Kant, em sua última obra, A pedagogia (1803), publicada um ano antes de 
falecer.
Jean-Jacques Rousseau (1712–1778)
Kant acordou assustado do seu sono dogmático, pois seu caminho estava impregnado de 
conteúdo metafísico, desde a época de graduação, com as lições de: a leitura de qual filósofo 
fez Kant despertar do sono dogmático? 
a) Jean-Jacques Rousseau.
b) René Descartes.
c) Withelm Leibniz.
d) David Hume.
e) Isaac Newton
Interatividade
Kant acordou assustado do seu sono dogmático, pois seu caminho estava impregnado de 
conteúdo metafísico, desde a época de graduação, com as lições de: a leitura de qual filósofo 
fez Kant despertar do sono dogmático? 
a) Jean-Jacques Rousseau.
b) René Descartes.
c) Withelm Leibniz.
d) David Hume.
e) Isaac Newton
Resposta
 Racionalismo e Empirismo.
 Kantismo.
 Idealismo e Positivismo.
Kant – divisor de águas
 O iluminismo foi o movimento filosófico, político e social ocorrido na Europa, no século XVII, 
denominado o século das luzes. Historicamente, o movimento está situado no intervalo entre 
duas revoluções: a Revolução Gloriosa, na Inglaterra, de 1688, e a Revolução Francesa, de 
1789.
 De acordo com a denominação, o iluminismo tem como projeto cultural “iluminar” os homens, 
na consciência, ante o obscurantismo derivado da tradição religiosa e do passado. Segundo 
os mentores do movimento, as ideias enraizadas no passado atrasavam a chegada dos 
tempos modernos para a ascensão da humanidade a um status de civilização.
Kant – Iluminismo
 A origem do termo iluminismo, que batiza o movimento, é atribuída a uma declaração de 
Kant, de 1784, na qual o filósofo, depois de se perguntar se vivia em uma época iluminada, 
teria respondido afirmativamente, ensinando que o esclarecimento (Aufklärung) é a 
alternativa dos homens para uma vida de sabedoria.
 Contudo, nas versões de outros países, o termo iluminismo acabou tendo preferência ao 
termo esclarecimento, derivado da tradução imperfeita de Aufklärung (esclarecimento, em 
alemão). Iluminismo tem um vestígio da tradição religiosa que os filósofos profanos do 
movimento pretendiam, mas não conseguiram, eliminar.
Aufklarung
 A acolhida geral pelo movimento das luzes trouxe grande contribuição para o pensamento 
filosófico, possibilitando as seguintes transformações:
 Mudanças na forma de se fazer política e de ensinar.
 Mudanças na regulação e autonomia do mercado econômico, convergindo em conquistas 
dos direitos fundamentais e humanos.
 Respeito aos indivíduos em sua liberdade de pensamento e de ir e vir.
 Maior tolerância às práticas religiosas, promoção e defesa 
da dignidade da pessoa junto a um Estado moderno e livre 
das amarras do absolutismo, dando lugar a um poder do povo 
para o povo, mediante a instauração gradativa e plena da 
democracia como forma mais equilibrada de governar.
Frutos do Iluminismo
 A razão iluminista é potencialmente analítica, no sentido de que é:
 Capaz de adquirir conhecimentos, principalmente a partir de dados da experiência, agora 
considerados legítimos e verdadeiros.
 Capaz de analisar a experiência para tentar compreender, por um processo de síntese entre 
o empírico e o racional, a lei que governa essas duas esferas, à primeira vista incompatíveis.
 Capaz de produzir novos conhecimentos, com autonomia da razão, que sai da sombra dos 
agentes heterônomos do passado e da tradição.
Razão Iluminista
 O grande expoente do iluminismo alemão foi Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716). 
Incursionou por vários territórios das ciências e contribuiu com descobertas importantes em 
campos diferentes de conhecimento. 
 No campo da filosofia, Leibniz desenvolveu uma filosofia idealista singularíssima, segundo 
a qual todos os seres são constituídos por substâncias simples e espirituais, as mônadas, 
entre as quais reina uma harmonia preestabelecida. A epistemologia de Leibniz inspirou Kant 
na admissão de um duplo estatuto para o conhecimento verdadeiro: as verdades de fato e as 
verdades da razão, aproximando, no ato de cognição, a esfera da sensibilidade à esfera do 
intelecto.
Iluminismo alemão
 A situação de menoridade, apontada incisivamente por Kant na resposta, é a situação 
em que o sujeito cidadão, tendo possibilidade de pensar por si mesmo, desiste dessa 
capacidade livre e a delega a outros agentes: o oficial, o funcionário, o clérigo, o professor 
etc. O sujeito cidadão, acostumado a que outros pensem por ele, torna-se um acomodado 
e acredita tratar-se de uma característica própria da natureza humana.
 Kant é severo na admoestação crítica que faz a esse tipo de conduta racional: há uma culpa 
sim, no caso, uma culpa própria individual, que é a mesma culpa de todos os que aceitam tal 
forma de alienação – desistir de pensar e consentir que outrem assuma esse intransferível 
dever pessoal.
Menoridade e maturidade
 A vida do jovem e do homem Immanuel Kant foi de uma regularidade comum para os 
padrões do século XVIII. Certamente, essa normalidade, sem surpresas e sobressaltos, 
forjou a grande determinação do jovem e o fez dedicar-se unicamente aos estudos para 
criar uma obra original na história da filosofia.
 Kant nasceu no dia 22 de abril de 1724, na cidade de Königsberg, na Prússia Oriental, atual 
Kaliningrado, território russo. Viveu no mesmo local provinciano durante oitenta anos e 
adotou um regime de vida espartano, com uma rotina de trabalho voltada exclusivamente às 
atividades de leitura e pesquisa acadêmicas. Quando ficou conhecido por causa das edições 
de seus livros e seu trabalho se tornou público, morava ainda na casa de seu modesto pai e, 
só com idade mais avançada, mudou-se para uma casa própria.
Vida e obra de Kant
 A mãe de Immanuel era uma prussiana de origem humilde, com uma inteligência acima da 
média. Influenciou fortemente a formação do filho no amor pelo conhecimento e no estímulo 
à prática de valores religiosos. Seu pai, filho de escoceses, era um seleiro que cortava tirasde couro e criou seus vários filhos em um ambiente de disciplina e severidade. 
 A família esteve envolvida com o movimento pietista da igreja luterana, onde Kant recebeu 
uma rígida formação religiosa.
 Alguns biógrafos relatam que Kant não se sentia confortável 
na presença de mulheres, nas raras vezes que participava dos 
ambientes da corte, pois julgava que elas careciam de talento 
para conversas sérias. Talvez, por esse mesmo motivo, não 
se casou e nem teve filhos, vivendo uma rotina de solidão, 
hábitos simples e sem ambições sociais.
Família
Que é o Iluminismo? Qual das alternativas a seguir não se refere ao Iluminismo?
a) O Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade.
b) Iluminismo é chamado de idade das trevas.
c) O Iluminismo trouxe grande otimismo científico.
d) O Iluminismo foi acompanhado de grandes revoluções.
e) No Iluminismo o homem é o centro.
Interatividade
Que é o Iluminismo? Qual das alternativas a seguir não se refere ao Iluminismo?
a) O Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade.
b) Iluminismo é chamado de idade das trevas.
c) O Iluminismo trouxe grande otimismo científico.
d) O Iluminismo foi acompanhado de grandes revoluções.
e) No Iluminismo o homem é o centro.
Resposta
 Na universidade, conheceu o professor Martin Knutzen, seguidor de Wolff, que escrevera 
uma obra intitulada Prova filosófica da verdade da religião cristã (1740), na qual compara, 
criticamente, os dogmas do pietismo aos princípios do wolffismo. A influência do professor 
Knutzen no jovem estudante foi decisiva. Com a orientação do mestre, Kant pôde 
aprofundar-se na filosofia de Leibniz e Wolff, e passou a se interessar por ciências naturais, 
especialmente pela mecânica de Newton, dedicando a maior parte do tempo às lições de 
física, matemática e medicina.
Estudos acadêmicos
Desde a apresentação da tese no concurso da Universidade de Königsberg para ser nomeado 
professor titular de lógica e matemática, Kant tinha em mente um esboço dos temas que 
comporiam suas grandes Críticas. Ao se concentrar por onze anos para escrever a primeira 
Crítica resolve, a tempo, dividir os temas em três obras:
 a Crítica da razão pura, que trata das leis, fundamentos e natureza do conhecimento;
 a Crítica da razão prática, que trata da metafísica e da moral; e
 a Crítica do juízo, que trata da natureza do juízo estético 
e da finalidade do mundo e do homem.
Fama de bom professor
 Em relação à saúde, Kant era ansioso e vivia procurando meios de prolongar sua vida. 
Imaginava que a maioria dos remédios era veneno e evitou tomá-los até idade bastante 
avançada. Era cuidadoso com a dieta e fazia apenas uma refeição por dia. Saia da cama 
todos os dias às cinco da manhã e trabalhava arduamente durante as horas planejadas, 
todos os dias da sua vida.
 Dizem que os habitantes de Königsberg se orientavam, em suas atividades diárias, por meio 
das idas e vindas de Kant pela cidade, rigorosamente, sempre no mesmo horário do dia. Era 
conhecido de todos por ser um homem solitário, metódico, totalmente dedicado à vida de 
estudos.
Saúde
 A formação intelectual de Kant iniciou-se com a leitura dos clássicos, das obras de teologia 
e dos livros de ciências físicas e naturais, principalmente as obras de Isaac Newton. Vem 
da leitura destes últimos sua postura de cientista, rigoroso com o detalhe, atento aos 
pormenores e curioso pelos mecanismos de funcionamento das coisas e pelo desvelamento 
dos movimentos do mundo. Entre as curiosidades, destaca-se, no campo da filosofia, sua 
minuciosa investigação do processo de intuição que contrapõe, face a face, um sujeito 
e um objeto no ato de cognição.
Formação de Kant
A produção bibliográfica de Kant costuma ser dividida em três fases ou períodos:
 Pré-crítico: corresponde à filosofia dogmática de aceitação da metafísica racionalista 
de Leibniz e Wolff e a leitura dos físicos e matemáticos como Newton e Galileu.
 Crítico: abrange a fase de redação das suas obras mais conhecidas e influentes –
Crítica da razão pura, Crítica da razão prática e Crítica do juízo.
 Pós-crítico: quando publica diversos estudos e opúsculos, demonstrando vigor 
e originalidade na continuidade do seu pensamento filosófico.
Produção bibliográfica de Kant
Segundo Abbagnano (2000), a cronologia das obras permite ainda distinguir três períodos 
literários de Kant:
 O primeiro que vai até 1770, quando ingressa na universidade para ministrar lições de lógica 
e metafísica, período em que prevalece seu interesse pelas ciências naturais e matemáticas.
 O segundo que vai até 1781, ano da publicação da Crítica da razão pura, em que acentua 
seu interesse pela filosofia e abraça definitivamente seu projeto de estatuir a metafísica como 
uma ciência.
 O terceiro período, de 1781 até sua morte, em que se 
concentra nas questões da filosofia transcendental, com 
desdobramentos para o campo da ética e da teologia.
Produção bibliográfica de Kant
O criticismo de Kant é uma filosofia que busca responder a três perguntas básicas:
Que posso saber?
Que devo fazer?
Que posso esperar?
 A vida de Kant, precisamente a vida de uma pessoa 
intelectual, estimulada desde cedo pelos familiares e 
preceptores, foi uma tentativa permanente de dar respostas a 
cada uma dessas questões. Esse percurso de intelectualidade 
é o que se denominou chamar o caminho kantiano, no qual o 
filósofo procura dar soluções convincentes a cada questão, 
tomando para si a missão de tirar seus conterrâneos do 
estágio de confusão mental.
Caminho kantiano
 Dos empiristas, Kant considera, não sem reservas, a importância da experiência fenomênica, 
admitindo que a maior quantidade de conteúdo da cognição – a matéria do conhecimento – é 
recebida pelas portas dos sentidos. Dos racionalistas, embora tenha, também, ressalvas 
profundas às suas teses, reconhece que a razão constitui a única e suprema instância na 
formulação das ideias.
Em busca do método
 A revolução copernicana de Kant, ao fazer o objeto orbitar em torno do sujeito, afirma a 
primazia deste no ato cognitivo, transformando-o e reconhecendo sua participação de sujeito 
construtor. Seu papel não será mais ser submisso à força da impressão do objeto na mente 
tabula rasa, ou ser submetido aos caprichos de uma razão suprassensível, que sobrevoa 
sem habitar seu corpo.
 A revolução copernicana ocorrida com Kant requer uma nova postura metodológica ante 
o sujeito cognoscente, vai exigir deste um protagonismo relativo no ato de conhecimento, 
afirmando a autonomia da razão. Não é mais o sujeito que tem que se espelhar para 
reproduzir a realidade do objeto (ontologia), mas o objeto é que tem que se adequar ao 
sujeito (epistemologia).
Revolução Copernicana de Kant
Qual é o ponto chave da epistemologia de Kant? Compreender essa questão metodológica 
significa compreender o projeto do filósofo.
a) A experiência.
b) A verdade.
c) O fenômeno.
d) O caos.
e) A razão.
Interatividade
Resposta
Qual é o ponto chave da epistemologia de Kant? Compreender essa questão metodológica 
significa compreender o projeto do filósofo.
a) A experiência.
b) A verdade.
c) O fenômeno.
d) O caos.
e) A razão. 
(Os limites da razão, para Kant, são os limites do humano, 
e querer atravessá-los, em nome de qualquer entidade, 
pessoa ou instituição, é reduzir o ser humano racional a uma 
condição subserviente de escravo ou de coisa).
ATÉ A PRÓXIMA!
Prof. Me. Adenízio Ferreira
UNIDADE II
Kant
Desde o início de suas reflexões, Kant precisou delimitar os objetos distintos de cada instância 
do ato de cognição. Qual o objeto da sensibilidade? Qual o objeto do entendimento? Qual o 
objeto da razão? Assim por diante. Para definir esses objetos e os seus limites, partiu de uma 
distinção entre duas realidades que deveriam estar conectadas entre si:
 O mundo sensível; e
 O mundo inteligível.
Conceitos e fundamentos da epistemologia de Kant
 Razão,segundo Kant, é a faculdade que fornece ao sujeito os princípios do conhecimento a 
priori; logo, ela contém esses princípios. A razão é pura, pois se trata de uma faculdade 
intelectual puramente espontânea e independente da experiência.
 “Puro” é o qualificativo da razão e, por extensão, de suas formas, princípios e categorias, 
significando que ela não foi determinada, “contaminada” pela experiência, embora tenha sido 
estimulada ou provocada a pensar, unicamente, a partir da experiência (1989, p. 16).
 As três faculdades do conhecimento: a sensibilidade, o entendimento e a razão.
Razão
 Sensibilidade é a primeira fonte de conhecimento do espírito humano. É uma das três 
faculdades agentes na construção do conhecimento para Kant. As outras são o 
entendimento e a razão; todas funcionam harmonicamente, orquestradas pela razão.
 A sensibilidade é a capacidade de o sujeito receber representações dos objetos (coisas) do 
mundo, de acordo como estes afetam os seus sentidos no ato de cognição.
 As duas dimensões da sensibilidade – o tempo e o espaço –
são formas a priori, isto é, são elementos universais e 
necessários para a concretização do conhecimento; são 
apostas do sujeito na intuição do objeto, reencontradas em 
todos os objetos por todos os sujeitos, invariavelmente.
Sensibilidade e formas a priori
 Tempo e espaço são as formas a priori da sensibilidade. São conceitos elementares puros 
ou elementos formais da sensibilidade (1988, p. 56).
 O tempo, ensinava Aristóteles, é um ser da razão, está formalmente na alma e apenas, 
fundamentalmente, nas coisas. Há um conteúdo intelectual e não meramente sensível na 
experiência. Para Kant, o tempo está na relação do sujeito com o objeto no momento mesmo 
do ato de cognição.
 Do mesmo modo, o espaço exterior é um ser de razão.
Tempo e espaço
 Kant escreve sobre o a priori como sendo um elemento. É outro termo que apresenta mais 
de uma conotação no sistema kantiano. Embora Kant, em algumas passagens, considere o a 
priori como sendo um elemento, ele o define como o aspecto ou a perspectiva.
 Na verdade, a priori são formas de abordagem (approach) da razão, isto é, são modos de a 
mente abordar as impressões e as representações que chegam, respectivamente, à 
sensibilidade e ao intelecto. O a priori, no caso das sensações recebidas pela sensibilidade 
(faculdade de sentir), são as formas de espaço e de tempo.
A priori – forma e categoria
 A coisa em si, também denominada númeno, é uma realidade inteligível, mas imanifesta, isto 
é, que não se manifesta no ato de experiência, porque é essência (quididade); ela só é 
pensável, a priori, no entendimento, não pode ser abarcada pela consciência na experiência, 
pois é, empiricamente, imperceptível.
 As coisas, em si, são inacessíveis e incognoscíveis; não são espaciais nem temporais e 
afetam o sujeito segundo o modo de manifestação, como fenômenos.
 O fenômeno é a aparição, a manifestação do objeto para o sujeito, o modo que este vai 
captar os dados sensíveis provenientes da experiência do objeto.
Coisa em si e fenômeno
Interatividade
O que é o númeno no pensamento de Kant?
a) É o conhecimento verdadeiro.
b) É a experiência traduzida pela razão em forma de discurso sobre o objeto.
c) É o objeto completo.
d) Um sentimento que obstrui a razão.
e) Aquilo que é, necessariamente, aquilo que é; aquilo que 
existe. As coisas, em si, são inacessíveis e incognoscíveis.
Resposta
O que é o númeno no pensamento de Kant?
a) É o conhecimento verdadeiro.
b) É a experiência traduzida pela razão em forma de discurso sobre o objeto.
c) É o objeto completo.
d) Um sentimento que obstrui a razão.
e) Aquilo que é, necessariamente, aquilo que é; aquilo que 
existe. As coisas, em si, são inacessíveis e incognoscíveis.
 Sujeito cognoscente e sujeito pensante não se trata de dois sujeitos, de um duplo: aquele 
que conhece e aquele que pensa. Para Kant, conhecer e pensar são operações relacionadas 
a momentos distintos do processo de conhecimento.
 A ação cognoscente e a ação pensante são dois momentos, duas capacidades de um 
mesmo sujeito envolvido no ato de conhecimento, conforme o seu espírito (razão) transita 
pela esfera sensível (sensibilidade) ou inteligível (entendimento).
 O sujeito cognoscente está vinculado, direta e imediatamente, 
à experiência do mundo, ao calor das impressões dos seus 
sentidos, que são afetados por essas impressões, no instante 
em que são acionadas, no espírito, às categorias formais 
(tempo e espaço), para organizar as percepções dos 
fenômenos externos (1989, p. 437).
Sujeito cognoscente e sujeito pensante
A partir da distinção, vejamos alguns exemplos de definição de objeto, extraídos da Crítica da 
razão pura:
 O objeto é aquilo em cujo conceito se encontra reunida a multiplicidade de uma intuição dada 
(1989, p. 136).
 O objeto é uma unidade de consciência enquanto representação estruturada pelas 
faculdades intelectivas diante das coisas do mundo.
 O objeto é sempre um alvo (foco) das intuições, que podem 
ocorrer na sensibilidade ou no entendimento.
 Um objeto se constitui como tal para um sujeito cognoscente, 
ou melhor, para a sua razão pensante quando se apresenta na 
condição de unidade sintética da consciência.
Objeto cognoscível
 No ato de conhecimento e na ordem sequencial do processo, a experiência é a etapa inicial 
fundante e necessária do ato de intuição. Contudo, afirmar que todo o conhecimento se inicia 
com a experiência não supõe que todo o conhecimento provenha da experiência. A 
correlação entre a experiência e o conhecimento fica evidente com a preposição com, mas a 
origem do conhecimento na experiência que a preposição da indica, não está claro ainda. É 
esta a questão que vai nortear Kant na redação da Crítica da razão pura.
Experiência
 Kant, emprega a palavra no sentido etimológico latino de cognatus (nascer junto), para 
significar que o sujeito (espírito) cria e cresce junto com o objeto que está sendo apresentado 
e construído pela razão. Esse objeto não é mais a coisa em si, que é sempre imperceptível. 
Esse objeto é o conteúdo (representação) da manifestação (fenômeno) que o sujeito 
percebeu na experiência da coisa no mundo.
 Segundo Kant (1989, p. 18): “a razão não percebe senão aquilo que ela mesma produz 
segundo o seu próprio projeto cognoscente”, ou seja, a razão só conhece aquilo que ela 
produz como objeto de conhecimento. A razão só vai “saber” o conceito (no sentido amplo de 
saber igual a experimentar) se criá-lo como conceito.
Conhecer e pensar
 Kant distingue conceitos de ideias. Os conceitos são confrontos das representações, por 
meio da ação dos a priori formais da sensibilidade (matéria e forma) e dos elementos 
categóricos do entendimento (exterioridade e interioridade, diversidade e identidade) para 
compor as proposições e os juízos. As ideias são, por excelência, objeto da razão pura, já 
que não podem ser conhecidas, pois não há fenômenos nelas. Isso porque a razão é a 
faculdade do incondicionado e o seu limite para conhecer é o fenômeno. Logo, sem função 
na área do conhecimento, a razão não pode conhecer os objetos, mas pode pensá-los.
Conceito e ideia
 A sensação é a atividade empírica que impacta os órgãos de sentido do sujeito cognoscente; 
está ligada à esfera da sensibilidade. A sensação capta as qualidades sensíveis ou os 
acidentes particulares dos corpos, mas não a sua natureza, a essência ou a totalidade.
 A percepção é uma atividade cognitiva que realiza a unificação das sensações mediante uma 
síntese sensorial. O ruído de um motor, mais o odor de gasolina, mais a visão de uma 
carroceria sobre rodas induzem alguém a perceber que se trata de um carro.
Percepção e sensação
 A percepção do fenômeno é diferente de apercepção da representação do fenômeno no 
entendimento. Os dois são modos de percebimento do fenômeno, mas ocorrem em níveis 
distintos do processo;a percepção ocorre na esfera sensível e equivale ao tipo de afetação 
provocada nos sentidos. Já a apercepção ocorre na esfera do inteligível, é uma intuição das 
representações visando à unificação destas na direção da composição do juízo (proposição).
Percepção e apercepção
 O modo de aparição da coisa para o sujeito, no ato de intuição sensível, é o fenômeno. A 
matéria do fenômeno reside, unicamente, nos órgãos de sentidos do sujeito, que, 
individualmente, tem uma experiência sinérgica da coisa (objeto).
 Ao nível do mundo inteligível, na esfera lógica, ocorre a intuição inteligível que vai configurar-
se em um novo objeto (representação) para a faculdade do entendimento. Essa faculdade, 
por meio das categorias a priori, vai conceber, discursivamente, as proposições gerais.
Intuição sensível e intuição inteligível
 O entendimento é a segunda fonte de conhecimento do espírito humano; é uma faculdade 
racional que tem a função de, ao empregar as categorias de modo concatenado, unir, 
sequencialmente, as sensações em um sistema, um esquematismo, uma síntese. A 
operação do entendimento equivale a um julgamento da razão, não no sentido de julgar 
alguém para punir ou libertar, ou no sentido de avaliar uma ideia ou ação para concordar 
ou discordar moralmente. Trata-se de um julgamento conceitual para verificar se a 
representação no entendimento não é uma ideia infundada, se tem razão de ser, mas que 
seja, objetivamente, válida.
Entendimento
Quais as fontes do conhecimento para Kant?
a) Sensibilidade, entendimento e razão.
b) Fenômeno e a priori.
c) A posteriori e inteligência.
d) Racional, operacional e processual.
e) Númeno, metafísica e empiria.
Interatividade
Resposta
Quais as fontes do conhecimento para Kant?
a) Sensibilidade, entendimento e razão.
b) Fenômeno e a priori.
c) A posteriori e inteligência.
d) Racional, operacional e processual.
e) Númeno, metafísica e empiria.
 Entre a esfera da sensibilidade e a da intelectualidade, Kant percebeu que havia um abismo 
difícil de transpor, pois entre a intuição do fenômeno sensível e a intuição inteligível do 
conceito faltava um componente intermediário para sintetizar os dois conteúdos de naturezas 
diferentes: o primeiro concreto e experiencial (a posteriori) e o segundo abstrato e lógico (a 
priori).
 Kant encontra a solução em um quadro geral, tomado de inspiração da metafísica, de 
Aristóteles, que associa os elementos concretos, pertencentes ao mundo sensível, aos 
elementos abstratos e indeterminados do interior do intelecto: um quadro com os esquemas 
da imaginação.
Tábua dos juízos e das categorias
 O esquema é mais um mecanismo, criado por Kant, para explicar a relação (interface) do 
mundo sensível com o mundo inteligível, do qual resulta o conhecimento sintético a priori que 
incrementa o conteúdo confiável das ciências. O esquema (imagem) não é uma 
representação sensível do objeto percebido, a exemplo da imagem enfraquecida de Hume, 
mas somente como o objeto aparece, enquanto fenômeno, na relação com o sujeito. O 
esquema substitui para o espírito, isto é, para o entendimento, a presença do objeto (coisa) 
sem as propriedades da experiência.
Esquema
 Embora Kant não tenha empregado, nenhuma vez, o termo interface, hoje, podemos afirmar 
que esquema é uma espécie de interface entre o mundo sensível e o mundo inteligível, ideia 
que surge na definição, na Crítica da razão pura, ao falar de “representação intermediária” 
entre os meios homogêneos. A ideia de uma representação intermediária sugere, também, a 
metáfora da moeda, uma moeda de cognição de duas faces:
 De um lado, apresenta a similaridade (homogeneidade) com o conceito a priori (sem 
contaminação da experiência);
 De outro, apresenta a similaridade com as percepções na 
ordem da sensibilidade com a intervenção modelar das formas 
puras de tempo e de espaço.
Esquema (continuação)
 O que se depreende da leitura de Kant é que a subsunção é uma espécie de alavancagem 
de representações de modo transcendental. No texto da Crítica da razão pura, lê-se o 
seguinte: “uma aplicação da categoria aos fenômenos será possível mediante a 
determinação transcendental do tempo que, como esquema dos conceitos do entendimento, 
proporciona a subsunção dos fenômenos na categoria” (1989, p. 182). Logo, subsunção é 
uma das operações do entendimento que consiste em alçar para o outro nível (suspender, 
alavancar) uma representação da intuição sensível à intuição inteligível.
Subsunção
 O juízo analítico ocorre quando o predicado B (da proposição A é B) pertence ao sujeito A 
como algo contido em A. A afirmação “todo corpo é extenso” é um juízo analítico, pois a ideia 
de “extensividade” já está contida na ideia de “corporeidade”, isto é, o predicado “extensível” 
pode ser extraído, por análise, do sujeito “corpo”. Trata-se, nesse caso, de uma relação 
pensada por identidade A = B.
 O juízo sintético ocorre quando o predicado B (da proposição A é B), que está totalmente 
fora do sujeito A, embora em ligação com ele, acrescenta um atributo (qualificativo) a A. A 
afirmação “todo corpo é pesado” é um juízo sintético, pois a ideia de “ponderabilidade” não 
está contida na ideia de “corporeidade”. O juízo sintético é juízo extensivo, porque o sujeito A 
teve alargado o conteúdo com a conexão do conteúdo B.
Juízo analítico e juízo sintético
 O juízo analítico a priori é uma proposição necessária e universal que, absolutamente, 
independe de toda e qualquer experiência; é puro se não tem nenhuma mistura do empírico. 
Por exemplo: o juízo presente na proposição “toda mudança tem uma causa” não é um juízo 
puro, porque “mudança” depende da experiência.
Juízo analítico a priori
 O juízo sintético a posteriori é aquele cujo predicado não se acha implícito no sujeito e que 
se funda na experiência. Por exemplo: a pedra no sol está quente.
 O juízo sintético a priori é aquele cujo predicado não se acha implícito no sujeito e que 
independe totalmente da experiência. Por exemplo: a reta é infinita.
Juízo sintético
 Os juízos empíricos exigem, além da representação da intuição sensível, a composição 
(síntese) de conceitos especiais produzidos, originariamente, no entendimento, isto é, 
exigem a intuição inteligível, o que permite que esses juízos sejam válidos, objetivamente. 
Os juízos empíricos são juízos de experiência e podem se constituir em princípios universais.
 Os juízos de percepção são válidos apenas subjetivamente, porque necessitam somente de 
conexão (síntese) de percepções do sujeito pensante ao nível da sensibilidade, na forma de 
intuição sensível. Os juízos de percepção, em um primeiro instante, são simples e válidos 
apenas, e individualmente, para o sujeito que conhece.
Juízos empíricos e de percepção
 A função da sensibilidade é intuir (conhecer) uma primeira representação (o esquema –
imagem) e a função do entendimento é intuir (pensar) uma segunda representação (o 
esquematismo – proposição universal e necessária).
 A combinação de conteúdos sintéticos (a posteriori) e conteúdos metafísicos (a priori) na 
composição do juízo sintético a priori é a questão-chave da teoria do conhecimento de Kant 
para explicar a relação entre o mundo sensível e o mundo inteligível.
Intuição e juízo resultante
O que é um juízo para Kant?
a) Juízo é como uma fotografia da realidade.
b) Juízo é a união da imagem com a experiência do fenômeno.
c) Juízo verdadeiro, só os a priori.
d) Juízo é um modo de unir uma representação do objeto 
(coisa) a uma forma de consciência (categorias) do sujeito, 
depois que ele passou por uma experiência com esse objeto 
(coisa).
e) Juízo é a atividade mental que reorganiza os dados da 
realidade promovendo, assim, a ampliação do verdadeiro 
conhecimento científico.
Interatividade
Resposta
O que é um juízo para Kant?
a) Juízo é como uma fotografia da realidade.
b) Juízo é a união da imagem com a experiênciado fenômeno.
c) Juízo verdadeiro, só os a priori.
d) Juízo é um modo de unir uma representação do objeto 
(coisa) a uma forma de consciência (categorias) do sujeito, 
depois que ele passou por uma experiência com esse objeto 
(coisa).
e) Juízo é a atividade mental que reorganiza os dados da 
realidade promovendo, assim, a ampliação do verdadeiro 
conhecimento científico.
 Kant adota uma disciplina metódica, tal qual um cirurgião, e se propõe a desconstruir a cena 
da relação epistêmica entre o sujeito e o objeto, a fim de investigar como se concretiza o 
conhecimento possível. Ao mesmo tempo, trabalhando como um engenheiro, também 
metódico, Kant reconstrói o edifício cognitivo e relata, no seu “diário de construção”, cada 
decisão tomada, cada etapa do processo, revelando os estágios pelos quais transita a razão. 
Na condição de mestre de obra, inicia por distinguir cada ferramenta conceitual que pretende 
utilizar e qual a manobra lógica que assume usar na construção. Todos os registros do diário 
de construção passam a compor a sua grande obra, conhecida por Crítica da razão pura.
Crítica da razão pura
 Antecedentes;
 Racionalismo (Descartes);
 Empirismo (Hume).
 Talvez esse movimento da razão, em ir e vir da esfera sensível à esfera do inteligível, ou 
mesmo de transitar com a liberdade pela esfera do inteligível, tangenciando as fronteiras da 
experiência, tenha explicações no próprio funcionamento da razão raciocinante.
Crítica da razão pura
Objetivos:
 No conjunto da Crítica da razão pura, Kant desenvolve uma postura de cientista, a exemplo 
de Newton. Por essa postura inovadora, é considerado o primeiro filósofo a valorizar 
devidamente o emprego da hipótese no campo da filosofia. Kant (1989, p. 617) declarava 
que: “os homens de ciência, ao invés de se constituírem em observadores passivos, obrigam 
a natureza a responder as suas questões e não a se deixar por ela conduzir”. Essa atitude 
proativa dos cientistas certamente inspirou o filósofo a realizar a sua revolução copernicana 
que mudou o seu perfil de investigador.
Crítica da razão pura
Estrutura:
 A Crítica da razão pura é a obra referencial da epistemologia de Kant, na qual ele separa os 
domínios da ciência e da ação. Seu foco é o conhecimento. Kant demonstra que o 
conhecimento se constrói a partir do fenômeno, que alia a intuição sensível à intuição 
inteligível, que ocorre no intelecto (entendimento). As categorias lógicas do entendimento 
auxiliam na constituição dos objetos, permitindo que possam ser conhecidos de forma 
universal e necessária pelo sujeito cognoscente.
 O termo “transcendental”, que qualifica todos os títulos das 
divisões, designa, na visão de Kant, uma perspectiva de 
investigação dos conceitos a priori do conhecimento e dos 
objetos, isto é, uma forma especial de organizar o 
conhecimento humano, que é o grande foco da obra.
Crítica da razão pura
Na segunda parte; a Lógica transcendental vai analisar, também, as duas fontes do 
conhecimento:
 A que vem da esfera sensível com a intuição empírica (fenômenos, impressões e 
percepções) e traz a contribuição da experiência; e
 A que vem por subsunção do entendimento, que traz a contribuição da própria razão do 
sujeito cognoscente.
Crítica da razão pura
Estética transcendental:
 A primeira parte do capítulo I da Crítica da razão pura é denominada Estética transcendental. 
É a parte em que Kant trata das intuições empíricas, resultantes da modelagem dos 
fenômenos, pelas formas a priori na sensibilidade. Trata-se do processo inicial de abstração 
dos elementos empíricos dos fenômenos para formatar a primeira representação sensível, a 
primeira intuição. Kant a define como a ciência de todos os princípios da sensibilidade a priori
e vai tratar das dimensões que a razão acrescenta aos objetos da intuição, a saber: o tempo 
e o espaço.
 Vale lembrar que Kant emprega o termo “estética” no sentido 
clássico, com a etimologia grega aisthetá, que significa 
sensível, e não relacionada a gosto.
Crítica da razão pura
Númeno:
 A questão do númeno é um pressuposto fundamental na doutrina do criticismo. Muito 
provavelmente, o termo foi trazido por Kant da filosofia grega especificamente do Timeu, de 
Platão. A palavra deriva da etimologia grega nous, que significa inteligibilidade.
 Kant conhecia Platão, que comparava os entes sensíveis, que geram as opiniões (doxas), 
com os entes não sensíveis, que não podem ser vistos, somente são pensados no intelecto 
(nous). Estes só têm lugar na esfera do entendimento, de modo abstrato, como ens
racionalis, por isso, são inalcançáveis, inatingíveis pelas tramas da experiência. Logo, a 
escolha do termo está associada à ideia de algo inalcançável. 
Mas incognoscível não quer dizer impensável.
Crítica da razão pura
Em síntese, podemos concluir que o termo “transcendental” serve para designar:
 Uma condição a priori da representação, que não tem nenhum traço empírico;
 Uma ação da razão que subsume as formas, os princípios ou as ideias puras a priori, na sua 
relação imediata com a experiência;
 Uma visão direta do objeto, no pensamento e, somente, no pensamento, captado em sua 
condição de coisa em si.
 *Dessa forma, na experiência de relação do sujeito com o 
objeto, o transcendental é determinante na relação, mas não é 
determinado pela experiência.
Crítica da razão pura
Utilidade:
Quando interrogado sobre a utilidade da Crítica da razão pura, defende, nos Prolegômenos, a 
relevância do livro, no contexto do debate filosófico da época sobre o estatuto (valor) da 
metafísica, enquanto um método próprio e capaz de se fundamentar como ciência. Enfim, 
declara que as razões e não as utilidades, para escrever a Crítica, podem ser expressas nos 
seguintes argumentos:
1. Saber que a razão especulativa não deve se atrever ou tentar ultrapassar os limites da 
experiência no processo de conhecimento.
2. Saber que, se a razão especulativa arriscar ir além dos seus 
limites, haverá não uma extensão, mas uma 
restrição/redução do uso da razão.
Crítica da razão pura
Tempo e espaço são formas a priori da?
a) Ontologia.
b) Epistemologia.
c) Lógica.
d) Ética.
e) Sensibilidade.
Interatividade
Resposta
Tempo e espaço são formas a priori da?
a) Ontologia.
b) Epistemologia.
c) Lógica.
d) Ética.
e) Sensibilidade.
Tempo e espaço são as formas a priori da sensibilidade; não 
são conceitos, mas elementos puros ou elementos formais 
da sensibilidade.
 KANT, I. Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 1989.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!
Prof. Me. Adenízio Ferreira
UNIDADE III
Kant
 A segunda questão de seu projeto de reformulação da filosofia é: O que posso fazer?. Essa 
questão levou Kant a se preocupar com os problemas da conduta humana do ponto de vista 
ético, questões de natureza moral sobre como o sujeito deve agir em relação aos outros na 
sociedade, qual deve ser sua conduta moral, como proceder para obter a felicidade e 
alcançar o bem supremo. As respostas para essas questões constam na sua segunda 
grande obra, Crítica da razão prática, que passamos a analisar.
Ética de Kant
 Influências éticas em Kant.
 Em decorrência do questionamento com que fechou a Crítica da razão pura, sobre as 
limitações da razão teorética pura para explicar temas como alma, eternidade e divindade, 
viu-se na obrigação de dar uma explicação aos seus interlocutores.
 Na direção dessas explicações, seu projeto ético-filosófico 
ganhou um impulso depois que leu as obras de Jean-Jacques 
Rousseau (1712-1778), especialmente Emílio, que trata da 
educação, e Do contrato social, que concilia liberdade e 
autoridade, indivíduo e Estado, ambas publicadas em 1762. 
Nessas obras, o filósofo suíço formula uma filosofia da 
liberdade e defende a autonomia e o primado do sentimento 
sobre a razão lógica, ideias que inspiraram Kant na formulação 
de uma ética para a razão pura baseada noprincípio da 
liberdade e da autonomia do sujeito humano.
Ética de Kant
Se retornarmos à biografia de Immanuel Kant, podemos ver que seu pensamento ético recebeu 
três grandes influências:
1. do pietismo, no período de educação inicial na família e na igreja;
2. dos filósofos moralistas britânicos, na fase de graduação na Universidade de Königsberg;
3. do filósofo Jean-Jacques Rousseau, na época da maturidade, por meio da leitura de seus 
livros.
 Das três influências, a mais determinante foi a de Rousseau, 
que fez Kant rever posições sobre o status do homem, a 
redirecionar o papel da razão teorética para a prática e, 
principalmente, a corrigir certos preconceitos sociais que 
portava.
Ética de Kant
Assim, de cada uma dessas fontes de influência, Kant recolhe valores e princípios para compor 
sua nova Crítica, tais como:
1. a força da vontade e a obediência ao dever;
2. a universalidade da lei e a autonomia da consciência;
3. o primado da prática sobre a teoria e a natureza boa do ser humano.
Ética de Kant
 Nova revolução copernicana
 A aplicação do método transcendental, a razão teve sucesso na configuração dos objetos do 
conhecimento, Kant acredita que pode fazer o mesmo na perspectiva prática da razão. 
Nessa direção, promove uma nova revolução copernicana, a exemplo do que fez na primeira 
Crítica, centrando os atos de cognição no sujeito cognoscente, e não nos objetos que 
orbitavam em torno dele.
 A ética de Kant, por sua natureza estritamente formal, 
distingue-se das éticas materiais e utilitaristas. A originalidade 
da proposta está na valorização do princípio formal 
autodeterminante (forma), em lugar dos conteúdos 
determinados (matéria) por doutrinas heterônomas ou a partir 
de leis, mandamentos e exigências autoritárias.
Ética de Kant
 Novamente, Kant preocupa-se em demonstrar a tese de que o que importa na lei moral é o 
“como” se deve fazer, mais do que “o que” se deve fazer. Sua hipótese é que a razão 
teorética prática pode criar o mundo moral e, nesse domínio, deve encontrar os fundamentos 
metafísicos, necessários e universais, para legitimar as condutas humanas.
 Seu pressuposto parte da tese de que os valores incondicionados e absolutos, como 
substância, alma e Deus, que são inatingíveis pela razão teorética no âmbito do 
conhecimento, poderiam ser alcançados na esfera da moralidade, no terreno da prática. Para 
isso, vai considerar a liberdade como a coisa em si, que passa a ser almejada por uma razão 
teorética prática.
Ética de Kant
O que Kant quis discutir em sua obra Crítica da razão prática?
a) Discutir os dogmas da igreja católica para instituir novos dogmas.
b) Apresentar os novos costumes baseados na filosofia iluminista.
c) Kant se preocupou com os problemas da conduta humana do ponto de vista ético e moral 
sobre como o sujeito deve agir em relação aos outros, qual deve ser sua conduta moral, 
como proceder para obter a felicidade e alcançar o bem supremo.
d) Kant aplicou os fundamentos da crítica da razão pura ao 
direito social.
e) Kant assume os ideais defendidos na Revolução Francesa.
Interatividade
Resposta
O que Kant quis discutir em sua obra Crítica da razão prática?
a) Discutir os dogmas da igreja católica para instituir novos dogmas.
b) Apresentar os novos costumes baseados na filosofia iluminista.
c) Kant se preocupou com os problemas da conduta humana do ponto de vista ético e moral 
sobre como o sujeito deve agir em relação aos outros, qual deve ser sua conduta moral, 
como proceder para obter a felicidade e alcançar o bem supremo.
d) Kant aplicou os fundamentos da crítica da razão pura ao 
direito social.
e) Kant assume os ideais defendidos na Revolução Francesa.
 Kant distingue, na inteligência do sujeito, duas faculdades que não se equivalem, embora 
sejam de mesma natureza cognitiva: o entendimento (Verstand) e a razão (Vernunft).
 Kant usou grafias diferentes em alemão para nomeá-las. Para evitar confusão em português, 
adotaremos o seguinte: para Verstand usaremos sempre entendimento; e, para Vernunft, 
usaremos ora razão, ora razão raciocinante, ou ainda, inteligência, a depender da 
necessidade de diferenciar suas funções em uma mesma frase.
Razão ética raciocinante
 Desse modo, o entendimento (Verstand) é a faculdade que explica cientificamente os 
fenômenos por meio da composição dos conceitos (juízos) que elabora com dados da 
intuição sensível e das categorias a priori. Já a razão raciocinante (Vernunft) é a que produz 
ideias e, com elas, pensa a respeito do númeno, acreditando ter acesso à realidade da coisa 
em si. Nesse caso, a razão produz ideias que são formulações hipotéticas, portanto são 
falsas, na ilusão de que discursam sobre objetos reais.
Razão ética raciocinante
 São duas faces da mesma razão pura.
 A primeira face corresponde ao entendimento, que conhece o mundo e compõe conceitos 
para legitimar o conhecimento – por exemplo, justificar a noção de causalidade, que não 
existe como dado empírico, mas é uma noção a priori. A segunda face da razão corresponde 
à inteligência, que pensa o mundo e também produz ideias para explicar e se comunicar com 
os demais sujeitos.
Razão ética raciocinante
 Assim, a ideia de Deus é obtida pela lógica da dedução como um Ideal, isto é, como uma 
ideia (não o conceito que seria derivado da experiência pela ação do entendimento); a razão 
raciocinante chega à ideia de um Ser, ao mesmo tempo, infinito, subsistente em si mesmo e 
causa primeira de tudo, em uma palavra, um Ser necessário.
 Se a ideia de um Ser necessário é possível, conclui Kant, convocando novamente o auxílio 
da metafísica como método transcendental para legitimar a conclusão, a existência do 
númeno divino também é possível, por exigir um referente para a razão pensar o Ser 
necessário, enquanto fonte de perfeição de todos os valores morais.
Deus em Kant
 Na Crítica da razão prática, Kant demonstra que a razão raciocinante tem o poder de pensar 
o mundo, diferentemente de conhecer o mundo, com plena liberdade e independentemente 
de vínculo com a experiência e que é a razão prática, em sua face pensante (Vernunft), que 
vai ordenar o dever e os valores para as práticas da conduta humana.
Os três postulados da ética kantiana são:
 a liberdade pessoal;
 a imortalidade da alma;
 a existência de Deus.
 Para o filósofo, esses postulados fundamentam o fato moral.
Postulados éticos
 Na visão crítica de Kant, nas éticas tradicionais, o sujeito procura Deus como um valor 
supremo ou, se pratica o bem, é para alcançar uma felicidade eterna. Em qualquer caso, o 
sujeito realiza um ato moral de cunho egoísta, pois seu interesse é particular, da ordem da 
subjetividade e, portanto, dependente de sua sensibilidade pessoal (empírica), e não de uma 
ação racional objetiva.
 O que caracteriza a proposta de Kant é a obrigação pura do sujeito, que não está vinculada a 
nenhum interesse particular, não deve estar insuflada por nenhuma motivação de cunho 
pessoal, nem condicionada a este ou aquele ordenamento superior heterônomo. A forma da 
lei é, essencialmente, o dever a ser cumprido.
Fato moral
 De modo geral, o que vem a ser um imperativo? Do ponto de vista gramatical, o imperativo é 
um modo verbal determinativo e, enquanto substantivo, o “imperativo” pode significar: lei, 
dever, norma, ordem, ditame, instrução, prescrição, mandamento e muitos outros 
ordenamentos, todos com o sentido de uma indicação precisa de ação a ser realizada.
 Do ponto de vista lógico, imperativo é uma proposição sob a forma específica de um 
comando; particularmente, de um comando emitido pelo espírito humano e dirigido a outrem 
ou a si mesmo. Em lugar da palavra “comando”, nem sempre aceitável devido à conotação 
de imposição de uma ordem superior, é preferível a palavra “resolução”, mais conforme ao 
espírito voluntarista da ética kantiana.
Imperativos
 Exemplos:
 “Se quiser ser querido,faça amizades duradouras.”
 “Se pensa em ter sucesso na vida, estude.”
 Em todos os exemplos, o imperativo hipotético está atrelado ao escopo material do sujeito, 
facilitando sua decisão a respeito de qual ação correta deve realizar. O objeto da ação, a 
finalidade, constitui o alvo-prêmio se, e somente se, o sujeito cumpre com as condições para 
merecer a premiação.
Imperativo hipotético
 O imperativo categórico é o conceito central da ética kantiana. Com ele, Kant pretende 
definir um modo de avaliar as motivações para a ação humana em todos os momentos da 
vida. O imperativo categórico é formulado como uma proposição que declara uma 
determinada ação que deve ser sempre necessária, de abrangência coletiva e que possa 
constituir-se, enquanto proposição de conduta, como um fim em si desejável. Assim, o 
imperativo categórico deve ser uma decisão moral pautada pela razão e não por inclinações 
do sujeito; é, portanto, uma instrução na qual o comando é incondicional, por encerrar um fim 
em si mesmo. Sendo um fim em si mesmo, ou seja, não tendo nenhuma outra finalidade a 
fundamentar o cumprimento da lei imperativa, não carece de justificação; por isso, é 
denominado categórico.
Imperativo categórico
Como pode ser representado em uma fórmula geral o Imperativo Categórico?
a) Age sempre em conformidade com uma máxima que possas querer que se torne uma lei 
universal.
b) Age sempre da mesma maneira diante das mesmas situações.
c) Seja flexível, procure ver todos os lados da questão.
d) Seu sim seja sempre sim e seu não seja sempre não.
e) Os fins justificam os meios.
Interatividade
Resposta
Como pode ser representado em uma fórmula geral o Imperativo Categórico?
a) Age sempre em conformidade com uma máxima que possas querer que se torne uma lei 
universal.
b) Age sempre da mesma maneira diante das mesmas situações.
c) Seja flexível, procure ver todos os lados da questão.
d) Seu sim seja sempre sim e seu não seja sempre não.
e) Os fins justificam os meios.
Essa fórmula geral permite deduzir três máximas morais que reforçam a incondicionalidade dos 
atos a serem realizados por dever. São elas:
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal.
2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de 
outrem, sempre como fim e nunca como meio.
3. Age como a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres 
racionais.
Imperativo categórico
 Agir de tal modo que a máxima da sua ação possa valer como lei universal – deve ser 
tomado então como um fato da razão, a revelar como essência a liberdade da vontade, 
liberdade que é compreendida como autonomia. Desse modo, o imperativo categórico é o 
respeito a uma máxima imediata, máxima que foi interiorizada conscientemente por um 
sujeito como valor a ser respeitado, porque fundamenta uma decisão da vontade que, na 
letra da lei, tem dimensão universal. Isso significa que, quando o sujeito age 
autonomamente, por ser seu dever agir assim – e não de outra forma –, ele está acatando e 
seguindo o imperativo categórico. A obediência ao imperativo independe de como outros 
sujeitos agiriam no lugar dele e independe de como ele gostaria que os demais sujeitos 
agissem com ele. O que deve prevalecer no sujeito, decididamente, é a consciência da
função moral do imperativo que deve reger sua vida.
Normas e condutas
 Ampliando sua visão ética, na Crítica da razão prática, Kant (1959, p. 86) afirma: “se os seres 
humanos são racionais, dependem da razão para obterem as suas conjecturas de mundo 
com base nessa razão, e não apenas sendo guiados pela natureza. Por isso todos são 
responsáveis por seus atos”. E conclui que, se o Estado garantir a possibilidade de liberdade 
interna de cada sujeito gradativamente, cada um agindo sob o amparo da lei (do imperativo 
categórico), todos alinhariam suas ações moralmente, de modo que todos se tratassem, uns 
aos outros, como fins em si mesmos.
Normas e condutas
 O imperativo categórico é uma lei moral que não visa nenhum objeto, nenhum fim, nenhum 
esforço para alcançar objetivo fora de si mesmo, a não ser o rigor à conformidade da lei. A 
única recompensa é a satisfação de ter cumprido a lei, ou seja, do dever cumprido.
 Por excluir qualquer objeto de desejo e qualquer escopo particular, o imperativo categórico é 
puramente formal. A única obrigação da razão prática é agir conforme o rigor da lei. Trata-se, 
deste ponto de vista, de uma ética rigorista.
Ética e rigor
 No imperativo categórico legítimo, não há espaço para sentimentos pessoais (inveja, orgulho, 
soberba, vaidade etc.), pois não há comparação entre sujeitos, mas identificação do sujeito 
da iniciativa com toda a humanidade. Trata-se da verdadeira solidariedade, no sentido 
próprio de “ser um sólido”, de ser um com o todo, que é o sentido pleiteado pela ética 
universalista de Kant.
 Em outras palavras, todos os homens, decidindo em consenso 
formal a mesma ação comum, teriam consciência de que a 
ação seria efetiva e seu resultado seria produtivo, 
confirmando, assim, que a escolha foi pertinente, porque feita 
conforme a norma que, enquanto indivíduo, pressupôs e 
agregou todos, pois todos, no seu lugar de sujeito de escolha, 
fariam da mesma maneira. Essa característica de conduta, 
que pode ser chamada de senso de humanidade, confirma o 
caráter universalista da ética kantiana.
Ética humanista
 O imperativo categórico tem força de lei moral no kantismo. É a fórmula universal da lei moral 
que Kant propõe para orientar, eticamente, as liberdades de todos os homens, deixando 
claro que existe uma estreita relação de dependência entre o determinismo da lei e o 
exercício da liberdade, esta faculdade que caracteriza os seres humanos racionais.
 Por outro lado, Kant lembra que o exercício da liberdade passa pelo crivo crítico da razão 
pura que encontra em seu interior, na vontade, o fundamento para orientar a decisão de 
escolha.
Lei moral
 Outra característica da ética kantiana é a autonomia. No prefácio da Crítica da razão prática, 
Kant define autonomia como o princípio de dignidade da natureza humana e de toda 
natureza raciocinante.
 Vale lembrar que o vocábulo nomo, do grego nómo, significa lei, norma; e o vocábulo auto, 
também do grego autós, significa de si mesmo, por si. Assim, para Kant, autonomia é a “lei 
ou norma que regula a si mesmo”, predominando, no sujeito racional, a concepção de 
“governo de si mesmo” e não, equivocadamente, a noção hoje corrente de “liberdade 
pessoal absoluta” ou “desgoverno”, isto é, fazer o que quiser.
Ética e autonomia
 Segundo Kant, a lei moral também pode ser expressa na autodeterminação do sujeito que 
tem consciência de seu projeto de atuação no mundo social, pela fórmula categórica: “tu 
deves, portanto, podes”. Trata-se de fundamentar a lei moral, a lei que prescreve os atos de 
conduta e os costumes sociais, no primeiro termo da fórmula do imperativo: “tu deves, 
portanto, podes”, isto é, dar maior ênfase ao dever do sujeito, à sua consciência de 
obediência à lei, nunca perdendo a dimensão da coletividade, o que reforça o caráter 
voluntarista da ética kantiana. Contudo, é interessante observar que a sociedade moderna, 
da época de Kant, e a sociedade contemporânea mudaram e mudam a ênfase da fórmula 
para “tu podes, portanto, deves”, de modo a acentuar a possibilidade individual do cidadão 
em relação às escolhas, empoderando-o ao poder (ter) e não ao ser. Isso acarreta uma 
afirmação inicial do indivíduo e não do coletivo, resultando 
ações de natureza egoísta e invejosa.
Ética e autonomia
 Por outro lado, se a ênfase for no primeiro termo da fórmula: “tu deves, portanto, podes”, ou 
seja, na dimensão categórica a priori, a consciência tanto de determinação do dever da lei 
moral como de seus efeitos estará subsumida no imperativo categórico.
 Na própria noção de deverestá implícita a natureza do conteúdo do preceito que, por ser um 
imperativo categórico, passou pelo crivo da orientação geral e, nessa direção, pode ser 
realizado conscientemente, pois a ação imperativa está consoante à decisão de todos, ou 
seja, é consensual (universal).
Ética e autonomia
Como Kant trabalha o conceito de autonomia?
a) Liberdade pessoal é absoluta.
b) Minha liberdade termina quando começa a do outro.
c) Autonomia é governar-se a si mesmo seguindo os costumes culturais.
d) Na ética kantiana, o imperativo hipotético é o modo próprio 
da razão autônoma. 
e) Autonomia é a lei ou norma que regula a si mesmo,
Interatividade
Resposta
Como Kant trabalha o conceito de autonomia?
a) Liberdade pessoal é absoluta.
b) Minha liberdade termina quando começa a do outro.
c) Autonomia é governar-se a si mesmo seguindo os costumes culturais.
d) Na ética kantiana, o imperativo hipotético é o modo próprio 
da razão autônoma. 
e) Autonomia é a lei ou norma que regula a si mesmo,
 A Crítica do juízo faz o exame das possibilidades de um juízo, também a priori, acerca da 
finalidade (teleologia) da natureza e do sentir humano, juízos reflexivos que tenham 
fundamento no próprio sentimento. Com a Crítica do juízo, Kant introduz uma nova categoria 
de análise no campo da filosofia, uma categoria desconhecida até então, na divisão 
tradicional das faculdades da alma, fundada na distinção clássica entre faculdade teórica e 
faculdade prática. 
 Na Crítica do juízo, Kant (1995, p. 15) afirma: “Todos os poderes ou faculdades da alma 
podem reduzir-se a três, os quais não podem ser ulteriormente reduzidos a um princípio 
comum: o poder cognitivo, o sentimento do prazer ou da dor e o poder de desejar”.
Crítica do juízo
Na Crítica do juízo, ou seja, na investigação da capacidade de julgar do sujeito, Kant vai 
retomar essas questões, em duas partes:
1. uma que estuda as relações de finalidade do sujeito humano com os objetos da experiência 
(juízo estético); e
2. outra em que considera a natureza como se estivesse dotada em si mesma de uma 
finalidade geral (juízo teleológico).
Juízo estético e teleológico
 Kant chama reflexivo ao juízo próprio da faculdade do sentimento. O juízo do sentimento 
difere do juízo do entendimento, que é determinante. O juízo determinante é a faculdade de 
pensar o particular como contido no universal, quando o universal é dado e subsume, sob 
ele, o particular. É o tipo de juízo no qual uma faculdade comanda a outra, ao se 
relacionarem entre si. Por exemplo, o juízo de conhecimento é determinante quando há 
relação entre a imaginação e o entendimento. No caso de a razão determinar a vontade, o 
juízo também é considerado determinante. Por outro lado, o juízo reflexivo é a faculdade de 
pensar o particular como contido no universal, quando só o particular é dado e para o qual 
ele deve encontrar o universal. Desse modo, o juízo reflexivo é aquele que, a partir de 
fenômenos, procura um conceito por meio da reflexão. O conceito é buscado para que o 
objeto dado possa ser pensado. 
Juízo reflexivo e determinante
Há dois tipos de juízo reflexivo, também denominado reflexionante:
1. o juízo reflexivo teleológico, que diz respeito à finalidade objetiva da natureza; 
2. o juízo reflexivo estético, que diz respeito à representação com relação ao sentimento de 
prazer e desprazer no sujeito.
 O juízo teleológico e o juízo estético são as duas formas, uma 
objetiva, outra subjetiva, de manifestação do juízo reflexivo. Os 
juízos teleológicos são os julgamentos referentes às coisas da 
natureza enquanto meios para a obtenção dos fins últimos, 
isto é, que terminam nos valores supremos de ser homem 
(humanidade – universalidade) ou de Deus (vontade divina).
Juízo reflexivo
 Kant destaca a necessidade de uma explicação mais teleológica que leve em consideração 
uma inteligência que opera na perspectiva de uma finalidade. A explicação teleológica não 
anularia a concepção mecânica; ao contrário, faria sua integração harmônica, combinando 
entre si todas as partes, preordenadas porém, na direção de um fim ou tendo em vista uma 
finalidade maior.
 Tal coordenação das partes em vista do todo é especialmente evidente no mundo vivo e 
orgânico da natureza. Assim, Kant vê a natureza, na sua organicidade, como requerendo 
uma conformidade a fins. Fins que podem ser cumpridos (realizados) com o advento da 
espiritualidade e por meio da cultura, da civilização, da habilidade técnica e da educação 
moral, condições valorizadas pelo movimento iluminista no 
século das luzes.
Juízo teleológico
 Trata-se, assim, de uma teleologia consoante à exigência metafísica do incondicionado, do 
absoluto, do infinito, do inteligível, diferentemente da exigência da metafísica, examinada na 
primeira Crítica, que tinha um valor cognoscitivo, teorético e científico. Desse modo, Kant 
desloca-se do campo epistemológico, da fundamentação do conhecimento, para a esfera 
dos valores (e juízos) relacionados à vontade, à liberdade e à espiritualidade do sujeito.
 Na explicação teleológica da natureza, Kant encontra um lugar para fundamentar a 
existência divina por meio da Mente que concebe os fins últimos da natureza, do universo e 
dos seres humanos.
Fim último
 Segundo Kant, o juízo estético é definido a partir de um juízo reflexionante, isto é, de um 
juízo que parte em busca de uma representação universal para uma obra dada (no caso da 
arte, de um quadro, de uma escultura, de uma música etc.).
 No caso de uma obra de arte, em particular, a faculdade de julgar almeja atingir um universal 
a partir dela. Para Kant, é esse universal encontrado no particular que se entende por gosto. 
Para o gosto, no entanto, que, segundo Kant, é apenas subjetivo, é preciso formação e 
cultura.
 O juízo de gosto, então, é aquele segundo o qual é possível 
julgar, de modo meramente subjetivo, isto é, referente apenas 
ao sujeito que julga, se uma obra é bela ou não, ao relacionar 
a representação da obra de arte à sua faculdade de prazer ou 
desprazer.
Juízo estético
 Do ponto de vista da quantidade, o juízo estético ou de gosto deve ser universal e não 
conceitual, ou seja, o belo deve agradar a todos, universalmente e sem conceito. Nesse 
caso, se distingue do prazer comum, que agrada a um indivíduo em particular.
 Do ponto de vista da relação ou finalidade, o juízo de gosto vai contemplar um objeto belo 
que é a forma final de um objeto sem representação de fim. Eis aí o paradoxo. O belo 
kantiano é autotélico, isto é, possui finalidade própria, ou, afirmando com outras palavras, é 
uma “finalidade sem fim”.
O belo
 Kant utiliza a Crítica do juízo para aprofundar um problema que ficou sem solução na Crítica 
da razão pura: a questão do esquema que relaciona a esfera da sensibilidade à esfera do 
entendimento.
 A solução apresentada são os esquemas da imaginação que se comportam como imagens.
 Trata-se, portanto, de duas representações, a imediata e a 
mais elevada ou, na forma kantiana, de duas sínteses. A 
primeira elaborada na intuição através das formas a priori da 
sensibilidade que emolduram a multiplicidade de dados 
sensíveis, ou seja, relativiza-os no espaço-tempo. A segunda 
síntese é elaborada pelo entendimento, que opera sobre a 
representação (síntese primeira) vinda da intuição, e busca 
uma unidade com o cogito no processo de apercepção.
Conexão do juízo estético
Como Kant entende o papel da imaginação?
a) A imaginação pertence ao campo da fantasia.
b) É a faculdade de representar um objeto, mesmo sem a presença deste na intuição.
c) É uma representação fiel da realidade, como uma fotografia.
d) A imaginação se equivale ao sonho.
e) É o meio pelo qual a razão pura pensa o belo em si.
Interatividade
Resposta
Como Kant entende o papel da imaginação?
a) A imaginação pertence ao campo da fantasia.
b) É a faculdade de representar um objeto, mesmo sem a presençadeste na intuição.
c) É uma representação fiel da realidade, como uma fotografia.
d) A imaginação se equivale ao sonho.
e) É o meio pelo qual a razão pura pensa o belo em si.
KANT, I. Crítica da razão prática. Tradução Afonso Bertagnoli. São Paulo: Brasil Editora, 1959.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução Paulo Quintela. Lisboa: 
Edições 70, 1995.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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