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LUCAS ROSALVOS

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
Professora: Marta Pangaio
Aluno: Lucas Rosalvos Rodrigues – 201510747796
Turno: Noite
CASO CONCRETO – AULA 03
QUESTÃO DISCURSIVA
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: 
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
RESPOSTA 1: Não. Salvo na hipótese do §3 do Art. 138 CPC.
RESPOSTA 2: Não, o relator não poderia aplicar o referido princípio, por que, na hipótese a parte não interpôs recurso inadequado, o que se faz necessário para aplicação da fungibilidade. 
QUESTÕES OBJETIVAS
2) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso em geral (Promotor de Justiça/ MG – 2005): 
a) cabimento. 
b) legitimação para recorrer. 
c) interesse para recorrer. 
d) inexistência de fato impeditiva ou extintiva do poder de recorrer. 
e) regularidade formal, tempestividade e preparo.
3) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz de Direito – SC – 2009): 
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação; 
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; 
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação; 
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do recurso; 
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas quando resultar contradição.
DOUTRINA
Não há na legislação pátria um conceito de amicus curiae. Tendo em vista ser instituto relativamente novo no ordenamento jurídico, o conceito do amicus curiae ainda desperta dúvidas junto à doutrina.
Segundo Uadi Lammêgo Bulos, o amicus curiae possui várias denominações conhecidas: amicicuriae, amicus partis, ou amicus causae, cujo significado ao pé da letra seria o "Amigo da Corte".
Trata-se de instituto fundado no princípio democrático, que confere legitimidade a terceiro interessado para expor à Suprema Corte o ponto de vista favorável a uma das partes.
Assim, o amicus curiae é um terceiro chamado ao processo para prestar informações nas ações de controle de constitucionalidade sobre temas que afetam à sua natureza/atuação.
Com efeito, sua atuação se justifica, à medida que, diante de temas novos e inusitados, a corte julgadora poderia desprezar questões ou observações imprescindíveis ao julgamento da causa.
Para muitos, trata-se de uma forma de um modo de intervenção de terceiros. Para outros, seria um auxiliar especial do Juízo.
De todo modo, trata-se de figura processual cuja relevância ganha corpo junto à doutrina e jurisprudência. 
JURISPRUDÊNCIA
Ementa
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS POR AMICUS CURIAE. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE. INTERPRETAÇÃO DO §2° DA LEI N° 9.868/99.
A JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL É ASSENTE QUANTO AO NÃO CABIMENTO DE RECURSOS INTERPOSTOS POR TERCEIROS ESTRANHOS À RELAÇÃO PROCESSUAL NOS PROCESSOS OBJETIVOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE.
EXCEÇÃO APENAS PARA IMPUGNAR DECISÃO DE NÃO ADMISSIBILIDADE DE SUA INTERVENÇÃO NOS AUTOS.
PRECEDENTES.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.

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