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CASO CONCRETO 2 PRATICA SIMULADA IV

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DA ... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ...
                        ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, identidade, inscrita no CPF sob o nº ..., residente em (endereço completo), por seu advogado que a esta subscreve, escrito na OAB sob o nº ..., com escritório profissional localizado no endereço (endereço completo), para fins do art. 106, I do NCPC, vem perante Vossa Excelência propor
AÇÃO DE DIVÓRCIO com pedido de tutela cautelar
pelo procedimento comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, identidade, inscrito no CPF sob o nº ..., residente em (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir:
DA TUTELA CAUTELAR
A tutela cautelar merece ser acolhida, uma vez que o réu está dilapidando o patrimônio do casal injustificadamente. Tal fato iniciou-se no momento em que o demandado tomou conhecimento de que a autora desejava ingressar com a ação de divórcio, haja vista que ela descobriu o caso extraconjugal do marido, ficando assim evidenciado o fumus bonni iuris.
O réu deseja também doar seus dois automóveis para sua irmã, da marca Toyota, modelos SW4 e Corolla e também passou a proferir sucessivos saques bancários em uma das contas conjuntas do casal, evidenciando o periculum in mora.
Cumpre ressaltar que a autora não tem conhecimento de todos os bens pertencentes ao casal, razão pela qual, por força do art. 301 do NCPC, pede-se o arrolamento de todo o patrimônio.
Desta forma, deve prosperar a medida de tutela cautelar, pois conforme art. 300 do NCPC, estão presentes todos os fundamentos que evidenciam o direito, assim como o risco de um resultado inútil do processo, caso o réu consiga se desfazer de todo o patrimônio do casal.
DA LIDE
A autora, casada há 30 anos com o réu, na constância do matrimônio teve dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes e construíram um vasto patrimônio, fruto do esforço conjunto do casal. 
Ocorre que a autora descobriu que o réu está com relacionamento amoroso extraconjugal, motivo pelo qual resolveu se divorciar. Após saber da vontade da esposa de se divorciar, o réu deseja doar dois automóveis da marca Toyota, modelos SW4 E Corolla, para sua irmã, Isabel Soares como passou também a proferir sucessivos saques de uma das contas conjuntas do casal.
Ressalta-se que a autora pode comprovar junto ao banco no qual o casal mantém a conta conjunta os sucessivos saques do réu, após ouvir uma conversa entre os irmãos e também que ela não tem conhecimento de todos os bens aos quais tem direito pois desconhece o valor total do patrimônio pertencentes ao casal.
DOS FUNDAMENTOS
	Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis:
							
						“-Art 2º - A Sociedade Conjugal termina:
 							
IV - pelo divórcio.
							
Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.”
	Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimônio que também cabe a Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há o periculum in mora , por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautela, com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo Código de Processo Civil, in verbis: 
					“Art. 301 – A tutela de urgência de natureza cautelar 							pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para 							asseguração do direito.	
Art.306 – O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.”
	Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, senão vejamos: 
MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA 							DE OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE 									DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO. 									PROCEDÊNCIA. - O julgamento da ação de divórcio 							c/c partilha de bens não implica a perda do objeto da 							medida cautelar de seqüestro de bens, que visa a 								resguardar os direitos da parte e o cumprimento da 							sentença proferida na ação principal. - Demonstrado o 							perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser 							mantido o seqüestro dos bens até que se efetive o 								registro da partilha procedida nos autos da ação 								divórcio.
 						(TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG , Relator: 							Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 22/05/2014, 								Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de 								Publicação: 02/06/2014)
	A Autora quer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha garantido seu direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente o arresto “ é a apreensão cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura execução por quantia certa”.
	Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer do poder judiciário.
DOS PEDIDOS
	Pelo exposto requer:
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal;
2- Intimação do Réu para ciência da decisão;
3- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia;
4- Que seja chamado o Ministério Público ao processo;
5- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha dos bens;
6- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% sob o valor da condenação.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 do NCPC , em especial a documental.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, Data.
Advogado...
OAB/UF nº...

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